Coração de Ferro escrita por Nayame


Capítulo 1
Capítulo 01


Notas iniciais do capítulo

Eu sei u_u Não deveria... Eu sei T__T Sério, não aguentei *-* Precisava criar essa fic .__.'' Espero que gostem ^^ (Deixei o Franky e a Robin mais jovens 8D)



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Seus lábios vermelhos formaram um sorriso, uma expressão rara naquele rosto tão sério. Mas não era culpa sua, afinal, só conseguia sorrir na presença deles. Seus antigos, grossos e interessantes livros. Apenas eles a entendiam.

 

Aquela biblioteca era seu lugar preferido, aqueles livros eram seus melhores amigos, e sua imaginação era sua diversão. Não precisava da realidade, não precisava de pessoas... Se estivesse com eles, seria feliz.

 

Sair, namorar e fazer amigos não era necessário. Ler sobre isso já substituía essas coisas. Se pudesse viveria naquele lugar, mas infelizmente era obrigado ir à faculdade, nem todos concordavam com sua maneira isolada de viver.

 

Bem, não é muito normal uma garota de vinte anos praticamente morar em uma biblioteca por livre e espontânea vontade, tinha consciência disso. Mas, tinha medo. Sim, Robin tinha medo de sair e se misturar. Todos lá fora eram tão estranhos, medonhos, assustadores... E, pareciam sempre olhar e rir para ela, chamando-a de ridícula...

 

Por isso não saía, por isso passava horas e horas em um lugar fechado e abandonado, cheio de livros velhos. Era uma Hikikomori afinal. Ir à faculdade sempre foi um sacrifício; Sentava-se no final da sala, trabalhos em grupo estavam fora de questão, fugia dos famosos barzinhos após as aulas...

 

Era uma estúpida Hikikomori. 

 

Apenas conseguia conversar com sua mãe e seu amigo Luffy. Gaguejava, tremia, entrava em pânico quando tentava se comunicar com outros. Já foi há médicos, grupos de ajuda, macumbeiros, igrejas... Nada resolveu, nada conseguiu ajudá-la.

 

- Talvez eu não tenha solução – Pensou chateada enquanto folheava um livro antigo, procurando o lugar onde tinha parado.

 

A morena parou de procurar ao ouvir um alto som ecoar por todo o lugar. Levantou-se de imediato e procurou o causador com os olhos, mas não encontrou. Seria apenas sua imaginação? Quando iria se sentar para voltar a ler, ouviu novamente o mesmo barulho estranho, dessa vez vinha de cima. A biblioteca tinha dois andares, mas o segundo não tinha livros, era apenas uma área para poder ler tranquilamente. Mordeu os lábios inferiores, um pouco receosa. Deveria averiguar?

 

- Deve ser somente um gato – Pensou tentando aliviar a si mesmo.

 

Fechou o romance que estava lendo e o colocou no chão, com cuidado. Esta era uma mania sua, tratar bem todos os livros. Colocou-se de pé e foi até a escadaria do lugar, subindo-a logo em seguida. Os quadros que aparentemente deveriam acalmar os leitores do lugar estranhamente estavam aterrorizantes. A cada passo a madeira velha rangia, deixando o cenário ainda mais medonho.

 

- Tomara que não seja ninguém – Torceu apreensiva – Não conseguirei conversar caso seja alguém...

 

Chegou até uma porta velha, feita de madeira e com algumas teias de aranhas cobrindo-a. Era ali, algo ou alguém estava do outro lado, fazendo um som insuportável. Engoliu seco e abriu de uma vez aquele obstáculo que os separavam. Um trovão caiu no exato momento de seu feito e iluminou o local escuro, mostrando com clareza um simples gato preto e assustado. Soltou a respiração que inconscientemente havia segurado. Era apenas um felino afinal.

 

O animal ao vê-la pulou para um lugar mais silencioso, levando consigo um pano branco que estava embaixo de suas patinhas, provavelmente para se aconchegar naquela noite fria. Os olhos azulados da morena arregalaram-se, não com a cena do gato, mas sim com o que ele havia descoberto.

 

- Um... Cadáver?! – Murmurou incrédula com aquilo que seus olhos mostravam.

 

Um homem de aparentemente vinte e quatro anos estava estirado no chão, provavelmente morto. Um medo ruim invadiu seu corpo e teve uma enorme vontade de gritar, mas não o fez. Deveria ligar para a policia? Sua mãe? Hospital? Mas, e os repórteres? Com certeza iria entrevistá-la. Não, isso seria ruim, deveria fingir não ter visto e sair de fininho... Mas, isso não a faria suspeita? Sua mente não sabia mais o que pensar.

 

- Bem, ele pode nem estar morto – Sorriu de leve com aquele pensamento, apesar de achar este fato improvável.

 

Engatinhou até o provável defunto – Já que suas pernas não se mexiam – E admirou-o por um instante. Era extremamente bonito e exótico, típico príncipe de seus livros. Deveria tocá-lo? Mas, e se estivesse morto? Estaria sendo ainda mais suspeita... Porém ele também poderia estar vivo, então teria negado ajuda, não? Balançou a cabeça, afastando aqueles pensamentos bobos.

 

- Minha vida não pode ficar pior...

 

Tocou o braço forte do homem, sentindo a pele gélida dele. Estava morto afinal, ninguém poderia ser tão frio assim. Antes de entrar em pânico por ter tocado um cadáver – Extremamente lindo – Viu o peito do mesmo subir e descer, em uma respiração tranqüila.

 

- Graças a Deus... – Pensou aliviada.

 

Moveu a mão timidamente até a parte da frente do homem, sentindo calor em certa região. Então ele estava quente e frio ao mesmo tempo? Analisou o corpo do homem, tentando achar algum machucado, lesão ou coisas do tipo, mas ele estava completamente normal. Bem, tirando o fato que vestia uma sunga azul marinho e tinha um botão discreto em um dos ombros.

 

- Bo... Um botão?! – Aquela situação ficava cada vez mais bizarra.

 

Certo, agora seu dilema era; Apertar ou não o botão? Claro que ele não era um robô e iria acordar repentinamente beijando-a e levando-a para um mundo maravilhoso, mas com certeza aquilo estava estranho. Homens não têm botões, certo? Se bem que nunca tinha avaliado um, exceto seu amigo Luffy, mas este não tinha, e os livros não diziam nada sobre isso.

 

Deu de ombros simplesmente e apertou o misterioso botão, esperando algo acontecer. Um barulho igual ao anterior invadiu o cômodo e Robin teve a impressão de sentir tudo tremer. O provável defunto-robô se levantou repentinamente, assustando-a completamente.

 

- SUPEEER! – Gritou o homem de cabelos azulados.

 

As pernas separadas e levemente curvadas, a mão direita na cintura e a esquerda apontando dramaticamente para o céu... Aquilo estava tão, esquisito. Sim, deveria estar sonhando. Isso é impossível. Beliscou o próprio braço e se surpreendeu ao sentir dor.

 

- Graças aos céus você me ajudou, estou aqui há dois dias – Falou o homem misterioso à Robin – Meu nome é Cutty flam, mas me chame de Franky. Au!

 

- Ro... Robô... – Murmurou assustada.

 

- Robô? Não sou um robô, idiota! Sou um Cyborg – Corrigiu ofendido – Sou mais humano do que maquina! Nasci como você e...

 

Iria continuar se a mulher não tivesse desmaiado. Robin não acreditava no que via, e acabou não agüentando. Franky segurou-a antes que fosse encontro ao chão, aconchegando-a em seus enormes braços. Aquela garota era realmente fraca, e bonita de certa forma.

 

Mas, o que faria agora?

 

 Continua...

 


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Notas finais do capítulo

Hohoho o/ Espero que gostem ^^ E não me matem né T__T'



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