Deixe-me Entrar escrita por Fran Barros, Esthefanny Bezerra


Capítulo 14
Capitulo 14 - Let Me Be Your Father ?


Notas iniciais do capítulo

Oi gatonas, tudo bem ? Capitulo atrasado mas saiu! Espero que gostem, eu não vou falar muito porque ainda estou sentindo o capitulo kkkkk
Espero que gostem, obrigada pelos comentários.
Aproveitem!



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POV Bella
Passaram alguns dias desde o nosso jantar com Alice e nós vivíamos conversando. Ela era uma boa amiga e uma ótima ouvinte.
Nós nos encontrávamos muito. Geralmente almoçávamos juntos depois de sairmos da clínica.
Hoje era mais um dia desses. Edward dirigia para um restaurante que era perto da clínica e perto do trabalho de Alice. Só que... eu estava meio confusa hoje. Alice disse que queria falar uma coisa muito importante comigo hoje, mas não me deu nenhuma dica. Ela não tem esses costumes e eu realmente fiquei com medo.
Saímos do carro e caminhamos de mãos dadas. Clarinha estava no colo de Edward, encostada a ela e olhava tudo com bastante atenção. Entramos no restaurante e de longe avistamos Alice.
Ela estava vestida com um de seus vestidos rosa cheguei. Era bem difícil não vê-la de longe.
– Ainda tento entender por que minha irmã tem tantos vestidos dessa cor... – Edward resmungou ao meu lado e eu ri. Clarinha olhou para mim e soltou uma gargalhada.
Fomos até onde Alice estava e eu a abracei rapidamente. Edward a cumprimentou e ela quis pegar Clarinha no colo, como sempre. Ela tinha um amor de tia ou coisa parecida para com Clarinha.
“Amor de tia” como se Edward fosse o pai dela, pensei.
Eu devia estar ficando louca.
Pedimos nossos pratos e conversamos amenidades. Alice olhava pra mim como se quisesse falar alguma coisa, mas não pudesse.
– Edward, será que você pode nos dar um minutinho? Eu preciso falar uma coisa com Alice em particular. – falei, porque já estava ficando agoniada. Vi Alice se soltar mais e soube que ela também estava preocupada.
– Claro, amor. – ele ia se retirar da mesa, mas eu o impedi.
– Não precisa, vida. Fica aqui com Clarinha que nós vamos lá pra fora, vai ser rapidinho. – ele assentiu e nós duas saímos.
– Fale logo porque eu já estou ficando agoniada. – falei pra ela quando chegamos do lado de fora do restaurante.
– Vou precisar da sua ajuda.
– Para?
– Você sabe que o Edward e a nossa mãe não tem um relacionamento muito bom né?
– Sei e se não me engano é por causa do acidente, estou certa?
– Sim, é por exatamente isso. Bella, minha mãe está arrependida. Ela quer voltar a ter o relacionamento que ela tinha antes para com Edward. Ela quer voltar ao papel dela que por hora ela negligenciou. – Alice olhava muito seria pra mim. – Eu preciso que você nos ajude. Você é a única que Edward ouve. Eu sei que se eu for falar com ele sobre isso, vamos ter uma briga terrível, eu sei como é meu irmão, Bella. Mas com você é diferente. Ele não consegue te machucar, porque ele te ama demais para isso, Bella. Ele vai te escutar, então, por favor, por tudo que é mais sagrado, pelo amor que você tem pelo meu irmão, nos ajude. Fale com ele. Fale que nossa mãe precisa ter ele de volta. – Alice soltou de uma vez.
– Ai, meu Deus, Alice. Eu não sei se ele vai me ouvir.
– Por favor, Bella, tente, pelo menos. – ela me olhava com seus olhinhos pidões que nem querendo, eu poderia dizer não.
– Ai, caramba, olha só no que você está me metendo! Tudo bem, Alice, eu vou ajudar a vocês duas! Mas se Edward brigar comigo, a culpa é toda sua!
– Ai, Bella, eu te amo! – ela me abraçou forte e eu a abracei de volta. – Você pode fazer isso essa noite? – ela me deu um sorriso e eu fiquei sem saber o que responder.
– Alice, eu não sei. Na hora que eu tiver uma oportunidade para falar com ele sobre esse assunto, eu prometo que falarei.
– Está bem. Obrigada. – ela falou e voltamos para o restaurante.
Passamos mais um tempo no restaurante e a forma como eu iria falar com Edward estava me martelando. A cabeça.
Eu realmente queria que ele tivesse uma relação melhor com a mãe dele, eu não sei por quê. Talvez porque a minha relação com a minha mãe não fosse tão boa assim. Ou então, porque quando ele falava de antes do acidente, de como a mãe dele era para ele, seu porto seguro, seu mundo, ele falava de um jeito tão saudoso, como se quisesse que nada tivesse mudado depois do acidente. Como se ele quisesse que a mãe dele não o tivesse abandonado nesse momento tão difícil.
Eu iria tentar de alguma forma.
– Bella? Por que você está tão pensativa, amor?
– Não é nada.
– Bella, você não é assim. Está estranha...
– Não é nada, vida, já disse. Pode ficar tranquilo. – ele decidiu tomar aquilo como verdade e eu agradeci, porque realmente não sabia como falar aquilo para ele. Não ainda.
Chegamos em casa. Passamos o dia vendo filmes, ou eu tentei ver os filmes. Eu estava com a cabeça tão cheia de um jeito, que não conseguia me concentrar direito em nada.
Clarinha dormiu assim que chegamos em casa e acordou lá pras cinco horas. Edward buscou ela no quarto e trouxe ela para sala. Eu estava fazendo o jantar, uma macarronada porque era mais fácil.
Comemos rapidamente e voltamos para a sala. Assistimos alguns programas na televisão. Eu estava encostada em Edward e ele fazia um cafuné maravilhoso.
– Vida, eu vou acabar dormindo se você continuar a fazer isso.
– Pode dormir. – ele sorriu para mim e Clarinha começou a pedir atenção a ele. Isso não era muito normal. – Hey, pequena, o que foi isso? – ele voltou a brincar um pouquinho com ela e eu fiquei apenas encostada nele. Aconteceu mais algumas vezes isso, até que eu dei uma bronca nela e ela começou a chorar. Eu odiava ver minha filha chorar, mas não podia deixar ela virar uma mimada.
– Bella, não grite com ela. Ela é só uma criança.
– Edward, eu não posso deixar ele virar uma criança mimada, se não vai ser mais difícil muda-la depois.
– Mas isso só aconteceu essa vez. – ele falou e a tirou de perto de mim. Já era quase a hora dela ir dormir.
Ver ele a tirando de mim me deu uma dor no coração e eu comecei a querer chorar. Corri para o nosso quarto e tranquei a porta.
Chorei até não poder mais. O sentimento de perda se apoderou de mim e eu soube que eu nunca poderia perder aquela baixinha, porque ela era muito mais que a minha vida. Ela era meu tudo, meu mundo.
Eu ainda estava chorando quando Edward bateu na porta do quarto.
– Bella? Amor, abre essa porta, por favor. – eu não me levantei para fazer isso. Eu não queria que ele me visse nos estado que eu estava. – Bella, abre logo. – ele bateu novamente.
– Não. – eu falei, minha voz estava com o tom de quem havia chorado.
– Amor, abre, por favor. Eu preciso falar com você. É urgente. – quando eu escutei o urgente e ouvi no tom de voz que ele falava, eu fiquei preocupada. Poderia ser alguma coisa com Clarisse e eu corri para abrir a porta. Limpei as lágrimas no dorso da minha mão e abri para vê-lo lindo na minha frente.
– O que houve?
– Eu preciso te pedir desculpas. Eu fui um grosso agora a pouco. Eu nem sou o pai dela, nem nada. Tirei a sua autoridade.
– Não Edward, não precisa se desculpar, não fiquei chateada com isso - falei e limpei o rosto com a mão.
– Claro que preciso, não vai mais acontecer, ok? - ele me puxou para seu colo e entrou no quarto.
– Edward, nunca mais diga que não é o pai dela, você me ajuda em tudo, você mora com a gente, você a trata como sua filha, ela é sua filha sim - falei olhando em seus olhos.
– Obrigado, amor, a Clarinha é tudo para mim, assim como você é - me beijou delicadamente.
– Te amo. - o abracei - Ela já dormiu?
– Já, mas que tal ir lá?- alisou meu cabelo.
– Vamos comigo?
– Sempre - beijou minha mão.
Caminhamos até o quartinho dela e ela se encontrava dormindo, ressonando como um anjo. Senti meu peito se apertar.
Não posso viver sem minha vida, minha filha é tudo na minha vida.
Edward ficou na porta enquanto fui até seu berço. Curvei-me e beijei sua cabeça.
– Nunca vou te deixar e nunca ninguém vai te tirar de mim, minha princesa, nunca - beijei sua bochecha.
Virei-me para Edward e ele sorriu estendendo a mão. Fui à sua direção e seguimos para nosso quarto, aproveitar a presença um do outro.
Acordei e não senti Edward ao meu lado, passei a mão pelo colchão e ouvi um risinho, abri os olhos e dei de cara com minha pequena sentadinha, sorrindo para mim.
– Bom dia princesa - beijei sua bochecha.
– Dia mamãe.
– Cadê o Edward? -perguntei confusa.
– Saiu - respondeu e foi brincar com seu ursinho.
Saiu? Pra onde? Deixei de lado essas perguntas e fui me concentrar em minha filha. Depois de acordada de verdade, banhei minha pequena e me banhei, vesti uma roupa confortável e a deixei de fralda e camiseta.
Depois de um bom tempo só nós duas em casa ouço a porta abrindo, peguei-a e fui para a sala, Edward estava chegando com um enorme sorriso.
– Oi amor, tudo bem? - perguntou - E minha linda, se comportou bem?
– Tudo bem, vida. Ela se comportou sim. - beijei ele. - Onde estava? Algum problema?
– Nenhum, só sai para resolver isso - me entregou um papel, fiquei curiosa.
– O que é? - questionei.
– Abra, amor.
Entreguei Clarinha para ele e fui abrir o envelope. Quando o consegui e comecei a ler, não acreditei no que estava lendo.
– Amor... Isso, isso é sério? - perguntei soluçando. Eu nem havia percebido que comecei a chorar.
– Sim amor, a partir de agora a Clarinha tem o nome da mãe e do pai na certidão de nascimento, agora ela é uma Cullen - respondeu sorrindo.
– Oh meu Deus, Edward! Eu estou tão feliz, obrigada - o abracei e chorei.
Tudo que eu mais queria era que a Clarisse tivesse o sobrenome do pai, mas se fosse para botar o nome do Jacob, eu preferia que ela ficasse sem.
– Filha, o Edward é seu pai agora, meu amor - falei para ela que nos olhava confusa.
– Mô pai? - perguntou.
– Sim, amorzinho - sorri.
– Papai - ela falou e agarrou o pescoço de Edward.
Aquele, com certeza, era o melhor dia da minha vida.


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Notas finais do capítulo

Oi, gente!
Obrigada por estarem mais uma vez aqui. Eu disse que vinha coisa muito boa nessa fic e começou a aparecer.
Eu não estou muito bem para comentar esse capítulo, porque eu realmente só sei sentir esse momento.
Deixem seus comentários e nos façam felizes , bye bye!