Rose Weasley

—Eu te amo.

A.i. Merlin, por que isso só acontece comigo?

Ele não pode me amar, quer dizer é meio impossível devido às circunstâncias.

—Não tem como você me amar-Afirmo. Leitor não pense que eu não acredito no amor, porque eu acredito, acho que até estou apaixonada por uma pessoa. Sim, isso mesmo que você leu: A-P-A-I-X-O-N-A-D-A, porém não é por esse garoto na minha frente.

—Claro que tem! No primeiro momento que eu te vi, soube que você é a mulher da minha vida.

—Ahm...Mas eu não te amo.

Meu coração quebra com a visão que estou tendo agora leitora, seus olhinhos se encheram de lágrimas. Eu sou um trasgo, por que fui tão direta com ele?

—Ah, não chore...Evan me desculpa...Eu...

O que faço? Não é todo dia que um trouxa se declara pra mim, alias nunca nenhum trouxa se declarou. Mas o que eu poderia dizer? Que o amava? Estaria mentindo descaradamente se dissesse isso, pois nós conhecemos a... um dia? Sem falar que é muito complicado o relacionamento entre bruxos e trouxas, às vezes os trouxas compreende o mundo da magia, porém alguns não aceitam. Como do nada aparece bruxos? Como do nada seus princípios são mudados? É realmente complexo para eles entenderem. Sem falar que o meu coração foi acorrentado por outro. E eu apenas me dei conta quando essa pessoa disse que estava com ciúmes de mim. Eu sei, eu sei leitor, falei que o odiava, mas...o que seria a vida sem contradições? Não posso afirmar que me apaixonei naquele instante, não, acho...eu sempre tive uma grande estima pelo Malfoy, nossas brigas São uma forma de possuir laços. E o “ódio” era apenas uma palavra rotineira, em que me cegava do verdadeiro sentimento (pra mim é assim, agora pro loiro já é outra história) e com o passar do tempo, dos momentos, fui criando mais laços com ele, laços que eu imaginava serem de ódio...Percebo, agora, que fui apenas mais uma tola, uma fraca por ter perdido pra uma rotina metódica.

Está decidido! Quando voltar pra minha casa provisória declarar-me-ei para Scorpius Malfoy.

— NÃO- Dou um pulo com o grito. Evan levanta de supetão fazendo gestos de negação com as mãos. Ele me fez sair de casa, deixar o Malfoy ( que estava bem irritado com o Evan, não me pergunte o porque), para fazer escândalo? — Rose, você não entende. Eu a-m-o v-o-c-ê. – Será que ele me acha burra? Eu entendi que ele me ama, não precisa ficar soletrando. — Nunca senti tamanho amor por uma ruiva.

—Ahm?? Como assim nunca sentiu algo grande assim por uma ruiva?

—Ah...é q-que- Lanço um olhar afiado em sua direção, acho que estou capitando o que ele quer dizer, e se for isso, ah eu juro que irei bater nele. Engolindo em seco perante meu olhar ele volta a falar— Eu...É que eu divido meu amor em várias mulheres, sendo esses grupos de loiras, morenas, negras e ruivas. Porém eu não tinha apaixonado-me por ruiva nenhuma ainda, tinha a Julie, mas ela tem uma voz irritante e então aparece você, a bela ruiva que me apaixonei.- Há, já sei em quem vou descontar minhas energias. Vou me aproximando vagarosamente em sua direção, ele começa a tremer. Não o culpo, muita gente diz que quando brava fico aterrorizante— O-olha vo-cê-ê pod-d-de fica-car dddd-ois di-as da-da sema-na-na co-mimi-go.

Como ele tem um volume bonito no meio das suas pernas, seria uma pena se alguém o chutasse.

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Hesito em abrir essa maçaneta. Afinal eu posso levar um fora, não é por que ele disse que tem ciúmes de mim que significa que me ama. Será que se eu levar um gelo do Malfoy o Evan iria ainda me querer? Provavelmente não, o coitadinho caiu com tudo no chão depois do meu chute em seu brinquedinho. Mas eu não quero me casar com alguém que não me ame. Tem algum conselho leitor?

Coragem, é isso que grifinória representa e é isso que vou utilizar. Adentro bem lentamente, fecho a porta atrás de mim e respiro fundo.

—Malfoy. – Chamo-o.

Vejo uma cabeleira loira no vão da porta, ele está com uma expressão estranha e caminha rapidamente na minha direção.

É agora ou nunca.

— Malfoy, eu...

Lábios macios e quentes interrompem minha fala...Pera ele está me beijando?

Oh Meu Merlin!!!! Scorpius Malfoy está me beijando, sim ele, pois eu estou imóvel. É, é muita frescura, mas leitor entenda, eu estou em estado de choque!

Ele vai se afastando lentamente com um semblante triste...Coragem Rose Wealey! Não veio aqui para broxar e sim para se declarar (e beijar, se ele correspondesse) Puxo-o para meu encontro e lanço meus lábios nos seus. Ele está com os olhos bem arregalados, que se dane, agora estou com vontade beijar.

Ele entreabre os lábios e geme esperando por uma profundidade maior dos meus toques. Sorrio e o faço. Dou leves beijinhos sobre seus lábios, abro sua boca para deixar minha língua explora-la.

Comando minhas mãos para o cabelo do Malfoy, enquanto sinto sua língua dar casuais tocadas na minha. É tão macia, aveludada e doce. A saliva dele mesclada com a minha pode parecer uma ideia nojenta para algumas pessoas, mas pra mim é muito prazeroso, ao ponto de me fazer arrepiar por completo.

Seus braços rodeiam minha cintura, erguendo-me. Dirige-se comigo para o sofá, o qual me deita e afasta levemente seu rosto do meu. Abre a boca e diz:

— Eu te amo.

Leitor, Eu sou tão apaixonante assim para receber dois “eu te amo” em um dia?