Na Noite mais Escura escrita por TreinadorX


Capítulo 73
Apagando provas - parte 1




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Já dentro da garagem do aeroporto, InuYasha e Sango estavam prestes a ligar o gravador para que Kagome e Miroku ouvissem a gravação, mas antes que pudessem fazer isso, o advogado se manifesta.

MIROKU – Antes disso gostaria que vissem uma coisa.

INUYASHA – O que?

Miroku pegou o envelope que recebeu de Tanuki e de dentro dele pegou uma foto e mostrou aos três, era a mesma foto que a polícia tinha de Sango e InuYasha se beijando e nisso Kagome se manifesta.

KAGOME – Algum de vocês dois pode explicar isso?

SANGO – Isso é um absurdo! Uma armação descarada.

INUYASHA – Miroku! Kagome! Tem que acreditar em nós! Isso é uma farsa e...

MIROKU – Mas é claro que é uma farsa, uma armação! (ele pega a foto e a guarda)

SANGO – Mas se sabe que isso era uma farsa por que quis mostrar á nós?

MIROKU – Porque por muito menos do que isso, vocês dois fizeram insinuações sobre mim e Kagome! Eu queria mostrar como tinham sido injusto conosco.

INUYASHA – Está certo Miroku! Esse tipo de desconfiança não deveria existir entre nós! Eu peço desculpas por tudo.

KAGOME – Sango.

SANGO – Ta! Eu também peço desculpas.

MIROKU – Acho que nesse ponto as coisas estão esclarecidas! Agora vamos ao que interessa.

INUYASHA – Ok! É por isso que estamos todos aqui.

InuYasha pega o gravador e aperta o botão de executar para que o aparelho reproduzisse a gravação de uma conversa entre Kanna e Kagura dias antes do assassinato de Kohaku.

INÍCIO DA GRAVAÇÃO

KANNA – Essa é uma decisão que ainda precisa ser discutida.

KAGURA – Não senhora! Ela já foi discutida! O seu marido está chegando muito perto da verdade.

KANNA – De Kohaku cuido eu!

KAGURA – Com todo respeito, mas acho que não fez um bom trabalho! Se ele falar com a irmã o que já descobriu, poderemos ter problemas.

KANNA – Isso não vai acontecer! Vou falar com ele para que desista dessa investigação.

KAGURA – Para o bem do seu marido espero que consiga, caso contrário, termos que eliminá-lo, junto com Kouga e Ayame, que já estão com seus destinos definidos.

KANNA – Eu sei! Caso eu não consiga, façam o que tem que fazer.

KAGURA – Sim senhora.

FIM DA GRAVAÇÃO

InuYasha desliga o gravador e assim ele e Sango observam as reações de Miroku e Kagome diante daquilo que ouviram.

MIROKU – Kanna está por trás da morte de Kohaku! Por essa eu não esperava.

KAGOME – Foi ela mesma! (ela olha para Sango) – Imagino como deva estar se sentindo.

SANGO – Eu estou cheia de raiva! Essa pilantrinha me enganou o tempo todo! Maldita hora que meu irmão se apaixonou por ela.

MIROKU – Eu só não entendi uma coisa! Se Kagura sabia que Kanna era quem comanda isso, por que ela jogou suspeita contra Kikyou?

INUYASHA – Eu acho que posso responder essa pergunta! Kagura fez isso para desviar o foco da investigação! Ela sabia que eu e Sango ficaríamos obcecados se soubéssemos que Kikyou tinha participação na conspiração.

MIROKU – Um plano de contingência para proteger Kanna?

INUYASHA – Sim! A conspiração tinha como objetivo esconder um esquema aonde o Grupo Naraku e a Tesseiga iriam se beneficiar, em milhões, com súbita doença que provocariam nos chineses se conseguissem usar os efeitos colaterais da jóia de quatro almas.

KAGOME – E Kikyou? Por que ela fugiu se estava contando a verdade?

INUYASHA – Ela tinha medo que a acusassem de assassinato pelo que houve com Naraku, pois ela sabia dos efeitos colaterais e sabia que Naraku iria usar a jóia.

MIROKU – Meu Deus! Mas que loucura! (ele bota as mãos na cabeça) – Essa gravação é autentica?

INUYASHA – Provavelmente é sim, mas você pode pedir isso quando levar para a promotora-chefa Midoriko.

MIROKU – Então é isso que quer de mim?

INUYASHA – Sim! Nós mesmos levaríamos a gravação, mas se formos presos, Toutoussai, que está ajudando a conspiração, irá pegar a gravação.

MIROKU – Toutoussai faz parte da conspiração?

INUYASHA – Ele alega que não! Que faz isso por outros motivos.

SANGO – E aí, Miroku? Vai nos ajudar, ou não?

MIROKU – Claro! Isso não pode ficar assim. (ele pega a gravação) – Farei o que tem que ser feito.

Depois de pegar a gravação, Miroku se afasta de todos para sair da garagem, mas antes que saísse, Sango foi até ele.

SANGO – Espere, Miroku! (ficando frente á frente com ele) - Eu tenho que dizer uma coisa! Você estava certo sobre Onigumo.

MIROKU – Estava sim.

SANGO – Eu fui imprudente e precipitada, deveria ter te ouvido mais.

MIROKU – Deveria sim, mas nem mesmo eu poderia imaginar que Kanna estivesse por trás de tudo, portanto não se sinta tão humilhada, pois ela enganou muita gente por muito tempo, não só você.

SANGO – Obrigada.

Sango sorriu para Miroku, que naquele momento abriu a porta da garagem para sair, InuYasha e Kagome tinham observado a cena.

INUYASHA – Acha que eles se acertam?

KAGOME – Acho que sim! Eles se amam assim como nós. (ela o beija)

INUYASHA – Tem razão! Mas é melhor ir com Miroku. (Sango se aproxima deles)

KAGOME – Eu não sei! Talvez a polícia já saiba que eu estou ajudando vocês.

SANGO – Seu testemunho irá ajudar Miroku a convencer Midoriko.

KAGOME – Mas e vocês?

INUYASHA – Ficaremos escondidos aqui até tudo ser esclarecido.

KAGOME – Então ta!

Kagome beija novamente InuYasha e em seguida se afasta para sair da garagem e acompanhar Miroku, mas quando ia abrir a porta, o advogado, acompanhado de Tanuki e Mushin, surge diante dela.

KAGOME – Esqueceu algo?

MIROKU – Sim! As armas de Sango e InuYasha.

SANGO – Mas é claro! Esquecemos que demos nossas armas a eles.

MIROKU – Na verdade não, Sango! Eu voltei para dar uma coisa a vocês dois.

Antes que InuYasha e Sango perguntassem o que Miroku queria dar a eles, o advogado usou uma arma de choque nos dois fazendo-os desmaiar, nisso Kagome se manifesta.

KAGOME – O que está fazendo, Miroku? Ficou louco.

MIROKU – Segurem-na!

Tanuki agarra Kagome, a impedindo que interferisse nas ações de Miroku e enquanto isso no Grupo Naraku, mais precisamente na sala da presidência, Kanna estava diante da janela que tinha uma vista privilegiada da cidade, que era linda á noite, a presidente da empresa estava pensando em tudo que já tinha feito e o alto custo que teve que pagar e que não poderia voltar atrás e naquele exato momento, Rin entrou na sala, interrompendo seus pensamentos.

RIN – Com licença, Kanna.

KANNA – Sim, Rin?

RIN – Você contou á Onigumo toda a verdade?

KANNA – Eu não tinha escolha! (ela se senta em sua cadeira) – Tive que contar.

RIN – E ele? Como reagiu?

KANNA – Mal! Sentiu-se humilhado e não era para menos! Saber que a noiva o traía não é uma coisa agradável de saber! Ele até deu um soco na parede! Está na enfermaria nesse momento.

RIN – Se eu disser que sinto pena dele, estarei mentindo.

KANNA – Você é bem honesta, Rin! Mas acredito que não foi para isso que veio até aqui.

RIN – Sim! A verdade é que estou preocupada! Sesshoumaru ainda não chegou e ele disse que estava aqui perto! Já era para ter chegado.

KANNA – Telefonou para ele?

RIN – Sim! Várias vezes, mas só da caixa postal e... Ah sim! Eu já sei o que vou fazer. (ela começa a discar no seu celular)

KANNA – Para quem vai ligar?

Apesar da curiosidade da amiga, Rin não respondeu a pergunta dela e ligou para o celular de Satsuki, que naquele momento estava na casa de Kouga ajudando Shippou a cuidar de Genku.

SATSUKI – Alô.

RIN – Satsuki! Sou eu! Por acaso seu pai apareceu por aí ou te ligou nessa última meia hora?

SATSUKI – Não! Já não vejo o meu pai desde que ele saiu para ir até em casa.

RIN – Sei! Ele estava procurando meu álbum de fotos da minha infância, mas eu não sei o motivo.

SATSUKI – O que houve?
RIN – Ele me ligou dizendo que queria tirar uma dúvida com Kanna, mas ele não apareceu até agora! Estou tentando ligar para ele, mas não consigo retorno.

SATSUKI – Será que aconteceu alguma coisa com meu pai?

RIN – Calma Satsuki! Talvez ele tenha sido detido por algum soldado mal informado de que o toque de recolher já acabou, eu vou ver isso.

SATSUKI – Eu também vou tentar ficar ligando para o celular dele, talvez ele tenha perdido ou algo parecido.

Satsuki desliga o seu celular e Shippou, com Genku no colo, tinha ouvido a conversa.

SHIPPOU – O que foi? Aconteceu algo com seu pai?

SATSUKI – Eu não sei! (ela se senta no sofá da sala) – Tem algo de estranho acontecendo. (olhando para o chão)

SHIPPOU – Eu sei. (ele se senta ao lado dela) – Está uma noite estranha mesmo.

SATSUKI – Sabe Shippou? (ela olha para ele) – Estou com muito medo.

Shippou não sabia o que dizer para tranqüilizar a amiga e por isso ele simplesmente segura a mão dela para que a filha de Sesshoumaru não se sentisse sozinha e enquanto isso na garagem do aeroporto Garuga, InuYasha e Sango começam a voltar à consciência e percebem que estão algemados á um duto de ventilação enquanto eram observados por Miroku e mais adiante por Mushin e Tanuki que seguravam Kagome.

INUYASHA – O que está fazendo Miroku?

SANGO – Por favor, não vai me dizer que você também faz parte da conspiração.

MIROKU – Eu?! Mas é claro que não!

SANGO – Então por que nos prendeu.

MIROKU – Porque estão sendo precipitados novamente! (ele encara Sango) – Sango! Acredite! Levar Kanna para a cadeia não vai trazer seu irmão de volta. (Kagome se manifesta diante daquele argumento)

KAGOME – E o que pretende fazer com a gravação, Miroku? Destruí-la?

MIROKU – Não! (ele vai até Kagome) – Pretendo usá-la para cavar mais fundo na conspiração.

KAGOME – Como assim?

MIROKU – Toutoussai envolvido! Kagura incriminando Kikyou! Está na cara que tudo isso foi feito para proteger alguém! Pretendo ir até Kanna e propor um acordo á ela para que entregue o chefão de tudo.

SANGO – Isso não! Ela não pode se livrar da cadeia depois de ter matado meu irmão! Isso eu não vou permitir.

Miroku ignora os apelos de Sango e em seguida ordena, com um olhar, para que Mushin e Tanuki soltassem Kagome.

KAGOME – Aposto que desconfia de que Ryukosei seja essa pessoa que estão protegendo, não é?

MIROKU – Certeza eu não tenho, por isso é que pretendo usar a gravação e...

INUYASHA – Está cometendo um erro, Miroku, pois desta vez é você que está sendo obcecado! Ryukosei quer ser prefeito de Tóquio e você quer impedir que isso aconteça e não está analisando as coisas com clareza.

KAGOME – Nisso ele tem razão, Miroku! Essa gravação prova que Kanna estava no comando, pois Kagura obedecia a ordens dela.

MIROKU – Todos vocês concordam que essa conspiração começou na época em que Sara, primeira esposa de Sesshoumaru descobriu algo e por isso foi morta, não é? Kanna tinha apenas treze anos de idade nessa mesma época! Vocês acham mesmo que uma menina de treze anos iria bolar um plano desses? A resposta é não, portanto eu vou descobrir quem é essa pessoa e seja quem for, é ela a responsável pelas mortes de Kohaku e Ayame. (ele olha para Mushin e Tanuki) – Fiquem de olho neles.

MUSHIN – Claro, filho.

MIROKU – Kagome! Você vem comigo.

KAGOME – Não! Eu quero ficar aqui com Sango e InuYasha, pois não concordo com o que está fazendo.

Diante daquelas palavras, Miroku levou Kagome para fora da garagem a fim de que ninguém os interrompesse.

MIROKU – Eu sei por que está com esse comportamento contra mim! Não é porque concorda com eles, mas porque tem duvidas das minhas ações, pois eu tenho escondido coisas de você.

KAGOME – Isso mesmo, Miroku! Você me deve muitas explicações! Qual a relação do meu pai com Ryukosei e Takeshi? E o que tem de especial a fabrica de chocolate em que eles trabalhavam?

MIROKU – Eu não posso dizer isso agora e...

KAGOME – Mas tem que dizer sim! Eu mereço isso! Está falando do meu pai! Eu quero saber o que tanto esconde de mim! Por que faz isso, Miroku?

MIROKU – Porque essa história não envolve somente seu pai, mas você também.

KAGOME – Eu?! Mas eu só tinha uns nove anos nessa época e...

MIROKU – Eu só vou dizer uma coisa para perceber o quanto o assunto é sério! Essa história tem haver com sua infertilidade.

KAGOME – Isso é sério? (ele afirma com a cabeça) - Então eu quero saber! Eu preciso saber e...

MIROKU – Essa não é a hora, Kagome! (ele segura os ombros dela) – Quando toda essa confusão passar, nós sentaremos á uma mesa e conversaremos sobre o assunto e lhe darei todas as explicações que pedir, eu prometo, mas no momento preciso de sua colaboração! Posso confiar em você?

KAGOME – Sim! Pode confiar.

MIROKU – Quando eu falar com Kanna que tenho a gravação, tenho certeza que ela irá aceitar um acordo para que delate seu chefão.

KAGOME – Mas eu ainda quero ficar aqui.

MIROKU – Como quiser. (ele pega o gravador) – Então fique com isso.

Miroku da o gravador para Kagome, que com posse dele, entra novamente na garagem e nisso Miroku vai até seu carro, mas antes de entrar no veículo, ele usa seu celular para ligar para Kanna, que naquele momento estava sozinha em sua sala.

KANNA – Alô.

MIROKU – Kanna! Sou eu, Miroku! Precisamos conversar.

KANNA – Já posso imaginar o que seja! Eu também fiquei surpreso com a revelação de que InuYasha e Sango tinham um caso e...

MIROKU – Não é nada disso, Kanna! O que quero é a verdade, quem você está protegendo e se isso valeu a vida do seu marido.

KANNA – Não sei do que está falando e...

MIROKU – Sabe sim!

KANNA – Não estou gostando do modo como está falando comigo.

MIROKU – Estarei chegando aí dentro de meia hora! Temos muito que conversar.

Miroku desliga o seu celular, entra em seu carro e sai daquele lugar e enquanto isso no departamento de polícia, Jinenji estava ligando para o celular de Toutoussai.

TOUTOUSSAI – Conseguiu alguma pista do paradeiro de InuYasha e Sango?

JINENJI – Acho que sim! O piloto do jato em que Miroku estava, acabou de entrar em contato dizendo que estranhou o fato de Miroku ter pedido á ele que aterrissasse no desativado aeroporto de Garuga.

TOUTOUSSAI – E o que isso tem haver?

JINENJI – Acontece que esse piloto acabou de ver Miroku conversando com Kagome.

TOUTOUSSAI – Então ela está lá?

JINENJI – E se ela realmente foi ajudar InuYasha e Sango é sinal de que eles também devem estar lá.

TOUTOUSSAI – Bom trabalho, Jinenji!

JINENJI – Obrigado, mas me agradeça quando os soldados prenderem os dois e...

TOUOUSSAI – Você mandou os soldados prenderem Sango e InuYasha?

JINENJI – Sim! Tem um grupo naquela região e eles tem as identificações de Sango e InuYasha, portanto podem prendê-los.

TOUTOUSSAI – Não! Não! Mande-os retornar! Pode deixar que eu mesmo faço essa prisão.

JINENJI – Mas por quê? Os soldados estão mais perto e...

TOUTOUSSAI – Mas eles não conhecem InuYasha como eu! Pode deixar que eu sei lidar com eles.

JINENJI – Mas...

TOUTOUSSAI – Isso é uma ordem, Jinenji!

JINENJI – Sim senhor! O senhor é quem sabe! Farei isso imediatamente.

TOUTOUSSAI – Ótimo!

Toutoussai que estava dirigindo seu carro nas ruas de Tóquio, desliga o seu celular e em seguida acelera a velocidade do veículo rumo ao aeroporto Garuga e enquanto isso, depois de falar com Toutoussai, Jinenji foi até Gatenmaru.

JINENJI – Eu quero que me faça um favor.

GATENMARU – Claro, capitão! O que é?

JINENJI – Conseguimos encontrar o esconderijo de InuYasha e Sango! Mandei um grupo de soldados para prendê-los, mas Toutoussai quer que ele mesmo faça a prisão, portanto quero que ligue para o general que peça aos seus soldados que retornem as suas posições.

GATENMARU – Ta! (ele pega o telefone e vê Jinenji indo embora) – Aonde o senhor vai?

JINENJI – Vou até ao gabinete do ministro Ryukosei! Vou informá-lo de que Toutoussai está extrapolando seu poder.

GATENMARU – E por que não liga daqui para ele?

JINENJI – Quero falar isso pessoalmente! Cara á cara! Agora faça o que pedi e ligue para o general.

Gatenmaru obedece a ás ordens de Jinenji, que sai do local, ele parecia aborrecido com a postura de Toutoussai e enquanto isso, já se aproximando do aeroporto, Toutoussai liga para Kanna, que estava sozinha em sua sala no Grupo Naraku.

KANNA – Conseguiu encontrá-los?

TOUTOUSSAI – Sim! Eles estão no aeroporto Garuga! Kagome entrou em contato com Miroku e acho que ele já sabe de tudo.

KANNA – Eu não acho! Tenho certeza! Ele me ligou agora pouco e quer conversar comigo.

TOUTOUSSAI – Tem razão! Ele já sabe de tudo, mas não se preocupe, senhora! Já reunir uma equipe de ataque e agiremos imediatamente assim que chegarmos ao aeroporto.

KANNA – Mas não deviam ir atrás de Miroku?

TOUTOUSSAI – Senhora! Miroku não é burro! Certamente ele não iria se arriscar indo falar com a senhora estando com a gravação! Tenho certeza de que a gravação está no aeroporto. (nesse momento Ban entra na sala)

KANNA – Um momento! (ela coloca a mão no fone e olha para Ban) – O que foi, Ban?

BAN – Miroku está na recepção.

KANNA – Volte lá e diga que já estou descendo.

BAN – Sim senhora.

Ban se afasta de Kanna e sai da sala e assim a presidente do Grupo Naraku volta a dar atenção á Toutoussai.

KANNA – Então pegue gravação logo! Não sei por quanto tempo consigo segurar Miroku.

TOUTOUSSAI – Pode deixar comigo.

Toutoussai desliga o seu celular ao chegar aos arredores do aeroporto, como ele não queria chamar a atenção, estacionou o carro dele ali mesmo e nisso ele percebeu a aproximação de dois helicópteros, era equipe de ataque de que estava falando e enquanto isso no Grupo Naraku, Kanna foi até a recepção onde Miroku estava.

KANNA – Que bom vê-lo, Miroku. (ela estende a mão, mas ele não cumprimenta)

MIROKU – Vamos logo ao assunto! (ficando de costas para ela) – Acho que já sabe por que vim.

KANNA – Presumo que sim, mas diga assim mesmo para evitarmos algum mal entendido.

MIROKU – Claro. (ele se vira de frente para ela) – Eu sei de tudo! Sei do seu esquema, sei de sua participação na morte de Kohaku! Eu ouvi a gravação.

KANNA – Pois bem! O que quer de mim?

MIROKU – Quero saber quem está protegendo! Se me contar, poderei ser indulgente com você! A promotora Midoriko me deve alguns favores e assim posso convencê-la a pegar leve com você, desde que entregue o nome de quem está protegendo. (Kanna suava frio)

KANNA – Eu não vou fazer isso, Miroku! Pode esquecer.

MIROKU – Tem noção de que se eu entregar a gravação para Midoriko, você será condenada á pena de morte pelos crimes que cometeu?

KANNA – Tenho e mesmo assim não vou falar nada. (ela estava nervosa) – Por favor, Miroku! Não me entregue! Eu só fiz o que fiz para proteger esse país! A China ainda vai tomar o lugar do Japão como potência da Ásia e quando isso acontecer, você me dará razão e...

MIROKU – E você acha que tudo isso justifica as várias mortes? Portanto agora me diga quem vocês estão protegendo, por acaso é Ryukosei?

KANNA – Eu não vou falar nada. (ela temia de medo de ser presa e mesmo assim não cedia)

MIROKU – O meu pai sempre me disse que noventa por cento do que um grande mentiroso fala é verdade! Você conseguiu mentir para muita gente por muito tempo, como consegue? Você é mesma filha de seu pai.

KANNA – Você falou tudo, Miroku! A família é o mais importante.

MIROKU – Claro e por isso matou seu pai e depois mandou matar seu marido! (sendo irônico) – Para mim pouco importa seus motivos! Se não me entregar o nome do seu chefe, vou entregar a gravação para Midoriko e ninguém mais saberá de você.

Miroku decidiu dar um tempo para ver se Kanna cedia, ele percebeu que ela não parava de suar frio e enquanto isso dentro da garagem do aeroporto Garuga, InuYasha e Sango ainda estavam algemados e Kagome andava de um lado para o outro diante deles.

SANGO – Nos solte, Kagome! Não pode permitir que Miroku ajude Kanna.

KAGOME – Ele não vai ajudá-la! Miroku acredita que alguém está por trás de Kanna, um chefão.

INUYASHA – Kagome! Escuta-me, por favor! Miroku está cometendo um erro.

KAGOME – Mas InuYasha, quem sabe ele não esteja certo! Talvez seja melhor mesmo levar para a cadeia o chefão em vez de somente Kanna e...

INUYASHA – Está errada, Kagome! Eu não sou idiota á ponto de não perceber que tem alguém por trás de Kanna, comandando suas ações.

KAGOME – Se sabe disso, então por que acha que eu e Miroku estamos errados?

INUYASHA – Por que Kanna é uma pessoa que matou o próprio marido! Ela é uma pessoa perigosa! Se Miroku conseguir fazer um acordo com ela, o que não vai, Toutoussai vai impedir, o que é provável! A única coisa que Miroku vai conseguir com isso é se tornar um alvo.

SANGO – Acha mesmo?

INUYASHA – Sim! Essa conspiração irá matá-lo! (ele olha para Kagome) – Precisa nos ajudar a impedir isso.

KAGOME – Mas...

INUYASHA – Kagome! Olhe para mim! Eu não estou com um olhar obcecado, estou ciente do que estou falando! Essa gente armou contra mim e sei muito bem do que eles são capazes de fazer.

Kagome olhou bem para o marido e percebeu a firmeza em suas palavras, ele sabia o que estava dizendo e nisso Kagome vai para a porta, olha para fora e percebe que Mushin e Tanuki estavam á postos e vigilantes e assim volta para junto de InuYasha e Sango.

KAGOME – Mesmo que eu concorde com você no que disse, Mushin e Tanuki não vão concordar e eles estão armados.

INUYASHA – Solte-nos e daremos um jeito, caso contrário, tudo será perdido.

KAGOME – Mas como vou solta-los? Eu não tenho as chaves.

INUYASHA – Me ê um grampo do seu cabelo.

Kagome retira um grampo que prendia seus cabelos e o entrega á InuYasha, ele, por sua vez, usa o grampo no buraco da algema até que ela se abre, depois faz o mesmo com as algemas de Sango, a libertando também.

SANGO – Bem melhor assim.

INUYASHA – Agora vem a parte difícil. (ele olha para Kagome) – Vou precisar de sua ajuda! Quero que chame um deles para dentro.

Kagome, InuYasha e Sango avançam com cuidado até a porta, mas somente Kagome coloca o rosto para fora.

KAGOME – Um de vocês poderia vir me ajudar?

TANUKI – Ok! (ele olha para Mushin) – Vou lá ver o que é! Fique aqui de guarda.

MUSHIN – Claro.

Então á pedido de Kagome, Tanuki a segue e quando ele adentrou na garagem é acertado por InuYasha com um golpe na cabeça, caindo desmaiado, assim Sango pega a arma dele.

SANGO – Algeme-o.

INUYASHA – Pode deixar.

InuYasha usa uma das algemas e prende Tanuki no duto de ventilação e depois olha para Kagome.

INUYASHA – Me dê a gravação.

KAGOME – Aqui. (ela da o gravador á ele)

INUYASHA – Agora fique aqui!

KAGOME – Ta! Mas tomem cuidado.

InuYasha e Sango esperam por um momento em que Mushin estivesse de costas para a garagem e quando isso acontece, eles saem de lá e Sango aponta uma arma na cabeça do velho policial.

SANGO – Eu não quero te machucar, Mushin, portanto não resista. (ela pega a arma dele)

MUSHIN – O que fizeram com Tanuki?

INUYASHA – Nada! Ele só vai acordar com uma grande dor de cabeça.

Depois de dominarem a situação, InuYasha e Sango estavam prestes a chamar Kagome para que eles fossem embora, mas naquele exato momento, eles percebem a súbita aproximação de dois helicópteros e perceberam ainda mais os homens armados com metralhadoras que estavam neles.

MUSHIN – Quem são eles?

INUYASHA – São homens de Toutoussai! Corra!

Eles tentaram correr para dentro da garagem, mas os disparos das metralhadoras foram naquela direção e eles tiveram que correr para o lado da garagem.

INUYASHA – Mushin! Nós não vamos conseguir sem sair dessa sem trabalhar junto! Precisamos de sua ajuda.

MUSHIN – Está bem! Eu tenho outra arma. (ele levanta a barra da calça e pega a arma que estava amarrada na perna)

SANGO – Ótimo! (ela estica a cabeça e percebe que os helicópteros aterrissaram) – São quatro atiradores! Dois em cada helicóptero.

Sango voltou a se esconder depois de perceber que os quatro atiradores estavam vindo na direção deles.

INUYASHA – Não tem nada que possamos usar?

SANGO – Eu não!

Nisso Mushin se lembrou que estava com a sacola que Miroku trouxe da China e nela tinha algumas bombas de fumaça que ele tinha ganhado do Mestre Zhi, assim Mushin pega as que sobraram.

MUSHIN – Isso serve?

INUYASHA – Vai ajudar.

InuYasha pega as bombas e assim que percebe a aproximação dos atiradores, as joga na direção deles, que os deixam atordoados e atirando para esmo, nisso InuYasha, Sango e Mushin aproveitam e atiram neles acertando em todos e matando-os consequentemente, mas na troca de tiros, o padrinho de Miroku acabara sendo acertado no peito.

SANGO – Mushin! Mushin! Resista, por favor. (tentando mexer no corpo dele e InuYasha coloca a mão no ombro dela)

INUYASHA – Sango! Ele morreu.

SANGO – Mas ele não merecia, InuYasha! Ele era um bom policial.

INUYASHA – Eu sei, mas temos que ir.

InuYasha puxa Sango pelo braço e assim eles vão até a garagem e percebem que ela está aberta, ou seja, alguém entrou lá, assim ele se aproximam com cuidado da porta e ao entrarem vêem Toutoussai segurando Kagome e apontando uma arma na cabeça dela.

TOUOUSSAI – Melhor ficar bem aí, InuYasha.

INUYASHA – Solte-a Toutoussai! (ele aponta uma arma contra ele) – Ela não tem nada com isso.

TOUTOUSSAI – Me dê a gravação e eu a solto.

KAGOME – Não faça isso, InuYasha! A gravação é a prova da inocência de vocês.

TOUTOUSSAI – Cale-se! Ou quer levar um tiro na cabeça? (ele olha para InuYasha) – E então InuYasha? A sua liberdade vale a vida da mulher que ama? Dê-me a gravação.

KAGOME – Não InuYasha! Não faça isso e...

Kagome para de falar ao ser ferida, no braço, por um golpe de faca, desferido por Toutoussai, o sangue escorria pelo braço dela.

INUYASHA – O que fez com ela?

TOUTOUSSAI – Eu perfurei uma artéria! Isso é uma garantia de que não virá atrás de mim depois que me entregar a gravação! Kagome precisará ir para um hospital! Agora me entregue a gravação.

INUYASHA – Ta bom! (ele olha para Sango) - Eu sinto muito Kagome, mas você é importante demais para mim! Não posso deixar que ele te faça mal.

TOUTOUSSAI – Isso mesmo, InuYasha! (ele percebe que Sango ia sacar a arma dela) – Nem pense nisso, detetive! Quer arriscar a vida de uma mulher inocente.

INUYASHA – Olha Sango! Eu sinto muito.

SANGO – Eu entendo, InuYasha! Faça o que deve fazer.

TOUTOUSSAI – Jogue a gravação até aqui e depois joguem suas no bueiro.

InuYasha joga o gravador até onde estavam Toutoussai e Kagome e assim o velho agente pega o objeto, depois eles jogam as armas no bueiro da garagem e assim Toutoussai, conduzindo Kagome, vai até o lado de fora da garagem e quando se sentiu seguro ele joga Kagome no chão e vai correndo até seu carro que estava ali perto e de posse da gravação, ele sai do local e enquanto isso no Grupo Naraku, Miroku finalmente tinha perdido a paciência com Kanna.

MIROKU – O tempo acabou, Kanna! Você tomou sua decisão.

KANNA – Miroku! Não faça isso! Eu posso te ajudar! Sei das suas pretensões políticas! O Grupo Naraku pode financiar uma eventual candidatura sua! Podemos trabalhar juntos e assim pode derrotar Ryukosei e ser prefeito de Tóquio, o que acha?

MIROKU – Eu só quero uma coisa! A verdade, mas se não é capaz de me dar isso, nossa conversa acabou.

Naquele momento Rin aparece diante deles e se mostra surpresa com a presença de Miroku no local.

RIN – Miroku?! Eu não sabia que já tinha chegado de viagem! O que faz aqui?

MIROKU – Por que não pergunta para sua amiga? (ele olha para Kanna) – Diga a ela o motivo de eu estar aqui.

Rin olha para Kanna e percebe que ela estava pálida, a presidente do Grupo Naraku não queria que a verdade viesse á tona e o nervosismo tomou conta dela e naquele momento o celular dela começa a tocar.

KANNA – Com licença. (ela se afasta um pouco deles e atende o aparelho com uma enorme esperança) – Alô.

TOUTOUSSAI – Consegui a gravação.

KANNA – Mesmo?!

TOUTOUSSAI – Sim! Ligo-te quando estiver em local seguro.

KANNA – Ok! Obrigada.

Kanna desliga o seu celular e um enorme alívio tomou conta dela e assim ela volta para junto de Miroku e Rin.

KANNA – Rin! Eu vou contar o que Miroku veio fazer aqui, quer mesmo saber?

RIN – Quero.

KANNA – Ele veio até aqui para falar absurdos contra a minha pessoa! Imagina que ele veio me acusar de ter matado Kohaku, vê se pode?

RIN – O que?

MIROKU – Não brinca comigo, Kanna! (ele olha para Rin) – Rin! Não é Kikyou e sim ela que está por trás da morte de Kohaku, eu tenho a prova.

KANNA – Mesmo! Então nos mostre! Onde ela está?

Rin olha para Miroku esperando alguma explicação por parte dele, já o advogado notou a súbita mudança de atitude de Kanna, pois ela estava mais confiante e assim começou a ligar as coisas.

MIROKU – Quem era no celular?

KANNA – Não tenho que lhe dar satisfação com quem eu falo, ainda mais depois de lançar calúnias contra mim.

MIROKU – Se você fez mal aos meus amigos, eu vou...

KANNNA – Ban! Ban! (ela o chama até ele aparecer)

BAN – Sim?

KANNA – Conduza o senhor Miroku até a saída!

Miroku percebe que era inútil discutir, Kanna estava no controle da situação e só restava á ele sair do local para saber o que tinha acontecido para essa reversão na situação.

Próximo capítulo = Apagando provas – parte 2


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