MK viu sua visão se tornando realidade em frente a seus olhos atônitos.

Observou, com a boca aberta, Lucille lutando no alto.

– Oh não, não é possível. – Ela começou a murmurar para si mesma.

Nod passo correndo em frente a ela, vestindo uma espécie de armadura verde e estranha, segurando um sabre reluzente em uma das mãos.

As ultimas pessoas estavam entrando no portal. Norman e Coraline estavam abraçados, chorando e soluçando. Eles haviam sido amigos por tanto tempo, e agora, vendo que essa seria a ultima vez que poderiam se ver e lembrar se um do outro, a aproveitavam do melhor modo possível. Wilbur relanceou ate Violeta, surpreendendo se ao ver a garota olhando diretamente em seus olhos. Ela estava com o rosto contorcido pelo esforço de manter o campo de força contra os ataques do Tenebrarum, mas por um milésimo, ele viu seus olhos brilharem e um sorriso curvar seus lábios. Quando ela falou, ele pensou que estivesse sonhando.

– Adeus Will. Eu... eu te amo.

Ele só teve tempo de arregalar os olhos e no momento seguinte tudo desapareceu. Sem uma chance para dizer adeus.

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Rapunzel chicoteava com seu cabelo, cantando para que a luz os afastasse dos últimos refugiados. Sua blusa de magas curtas batiam contra sua pele. Ela tinha um camaleão estampado, verde e roxo. Ela optara por usar bermuda jeans, ao invés de calça, porque ela sentia se insuportavelmente desconfortável em calças compridas.

Jack apareceu ao seu lado, usando um cajado para atirar neve e gelo contra os oponentes.

Punzie olhou para trás e viu de relance Alice e Nico entrelaçarem as mãos e fecharem os olhos. Em um ato desesperado, ela saltou sobre Jack e o empurrou para dentro do campo de energia. Ele, confuso, se aproximou das paredes, empurrando as, sem sucesso. Ele gritou ate Punzie, batendo os punhos contra a parede.

– RAPUNZEL! – As palavras lhe feriram os tímpanos, enquanto ela se aproximou com lagrimas nos olhos, encostando sua mão do lado de fora.

– Eu sinto muito Jack, eu não posso deixar que você se machuque. – Jack lhe deu um ultimo olhar exasperado e incrédulo e o grupo desapareceu.

Elsa lutava como uma deusa. Suas estacas de gelo acertando as nuvens de escuridão, uma tempestade girando a seu redor, congelando as trevas. Mas a rainha estava cansada. Seus braços estavam pesados e ela não aguentaria muito mais. Seus olhos captaram através da tempestade de neve e da escuridão ao seu redor um pedaço da cidade. Estava completamente destruída. Casas derribadas, as florestas sem nem uma folha verde sequer. Tudo estava morto.

Mas ela se distraiu por muito tempo. Uma nuvem escura voou ate ela, veloz, mirando em seu peito, quando pulando a frente de Elsa, Flynn, com a espada erguida barrou e cortou a nuvem. Ele virou se e sorriu para a rainha, fazendo uma leve mesura.

Ele estava de camiseta e bermuda de tecido leve que ondulavam com o vento, fazendo o parecer um herói ou algo do tipo. Ela chacoalhou a cabeça, desdenhando dele ao mesmo tempo que afastava os pensamentos.

O próximo grupo partiu levando Coelhão, Guy, da família dos Croods que ajudara com tochas para afastar os Tenebrarum. Tooth, Mavis, que tinha assumido forma de morcego para lutar e Jhonny, Soluço, Mirage, Hans e por ultimo Lucille, que havia descido e retraído as asas, não aguentando mais lutar.

As únicas que restavam eram Merida Rapunzel Elsa e Violeta. A gótica desfez o campo de força, observando quando Breu mandou seus cavalos para proteger a entrada do templo. As garotas entraram correndo. Todas menos uma. Merida estava parada do outro lado da linha ouro e prata. Rapunzel notou isso e voltou ate a ruiva.

– O que foi Merida? Você precisa entrar, Breu não vai nos proteger por muito tempo.

– Eu... Eu não posso.

– O que? Porque? – Rapunzel questionou, sua voz passando de zangada para aterrorizada. – Merida, você tem que entrar...

– Eu não posso esta bem! – Merida atirou as palavras, seus olhos olhando suplicantes para Rapunzel. A loira a olhou confusa, as sombrancelhas erguidas, pedindo uma explicação.

A ruiva encostou a mão no vazio a sua frente. Imediatamente energia pulsou partindo da mão de Merida ate o teto.

– Mas...eu não entendo!

– Rapunzel...eu beijei o Soluço.

A loira ficou estática por uns segundos. Não, não, isso não podia estar acontecendo. Ela estendeu os braços e agarrou os de Merida, puxando a para dentro. A parede de energia vibrava enquanto Rapunzel puxava Merida com todas as suas forças.

Ela ficou alegre por um momento, imaginando a felicidade da amiga, mas então, ela sentiu a parede de energia vibrar de novo, impedindo a passagem da ruiva.

Ela puxou os braços de Merida mais uma vez.

– Vamos...vamos...você tem que entrar, tem que entrar!

– Desista Punzie, o Templo não vai permitir... – Merida disse, tentando mascarar a aflição em sua voz.

Rapunzel soltou um grito gutural e caiu sobre seus joelhos, lagrimas queimando seus olhos. Então ela teve uma ideia. Uma ultima e desamparada ideia. Ela suplicou ao templo, chorando e falando baixinho:

– Por favor, por favor, só dessa vez, deixe ela passar. Eu imploro... deixe minha amiga passar.

Um silencio baixou sobre o templo por um minuto inteiro. E então, com um tremor a parede de energia se desfez e Merida atravessou sorridente, abraçando Rapunzel logo em seguida.

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Meggie estava com os olhos semicerrados, com Elsa Violeta Rapunzel e Merida sentadas de mãos dadas ao seu redor.

Ela cantarolou:

Era uma vez uma terra distante, na qual viviam príncipes, trolls s e sereias, oh livro de contos tão belos, nos leve para suas terras!

O livro a sua frente emitiu uma fraca luz. Enquanto o portal as absorvia, as portas do templo explodiram. Os destroços de mármore encheram o local. Os cálices derramando prata liquida, e o fogo no braseiro sagrado, extinto.

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FIM DA PRIMEIRA PARTE