Godric acordou com o lado direito da cama vazio, o que em si era estranho porque Salazar raramente acordava antes que ele. Esfregando os olhos, ele se sentou na cama e procurou pela figura ranzinza de Sal. O que ele encontrou foi vazio.

Pelo quarto, as partes anteriormente ocupadas pelo outro estavam vazias e limpas, nada de ingredientes, nada de livros ou anotações jogados. Era como se Salazar não tivesse existido.

Era como se alguém estivesse tentando matar Godric afogado em um lago semi-congelado, ele não conseguia nem respirar e nem se livrar daquela sensação gelada por todo o corpo, que começava em sua garganta.

Ele tinha realmente ido embora.

Ele não iria voltar.

Godric queria matar ele. Queria amaldiçoa-lo por horas, queria socar aquela expressão sardônica da cara de Salazar (Ele podia ouvir o outro rir baixinho em sua imaginação, caçoando dele por ter confiado) e gritar com ele até que aquela cobra mesquinha se acovardasse (Como ele ousava fazer aquilo com Godric depois de tudo!?) e....

O vazio opressor do quarto fizeram a fúria de Godric diminuir até que só sobrassem cinzas. Engolindo seco, ele voltou a se deitar na cama, de costas para o lado direito e tentou voltar a dormir. Ele trataria daquilo mais tarde.

O vazio ainda estaria lá para lembra-lo de qualquer maneira.