Enigma escrita por Matheus Pereira


Capítulo 5
Ruby Morgan


Notas iniciais do capítulo

Capítulo com o interrogatório da senhorita Ruby Morgan. Quem será que matou Daniel Smith? Espero que gostem!



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9h08

Warwick e Lucchesi haviam voltado da cena do crime e, diante do nervosismo da senhora Becker, que estava em lágrimas, clamando que seu filho também fora assassinado; decidiu-se iniciar o interrogatório com Ruby Morgan. Esta mantinha espantosa serenidade. Tão logo Thomas explicou o que se passara ao delegado e ao detetive, Warwick assegurou à senhora que não parecia se tratar de um duplo homicídio, mas que, de qualquer modo, toda a força policial, comandada por George, realizaria buscas num raio de cinco quilômetros do local do crime.

O delegado, o detetive e o inspetor Thomas estavam numa espécie de escritório do falecido Daniel Smith, um pequeno cômodo no extremo da casa, que tinha forte cheiro de uísque escocês. O local fora escolhido por Lucchesi. Era de uma atmosfera tenebrosa. Insistentemente, Thomas pediu que a janela fosse aberta e, em seguida, ficou ao lado dela, parecendo aliviado.

– E então? Foi tão violento quanto a senhorita Morgan disse? – perguntou.

– Não... Foi mais – respondeu Warwick, secamente.

– Há alguns fatos curiosos, no entanto. Há alguma coisa aqui... Tem muita violência, muito sangue. Há sangue demais! E, além disso, o cadáver não foi escondido. Pelo contrário, estava praticamente exposto. Muito estranho... – observou Lucchesi, calmamente, bem-acomodado na poltrona de Daniel.

– Sorte nossa! A autópsia irá revelar alguma coisa. Já mandei apressarem a droga dos relatórios – Warwick disse, alisando o bigode, numa pose arrogante. Thomas ouvia atentamente, tentando se manter a par do que foi observado na cena do crime.

– Não espero que vá revelar muito além do óbvio. Quero dizer, muito além do que já atestamos. Hora da morte, entre as 22h e às 2h; muitas facadas; um assassínio muito gráfico; tripas para fora. E sobre as tripas sabemos bem até demais. Não seria necessário um relatório para que se confirmasse – disse Lucchesi, lembrando-se da cena que presenciaram há alguns minutos.

– As tripas foram mesmo arrancadas? Isso é horrível! – disse Thomas, que jamais lidara com um caso mesmo próximo daquele em termos de violência.

– Os intestinos estavam a uns oitenta metros do corpo. Retirados à mão e colocados para exposição – relatou Warwick.

– Essa exposição... Possivelmente faz parte do ritual desse assassino. Ou de seu plano. Não vejo outra explicação. Ele; ou ela; foi, de certa forma, bem meticuloso, não deixou rastros. No entanto, com a possibilidade de jogar o cadáver num rio, coloca-o a uns cem metros da estrada. Ele queria que a polícia descobrisse o corpo. Não entendo, embora, o porquê -- Lucchesi insistiu.

– Não será necessário entender o porquê. Essa exposição gratuita nos levará mais próximo da identidade do assassino, de certo. Mas é estupidez sua sugerir que uma mulher tenha cometido o crime – Warwick foi incisivo.

– O senhor nada sabe sobre as mulheres – disse Lucchesi.

– Uma mulher não teria a força física para tamanha violência – Warwick corrigiu-o.

– Não é necessário se valer de muita força para esfaquear o estômago de alguém.

– Teríamos uma luta para se chegar a tal ponto e uma mulher não a teria vencido.

– A vítima pode ter sido pega de surpresa.

– No meio de uma floresta?

– Daniel pode ter sido drogado, de modo a sucumbir mais fácil.

– Muitos "poderia ter sido", Lucchesi – Warwick foi firme.

– É uma hipótese difícil, concordo. Mas não impossível. Não se deixe levar por rostos de anjo. Muitas vezes, possuem o coração de uma besta.

– Lucchesi, está dizendo que acha que foi a senhorita Morgan? – Thomas perguntou.

– Ora, não estou a afirmar nada. Mal conheço a jovem, é apenas uma questão de não estreitar a lista para 50% da população antes de algo mais concreto. Porém, Thomas, ela aparentava estar calma demais para meu gosto. Uma dama que perdeu o noivo não pensa racionalmente. Viu o cadáver do noivo e, em seguida, teve tempo de escrever uma carta com caligrafia perfeita? – Lucchesi observou, perguntando retoricamente.

– Claro que me surpreendi com essas nuances. Mas acredito que isso se deve ao fato de a senhorita Morgan ser mais... Forte, digamos, que as outras mulheres. Não parece gostar de transmitir fragilidade, acha que é uma fraqueza de caráter. E, mesmo assim, ela meio que se abriu comigo – Thomas revelou.

– Thomas, não seja um imbecil, não era para ficar batendo papo com a senhorita Morgan! Deveria ter esperado o interrogatório – Warwick reclamou.

– Ora, o que a senhorita Morgan lhe disse? – Lucchesi perguntou.

– Parecia chocada. Disse que não entendia como alguém era capaz de tamanha brutalidade – Thomas relatou.

– Tudo bem... Mas não é de hoje que mulheres sabem manipular. Vamos iniciar as conversações. Deixem-na falar. Não a interrompam. Nada é mais perigoso que uma conversa para alguém que está tentando esconder algo. Digo-lhes que a fala é apenas uma invenção do homem para impedi-lo de pensar. E a afirmação é verdadeira principalmente se tratando das mulheres. Essas acabam por revelar coisas demais. Não é à toa que as comadres guardam tantos segredos uma das outras. Só devemos ser pacientes e ter bons ouvidos.

9h14

(Narrativa pessoal do detetive Lucchesi)

Ajeitei a minha postura, estava bem confortável naquela cadeira imersa na penumbra do quarto. O cheiro de uísque velho parecia estar impregnado naquele ambiente: nem mesmo a janela que fora aberta adiantava muito. O cheiro não era de todo desagradável, mas embrulhava-me o estômago. Ou teria sido a carnificina que presenciara? Ou Warwick? Warwick e sua prepotência habitual, certamente. Thomas não parecia bem: estava quase que colocando o rosto para fora da janela do quarto, enquanto um caderno e uma caneta tinteira repousavam em seu colo. Que estranho era aquele jovem de cabelos ruivos. Parecia ingênuo demais, embora não fosse completamente estúpido.

Uma linda jovem se encontrava parada na porta. Prendi a respiração e, por um segundo, desconcertei-me. Ruby Morgan era como um diamante num ambiente sombrio e lúgubre. Pois, portanto, ainda um diamante bruto, ainda na pedra. Se polida e lapidada, ela poderia deslumbrar. No entanto, ela não demonstrava nenhum interesse aparente de deixar aquele acabamento bruto e grosseiro. Ou talvez tivesse. Seus cabelos negros, que de tão negros conseguiam ser mais escuros que as cristas do corvo que há pouco eu vira, caíam livres e descompromissados sobre os ombros. Era uma pele tão branca que o contraste era muito interessante. Seus olhos intricados eram de um verde muito profundo e decidido. A intensidade daquele olhar me congelou por um momento, enquanto estudei-os. Eles seguravam tantas emoções ali. Se você olhasse cuidadosamente, poderia ainda ver a tristeza que aquela falsa segurança escondia. Passei os olhos nela, de cima a baixo. Acho que ela percebeu, pois enrubesceu em seguida. Aquela vistosa mulher não se encaixava ali, naquela pequena casa afastada de tudo. Deveria estar num belo lugar, cheia de jóias, em roupas que estivessem de acordo com ela. Contudo, vestia um pobre casaquinho preto e um velho vestido muito gasto. Perguntei-me o que a prendia ali.

Seus olhos verdes vasculharam o ambiente. Ruby não parecia ter medo, mas sim estar desconfiada. Avançou o cômodo cautelosamente, como se calculasse cada passo. Parecia que o quarto estava cheio de armadilhas e ela tentava desvencilhar-se dessas. Thomas ofereceu-lhe uma cadeira de frente à minha e de Warwick, a qual ela aceitou. Uma escrivaninha de ébano desgastado separava-nos.

– O detetive Filippo Lucchesi quer fazê-la algumas perguntas, senhorita – Thomas disse em tom respeitoso, enquanto, pude perceber, preparava-se para tomar notas da condução da entrevista. Warwick observava.

– Claro, tudo bem – ela concordou em uma voz doce.

– Tente responder tudo da forma mais precisa possível, mesmo que a senhorita esteja nervosa – Thomas instruiu-a brevemente.

– Quando a senhorita viu o seu noivo pela última vez? – perguntei, analisando-a. Ela pensou um bocado antes de responder.

– Foi ontem, de madrugada. Dormimos juntos, mas ele já não estava lá quando despertei – Ruby respondeu.

– Que horas a senhorita despertou?

– Devia ser 8 horas da manhã, detetive.

– Era recorrente Daniel Smith não estar aqui pelas manhãs?

– Ele fazia isso algumas vezes, sim. Daniel era mais de ficar em casa, mas muitas vezes saía para procurar emprego, mesmo que algo temporário. Costumava andar muito.

– E tinha sorte?

– Não. Às vezes, quero dizer. Mas geralmente eram a muitos quilômetros daqui e eram trabalhos de baixa remuneração. Não há quase nada aqui em Enigma, nenhum emprego disponível.

– Entendo, senhorita. Como faziam para sobreviver?

– Meus pais nos ajudam um bocado. E eu tenho algumas economias guardadas.

– Onde eles moram?

– Em Moultrie – ela falava com as mãos elevadas e as palmas sempre na altura do peito.

– E quanto aos pais de Daniel?

– Morreram. A mãe morreu logo depois que ele nasceu. Teve problemas com o parto, pobrezinha... O pai morreu quando ele tinha seis anos, acometido de tuberculose. Muito triste... – ela disse, simpatizando-se com o falecido noivo.

– Certamente. Então, Daniel ficou órfão. Quem o criou?

– O tio o criou... Em Cordele – fiz uma nota mental para pesquisar mais sobre aquilo depois.

– A senhorita tem alguma ideia específica de onde seu noivo pode ter ido na manhã de ontem? Isso facilitaria nossa investigação – esclareci.

– Oh, não tenho... Talvez Brookfield ou Alapaha.

– Ele fazia esses trajetos a pé?

– Sim, fazia.

– São trajetos longos para se fazer a pé. Alapaha é a uns doze quilômetros daqui. Isso é umas duas horas e meia caminhando.

– Daniel não era preguiçoso – ela falou, firmemente.

– Tinham dificuldades para se manter, então?

– Já disse que meus pais nos ajudavam, detetive – ela parecia irritada, os olhos verdes não desgrudavam de mim.

– Era suficiente?

– Temos algumas contas para pagar, detetive, se isso importa. Assim como muitos outros que não sugam o dinheiro público, temos nossos problemas com a crise, mas em comparação com alguns, conseguimos nos manter. – Ruby foi incisiva. Não me dei por vencido, ela tinha que falar mais. Se eu pudesse mantê-la a falar...

– Algum credor insistente?

– Como isso se relaciona com o Daniel?

– Apenas responda às perguntas, senhorita – o delegado Warwick, em sua voz sempre alta, interrompeu, soando um pouco grosseiro. Foi o suficiente para fazer a senhorita Morgan entender que ela quem estava a ser interrogada.

– Há um, sim. Ele chama-se Ryan Adams... É um senhor, ele vem aqui quase que semanalmente.

– Sua dívida com ele é grande?

– Sim... Daniel hipotecou a casa para pagar algumas dívidas que tinha – ela disse, a contragosto. Parecia pensar "Que descaramento! Ter que falar sobre minha vida financeira com um italiano intrometido desses". Isso me divertia.

– Ryan Adams esteve aqui ontem?

– Sim, esteve.

– A que horas?

– Foi no meio da tarde. Umas 15h, eu acho.

– Alguém mais esteve aqui? – perguntei.

– A senhora Becker, logo antes do temporal. Umas 19h. Estava procurando David, seu filho.

– David e Daniel eram próximos?

– Não, não tanto. Não gostava que Daniel andasse com David. David é um jovem muito desanimado, muito... Depressivo. Isso deixava Daniel um pouco mal-humorado.

– Você deixou esse desgosto claro para Daniel?

– Sim. Daniel deixou de ser próximo dele, de certo. Não saíam mais.

– Eles podem ter saído ontem?

– Acho difícil, detetive – Ruby respondeu um pouco tensa.

– Considera impossível?

– Não, os dois podem ter saído. Mas acho que não o fizeram.

– E a senhorita, o que estava fazendo?

– Eu? Quando?

– A senhorita passou o dia inteiro aqui?

– Sim. Vejamos, tomei café da manhã. Daniel deixara café, ainda estava quente... – ela interrompeu a narrativa por um momento, parecia abatida. Tentei não me sensibilizar e permaneci sério – Desculpe-me senhor... Pensar nisso, que, por pouco, teria visto Daniel novamente, me deixou perturbada de certo modo.

– Por favor, continue. O que fez em seguida?

– Folheei as contas, tentei organizá-las. Lembro-me que arrumei a casa. O senhor Adams passou aqui, como eu disse, durante a tarde, recebi-o à porta. Também li um pouco, devo ter cochilado em seguida. Acordei com batidas na porta, era a senhora Becker. Mais tarde, começou a chover muito, fiquei bem preocupada com Daniel. Só consegui dormir mais tarde.

– Era comum ele voltar tarde?

– Algumas vezes, eu pegava no sono e, quando acordava, ele já estava lá. Então achei que ele estava a esperar a chuva passar em algum bar, ou algo assim; e que, ao acordar, ele estaria lá. – ela disse, com a voz entrecortada. Ela parecia cada vez menos relaxada.

– Explique-me direito: ao perceber que Daniel não estava lá... A senhorita resolveu procurá-lo em lugares aleatórios da cidade? – perguntei, deixando claro, no tom de voz, a estranheza daquilo.

– Honestamente, detetive, uma porção de coisas se passava na minha cabeça. Acordei ansiosa ao perceber que Daniel não estava lá. Resolvi sair, no fundo, esperançosa de alguém saber algo sobre ele. Algum dono de bar, alguém poderia tê-lo deixado passar a noite em sua casa. Seria mais sensato ficar em casa e aguardar por ele, mas este tal sexto sentido feminino parecia estar funcionando. Quero dizer, estava muito irrequieta, queria fazer algo. Como eu disse, mil coisas passavam-se na minha cabeça, inclusive acerca de David Becker. Mas não queria ir à casa dos Becker e incomodar alguém sem necessidade. Então, comecei a andar... O senhor sabe o restante – ela se atropelou um pouco nas palavras, no início, mas manteve o tom calmo.

– Queira desculpar-me, senhorita, não quero que isto lhe seja penoso, mas a que ponto ver o cadáver de Daniel te chocou?

– Oh, na hora, muito, muito. Foi bem chocante, e triste, é claro. Ainda não me parece real, porém. É um tanto difícil de compreender, senhor. É tudo muito horrível e inesperado.

– O sangue... E tudo mais... Não fez que se sentisse mal? – insisti.

– Me embrulhou o estômago. Mas tenho muito controle de mim mesma, senhor.

– O que fez em seguida? Após reconhecer o cadáver do seu noivo?

– Confesso que estava assustada. Voltei correndo para cá e pensei na melhor forma de contatar a polícia. Dei sorte ao encontrar, na rua, um desses garotos que entregam os bilhetes. Escrevi um, paguei-lhe com algumas moedas e pedi que fosse o mais rápido possível ao Departamento de Polícia – os olhos verdes de Ruby fitavam o longe, enquanto relembrava. A história da jovem era verossímil, mas, em minha opinião havia algo faltando no quebra-cabeça. Ela parecia temer algo.

– Alguma coisa mais que deseja saber, senhor? – ela perguntou, em um tom calmo, após alguns segundos de silêncio.

– Não, senhorita Morgan. Não por enquanto, mas certamente iremos conversar novamente. Por favor, mande a senhora Becker vir até aqui quando sair – pedi.

Ruby levantou-se delicadamente e foi embora sem olhar para trás. Nós três entreolhamo-nos, como se perguntando ao outro do que acharam do depoimento de Ruby Morgan.

– Nossas investigações vão eventualmente contradizê-la se estiver a mentir – Warwick afirmou com segurança. Parecia querer reafirmar a todo o momento que estava no caminho certo.

– Essa Ruby... O que uma mulher desse tipo faria com um homem tão pobre quanto Daniel Smith? Muitas iguais a ela são bem perdulárias... Elas amam gastar consigo mesma, arrancam dinheiro de seus ricos maridos. Esta mulher, não. Suas roupas parecem ter sido costuradas por ela mesma. Acomodou-se e ficou com um perdedor. Há algo errado– observei.

– Não acredita que podem estar juntos por que se amam? – Thomas questionou-me. Sempre ingênuo, parecia não conseguir ver muita maldade nas pessoas. Não enxergava a malícia, e isso, por vezes, era ruim no processo de investigação policial.

– Podem se amar. Mas Ruby Morgan não estava satisfeita com essa vida, certamente. Mas não creio que seja do tipo de arrancar o intestino de alguém, realmente. Muito embora, me aparentou ser uma mulher de extrema frieza. – observei.

– O que acha de David Becker? – Warwick me questionou.

– Temos uma morte e um desaparecimento simultâneo de dois conhecidos. Nas condições com que estamos lidando, não aceito a idéia de coincidência.

– O que está a afirmar, então? Que ele matou Daniel e depois fugiu?

– Ora, ele tinha oportunidade e as ocasiões indicam que sim. Talvez tivesse seus motivos, isso é o que iremos descobrir com a senhora Becker... Se ele for uma pessoa depressiva como foi dito, esse afastamento de Daniel pode ter provocado algo. Alguma sede de sangue reprimida. Um maníaco homicida, talvez. Isso explicaria a violência de suas ações. Mas esse tipo de criminoso gosta de encobrir seus rastros, não anunciá-los – analisei.

– E então...? – Warwick insistiu.

– E então, a outra hipótese com que temos que trabalhar é a da morte de David Becker pelo mesmo assassino. É simples. Mas creio que, de algum modo, David Becker está envolvido. Se não é o assassino, foi um alvo.

– As buscas no bosque estão sendo feitas. Saberemos dentro de algumas horas, então – Warwick informou e eu percebi que ele estava apressando as coisas.

– Mas é claro, há muito à saber ainda, não vamos resumir tudo em "assassino ou alvo". Acho que me precipitei ao dizer isso. Temos que colher dados e, em seguida, organizar todos eles. Deveremos olhar para o panorama geral, ter uma visão completa do quebra-cabeça, de modo a juntar as suas peças de forma correta – expliquei.

– Não vamos colocar o cavalo na frente da carroça – o inspetor Thomas, com o cabelo ruivo bagunçado, afirmou.


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Notas finais do capítulo

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