Sombrio Limiar escrita por Anwar Pike


Capítulo 66
Quarto de Ilusoes


Notas iniciais do capítulo

Mais um por hoje pessoal, aproveitem!



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– Então, quanto tempo hein, Elsa?

A garota simplesmente lhe deu um olhar afiado.

– Eu só quero saber porque Hans, porque trair e conspirar para destruir o refugio?

– Sabe, é até engraçado, mas eu não tenho tempo de te responder agora. – Ele sorriu cínico. – Deixem sua majestade comigo, cuidem dos outros dois.

A mulher de cabelos cor de mercúrio se moveu, sinuosa ate Flynn, lançando um olhar de derreter as defesas.

– Rider, atenção. – Ele concordou com um movimento de cabeça as palavras da loira.

Um garoto, com traços mexicanos, apareceu em frente á Astrid. Os dois disseram quase ao mesmo tempo:

– Eu vou ter que lutar com uma garota?

– Eu vou ter que lutar com uma criança?

Não recebendo resposta, a garota se jogou em busca de seu machado. O garoto por sua vez, sacou uma espécie de pistola curta e mirou em Astrid.

Mas ela, rápida, agarrou seu machado e correu gritando em direção a ele, que correu e se desviou com igual rapidez.

– Hum, você acha que pode derrotar Antônio, eu, em velocidade? – Ele fez uma pose de toureiro hilária, mas ninguém riu, estavam ocupados de mais se protegendo de ataques contínuos.

Flynn estava lutando contra a mulher com uma panela que usavam para esquentar a agua. Era incrivelmente útil, mas ele estava em clara desvantagem. A mulher, Mirage, tinha a mesma pistola de Antônio e atirava com rapidez e graça. Além do que, os movimentos calculados dela eram feitos especialmente para distrair o oponente.

Quase no limite da porta do quarto, Elsa criava barreiras e estacas de gelo, mas Hans simplesmente explodia tudo.

Ela estava ficando cansada, assim como Astrid, que nesse momento, errou o machado por centímetros da cabeça do garoto dançarino.

Ela gritou um insulto e se abaixou quando ele atirou de volta.

Flynn já estava encostado a parede, a panela a frente do corpo como ultima defesa.

Elsa afastou as mãos e focou os olhos azuis. Um tornado de gelo girou ao seu redor com fúria. Porem, antes que pudesse acertar os inimigos, Hans virou o revolver e arremessou em direção a sua cabeça.

A próxima coisa de que ela teve consciência foi um grande corte no braço de Astrid e os gritos enraivecidos de Flynn, e então, ela desmaiou.

∞∞∞∞∞

Abrindo seus olhos devagar, Flynn olhou ao redor. Estava num quarto, idêntico ao que tinha quando era um garotinho órfão. Apesar das lembranças tristes, o quarto lhe dava aconchego de alguma forma.

Ele se sentiu tentado a deitar na diminuta cama no lado oposto, mas algo, no profundo de sua mente o alertou de que aquilo não era uma ideia inteligente.

Ao invés disso, ele caminhou ate a porta, abrindo a maçaneta. Ou pelo menos tentando. Estava trancado!

Ele forçou novamente e fez isso durante vários minutos, mas a porta não cedeu.

Passado alguns momentos, ele começou a gritar.

– Astrid, Elsa! – Ele continuou repetindo os nomes das garotas por horas, ele achava, mas ninguém respondeu.

Bateu os punhos contra a porta com os dentes cerrados.

– Não adianta. – Uma voz fraca respondeu do canto mais afastado, o qual ele não havia notado. – É um feitiço poderoso, só se pode abrir do lado de fora.

Quando finalmente seus olhos se acostumaram a escuridão do lugar, ele divisou a silhueta de Meggie, apesar de estar visivelmente mais magra.

– Meggie? Meggie! Você não faz ideia, os capangas da Maléfica nos emboscaram e...

– Eu sei, - Ela riu desanimada. – Maléfica me fez assistir tudo pela bola de cristal dela. Obrigada por tentarem me salva, correram grande perigo.

– Como assim, tentar te salvar? Nós vamos conseguir!

A garotinha tentou não rir da convicção dele. Tinha que ter esperança afinal de contas.

– Então, me diga, onde estão as garotas?

– Maléfica as levou para baixo. – Ela respondeu pesar cobrindo seus olhos.

– O que? E você não fez nada para impedir? – O rapaz estava ficando com cada vez mais raiva.

– Eu não posso, - Ela apontou para as correntes em seus pés. - vê?

Ele lhe lançou um olhar desconcertado.

– Ah, bem, se é assim... Mas o que vamos fazer?

A garota soltou um longo suspiro.

– Eu não sei.

∞∞∞∞∞


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Notas finais do capítulo

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