Stay With Me escrita por Umi


Capítulo 1
Is where I want to be


Notas iniciais do capítulo

Não há realmente o que dizer, só queria desejar uma boa leitura mesmo ^~^
Enjoooooy



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Talvez sua escolha tenha sido frustrada, seguindo os sentimentos de seu coração? Frustrante, sim. Nada mais certo do que a escolha frustrada de um coração frustrado. Talvez tenha sido, não só frustrante, inesperada. Lucy não sabia mais o que fazer. Havia apostado todas suas poucas fichas naquele relacionamento, que havia terminado da forma mais frustrante que um relacionamento poderia terminar. Frustrante talvez fosse a palavra da vida de Lucy,juntamente com talvez. Talvez, talvez, talvez. Nada certo. Tudo incerto.

Haviam algumas palavras que Lucy sempre evitou. Essas foram as que mais Lucy encontrava. Dor. Choro. Incerteza.

Foi quando ouviu pela primeira vez um eu te amo, que encontrou a incerteza. No seu primeiro relacionamento encontrou dois itens de sua lista. Dor, choro. Não encontrou incerteza, pois tinha certeza, certeza de que fora abandonada.

Quando parou na frente de seu espelho e percebeu seu estado. Estava realmente melhor. Quando Lucy dizia realmente significava realmente mesmo. Imaginou já poder voltar a falar com seus amigos. Perdeu quase todos após entrar em seu pequeno momento depressão, que durou algum bom tempo. Quatro anos se passaram desde que estiveram realmente juntos, todos, Lucy sentia falta de estar naquela rodinha de dez pessoas no bar, rindo, se batendo, brigando por motivos completamente estúpidos, eram assim, felizes. A última vez que vira alguém daquele grupo foi Cana, que foi visitar a loira para ter certeza que estava tudo bem. Cada semana ia a sua casa alguém daquele grupo. Sabiam o que Lucy estava passando. Ficaram felizes quando perceberam que Lucy estava melhorando. Em algum dia após a visita de Erza – que fora depois da de Cana –, decidiu ligar para seus amigos e marcar um encontro. Ligou para Erza, Mirajane, Levy, Juvia, Lisanna, Jellal, Gajeel, Gray e Natsu. Todos ficaram incrivelmente felizes com o pedido da loira. Concordaram de se encontrar no bar de sempre. Lucy estava feliz, sorrindo sozinha, rindo e brincando com objetos aleatórios que encontrava em seu caminho. Pouco antes da hora de se encontrarem, Lucy puxou sua saia de renda e um moletom, botando junto as suas sapatilhas rotineiras. Comeu algumas torradas, pois sabia que seus amigos a fariam beber. Quando caminhava em direção ao bar, encontrou-se com Natsu no mesmo caminho.

– Loira! – o rosado a abraçou forte enquanto Lucy ria. – Você ainda ri? A última vez que te vi você estava enrolada em uma bola no sofá bebendo chá. Nem falou comigo. – Natsu fez um bico enquanto Lucy se lembrava de Natsu se humilhando para que a garota falasse com ele.

Soltou uma risada.

– Senti saudades, babaca. – Lucy tomou o braço do amigo enquanto se dirigiam ao bar. – Como vai a vida? Namoradas? Faz sexo com camisinha, né? Ainda não pretendo ser tia.

– Luce... - O rosado revirou os olhos. Lucy estava agindo como ela mesma e isso o alegrava. – Vou bem. Nada. Não tenho feito sexo. E não, você não será tia tão cedo. – Respondeu enquanto bagunçava o cabelo de sua amiga. Poucos minutos de conversa depois chegaram ao pequeno bar em que marcaram se encontrar. Ninguém havia chegado ainda, bem, Lucy e Natsu haviam saído pouco mais cedo do que o necessário. Ansiedade talvez. Pediram duas vodcas para começar, logo Jellal, Erza, Lisanna e Mirajane se juntaram aos dois, com muita bagunça e gritaria como sempre. Lucy se sentia bem. Segura. Em casa, com seus melhores amigos. Pouco depois chegaram Gray, Gajeel, Levy e Juvia. Pronto, era o mesmo grupo de sempre. Lucy sorriu pouco afastada, mergulhada em pensamentos, sentia saudades daquilo. Já estava no quinto copo de vinho – que fora pedido quando o grupo todo fora juntado – quando Lisanna tomou a liberdade de perguntar

– Mas e aí, Luce? Como foram seus últimos relacionamentos? – A albina mexeu no conteúdo do copo, exatamente como Lucy fez em seguida.

– Não faça uma pergunta dessas, Lis! – Gray exclamou.

– Não! Tudo bem, eu não vou melhorar se continuar evitando isso. Mas, então, Lis, sinceramente? Completamente desastrosos. Acabei ficando com um cara que queria transar a qualquer custo. E ele terminou comigo por que eu não queria fazer sexo com ele! Vê se pode! - A turma toda riu, Logo após parar de rir, Natsu sentiu o estômago se embrulhar e correu para o banheiro. As pessoas na mesa se entreolharam, Erza ergueu as sobrancelhas para Jellal, que devolveu o gesto.

– Luce? Vai ver como ele está? Por favor? – Jellal pediu. Lucy concordou e se levantou, andou calmamente até os banheiros, reparando nas poucas mudanças do bar. Arregalou os olhos quando ouviu um barulho vindo do banheiro masculino. Abriu a porta cautelosamente e lá estava Natsu, apoiado na pia, Lucy se encostou-se ao batente da porta e observou Natsu lavar o rosto.

– Não comeu antes de beber, huh? – Lucy apareceu atrás de Natsu, o apoiando. O rosado apenas confirmou levemente com a cabeça – Você é um completo idiota, Deus.

– Desculpe, mamãe. – o dono dos olhos ônix agarrou a cintura de Lucy, a fazendo rir. – Vamos, me tire daqui. – O garoto sentiu-se arrastado por Lucy para fora daquele banheiro. Sentiu olhares bêbados em cima dos dois. “O que aqueles dois faziam no banheiro, sozinhos?” Lucy decifrou as mentes que os encaravam, tão previsíveis. Passou por sua mesa com Natsu nos ombros.

– Eu vou alimentar essa criatura, para não passar mal novamente, volto em menos de uma hora. Tentem não quebrar nada, não briguem com ninguém, sim? – Lucy parou por uns momentos na mesa. A verdade é que sempre fora a cabeça do grupo, todos contavam com ela para não parecerem doentes mentais. Nesses quatro anos que ela passara “fora”, evitaram sair todos juntos, pois faltava uma pessoa, e que realmente não daria certo sem Lucy.

No caminho, Natsu caiu para o lado, jogando completamente seu peso em Lucy que resmungou algo como “Porra! Natsu, você é pesado!” Enquanto o rosado afundava a cabeça no pescoço da loira. “Ele já está bêbado?” pensou. Chutou a porta de seu pequeno apartamento e soltou Natsu no sofá. “Não mereço criatura dessas, não, não.” Resmungou enquanto pegava torradas na cozinha. Passou uma grande quantidade de geleia nelas e levou a Natsu. Que já babava em suas almofadas

– Natsu! – gritou estridentemente. O garoto pulou no sofá e sorriu em agradecimento para Lucy enquanto devorava as torradas. Lucy se jogou no sofá ao lado do rosado e esticou as pernas por cima das do seu amigo.

– Estou tão cansada. Eu poderia dormir por dois dias – dramatizou apoiando a cabeça no braço do sofá. Natsu murmurou alguma coisa com a boca cheia, motivo pelo qual Lucy não compreendeu muito bem a frase, mas imaginava ser algo como “Eu também” – Já comeu? Sim? Vamos. – Lucy pegou na mão de Natsu e saiu porta afora. Esqueceu completamente que segurava a mão de Natsu. Lucy estava imersa em seus pensamentos, quando sente uma mão quente acariciando a sua. Seu rosto enrubesceu. Quase separou suas mãos.

– Obrigado, Luce. De verdade. – o rosado entrelaçou seus dedos. Estalando um beijo na bochecha da loira, que sorriu enormemente para seu amigo, sua bochecha corada fez seu sorriso parecer mais branco do que já era. Seus lábios formaram o sorriso mais bonito que Natsu já vira Lucy dar. A garota Heartfilia apertou a mão de seu amigo. E, juntos, seguiram até o bar.

***

Natsu acabou dormindo no apartamento de Lucy por simples motivos de “estou-bêbado-demais-para-ir-para-casa-sozinho”. Lucy até se ofereceria para levá-lo se não estivesse nas mesmas condições que o garoto. Acabou que os dois dormiram enrolados no sofá.

Na manhã seguinte Lucy acordou com uma forte dor de cabeça “uh, ótimo”. Desvencilhou-se dos braços de Natsu e foi à cozinha, bebeu um copo de água acompanhado de uma aspirina. Encheu um bule com água e botou para ferver. Enquanto a água fervia, Lucy foi ao quarto, trocou de roupa, lavou o rosto e escovou os dentes. Lucy trajava uma meia ¾*, um short de cintura alta e uma blusa social branca. Andou vagarosamente pelo corredor e entrou na cozinha. Desligou o fogão enquanto pegava um pouco de água gelada para Natsu e uma aspirina em cima da mesa. Dirigiu-se cautelosamente até o sofá em que o rosado se encontrava dormindo e se agachou em frente ao mesmo.

– Natsu – a loira sussurrou enquanto chacoalhava levemente o ombro dele. Resmungou alguma coisa incoerente aos ouvidos de Lucy. – Vamos, levante. – puxou-o para cima, deixando-o sentado.

– Minha cabeça... Dói... – Resmungou tentando abrir os olhos.

– Shhh, eu sei, tome – entregou o copo de água e a aspirina na mão de Natsu, que sorriu ainda de olhos fechados, colocando o comprimido na boca e engolindo junto com o conteúdo do copo. – Quer chá? – Lucy acariciou levemente os cabelos de Natsu, que abria os olhos minimamente, sorriu para a garota e acenou com a cabeça. Lucy se levantou do chão e serviu duas xícaras de chá. Lucy sentou-se no sofá e passou as pernas por cima de Natsu, como sempre. Entregou uma xícara a ele. Beberam todo o conteúdo da xicara em silêncio. Passaram alguns minutos naquela posição, logo Lucy começou a mexer os pés para se levantar, mas Natsu a puxou pelas pernas, fazendo-a cair sentada em seu colo.

– Cadê meu beijo de bom dia, Luce? – pediu, arqueando as sobrancelhas. Lucy apenas revirou os olhos e estalou um beijo na bochecha do rosado e se levantando e ligando a televisão.

O que aconteceu em seguida foi que Lucy e Natsu viram três filmes consecutivos. Lucy sempre com as pernas por cima de Natsu e o mesmo com as pernas cruzadas em cima do sofá. Como sempre foi. Como nunca deveria ter parado de ser. Logo Lucy desligou a televisão alegando estar cansada de filmes. Mas poucos minutos depois ligou o rádio e botou um CD nele. Logo começou a tocar Everlasting Night. Natsu reconheceu esse CD, foi um mix que a própria Lucy tinha feito com suas músicas favoritas. Lucy se levantou e esticou a mão para Natsu.

– Me concede essa dança? – Lucy riu, Natsu pegou em sua mão e se levantou. Logo eles começaram a se mexer pela sala dançando uma mistura de dança de salão e uma dança completamente desconhecida. Talvez não, isso pode soar ridículo, mas era a dança da felicidade. Natsu e Lucy dançaram cinco músicas, quando se cansaram. Everlasting Night (The Black Keys), Bonfires (Blue Foundation), Change (Deftones), Civil War (Guns n’ Roses), How (The Neighbourhood). Lucy admitiu estar cansada quando foi à cozinha pegar algo para beber, achou uma garrafinha de vidro de Schweppes. Dirigiu-se a sala e sentou-se da mesma maneira com Natsu. As músicas continuavam tocando no fundo. Chegou a garrafinha perto do rosto e tentou abrir com os dentes.

– Luce, você não vai abrir isso sem um abridor. – Natsu riu, a loira o ignorou completamente, continuou com sua pequena-batalha com a tampinha da garrafa. O resultado daquilo foi uma garrafinha destampada e um “ouch” vindo de Lucy. Natsu se virou para o lado e encontrou Lucy com as mãos nos lábios, um filete de sangue escorria por entre os dedos de Lucy. Natsu a puxou novamente pelas pernas, fazendo Lucy ficar entre suas pernas. Natsu tirou a mão de Lucy de sua boca.

– Dói? – o rosado perguntou passando os dedos nos lábios de Lucy.

– Um pouco – admitiu. Natsu olhou em seus olhos e afastou a franja do rosto de Lucy. Lucy estava em um completo transe pelos olhos de Natsu, apenas acordou quando Natsu fechou os olhos e colou os lábios nos de Lucy. O rosto de Lucy corou violentamente. A dona dos olhos castanhos finalmente fechou os olhos e esticou as mãos até o rosto de Natsu. As mãos do mesmo pressionavam as costas da loira contra seu corpo. Natsu afastou um pouco o rosto do de Lucy.

– Ainda dói? – sussurrou, seu hálito era gélido, tinha o cheiro de menta com morango. Lucy sorriu maliciosamente e acenou que sim com a cabeça. Natsu ergueu as sobrancelhas. Lucy estava jogando sujo. Colaram os lábios novamente. Lucy se inclinou para frente inconscientemente, buscando mais contato com o corpo de Natsu. Abriu um pouco sua boca, permitindo que Natsu controlasse o beijo, passaram-se alguns minutos naquele jogo. Lucy olhou para o relógio na parede, que indicava ser 22:00.

– Natsu? – Lucy chamou. – Você vai dormir aqui? Vem para a cama. – Lucy o puxou. Jogou-o delicadamente na cama – Eu vou tomar banho, depois você pode ir, tem uma escova de dente que eu ainda não abri, pode usar ela. – Disse, o rosado balançou a cabeça. Lucy entrou no banheiro e pegou uma toalha no armário. Tomou um banho rápido e relaxante, quando saiu escovou os dentes e foi para o quarto. Esqueceu-se completamente que Natsu estava lá. Lucy corou quando percebeu o olhar de Natsu queimando em suas costas. Pegou rapidamente um pijama na gaveta e mandou Natsu entrar no banheiro. O rosado deu as costas e entrou no banheiro. A loira suspirou e se trocou. Deitou-se na cama e esperou por Natsu. O mesmo saiu alguns minutos depois vestido com um calção. Deitou-se ao lado de Lucy, que se aconchegou em seu peito, entrelaçaram suas pernas.

– Boa noite, Natsu.

– Boa noite, Luce.

Os dois se beijaram e adormeceram profundamente. Aquele fora o melhor dia da vida dos dois. Eles podiam ter certeza disso. Certeza de que acordariam nos braços um do outro e se amariam independente de tudo e de todos. E pela primeira vez em quatro anos, Lucy se sentiu realmente feliz, amada e protegida. Como nunca se sentiria com outra pessoa. Pois eles se pertenciam. E em algum momento durante o sono, Lucy decidiu que ficaria com ele até o fim de sua vida.

E foi exatamente isso o que aconteceu.

“Where to go and hide?

We're going to the sea

To laugh, to love”


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Notas finais do capítulo

Avisando novamente, essa história também foi postada no social spirit. Até algum dia, beijosssss
****Uma meia ¾ é aquela um pouquinho acima ou abaixo do joelho, conhecem? Nesse caso é um pouquinho acima do joelho e pouco abaixo do meio da coxa.



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