Eu não me sentia bem, eu não estava bem.

De uma hora para a outra a temperatura de meu corpo mudava, de quente quase explodindo esfriava tanto que eu chegava a me sentir como um cadáver.

Em meu braço direito havia uma mancha, como se eu houvesse derramado tinta preta lá, mas não adiantava esfregar e esfregar: não saia.

Comecei a imaginar que eles haviam me manchado, mas não era possível já que eu não me lembrava de nada. Não me lembrava de ter sentindo dor, mas eu não sabia se iria ou não doer já que todos os manchados desapareciam e nunca mais eram encontrados.

Mas os que eles escolhem são chamados de machados, pois sempre os que procuravam um médico ou algo do tipo estavam com uma mancha negra em alguma parte do corpo. Como se houvessem derramado tinta preta lá, mas não adiantava esfregar e esfregar: não saia.

Comecei a ficar assustada ao me lembrar de minhas palavras, eu não podia ter sido manchada agora. Não justo agora que eu estava prestes a entrar em uma faculdade e que daqui a alguns dias iria viajar com meus pais e meu irmão mais novo para Londres.

Não mesmo.