A Jovem Do Ar escrita por Cakeyloser


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Comentem, recomendem, favoritem e acompanhem isso ajuda muuuito! Espero que gostem! No último capítulo : "Engulo em seco. Tenho o pressentimento que essa será uma longa manhã."



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— Pelo menos, você pode me dizer seu nome? - Pergunto esfregando as mãos em minha calça. O homem tira seus óculos.

Ele tem olhos grandes e verdes com um mel em volta de sua pupila e um negro em volta de sua íris. Seus olhos estavam vermelhos, como se ele tivesse ficado com eles muito tempo aberto.

— Benjamin, Agente de alto escalão. - Ele diz apontando para o distintivo.

— O que estou fazendo aqui... Benjamin? - Pergunto sem tirar os olhos dele. É impressionante, como se fosse uma droga, viciante.

— Você está aqui para responder algumas de minhas perguntas e irá respondê-las. Primeiro contarei algumas coisas que são importantes para que você saiba. - Seu rosto está neutro, sem emoção alguma. Isso me perturba muito. - Podemos começar? - Ele pergunta ainda impassível. Aceno com a cabeça ficando cada vez mais nervosa.

Ele acena para os dois guardas, que logo saem.

— Lembra-se de quando falaram para você que o famoso poder especial era apenas parar um único objeto no ar? E que, apenas uma pessoa o possuía?

— Um-Hum. - Estou nervosa demais para falar uma única coisa.

— Era mentira. - Ele cerra os olhos me observando.

Fico parada, sem esboçar reação alguma... Apenas impassível.

—Então... - Pergunto. - Qual é a verdade?

— A verdade é que o poder especial se chama Clariciência e você o possui.

— O certo não seria clarividência? - Pergunto ainda sem tirar os olhos dele.

— Não, é clariciência mesmo.

— E o que isso faz?

— Ele permite que a pessoa que o possuir, possa ver o passado da pessoa que quer quando você a toca. - Seus olhos brilham agora, o que me assusta.

— Se eu o tenho, porque ainda não tive nenhum desses casos?

— Porque seu poder ainda está em desenvolvimento.

— Então você é a outra pessoa do qual se referiu, não é? - Cerro meus olhos.

— Sim, sou eu. - ele abre um sorriso.

— Como que você sabe que eu sou a outra pessoa que possui a clariciência?

— Olhe nos meus olhos. Eles não tem uma cor peculiar? Chamativa? Viciante? - Seu sorriso aumenta, quando ele percebe que tirou as palavras de minha boca. Aceno com a cabeça. - Os seus estão ficando assim.

— Mas como...?

— Olhe por si mesma. Johnson! - Ele me interrompe. O guarda entra com um grande espelho na mão. Ele para em minha frente com o espelho direcionado para mim e me olho.

Meus olhos eram castanhos claros e agora estão como os dele, verdes com, invés de mel, azul em volta de minha pupila e o negro em volta de minha íris. Como ele disse, são chamativos, viciantes e... lindos.

E então, tudo cai como uma enxurrada de água fria em mim. Lembro-me onde estou, o do porque estou aqui e me volto para Benjamin.

— Se não é agente d'A Origem, o que você é? - Pergunto séria.

— Como sabe que não sou agente deles? - Seu sorriso some.

— Fácil. Não estaria sendo gentil ou muito menos me contando a verdade, simplesmente me mataria. - Agora eu estou sorrindo. - Você é um meta.

—Shhh! Fale baixo! - Ele se levanta. - Tudo bem, seu pai me chamou aqui. Estou disfarçado assim como ele.

— E porque ele te chamou? - Pergunto me inclinado sobre a mesa. Ele se senta e recoloca os óculos.

— Ele quer que eu te treine.

 

                                                 '<>'

 

Minha conversa com Benjamin não ficou interessante depois que ele disse que me treinaria. Ele estabeleceu um horário e um lugar para ele fazer isso. Seria todo dia às 17:40 na sala de interrogatórios. Após dizer tudo isso ele fez umas perguntas nada importantes como ele disse que seriam.

Sou acompanhada de volta para minha sala, algemada como antes, com Mayer atrás de mim e Johnson na frente, os dois com as mesmas roupas e fortemente armados. Eles me deixam na porta da cela, a abrem, tiram minhas algemas e se retiram. Apenas Luca está aqui.

Passo as mãos por meu pulso, os massageando, pois eles doem das algemas. Luca vem em minha direção.

— Eles te machucaram? - Seu olhos está em meus pulsos.

— Não, estou bem. Isso foi aquelas algemas estúpidas!

— Ótimo. - Ele suspira. Este levanta os olhos e os pousa nos meus e fica os observando com curiosidade.

— O que aconteceu com seus olhos? Eles te deram alguma droga? - Ele continua encarando meus olhos com uma expressão séria no rosto.

— Não Luca, não fizeram nada comigo. Apenas fizeram algumas perguntas e só... - Ele parecia não estar me ouvindo. Toco seu ombro e o balanço, mas uma sensação esquisita vem a mim.

Tudo está escuro, até eu ouvir um som alto que fez meus pelos da nuca ficarem em pé, um tiro. Olho em volta de mim e me deparo com um homem de terno cinza e óculos escuros apontando uma arma para minha cabeça, mas seus olhos estão distantes, além de mim. Me viro e vejo um outro homem de cabelos grandes e grisalhos, até os ombros, com grandes olhos verdes e barba preta. Luca é muito parecido com esse homem, assim como Megan. Esse só poderia ser o pai deles.

O homem de terno atira no pai deles e este cai no chão, duro... Morto. Ouço um grito e um garotinho sai de onde estava escondido, forçado pelo homem de terno.

Luca, ele viu tudo.

A sensação esquisita passa e quando volto à cela, meus joelhos estão tremendo e minha visão escurecendo, eu desmaio.

A última coisa que se passa por meus olhos é o garotinho gritando por seu pai enquanto o homem de terno o arrasta para o inferno.


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Notas finais do capítulo

Comentem por favor! Espero que tenham gostado! Capítulo novo em alguns dias



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