Malandro destino escrita por R Marxx


Capítulo 1
Capítulo 1 - OneShot




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A neve caia do lado de fora, lenta e graciosa, e era observada por Juvia que tinha o rosto esmagado contra a janela da guilda enquanto seus dedos brincavam com o canudo que estava dentro do seu chocolate quente. Em tempos como esse, em que o frio prevalecia levando quase todo sentimento de alegria que pudesse perecer, ela preferia estar na cama, no seu precioso quarto em baixo de milhares de cobertas observando as muitas fotos do Gray enquanto abraçava o boneco do mesmo que ela tinha feito, mas não, ela preferiu sair naquele tempo pra fazer coisas tão inúteis quanto as que lhe aguardavam em “casa” pela simples ilusão de observa-lo de longe.

Há muito tempo ela tinha sido dominada por um sentimento completamente confuso e certamente platônico pelo seu adorável colega Gray Fullbuster, porem a criatura estava longe de sentir o mesmo e ela já tinha aceitado isso no momento em que decidiu se afastar, dar-lhe espaço e observá-lo do lugar mais longe possível.

Mas como tudo acaba sempre na merda, ele tinha saído em missão no dia anterior e agora ela estava presa dentro daquele lugar, que ela amava, mas que no momento estava somente piorando o seu estado de espírito e ela não tinha a mínima coragem de levantar a bunda de lá para enfrentar o frio que viria assim que atravessasse a porta. Mas como já tava tudo uma merda mesmo enfrentar aquela nevasca não faria diferença não? O frio lembrava ele e isso de certa forma era bom. Né?

Pegou e bebeu todo o chocolate quente de uma vez, sentindo a garganta queimar e o corpo se contrair em uma gostosa sensação aquecimento levantou-se na esperança de que aquilo fosse durar tempo suficiente para chegar ao dormitório e então se encaminhou-se para porta onde foi barrada.

- Aonde vai com um tempo desses Juvia-san? – Mira sorria para ela com a mão ainda em sua barriga impedindo que ela continuasse seu caminho e intenção de ignora-la.

- Estou indo pra casa, estou cansada. – Sua intenção era completar aquela frase, mas não valia a pena todos sabiam que ela estava cansada de esperar.

- Mas está muito frio, espere mais um pouco e tome mais um chocolate enquanto isso. – O olhar da albina mostrava que ela realmente estava preocupada, mas continuar ali não parecia uma opção tão viável agora que já tinha se levantado e preparado psicologicamente pro clima filha da puta que lhe esperava.

- Não se preocupe Mira-san, eu já estou acostumada com o frio. – Aquela frase pareceu ter um duplo sentido para todos que observavam aquela breve conversa e o comportamento evasivo da azulada e Mirajane sabia reconhecer uma causa perdida quando via, e por mais que insistisse Juvia não mudaria de ideia, então com mais um breve sorriso retirou sua mão e deu espaço para que ela continuasse o seu caminho lhe desejando boa-sorte.

O primeiro contado com a neve fez com que estremecesse e escolhesse e com um pé em frente ao outro traçou o tortuoso caminho até Fairy Hills enquanto as finas lágrimas caiam pelos seu fino e delicado rosto. Por mais acostumada que estivesse não deixava de doer não é mesmo?

Quando conseguiu avistar seu objetivo percebeu que em frente a ele tinha uma breve movimentação, ela como se o destino estivesse rindo da cara dela. Gray Fullbuster se encontrava parado junto com o resto do seu time enfrente a única entrada viável para o seu tão esperado conforto. Porque a Erza tinha que morar ali mesmo? E porque ela tinha que avista-la quando já tinha decidido dar meia volta e se arriscar pela janela?

- Juvia? O que está fazendo nesse frio aqui fora? – Pergunto o mesmo minha cara Titania. Afinal o destino não estava rindo dela, estava tacando lama e tomate na cara dela. – `prque não esperou na guilda o tempo melhorar?

- Juvia só está cansada e precisa de uma boa cochilada. – forçou um sorriso esquecendo dos prováveis olhos inchados que o choro de antes lhe proporcionou. – Não se preocupe o frio não atinge Juvia. – Sentindo-se foda e esperando que todos tivessem entendido sua grande indireta como o encerramento do assunto passou pelo portão sem olhar para trás ou para qualquer outra pessoa seguiu o tão conhecido caminho até o seu refugio, o seu quarto.

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O dia inexplicavelmente amanheceu quente, bonito, aconchegante. A azulada se espreguiçou na cama e olhou o pequeno calendário jogado na pequena cômoda ao lado da cama e percebeu, enfim que era seu aniversário.

Há anos não comemorava aquela data e duvidava que alguém se importava ou soubesse dela. Se olhou no espelho e percebeu o rosto ainda marcado das muitas lágrimas que tinham ‘vazado’ do seu rosto no dia anterior e sorriu com a perspectiva de um dia melhor.

Atravessou o quarto separando a roupa em cima do armarinho e se dirigiu ao banheiro para um relaxante e merecido banho. Quando voltou tomou um susto, em cima das roupas havia agora um vaso cheio de flores, todas feitas de gelo. Antes que pudesse se aproximar mais sentiu-se sendo virada no próprio eixo e logo em seguida lábios gelados cobrindo os seus.

Atraída como um imã correspondeu ao beijo sem nem ao menos ver quem era o infeliz que tinha invadido seu quarto, porque se soubesse deixaria bem claro que era bem-vindo a qualquer momento. As borboletas que a muito tempo na sentia começaram a dançar em sua barriga e então aquele contado cessou e ela se viu parada no meio do quarto.

Com as pernas bambas seguiu novamente até o pequeno vasinho e observou o pequeno bilhete preso nele.

“Encontre-me no parque central na hora do almoço para um piquenique. Vou te mostrar as maravilhas de um friozinho.

Feliz aniversário. G.F”

E mais uma vez chegou a conclusão de que o destino é um grande filho da puta, porém tem lá seus motivos para agradecê-lo.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem!! :D