–Lucyyy-saan!! Levante-se!!–A voz da minha mãe, ecoo da cozinha até ao meu quarto.

–Hmmm… -Murmurei me cobrindo com os lençóis- Porque…?

Nesse momento, a porta do meu quarto abre, e aparece a minha mãe.

–Hoje é segunda feira! -Ela falou tranquilamente, com uma frigideira na mão- Toca a acordar mocinha, quer chegar atrasada no primeiro dia da semana?

Ah, como odeio segundas feiras!

–Tanto faz… -Falei não dando importância. Minha mãe suspirou fundo, e lançou um sorriso leve.

–Vamos, Levy ligou agora mesmo, e falou que ouviu um boato de um novo aluno na escol-

Antes que ela temina-se, saltei da cama.

–E daí se é…? -Peguei meu uniforme, e o joguei em cima da cama- Vou descobrir isso!

Ela riu baixinho.

–NOVO ALUNO!? -Berrei- ELE É GIRO!?

–Lucy… -Ela fez uma gota- Eu disse “boato”.

–Ok ok, vou acabar o lanche da manhã, chega na cozinha em 10 minutos!! -Ela falou, saíndo e fechando a porta.

Eu me vesti, e peguei a minha mala para a escola, e um certo objeto chamou minha atenção.

Pendurado na cadeira da secretária, estava o famoso cachecol que eu tanto gostava.

Sorri e decidi colocá-lo em meu pescoço. Cheirei uma vez mais, e quando dei, o cheiro… ESTAVA SUMINDO!!

–É verdade… -Falei pensativa olhando o acessório- Faz tempo que ele não está em contacto com o cheiro, então está a sumir… -Murmurei, e quando me apercebi…- NANIIII?!

É verdade. O cheirinho estava sumindo!!

–N-Não pode ser!! -Cheirei tantas vezes que perdi a conta- NÃO NÃO NÃO!!

Sim, era verdade. O cheiro estava sumindo!!

–NÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOOOO!! -Berrei, como se fosse o fim do mundo. Me dirigi super deprimida para a cozinha, e me sentei na grande mesa de lá.

Minha mãe me olhou no canto do olho, e sorriu de lado.

–O que aconteceu pra berrar assim? -Ela perguntou curiosa.

–O cheirinho está sumindo… -Ela fez uma cara como quem diz “wtf”?

–Nani? -Ela perguntou confusa, ainda me olhando.

–O cheirinho do cachecol… O cheirinho perfeito está sumindo!! -Falei desesperada, aterrando minha boca no mesmo, e ela riu.

–E posso saber quando comprou o cachecol? -Perguntou curiosa.

–Não comprei. -Falei descontraída- Eu choquei na pizzaria contra alguém, e ele deixou o cachecol, e decidi ficar com ele até o encontrar! -Sorri- Mas depois, fui a ver que ele cheirava super bem, e agora o cheirinho, de tanto eu cheirar, está sumindo…

–Hmmm -Ela fez um sorriso que se poderia considerar malicioso- E o que o Loki diz disso?

Suspirei fundo.

–Sei lá, a gente brigou… -Desanimei ainda mais, e ela entendeu que falou borrada.

–Porquê!?

–Não sei, numa hora a gente estava rindo, e do nada ele teve um ataque quando me viu com o cachecol, e saiu fechando a porta com força. -Finalizei me enterrando mais no cachecol e na cadeira da mesa, e nesse momento, minha mãe me serviu o café da manhã.

–Sabe… Isso é ciumes! -Ela concluiu com um sorriso.

–Ciúmes? Porquê??

–Ahhh… -Ela fechou os olhos com um sorriso bobo- Lembro perfeitamente na hora que o meu melhor amigo me ofereceu bom bons, e seu pai se passou, e ele apenas tirou os bom bons da minha mão na hora, e jogou tudo na boca dele! -Ela falou rindo, e eu acompanhei a risada- Bons tempos…

–Pois é… -Eu olhei meia para baixo.

–Mas bem, não estávamos falando disso! -Ela desviou a conversa- Vocês falaram depois daí?

–Nop, mandei uma mensagem no FairyBook, mas ele nem respondeu!! -Falei indignada- VISTA E IGNORADA!!–Subliquei e a mais velha riu mais.

–Hoje fale com ele ok Lucy? -Ela falou me olhando no canto do olho, enquanto terminava o último gole de suco- Ele está zangado, só isso.

–Entendi mamãe! -Me levantei, beijei a bochecha dela, pegando na minha mala- Vou apanhar o onibus! -Falei sorrindo e saíndo de casa- Até logo mamãe!!

–Até minha queridinha!! -Ela sorriu de volta, e eu fechei a porta, correndo para a paragem, com medo de estar atrasada!! Não era bom andar 2 km… Nada bom mesmo!!

Mal avistei a paragem, vi o onibus abrindo as portas para entrarem pessoas.

–ESPEREEEE!! -Berrei, e todo mundo me olhou, e, claro, a inteligente (eu) tropessou, e caiu de cara no chão.

Todos que estavam na rua, riram na hora, e eu apanhei um mico. Andei rápido até ao onibus, e todo mundo de lá, me observava de lado.

Suspirei, e apenas me sentei ao lado de um garoto que escutava música num MP3.

…

…

…

Estava jogando no meu celular, Android, o famoso joguinho, Pou (OMG EU AMO ESSA COISAS FOFA S2), e senti o garoto que estava do meu lado me olhar de lado.

Olhei também, e nossos olhares se cruzaram, e eu corei um pouco de leve, e ele sorriu. Tudo o que fiz foi fintar intensamente a tela do meu celular, enquanto alimentava o Pou.

–Haa… -Ele retirou um fone do ouvido direito, pois estava do lado direito dele- Você está jogando Pou?

Acenei um sim com a cabeça, e mostrei a tela do meu celular, que mostrava um ser alienisna super kawaii, vestido de terno, com uns óculos pretos e um cabelo loiro.

–Que coisa gay! -Ele falou olhando para a janela, e eu fiquei ali paralizada.

–GAY É VOCE DESGRAÇADO!! -Berrei tão alto, que todo mundo me ouviu. Me afundei na cadeira de vergonha, e ele riu da minha cara.

–Espere aí, onde você… -Ele foi interrompido por mim, quando observamos 2 velhinhas procurando lugar. Nos levantamos, e oferecemos os nossos lugares.

Eu fui para uma zona, onde me encostei a um varão para me agarrar. Ele ficou novamente do meu lado, e desviei o meu olhar da tela, para ele, que lançou um sorriso brilhante.

–Você está em seguindo? -Perguntei confusa.

–Na verdade, mais ou menos, queria perguntar onde achou esse cachecol? -Ele apontou para o meu pescoço.

–Esse? -Falei pegando numa ponta- Ele é meu. -Entendi logo, que talvez pudesse ser o dono.

–Sério? -Ele falou levantando uma sobrancelha, e eu acenei um sim com a cabeça, meia nervosa.

–Sim é!

–Tem certeza?

–Sim, mas porquê?

–É que esse é igualzinho ao meu, e eu o perdi na sexta feira passada… -Sim, definitivamente, esse é o dono do cachecol que eu supostamente “devolveria” para o dono, ou seja, ele.

–Hm.. -Falei voltando a virar a minha atenção para o Pou, que me olhou sorrindo, e eu sorri de volta.

–Você sorri para um jogo? -Perguntou me olhando

–Sim!

–Estranho… -Ele ficou mais do meu lado, observando a tela do celular- Posso jogar?

–Você mesmo disse que isso era Gay!! -Falei defendendo o meu ‘amorzinho’.

–Chata… -Falou fazendo bico. EU NEM CONHEÇO O CARA, E JÁ ME CHAMA DE CHATA!!

–Idem. -Falei indiferente.

–E mentirosa! -Falou, normalmente, e eu levantei uma sobrancelha, o olhando séria- Esse cachecol, 99,9% da certeza que é meu.

–Como tem tanta a certeza?! -Falei suspendendo meu celular, e guardando no bolso.

Ele não respondeu, e se aproximou DEMASIADO de mim.

Quando digo “DEMASIADO” era MUITO mesmo.

Ele cheirou o meu cachecol, e se afastou.

–Tem o meu cheiro! -Falou me olhando como quem diz “tenho ar de estúpido?”

–S-Sério?! -Droga!- Coicidência… -Falei nervosa.

–Espera ai… -Ele me olhou com atenção, e nesse momento as portas se abriram para a minha escola- VOCÊ FOI A GAROTA QUE EU CHOQUEI NA SEXTA FEIRA!!

–XAU!! -berrei, pegando na mala, e correndo pelo meu cachecol.

Resultado: Apenas consegui fazer um garoto, que mal falei com ele, já está bravo comigo!!

Corri pela minha vida, e avistei Juvia, Erza e Levy bem no fundo.

–ERZA-SAN! JUVIA-SAMA! LEVY-CHAN!! -Berrei acenando um ‘oi’, e elas acenaram de volta.

–VOLTE AQUI SUA LADRA!! -O garoto berrou bravo, acelarando, e eu acelarei também. Elas me olharam confusas, e observaram quem estava atrás de mim.

–Mas aquele não é o garoto que… -Levy murmurou confusa.

–Que chocou na pizzaria? -Erza concluiu, enquando eu corria, passando por elas, e abraçada ao cachecol.

–DEVOLVE O CACHECOL!

–NUNCA!! ELE É SÓ MEU, COMPRE OUTRO!!

–COMPRE VOCÊ OXE, ELE É MEU!!

–ACHADO NÃO É ROUBADO!

–SUA CHATAAAAAAAA!!! -Ele corria atrás de mim, enquanto me escondi dentro do banheiro femenino, forçando a porta para ela não abrir, e observava ele bravo, através do vidro que a porta tinha.

–Hahhaha -Ri fechando a porta na cara dele- Agora pode esquecer o cachecol!!

–Cobarde! -Falou bufando e murmurando- Mas não pode ficar aí para sempre.. -Ele sorriu de lado, e meu riso morreu.

–Quem disse?

–Disse eu!

–E porque ligaria para o que você disse?

–Porque você tem uma coisa que me pertence!

–E quem disse?

–DISSE EU PUXA!

–E se não for verdade que o cachecol não é seu?

–Se não é verdade, porque você correu naquela hora?

–Sei lá, faz tempo que não faço exercício!

Ele começou a murmurar palavrões baixinho, e eu ri.

–O que aconteceu aqui Lucy-San? -Levy chegou, seguida de Juvia e Erza

–GAROTAS!! -Berrei e meus olhos brilharam na hora que as avistei- ESSE MANÍACO ESTÁ ME SEGUINDO!!

–Lucy… -Erza fez facepalm- E que tal devolver o cachecol?

–ELE É MEU!! -Fiz biquinho, ainda trancada na casa de banho, observando os 4.

–Juvia-san acha que Lucy deve devolver, Lucy mesma disse que quando acha-se o dono, iria devolver!

–M-Mas… -Falei fazendo biquinho.

–Lucyyyy!! -Levy falou revirando os olhos. Derrotada, abri a porta do banheiro, e retirei o cachecol. Olhei para ele nas minhas mãos e suspirei, entregando-o ao suposto dono, que em seguida sorriu, e enrolou no pescoço e cheirou.

–Cheira… -Ele me observou- A cheiro de garota!!

Oh no…

–Mas a Lucy-san só usou duas vezes! -Levy falou- Quando saímos da pizzaria, e agora!

–Er… -murmurei baixinho.

–Quantas vezes você o usou Lucy…? -Erza perguntou suspirando, e fazendo facepalm.

–O final da semana inteiro… -Lancei um sorriso amarelo e todos arregalaram os olhos.

–VOCÊ O GASTOU!! -O garoto berrou.

–NÃO O PERDESSE!! -Falei fazendo biquinho, e ele revirou os olhos.

–Enfim… -Juvia suspirou e sorriu- Quem é você?

–Haaa eu? Sou o novo aluno da escola, Natsu Dragneel! -Ele sorriu.

Euolhei para Levy e a mesma sorriu.

–Sou a Levy McGarden, prazer Natsu-san! -Ela sorriu de volta, apertando a mão dele.

–Sou a Erza Scarlett, mas me trate apenas por Erza por favor! -El em seguida, apertou a mão do mesmo, assim como Levy.

–Sou Juvia-san, prazer em conhecer você Natsu-sama! -Ela sorriu carinhosamente para o mesmo.

Todos me olharam e eu retornei à realidade.

–HA POIS!! -Todos ficaram com gota- E-Eu me chamo Lucy! -Estendi a minha mão meia nervosa- Lucy Heartfilia!

Ele apertou a minha mão sorrindo.

E nesse momento, tocou para a aula.

Eu fiquei a falar com o Natsu, e ele me contou que veio para esta escola por transferência, pois os pais eram do mundo dos negócios, e andavam a toda a hora a transferirem para todo o lado, mas dessa vez seria definitivamente, em princípio.

Ele tinha cabelo rosado, e o seu sorriso era o mais brilhante que eu, ou alguém, já viu. Ele está sempre alegre, desde que eu o vi, e mesmo correndo atrás de mim, eu e ele ria-mos, como duas criancinhas pequenas!

–Alunos! -O professor Satenki Horuno, nosso professor de classe, falou, mal a gente se sentou- Esse é o novo aluno, Natsu Dragneel, ele veio para esta escola por questões de trabalho dos pais. Por favor, Natsu, fale um pouco de você à turma!

–Er… Bem, eu não preparei muito bem isso mas… -Ele ficou meio sem jeito- Sou o Natsu, como vocês já sabem, e… Hum… Vim para cá pois meus pais ficam a toda a hora mudando de cidade para cidade, pois são grandes empresários no mundo dos negócios… Er, mas acho que dessa vez é definitivamente, por isso terão de me aturar por muito tempo! -Ele lançou um sorriso mais brilhante do que qualquer estrela que eu já vi!

–Muito bem, sente-se ao lado da senhora Heartfilia! -Ele apontou para um carteira vazia ao meu lado.

–M-Mas professor… -Loki interrompeu, chamando a atenção. Entendi, que pelo tom de voz dele, circulava alguns ciúmes- Aí é a Lissana…

–Pois bem, ela trocará de lugar, pois essas duas, Lucy e Lissana, falam muito durante as aulas. -Sim, verdade, eu falo muito…- Daí eu decidi que Lissana ficaria da outra ponta da sala, ao lado de você! -Ele apontou para a Cana- Enfim, Lissana se atrasou de novo, informem-na do novo lugar da sala dela, por favor! -E dito isso, o professor saiu.

–Legal! -Natsu falou, e eu o olhei- Acabei de conhecer minha primeira amiga, e estou do lado dela!! -Ele sorriu e eu também sorri.

–Realmente, você tem sorte em estar do lado da garota mais perfeitinha da sala! -Falei em tom convencido, e ele riu- Do que está rindo? -Olhei-o de lado, com raiva.

–Perfeitinha? Não quis dizer… Ladra? -Ele riu baixinho, e eu fiquei vermelha de raiva.

–Seu chato!! -Cruzei os braços brava, e entrou a professora Minoni, de biologia.

1 HORA DEPOIS

–Daí que estes animais apenas conseguem vivem assim… Blá blá blá… -Foi tudo o que captei, durante 1 hora de TORTURA sobre animas. Sim, simplesmente, estava-mos a aprender os animais!!

Natsu suspirou fundo, e enterrou a boca no cachecol. Olhei-o no canto do olho, e observei os movimentos do rosado durante uns minutos…

–Vai me olhar até quando, Luceee? -Ele falou murmurando, e eu corei um pouco, desviando o olhar corada.

–E-Era o cachecol… -Murmurei, olhando para baixo, e fingindo que estava anotando o que a Minoni falava.

–Uhum, seeii… -Natsu sorriu de lado, e eu revirei os olhos.

–Que seca de aula… -Murmurei revirando os olhos e bufando, e Natsu riu baixinho.

–Posso saber o motivo do riso Natsu Dragneel? -Minoni falou, parando a aula, e olhando o Natsu.

–Desculpe Minoni-San, não volto a incomudar… -Natsu falou sorrindo de lado, e Minoni retomou a aula.

–Acho bom mesmo, Dragneel! -Ela falou meio, em tom de despreso, e eu ri baixinho.

–Bem feito, ‘Dragneel’- Ri para ele um pouquinho mais alto, e ele revirou os olhos.

–Só Natsu, por favor… -Ele falou, corando um pouco, e desviando o olhar para a porta de saída, mal esta se abriu.

–Diretor!! -Minoni falou meia surpresa- O que o trás aqui??

–Nada demais, só preciso de dar um recado para o senhor Natsu Dragneel! -Ele falou pegando num papel- “Por favor, no final das aulas, venha com seus pais ao meu gabinete, para terminar a sua matrícula nesta escola”. -Ele finalizou, guardando o papel num envelope.

–Hoje não vai dar muito certo, senhor Diretor… -Natsu murmurou, colocando as mãos nos bolsos.

–Tudo bem, amanhã então! -Ele sorriu.

–A-Amanhã também não… -Natsu falou fintando o chão.

–Então quando der!! -Ele se enervou.

–Meus pais foram viajar, eles são pessoas com grandes negócios, então duvido que essa semana dê. Poderia ser para a próxima? -Falou sorrindo de lado, sem jeito.

–Como queira então… -Ele falou murmurando e saíndo- Desculpe interromper a sua aula, Minoni-san! -Ele saiu, e Minoni ficou com gota.

–Mal humorado… -Murmura-mos todos em conjunto, e a aula retomou…

…

…

…

–Hey Natsu… -Murmurei para ele, olhando meia para baixo, e ele desviou o olhar da parede da frente para mim. Ele estava com as mãos atrás da cabeça, relaxado.

–Sim Luce? -Falou, e eu engoli seco.

–Você não se importa que seus pais viajam tanto?? -Perguntei meia com coragem.

–Nop, já me habituei. -Falou descontraído- Não tenho irmãos, então, sempre fico sozinho em casa, cerca de 10 meses por ano, os outros 2 são quando eles estão em casa, por causa de festas ou porque simplesmente acabaram de chegar, e dois ou três dias depois eles vão para outro lugar. -Ele sorriu, e eu o olhava. Como poderia alguém se habituar a uma vida sozinho??

–Mas… Você não fica tão sozinho…? -Murmurei olhando para baixo.

–Nop, eu não fico sozinho, tenho o Happy! -Ele sorriu, e eu fiquei confusa.- Pode zuar o que quiser, mas eu tenho um gato. E ele é azul, por estranho que pareça! -Eu e ele rimos baixinho, e a Minoni mandou-nos calar a boca- Ele é engraçado, e sempre me faz companhia!

–Entendi! -Eu sorri para ele.

–E então, o que seus pais fazem?? -Ele perguntou com curiosidade.

–Minha mãe, ela é super carinhosa, e ela trabalha mesmo ao lado de casa, no prédio ao lado. Ela é advogada, e tem cabelo loiro, e é super parecida comigo!! -Eu sorri.

–E o seu pai? -Ele perguntou, e eu recebi uma facada no meu coração. Olhei para baixo, tentando esconder, ou conter, as lágrimas que invadiam meus olhos. Só aí ele entendeu o que eu quis dizer.- G-Gomene, Lucy, e-eu não sabia…

–... -Fiquei em silêncio, e o sinal para o intervalo tocou.

–Não se esqueçam do dever de casa!! -Minoni berrou para a turma, que saía para o intervalo, correndo. Depois, fiquei eu e apenas Natsu sentados nas carteiras. Ele me olhava, tentando decifrar os meus pensamentos.

–Luce… -Ele murmurou- Desculpe, eu não queria…

–Tudo bem Natsu! -Eu sorri, meia com umas lágrimas no canto do olho- A culpa não é sua você não sabia que ele tinha morrido… -Minha voz foi morrendo, e umas lágrimas grossas começaram a caír dos olhos.

Fiquei ali parada, e fechei os olhos, tentando tirar aquele peso que tinha em cima de mim, faz 2 anos…

E então, senti um quente envolver o meu corpo.

Um abraço de Natsu. Um abraço fofo e apertado, e me senti bem.

–Não chore Lucee… -Ele murmurou- Aposto que você nunca falou isso com ninguém, certo…?

Eu nem precisei de falar, que um soluço meu respondeu a Natsu.

–Calmaa… -Ele falou sorrindo, e me olhando- Está tudo bem, eu estou aqui Lucee… -Ele murmurava, e me embalava meio no abraço, e eu chorava no peito dele.

Confesso que sabia bem, poder desabafar…

Mas.. Desabafar com um cara que acabei de conhecer??