Danger escrita por Vespertilio


Capítulo 22
Diga que é verdade


Notas iniciais do capítulo

Vou dizer aqui: Estou mais que chateada com vocês. Escrevi um capítulo com uma revelação super suprema e recebi pouquíssimos comentários. É o seguinte, se eu não receber muitos, muitos comentários por este capítulo paro de postar Danger!
É brincadeira auhsuahsuah só tava fazendo um drama.
Well, espero que não tenha assustado vocês.
Esse capítulo é bem... Bem..
Acho melhor lerem.
Boa leitura.



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Avião/ 18h31min.

– Princesa. – Repetiu tentando acreditar naquela baboseira. Mas ela não era uma princesa. Não ela.

– Princesa. – Ward ecoou suas palavras.

– Princesa. – O garoto repetiu andando até ela e pegando em suas mãos. - Nós estávamos a sua procura, princesa. – Os olhos dele brilhavam. Ele parecia maravilhado. Como se Skye fosse a santa e ele o devoto. - É a minha missão, princesa.

– Pare de falar princesa a cada fim de frase.

– Sim princesa. – Ela o fuzilou com o olhar – Desculpe-me princesa, mas fui criado para tratar a realeza com devido respeito. A senhorita não imagina como o senhor seu pai vai ficar feliz! Depois de tantos anos procurando, enfim eu concluí a missão que era de meu pai, agora o nome de minha família está honrado.

– Licença, Estranho – Ward empurrou o rapaz. – Primeiro, fica longe da minha namorada. Segundo, fale de uma forma que possamos entender.

Estavam todos na sala de reuniões. Menos Garrett e Gabriel, ela agradecia aos céus por isso. Não gostava daqueles dois. May também não estava lá, aparentemente a vida de Skye era tão insignificante para ela que a fazia preferir os painéis de controle do avião. Fitz estava num canto sentado, o braço cruzado, a cara fechada. Parecia uma daquelas crianças que tinha perdido o doce. Jemma não estava ao lado dele, estava perto de Triplett e Coulson. Ward, obviamente, estava ao seu lado. E ela também agradecia por isso.

– Sou de Lorien. Chamo-me Jon – Outro Jon? Skye não merecia isso. – Minha família é responsável pela segurança dos portais e da família real. Anos atrás, após o desaparecimento da princesa, meu pai recebeu a missão de encontra-la. Mas... – O garoto comprimiu os lábios. – Bem... Ele foi morto em combate e a missão foi passada para mim. – Jon suspirou pesadamente. – Não sabe o quão feliz eu estou, princesa. Tê-la encontrado é uma honra.

– Isso é tão louco... – Deixou suas costas deslizar pela parede áspera e escondeu a cabeça entre as pernas. – Isso é muito louco. – Murmurou mais uma vez antes de morder de leve o braço esquerdo. Aquilo tinha que ser um sonho. Tinha que ser.

Semanas atrás ela estava em sua van hackeando o sistema de segurança da S.H.I.E.L.D. em busca de informações sobre sua família e seu passado. E então, quase que do nada, as poucas certezas que tinha haviam lhe sido arracadas. Informação A, ela não era humana. Informação B, ela era um experimento. Informação C, a informação B era mentira. Informação D, ela era algum tipo de alienígena. De um planeta chamado Lorien. E a última informação, não menos importante, Skye era a princesa perdida desse planeta.

– Isso é maravilhoso, Skye! – A voz de Jemma veio até seus ouvidos. – Você sempre procurou sua família e encontrou. - A cientista andou até Skye e sentou ao seu lado. – É o que você sempre quis, não é?

– É. – Respondeu, mas já não tinha tanta certeza.

~*~

Hilton Times Square Hotel, Nova York/ 22h37min.

A cabeça de Ward estava a mil.

Quando que ele imaginou estar num lugar como aquele? Nunca. Era bem verdade que ele estivera em muitos lugares, alguns deles bem piores, em circunstâncias bem piores. Mas ainda assim estar ali era horrível. Apertou a mão de Skye e recebeu um sorriso como resposta. Era por ela que estava ali, era por ela que seguiria em frente. Respirou fundo e fechou em punho a mão livre, fechando os olhos só para abri-los logo em seguida.

Olhou o próprio reflexo no espelho do elevador, estava um caco. Não dormia direito há dias. Não tinha paz há dias também. Tudo o que mais queria era ir pra casa, deitar a cabeça no travesseiro e dormir. Mas para onde iria, se nem mesmo tinha uma casa para chamar de sua. Não desde que sua mãe o expulsara, não depois de tudo o que acontecera.

– Ward. – Skye o chamou baixinho. Estavam os dois, ele e Skye, com Coulson e Jon – o lorieno guardião. Simmons e Fitz haviam ficado no ônibus com May para ajudar Garrett e sua equipe, que precisavam de ajuda em algo. – Está tudo bem?

– Claro. – Falou automaticamente. Era mentira.

– Fico feliz por você estar aqui comigo. – Disse e apoiou a cabeça em seu ombro. Apesar de gostar de Skye de uma forma quase surreal ele não sabia se podia compartilhar da mesma felicidade. Ele não queria estar ali.

Os números vermelhos do elevador mudaram lentamente. Aquela parecia uma viagem de elevador sem fim. Pôde ouvir Coulson murmurar um “Vai dar tudo certo” para Skye. Ficou grato, pelo menos alguém ali sabia como apoia-la. Enfim a porta de metal se abriu com um click, indicando que eles haviam chegado à cobertura. Jon foi o primeiro a sair, seguido por Skye e Coulson. Ward respirou fundo mais uma vez antes de sair do cubículo de metal. Não sabia o motivo, mas sentia que algo estava prestes a dar muito errado.

Caminhou em silêncio pelos corredores amarelos. Então Jon sorriu e abriu a porta marrom do quarto 184 A. Sentiu todos os músculos do seu corpo contraírem ao dar de cara com duas pessoas sorridentes. Pelo menos pareciam pessoas. O homem grisalho que usava um terno cinza estava abraçado à mulher de longos cabelos cor de bronze, era uma mulher muito bonita e elegante. Sem dúvidas aqueles eram os pais de sua namorada.

– Oi. – A mulher falou sorrindo ternamente.

– Oi. – Skye murmurou recusando dois passos e batendo no peitoral dele com força. – D-desculpe, Ward. – Ele não respondeu, apenas segurou na mão dela com força.

– Está tudo bem querida? – Desta vez foi o homem quem perguntou.

– Skye passou por alguns traumas nessa última semana, então... – Coulson começou mais foi interrompido.

– Nós entendemos bem... – A mulher balançou a cabeça e então se aproximou de Skye, pegando em suas mãos. – Você é tão linda querida. Tão mais linda do que eu imaginei...

– O filho de Thor ficará muito feliz ao ver o quão formosa é sua noiva.

– O quê? – O grito escapou dos lábios de Ward sem que ele pudesse controlar. Todos os olhares se voltaram para ele, mas ele não se importou. – Em que tipo de mundo vocês vivem?

– Em Lorien, querido. – A mãe de Skye falou.

– É? Lorien. E lá vocês prometem suas filhas desaparecidas em casamento? – Cuspiu as palavras de forma irônica. – Que belo planeta.

– Ward, por favor. – Coulson segurou seu braço – Vamos deixar Skye sozinha com os pais.

– Privacidade seria ótimo. Falo por mim e por minha mulher quando digo isso. – Remexeu nos bolsos da calça cinza e entregou um cartão para Coulson. – Esta chave é de um quarto no andar de baixo, podem ficar lá e esperar por nós.

– Skye? – Puxou-a pela mão, mas ela se deteve no mesmo lugar.

– Ward eu... Eu preciso descobrir o que é isso tudo, está bem? Pegue a chave do quarto e... e vá. Por favor. Vá embora.

Fechou os olhos para conter as lágrimas e deixou-se empurrar por Coulson. As palavras de Skye foram como uma facada bem no meio do seu coração. Vá embora. Ele havia aberto uma porta para ela. E ela entrara só para destruir tudo. Vá embora. Só para manda-lo embora. Vá embora. Talvez ela quisesse seguir em frente, assumir seu lado princesa, casar com o tal filho de Thor. Talvez ela quisesse que ele fosse embora, para que não fosse ela a responsável por ter que fazer tal coisa.

As lágrimas escorriam livremente agora que estava no quarto. Não se importou com a presença de Coulson. Afinal, algo mais importava? Sabia que deveria ter ouvido sua consciência desde o início e manter-se afastado de Skye. Ela era perigosa. Perigosa de um jeito que ele antes não sabia. Antes. Pois ali estava ele. Vítima de si mesmo. Vítima de sentimentos que ele jurou não sentir nunca mais. Aquela era a mais importante missão que ele recebera.

Missão na qual falhara miseravelmente.

– Ward vai ficar tudo bem. – Coulson disse sentando-se ao seu lado. – Eu entendo Skye, é muito ruim ter uma parte de sua vida que é como um vazio... É como se você fosse um nada, entende? O mais velho respirou fundo. – As vezes eu me pergunto o que me aconteceu de verdade após a batalha de Nov...

O telefone de Coulson vibrou.

– Alô? Fitz? – Silêncio. – Como assim? Pode repetir? – Silêncio. – Tudo bem, não se desespere. Estou indo aí.

– O que houve? – Perguntou levantando-se para ir embora juntamente com Coulson.

– May desapareceu. E Simmons e Gabriel estão com problemas.

– E o Fitz? – Indagou preocupado. Se havia aberto uma porta do seu coração para Skye, havia lá também um lugar para todos da equipe. Principalmente para o inteligente e atrapalhado Leo Fitz.

– Eu não sei como ele está, mas vou descobrir.

– Vamos.

– Não, Ward. – Coulson levantou a mão, sinalizando para que ficasse onde estava. – Você precisa ficar aqui. Nossa equipe é como uma família. E a família sempre apoia uns aos outros, sei que ela vai gostar de te encontrar aqui. Se eu precisar de ajuda, você será a primeira pessoa a quem vou chamar. – Dizendo isso foi embora e trancou a porta.

Apenas bufou, sentando-se na poltrona acolchoada. Concentrou-se no teto branco e sem graça, afim de que sua mente não bolasse mais algum tipo de teoria sobre Skye, seu noivado e sua família. Os minutos pareceram se arrastar, como se não fossem passar nada. Então, com os olhos inchados e vermelhos, ele acabou adormecendo.

– Ward? – Escutou batidinhas leves na porta. Ajeitou-se na poltrona e se espreguiçou, o relógio marcava 01h01min. Andou até a porta e abriu. Quase que imediatamente sentiu o corpo pequeno chocar-se ao seu. – Por um momento eu pensei que você tivesse ido embora!

– Mas não fui Skye. – Disse sem retribuir o abraço que recebia.

– Ward? – Ela afrouxou os braços ao redor dele e tocou seu rosto. – Está tudo bem? Você estava chorando?

– Estava dormindo. – Não respondeu nenhuma de suas perguntas.

– Você está...

– Robótico?

– Pior que isso... O que houve?

– Nada, princesa. – Não conseguiu evitar, as palavras saíram de sua boca como veneno.

– É isso? – Ela colocou a outra mão no rosto dele. – Escuta bem agente, eu não vou, não mesmo, casar com um cara que eu nem conheço. E daí se ele é filho de Thor? E daí se eu sou uma princesa de Lorien? Vivi anos da minha vida sem isso e posso continuar muito bem assim. Mas se você for embora da minha vida, não acho que eu vá continuar bem.

– Vai abrir mão de um palácio, de todo conf...

– Puta merda Grant Ward! – Esbravejou. – Depois eu é que sou a lerda? Eu amo você, seu Robô idiota!

E então ela não precisou dizer mais nada. Ele nem queria que ela dissesse. Apenas grudou os lábios nos dela e permitiu-se enganar. Porque talvez ficasse tudo bem. Porque talvez o amor superasse mesmo tudo. Porque talvez eles juntos fossem mais. Porque talvez os contos de fada existissem. Porque talvez ele pudesse ser feliz, mesmo sem ter feito muito para merecer tal coisa.

Carregou Skye no colo e colocou-a na cama, cobrindo o corpo dela com o seu logo em seguida. Percorreu as mãos pelo abdômen macio, e deixou que ela retirasse sua camisa. Desabotoou cada um dos botões da camisa xadrez que a cobriam. Beijando cada uma das novas partes reveladas pela falta de roupa em seu corpo. Deslizou a calça Jeans pelas coxas torneadas, deixando-a apenas com lingerie preta. Ward adorava preto. Sorriu com a visão que tinha e beijou-a novamente. Descendo para a curva do pescoço, subindo para orelha e demorando o beijo nesses locais.

As unhas de Skye arranhavam suas costas enquanto ele absorvia o máximo de todo aquele calor. Entrelaçou a mãos de ambos. Parando neste momento para olha-la nos olhos. Fez um “eu te amo” mudo com os lábios. Ela alargou o sorriso. Uma das mãos dela subiu para sua nuca e ficou fazendo carinho ali. Skye beijou a ponta do seu nariz e depois seus lábios. Tudo o que se ouvia naquele quarto era o coração de ambos batendo freneticamente contra o peito.

– Princesa. – Ward sussurrou na orelha dela.

– Príncipe. – Sussurrou de volta antes dele beija-la mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAA GRITOS? HAHAHA
Bem, no próximo capítulo vai acontecer MUITA coisa. E o que não foi explicado nesse capítulo vai ser explicado.
Então queridos, até o dia 30!
PS:. Eu brinquei lá em cima sobre parar de postar Danger, mas eu gosto de comentários okay? Então...
Beijos de luz.