Capítulo # 4 — Perseverança e Espionagem

Rodório — 10:21 da manhã.

O Vilarejo de Rodorio é um lugar calmo que fica nas proximidades do santuário de Atena, desde eras imemoriais os habitantes daquele pacato lugar presenciaram as tão conhecidas guerras santas, ate os próprios moradores da vila ganharam o direito se tornar cavaleiros, há um ano o vilarejo saiu imune da guerra que houve entre Atena e Hades.

Depois disso tudo parecia calmo, mas há alguns dias um poder assombroso destruiu quase todo o lugar deixado só o caos para trás.

O criador do Caos? Bom... Ninguém da vila e nem do santuário sabe.

Neste momento exato, trabalhadores erguem novamente suas casas, o material foi enviado pelo santuário de Atena que nunca deixaria o povo daquele lugar desamparado.

Porém no alto de uma colina, mais ou menos há alguns quilômetros da vila, sujeitos vergando couraças estranhas olham o povoado com um imenso sorriso no rosto.

— Daqui a algumas horas o Santuário vai sentir a fúria de Gerda – Começa o primeiro, olhos bem abertos e um irritante sorriso de escárnio que se fecha em um semblante sério e concentrado no povo diante de si.

— Lorde Fenrir – Continua o primeiro — Tenho uma vontade gigante de atacar logo o Santuário e arrancar a cabeça desses cavaleiros.

— Não podemos fazer isso, daqui a pouco atacaremos o santuário, pelo lugar que eles menos esperam – Fala Fenrir, um dos lordes do exercito das almas perdidas de Gerda sem tirar os olhos do povoado.

— E o príncipe Skoll? – Interrogava o primeiro curioso para Fenrir.

— Skoll logo vai aparecer... Sem duvida nenhuma deve estar resolvendo algum problema Ajax de Hati.

Ajax de Hati dá um breve sorriso para Lorde Fenrir.

Reino Wildgar – Extremo leste da Europa

Agora no antigo reino Wildgar, Heitor de pegasus e Jacob de lobo queimam seus cosmos intensamente, rochas se desprendem do solo e dançam ao redor dos dois cavaleiros acompanhadas de uma sinfonia cósmica.

— Rutge não precisa sujar tuas mãos eu mesmo acabo com os cavaleiros de bronze – Fala Foluke para o amigo.

— Até que você é um bom cachorrinho – Provoca Heitor com a cara fechada, sem esboçar nenhum sorriso sequer.

— O que disse? – Revolta-se Foluke — Vai aprender a ficar bem cala...

Um chute. Foluke não tem nem tempo de terminar a frase e é golpeado por um chute de Pegasus junto a um lampejo de cosmo prateado, o Held cai debilmente no solo com o rosto inchado e com sangue abundante saindo do nariz.

O Held desnorteado tenta limpar o liquido da vida, mas desta vez é almejado por mais um golpe, dessa vez não um ataque físico, mas sim uma forte onda de choque.

O corpo do guerreiro é arremessado a uma distancia considerável, indo contra o solo e sendo enterrado na terra violentamente.

— Você que vai aprender a ficar calado Foluke de Baugi o Jötun... Não é essa sua nomenclatura? – Interrogava ironicamente Pegasus.

— Como... Fe...

— Fique calado – Pégasus interrompe o Held dando um passo a frente — Espírito de Pégaso!

Foluke é surpreendido mais uma vez. Uma forte onde de choque prateada acerta o Held de Baugi de forma violenta, ele voa descontroladamente no ar enquanto pedaços inteiros da Majestic caem.

Quando cai como um boneco de pano sem peso algum Foluke, olha a gravidade de seus ferimentos, pernas e braços quebrados, visão turva e hemorragia assombrosa que cria uma enorme poça de sangue puro.

— Cavaleiro... de... de Bron...

— Não se esforce Held apenas aguarde tua morte — Sem mais, Pégaso passa por Foluke sem nem ao menos olhar para o Held.

— Foluke... Heitor mudou totalmente, e seu cosmo imaturo de antes, hoje chega a se equiparar de um Santo de Prata... Não fique espantado por ter sido derrotado por um santo de bronze — Diz Schneider olhando para Foluke.

— Im... Impo...

Foluke não tem tempo de completa a palavra, o Held de Baugi morre.

— Impotência... Impotência era o que queria dizer não é Foluke? — Schneider completa a frase que Foluke não teve tempo de completar, o cavaleiro de prata fecha os olhos do Held e por algum motivo deixa uma solitária e sincera lagrima masculina correr pelo seu rosto.

— Rutge é a sua vez cretino! — Urra Heitor a plenos pulmões, punho queimando em cosmo e espírito de luta a toda.

— Acalma-se Heitor... Eu o enfrento... Você e Jacob terão que ir imediatamente ao Santuário de Atena... Aquele lugar será invadido — Fala Schneider de Triângulo, sem mais.

— Invadido? — Interrogava Jacob assustado.

— Sim... Não é mesmo Máslov de Skoll? — A pergunta chegou a Máslov como um golpe, fazendo seu cosmo grandioso titubeia por um segundo.

Tempo suficiente para o futuro Lorde Held ser atingindo por algo infinitamente poderoso, uma explosão de cosmo e vento, o som causado com o choque da majestic e a explosão chega a ser ensurdecedor.

No alto, reverberando em cosmo e com o punho fechado e fumegante está: Triângulo.

A pergunta que trilhava na mente de Máslov teve resposta, o seu agressor foi um cavaleiro de prata.

— Cavaleiros de bronze sigam minha ordem... Jacob e Heitor vocês serão de grande ajuda para Atena.

Ainda no ar, Triângulo com os punhos encharcados de cosmo atinge o corpo do Held que cai descontroladamente no piso.

A violência é tão grande que parte da face de Máslov é enterrada no lamaçal.

— Mas Schneider temos...

Pégaso não tem tempo para completar a frase, uma forte rajada de vento atinge seu corpo e o de Jacob os fazendo voarem descontroladamente no ar.

Tamanho foi o impacto do golpe que eles foram arremessados a mais de 1 km do antigo Reino.

— Que merda... Schneider nos jogou do castelo! — Rosna enfurecido o santo de bronze de Pégaso.

Ruínas do Reino...

O tempo que se passou desde a saída dos santos de bronze foi muito pequeno, mas o suficiente para Máslov de Skoll recobrar a postura nobre e elegante de antigamente.

— Lorde Máslov... Eu acabo com esse cavaleiro de prata — Rutge de Grabak o guerreiro de aparência horrorosa se candidata a ser o oponente de triângulo.

Máslov já havia se esquecido da existência do Held, tinha apenas uma fala que ecoava em sua mente: Matar Triângulo.

Sem vociferar nada faz um sinal positivo com a cabeça.

— Seja rápido Rutge... Temos que ir ao santuário o mais rápido possível...

Rutge não perde tempo, corre na direção de triangulo como um trem desgovernado, queimando em cosmo e destruindo tudo ao seu redor.

— Morre desgraçado: Giant rozkaz! (Gigante do Fim).

Nuvens negras são invocadas pela técnica, Trovões ressoam, Raios rasgam a penumbra como uma lamina afiada.

O irresistível poder de Rutge explode na forma de dezenas de feixes de luz escarlate que se unem para formar uma corrente de cosmo assustadora. O clarão é tamanho que se assemelha a uma chuva de sangue que cai como milhares de meteoros sobre triângulo.

O som reverbera por toda a região em um raio de 8 km, aldeões fogem e pássaros alçam voo em uma revoada única.

Quando tudo cessa o que se vê é um novo acidente geográfico: O local se tornou uma imensa cratera onde apenas um cômodo do castelo permaneceu imune.

A chuva de cinzas toca o corpo e majestic de Foluke que apenas caminha em direção de Máslov de Skoll.

— Pronto... Já podemos ir ao Santuário senhor... Lá vamos tirar a vida de Lobo e Pégaso...

Pena que subestimou Schneider de Triângulo.

Uma explosão. Rochas e sedimentos voam na direção do Held, por puro instinto Rutge põe os braços a frente de si.

Na forte poeira jaz Triângulo, armadura intacta e olhos fechados se revela brilhando em uma áurea prateada.

— Rutge — Diz Triângulo com um sorriso de canto.

Schneider para e quando finalmente toma fôlego se digna a olhar para a face de Grabak.

— Como... Como... Fez isso? — Rutge o Held de rosto horroroso urra e finalmente recobra a postura de combate.

— Muralha dos Três Mundos — Vocifera Triângulo.

— Mu... Muralha?

— Sim... A Muralha dos três mundos sela qualquer ataque que seja... E não foi diferente com a sua.

— Triângulo seu filho da pu...

— É melhor parar por ai Rutge — Schneider interrompeu Rutge com um grito.

Poucas foram ás vezes que Schneider de Triângulo recorreu a: Muralha de Três mundos para se defender. Como um dos mais valorosos e poderosos guerreiros de Atena mesmo estando na classe media ele aprendeu a valorizar os golpes físicos usando raramente técnicas que tivessem como base o: Cosmo, mas desta vez se sentiu obrigado a usa-la.

Schneider se aproxima impávido na direção de Rutge de Grabak.

— Aquilo... Aquilo é um Triângulo? — A indagação em forma de grito vem de Grabak. O Held treme incontrolavelmente de puro ódio tentando ascender seu cosmo.

Mas não tem êxito.

De triângulo um cosmo assustador emana e parece estar selando o cosmo do Held, sem contar o imenso triângulo prateado nas costas do cavaleiro de Atena que brilha como uma estrela.

— O que pensas em fa...

— Tritus Spragisma!

Rutge não consegue vociferar mais nada quando é atingindo por uma das mais poderosas técnicas de Schneider.

O banimento supremo da alma de Grabak no: Passado, presente e futuro.

Rutge de Grabak, um dos servos de Gerda morre.