Na Noite mais Escura escrita por TreinadorX


Capítulo 69
Noite tenebrosa - parte 1




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Depois de conseguir sair do hospital, Kikyou percebeu que ia ser difícil ir embora, já que não tinha transporte e com o toque de recolher, as ruas estavam desertas, eram quase oito horas da noite, por isso até chegou a cogitar roubar um carro até que viu algo.

KIKYOU – Mas é o carro de InuYasha?! (ela se aproxima do carro) – Claro! Kagome deve ter vindo nele! Isso veio a calhar.

Para a sorte de Kikyou o carro não estava travado, talvez Kagome, preocupada demais com o estado de saúde da mãe, tenha se esquecido desse detalhe e assim Kikyou entra no veículo, mexe na bolsa de Kagome e de dentro dela tira a chave do carro para ligar o veículo e sair dali, durante o trajeto, ela usa o celular da esposa de InuYasha.

KIKYOU – Onigumo.

ONIGUMO – Kikyou! Onde você se meteu? Estou te procurando há horas!

KIKYOU – Isso é uma longa história, amor e...

ONIGUMO – Isso tem haver com o fato do prédio da Tesseiga estar semi-destruído? Pois estou parado bem em frente á ele.

KIKYOU – Também tem haver! (ela dobra a esquina) – Eu estava na Tesseiga na hora da explosão junto com InuYasha e por isso fui levada para o hospital.

ONIGUMO – O que estava fazendo com InuYasha?

KIKYOU – Esquece isso! Acabo de sair do hospital! Me escuta Onigumo, por favor! Já que está fora do Grupo Naraku, vamos embora! Não importa o toque de recolher.

ONIGUMO – Me responda Kikyou! O que você estava fazendo com InuYasha na Tesseiga?

KIKYOU – Ele estava trabalhando para a Segurança Interna! Ele desconfiou de mim e me levou até lá! Aí houve a explosão e me levaram para o hospital e...

ONIGUMO – Você disse Segurança Interna?

KIKYOU – Sim! Olha Onigumo! Estou indo para casa e arrumar as malas! Iremos viajar, não importa o toque de recolher.

ONIGUMO – Talvez nem seja preciso! Soube que capturaram os terroristas e assim acho que é questão de tempo retirar o toque de recolher.

KIKYOU – Então melhor assim! Venha para casa e depois vamos sair do país.

ONIGUMO – Sim, mas tenho que fazer uma coisa antes e...

KIKYOU – Mas estou com medo! Não quero ficar nessa cidade por muito tempo! Vamos sair logo.

ONIGUMO – Vá para casa e te vejo depois! Tenho assuntos pendentes para resolver.

KIKYOU – Mas eu não posso ir para...

Onigumo desligou o celular e Kikyou não conseguiu dizer a ele que não poderia voltar para casa, já que era uma foragida e enquanto isso em frente à companhia de água, os peritos já tinham chegado ao local e também policiais, que levavam o MPX1200 e a jóia de quatro almas, InuYasha vê os peritos levando o corpo de Kouga.

INUYASHA – Ele não devia ter vindo com a gente.

GATENMARU – Eu sinto muito! Foi culpa minha! Eu devia ter tido mais cuidado.

SANGO – Não foi culpa sua, Gatenmaru! Kouga sabia dos riscos e até estava disposto a corrê-los para vingar a morte de Ayame.

INUYASHA – Pobre Genku! Tinha perdido a mãe e agora perdeu o pai.

Sango coloca a mão no ombro de InuYasha, não havia nada para ser feito e naquele momento um helicóptero desce no local e de dentro dele o piloto sai para ir até eles.

PILOTO – Eu tenho ordens de levar Houjo até o hospital para exames de corpo de delito.

HOUJO – Claro.

PILOTO – Toutoussai pediu que o detetive Gatenmaru ficasse com o MPX1200 e a jóia enquanto Sango e InuYasha têm que voltar ao departamento.

SANGO – Entendido.

Assim Houjo acompanha o piloto até o helicóptero que ia levá-lo para o hospital, InuYasha e os detetives ficam olhando o veículo ir embora.

INUYASHA – O que farão com o MPX1200 e a jóia de quatro almas?

GATENMARU – Acho que o MPX1200 será devolvido para o Grupo Naraku, mas quanto á jóia eu não sei.

SANGO – Acho que isso é o único mistério.

INUYASHA – Eu não acho! Houjo me disse que Juroumaru passou alguns dados para alguém pelo celular! Lembra-se que o Miroku disse que Juroumaru estava trabalhando para a Ordem por algum motivo? Talvez isso que ele tenha enviado seja a resposta.

GATENMARU – Os técnicos do departamento cuidarão disso, InuYasha! Bem, agora vou indo! Nos vemos depois.

SANGO – Ta!

Gatenmaru se afasta para acompanhar os policiais que levariam o MPX1200 e a jóia de quatro almas, o vendo ir embora, Sango e InuYasha ficaram conversando.

INUYASHA – Com as mortes de Bankotsu, de Jakotsu e também de Juroumaru, a nossa única pista para solucionar o mistério da conspiração é Kikyou.

SANGO – Mas antes de irmos ao hospital, temos que fazer nossos relatórios. (ela começa a andar) – Vamos lá.

INUYASHA – Ta!

Sango andava e percebeu que InuYasha ficou parado observando o local e assim ela voltou até ele.

SANGO – O que foi, InuYasha?

INUYASHA – Tem algo estranho aqui! Por que um soldado iria querer nos matar? Isso não faz sentido.

SANGO – Olha! O departamento já enviou um ofício ao exercito pedindo a identificação desse soldado e quando soubermos quem é, talvez saibamos o porquê dele ter feito o que fez.

InuYasha estava com um mau pressentimento, como sentisse que algo não encaixava naquela história e enquanto isso a limusine, que levava Kanna e Rin, chegava ao departamento de polícia, onde em frente ao prédio havia dezenas de repórteres para uma entrevista coletiva que seria concedida por Ryukosei, que já estava no local junto com Toukaijin, Toutoussai e Jinenji.

RIN – Nossa! Eu nunca vi tantos repórteres.

KANNA – Então vamos logo.

Ao saírem da limusine, Kanna e Rin sobem diretos para onde estavam Ryukosei e os outros, durante o trajeto elas eram muito fotografadas.

KANNA – Desculpe a demora, ministro.

TOUKAIJIN – Por nada! Não poderíamos iniciar isso sem a presença da senhora.

Com a chegada de Kanna estava tudo pronto para o início do pronunciamento de Ryukosei, pronunciamento que seria transmitido ao vivo para todo o Japão.

RYUKOSEI – Como todos sabem o toque de recolher foi decretado logo depois da explosão do prédio da Segurança Interna! Fiz isso para poder facilitar o trabalho das agências de investigação a fim de capturar seus autores que na verdade eram fanáticos terroristas que no dia de hoje queriam colocar em risco a vida de milhares de pessoas contaminando a água, mas essa ameaça foi contida, os terroristas foram todos mortos e a cidade foi salva, portanto estou oficialmente retirando o toque de recolher, que se mostrou necessário, mostrando que minha atitude foi a mais correta.

REPORTER – Sim senhor ministro, mas acontece que houve muitas mortes provocadas pelos conflitos entre o exercito e as pessoas e se não fosse aquela moça chamada Kagome, que com pronunciamentos mais claros que diminuíram os conflitos, certamente haveria mais mortes! Aquilo não deixou evidente uma falta de clareza em sua declaração?

RYUKOSEI – Claro que não! Nós não tínhamos divulgado tudo para preservar a investigação.

REPORTER – Mas pelo que estou vendo em nenhum momento a declaração de Kagome prejudicou a investigação! Ela ajudou a acalmar os ânimos das pessoas e assim os soldados podiam fazer seu serviço.

Ao lado do ministro, Toutoussai percebeu que Ryukosei estava começando a se enervar e por isso acabou se manifestando diante do microfone.

TOUTOUSSAI – Eu sou o chefe da Segurança Interna e quero dizer que a postura do ministro foi correta.

REPORTER – Mesmo? Estou vendo muita gente aparecendo nesse momento, mas não estou vendo Kagome! Por quê? Onde ela está? Ela foi punida pela declaração que fez?

RYUKOSEI – Sim! Ela colocou em risco a investigação! Ela deu sorte de tudo ter dado certo.

REPORTER – Talvez o senhor tenha dado sorte, não acha?

TOUTOUSSAI – Essa entrevista acabou!

Diante daquilo, Toutoussai conduziu Ryukosei para dentro do departamento, Kanna, Rin, Toukaijin e Jinenji os seguiram enquanto os fotógrafos tiravam várias fotos daquele acontecimento.

TOUTOUSSAI – Senhor ministro! O que foi aquilo?

RYUKOSEI – Eu perdi o controle! Aquele repórter não parava de falar em Kagome! Kagome isso, Kagome aquilo.

TOUKAIJIN – Essa atitude não é boa para alguém que quer ser prefeito.

Ryukosei sentia que tinha podia estragado seu futuro político e Toutoussai tentou acalmá-lo.

TOUTOUSSAI – Não fique assim, senhor! O que está feito está feito! Vamos conversar em outro lugar. (ele olha para Jinenji) – Eu e o ministro vamos usar sua sala, tudo bem?

JINENJI – Claro! Eu tenho que me preparar para receber os relatórios de Sango e InuYasha. (ela se afasta dos outros)

TOUTOUSSAI – Vamos senhor ministro.

Toutoussai e Ryukosei adentram o departamento de policia, deixando os outros no corredor.

TOUKAJIN – Eu sempre disse que falta jogo de cintura para Ryukosei! Ele não sabe lidar com a adversidade.

RIN – Com todo respeito foi tudo culpa dele! Não devia ter afastado Kagome e muito menos dizer isso em rede nacional.

TOUKAIJIN – O estrago já foi feito. (ele olha para Kanna) – Mas o que interessa é que ele não falou nada do envolvimento de Kagura, portanto sua empresa foi preservada.

KANNA – E a filha de Kagura também! A menina já sofreu muito.

RIN – Eu era contra isso, mas vendo por esse lado até que foi mesmo uma boa idéia.

TOUKAJIN – Bem, eu ainda tenho alguns assuntos pendentes! Nos vemos outro dia senhora Kanna.

KANNA – Claro.

Toukaijin se despede de Kanna e Rin e sai do departamento passando no meio dos repórteres e enquanto isso na sala de Jinenji, Ryukosei tentava se acalmar depois da coletiva com a imprensa.

RYUKOSEI – Eu deveria ter esperado mais um pouco para dar essa entrevista, me preparado mais! Só que eu tinha ânsia de aparecer para impulsionar minha candidatura á prefeitura de Tóquio.

TOUTOUSSAI – Eu não entendo nada de política, senhor, mas acho que temos um assunto mais grave.

RYUKOSEI – Assunto mais grave?! Não vai me dizer que é o assunto com o pai de Kagome e...

TOUTOUSSAI – Não senhor. (ele fecha a porta da sala) – Quero que veja uma coisa.

Toutoussai vai até o computador da sala, digita algo e na tela aparecem vários códigos da investigação.

TOUTOUSSAI – Um pouco antes de me juntar ao senhor na coletiva de imprensa, recebi da equipe técnica os dados que Juroumaru enviou para um amigo na China.

RYUKOSEI – E descobriram o que eram esses dados?

TOUTOUSSAI – Sim! (ele olha para a tela e aponta um código) – LPAP-662. (ele olha para Ryukosei) – Reconhece?

RYUKOSEI – Sim! LPAP quer dizer ‘Localização de Prisioneiro de Alta Periculosidade’ e 662 é o registro do prisioneiro. (ele olha bem para a tela) – Tem certeza de que foram esses dados que Juroumaru enviou para Kageroumaru?

TOUTOUSSAI – Absoluta! (ele olha em volta para se certificar que estavam a sós) – O senhor sabe que prisioneiro esse registro?

RYUKOSEI – Sei! (ele fala baixo) - E também sei sua localização! Ele está nos EUA! Foi um acordo que fizemos com os americanos anos atrás.

TOUTOUSSAI – Esses dados foram tirados da Segurança Interna, provavelmente por Renkotsu! Quem é esse prisioneiro? O que ele tem de tão especial? E por que não sei nada dele?

RYUKOSEI – Essa informação era para ser sigilosa, mas de alguma forma, Renkotsu conseguiu acesso á ela através de alguns sub-circuito escondido na Segurança Interna. (ele pega um papel e escreve algo nele e depois da para Toutoussai)

TOUTOUSSAI – O que é isso?

RYUKOSEI – Aí está o nome do prisioneiro, mas não pronuncie em voz alta! Eu quero que veja e depois queime esse papel.

Toutoussai pega o papel, lê o nome e fica com os olhos arregalados, olha para Ryukosei, mostrando que aquela informação era gravíssima e em seguida pega um isqueiro e queima aquele papel.

TOUTOUSSAI – Acho que o plano de Juroumaru era libertar esse prisioneiro.

RYUKOSEI – Só pode ser! Por que mais iriam querer essa informação?

TOUTOUSSAI – Vai avisar os americanos?

RYUKOSEI – Claro que não! Isso seria uma temeridade! Os americanos nos chamariam de incompetentes ao vazar essa informação, sem falar que isso prejudicaria as relações entre os dois países.

TOUTOUSSAI – E o que vai acontecer?

RYUKOSEI – Torcer que os americanos consigam impedir que Kageroumaru e os outros libertem esse prisioneiro. (falando baixo) – Toutoussai! Ninguém mais pode saber dessa nossa conversa.

TOUTOUSSAI – Sim senhor! Isso ficará entre nós.

Quem quer que fosse aquele prisioneiro, parecia ser muito importante e enquanto isso no hospital, Souta estava procurando pela irmã e estranhou sua ausência e foi falar com a recepcionista.

SOUTA – Por acaso viu a minha irmã?

RECEPCIONISTA – Eu a vi saindo meio apressada.

Souta estranhou ouvir aquilo e foi até ao estacionamento do hospital e viu que o carro de InuYasha não estava mais ali.

SOUTA – Mas para onde ela foi?

Sem entender nada, Souta voltou para o interior do hospital e quando ia voltar para junto de sua mãe, percebeu uma pequena confusão em um dos quartos que envolvia enfermeiros e um policial, ele se aproximou para ver o que era e se surpreendeu ao ver Kagome sendo contida pelos enfermeiros.

SOUTA – Larguem minha irmã! (indo até lá)

KAGOME – Souta! Digam eles quem sou eu. (sendo conduzida pelos enfermeiros para o interior do quarto)

POLICIAL – Ela é sua irmã?! Não sabia que Kikyou tinha um irmão e...

SOUTA – Kikyou?! Ela não é a Kikyou! O nome dela é Kagome! Ela é minha irmã.

POLICIAL – Mas é claro que é! Eu não tirei os olhos dela e...

KAGOME – Olha para mim, seu idiota! Olha a minha cabeça e vê se não está faltando nada.

O policial olha bem para o rosto de Kagome e nota que ela não tinha o ferimento na cabeça como de Kikyou e assim sua ‘ficha caiu’.

KAGOME – Percebeu agora?

POLICIAL – Essa não! Soltem-na agora.

Kagome se desvencilha dos enfermeiros e vai até o policial e o fica encarando.

KAGOME – Você viu uma moça parecida comigo vestindo outra roupa?

POLICIAL – Sim! Eu pensei que era a senhora, pois são tão parecidas e...

KAGOME – Já chega! Não quero ouvi isso! (ela olha para Souta) – Me empresta seu celular.

SOUTA – Claro. (ele da o aparelho para ela) – Para quem vai ligar?

KAGOME – InuYasha.

Kagome começa a discar no celular o numero do celular de InuYasha, que naquele momento estava no carro da polícia com Sango dirigindo, eles estavam á caminho do departamento de polícia.

INUYASHA – Alô.

KAGOME – InuYasha! Você não vai acreditar no que aconteceu aqui.

INUYASHA – Aconteceu alguma coisa com sua mãe?

KAGOME – Não! Minha mãe está bem, mas Kikyou conseguiu escapar.

INUYASHA – O que? Mas como Kikyou escapou?

KAGOME – Foi vacilo meu! Eu entrei no quarto dela para dizer algumas verdades para ela, mas ela não abriu os olhos, como pensei que estava desmaiada, resolvi sair, mas antes que eu pudesse fazer isso, ela me agarrou por trás, me fez desmaiar usando clorofórmio e trocou de roupa comigo, saindo do hospital dizendo que era eu.

INUYASHA – Mas que droga Kagome! Kikyou era nossa única pista para desmantelar a conspiração.

KAGOME – Eu sei que estraguei tudo! Me desculpa InuYasha.

INUYASHA – Tudo bem, Kagome! A polícia vai encontrá-la! Você está bem?

KAGOME – Sim! Só meio tonta! E também preciso trocar de roupas! Não quero usar as roupas dela.

INUYASHA – Ta! Melhor ficar aí mesmo e peça aos médicos te examinarem.

KAGOME – Mas eu estou bem e...

INUYASHA – Por favor, Kagome! Faça o que pedi e deixe que de Kikyou cuido eu.

KAGOME – Ok! E me desculpa de novo.

INUYASHA – Vai dar tudo certo! A gente se fala depois.

Kagome desliga o celular e o devolve para Souta, ela estava se sentindo humilhada por ter sido um pouco responsável pela fuga de Kikyou.

SOUTA – Vamos Kagome! O médico lhe fará alguns exames para ver se está bem.

KAGOME – Eu estraguei tudo, Souta! Estava com tanta raiva pelo que houve com Kouga que não pensei nas conseqüências.

SOUTA – Acho que está sendo muito dura consigo mesma! Você não tinha como adivinhar que Kikyou estava fingindo e esperando uma oportunidade para escapar.

KAGOME – Saber disso não me faz sentir melhor. (de repente um médico se aproxima deles)

MÉDICO – Por acaso você é irmã daquela moça que estava aqui?

KAGOME – Eu já disse um milhão de vezes que não sou irmã de Kikyou! Eu nem gosto dela para ser sincera.

MÉDICO – Ok! Então não vai se interessar saber que ela estava grávida, não é?

KAGOME – O que?! Kikyou grávida?

MÉDICO – Isso mesmo! Quando fiz os exames nela constatei esse fato! Devo informar imediatamente o marido dela.

KAGOME – Ela não é casada, mas tem namorado! Ele deve ser o pai da criança. (depois fala baixo) – Espero eu.

Por mais absurdo que pudesse ser, Kagome achava que havia a possibilidade de InuYasha ser o pai daquela criança se levar em conta que havia possibilidade de Onigumo não ser o pai e de Kikyou estar envolvida na conspiração contra InuYasha e enquanto isso a limusine que transportava Rin e Kanna chegava de volta ao prédio do Grupo Naraku e ao sair do veículo elas se surpreendem com a presença de Onigumo diante delas.

KANNA – Onigumo?! O que faz aqui?

ONIGUMO – Por que não me contou que tinham prendido Kikyou? E não adianta mentir, pois sei que estavam conectados com o departamento de polícia.

RIN – Você quer saber por que prenderam Kikyou e não contamos nada á você? Acho que isso é óbvio.

ONIGUMO – Olha Rin! Eu sou capaz de tolerar ofensas contra mim, mas se faz isso contra minha noiva, aí a história é outra, pois Kikyou não fez nada de mal e...

KANNA – Kagura disse que ela fazia parte da conspiração contra InuYasha.

ONIGUMO – E a polícia prefere acreditar em uma prisioneira do que em uma cientista respeitada? Olha Kanna! Estou decepcionado com você e...

RIN – Não fale assim com ela, pois é você quem deve explicações! Caso não se lembre, foi Kikyou que examinou o corpo de Naraku, provavelmente foi ela quem pegou a jóia de quatro almas.

ONIGUMO – Isso é um absurdo! Não tenho que ficar para ouvir essas barbaridades que falam da minha noiva.

Ele ia se afastando das duas para ir embora e nesse momento Kanna se manifesta indo até ele.

KANNA – Espere Onigumo.

ONIGUMO – O que foi agora?

KANNA – Você tem que entender minha situação! Eu recebi a informação de que sua noiva estava envolvida com tudo isso, eu não podia revelar isso a você, não seria prudente! Eu também custo a acreditar que Kikyou tenha algo haver com isso.

ONIGUMO – E não tem, Kanna! Ela está sendo vítima das paranóias do ex. namorado dela! (o celular de Kanna toca e ela se afasta da discussão) - Esse InuYasha é a desgraça da vida dela! É por isso que ela quer tanto ir embora daqui, para ficar longe de tudo isso.

RIN – Ou seria para fugir?

ONIGUMO – Isso não é fuga e sim um recomeço.

RIN – Mas não é o que parece e... (Kanna se manifesta)

KANNA – Já chega dessa discussão! (ela fica entre eles) – Acabo de receber um telefonema do departamento de polícia! Eles disseram que a senhorita Kikyou fugiu do hospital.

RIN – Ou seja, prova que ela era culpada.

KANNA – Onigumo! Acho que sabe onde Kikyou está, afinal como soube que ela foi presa se essa informação era confidencial.

ONIGUMO – Eu não tenho como negar! Eu recebi um telefonema dela, estava muito nervosa, disse para ir para casa.

KANNA – Compreende que a situação dela se complicou, não é? Se sabe onde ela está é melhor dizer a polícia antes que se complique também.

ONIGUMO – Eu já disse que não sei

Kanna olha bem direto nos olhos de Onigumo, que se mantinha firme em suas palavras.

KANNA – Eu vou acreditar em você, Onigumo.

RIN – Mas o que é isso, Kanna! Ele está mentindo! Mas é claro que ele sabe onde está Kikyou, pois se a pegarem, certamente ela o entregará.

ONIGUMO – Isso é mentira!

KANNA – Olha Onigumo! Você diz que é inocente, que Kikyou é inocente e que ambos não tem nada haver com isso, então eu faço uma proposta.

ONIGUMO – Que proposta?

KANNA – Fique aqui me ajudando na empresa sob vigilância do meu segurança e caso seja culpado, será entregue para a polícia, caso seja inocente será libertado, o que acha?

ONIGUMO – “Mas que droga! Eu tinha que me encontrar com Kikyou! Disse que não ia demorar, mas acho que não tem jeito.” (pensando)

KANNA – Vamos Onigumo! O que me diz?

ONIGUMO – Está bem! Eu fico.

KANNA – Ótimo!

Kanna segue na frente e Rin vai atrás dela enquanto Onigumo fica um pouco para trás.

RIN – O que está pensando? (falando baixo) – Ele não tem nada o que fazer aqui! Viemos apenas para fechar a empresa

KANNA – Ele ia embora e provavelmente fugir e com a fuga de Kikyou, será melhor ficarmos aqui de olho nele.

RIN – Ok! Eu só vou aceitar isso sob uma condição! Quero que a polícia fique sabendo que ele está aqui.

KANNA – Mas farei isso assim que chegar á minha sala.

Kanna e Rin entram no elevador privado da empresa, Onigumo entra logo depois e assim os três sobem para o último andar, onde ficava seus escritórios e o saírem do elevador, o celular de Rin começa a tocar.

RIN – Vou atender na minha sala. (ela se afasta deles)

KANNA – Ta! (ele percebe a aproximação de Ban) – Ban! Eu quero que fique o tempo todo com Onigumo.

BAN – Sim senhora.

KANNA – Vamos.

Assim Kanna, Onigumo e Ban vão para a sala da presidência enquanto Rin, em sua sala, atendia o celular.

RIN – Alô.

SESSHOUMARU – Rin, sou eu.

RIN – Oi amor. (se sentando em sua cadeira) – Ainda está na casa de Kouga?

SESSHOUMARU – Não! Eu estou em casa.

RIN – Mas já?! Por que você e Satsuki não esperaram o fim do toque de recolher?

SESSHOUMARU – Eu vim sozinho! Satsuki ainda está na casa de Kouga.

RIN – Então o que foi fazer aí?

SESSHOUMARU – Você se lembra onde estão suas fotos mais antigas? Eu não estou as encontrando em lugar nenhum.

RIN – Por que quer saber onde estão essas fotos?

SESSHOUMARU – Porque sim, amor! Agora sabe ou não sabe?

RIN – Ta! Ta! Sem estresse! Eu deixei o álbum em cima do armário do quarto.

Sesshoumaru, que já estava no quarto, vai até o armário e finalmente acha o álbum de fotos.

SESSHOUMARU – Achei amor! Muito obrigado.

RIN – Vai me dizer por que quer tanto ver essas fotos?

SESSHOUMARU – Para tirar uma dúvida! Depois eu te ligo.

Sesshoumaru desliga o seu celular e em seguida tira a cópia da foto que Sara guardou e depois começa a folhear o álbum com as fotos antigas de Rin, junto com a mãe e o pai dela.

SESSHOUMARU – Eu tenho certeza que já vi esse vestido em algum lugar.

Sesshoumaru olhava atentamente todas as fotos do álbum na esperança de encontrar alguma semelhança com a foto que Sara guardou e enquanto isso InuYasha e Sango ainda estavam no carro de polícia, mas não estavam indo para o departamento e sim para a casa de Kikyou e naquele momento o celular de InuYasha toca.

INUYASHA – Alô.

JINENJI – Acho que já souberam da fuga de Kikyou, não é?

INUYASHA – Sim. (ele olha para Sango dirigindo) – Não estamos mais indo para o departamento e sim para a casa dela.

JINENJI – Ótimo! Assim nos poupa tempo! InuYasha! Kikyou vai fugir do país na primeira oportunidade que tiver.

INUYASHA – Isso não vai acontecer, pois eu a pego antes.

JINENJI – Estou contando com você.

INUYASHA – O padrinho já está sabendo?

JINENJI – Toutoussai estava conversando á sós com o ministro Ryukosei! Eu ainda vou informá-lo da situação.

INUYASHA – Obrigado.

Jinenji desliga seu celular e vai até Toutoussai e conta para ele o que Kikyou tinha feito.

TOUTOUSSAI – Você mandou InuYasha e Sango atrás dela?

JINENJI – Sim! Gatenmaru está com a equipe técnica e não poderia ir! Sem falar que os dois já estavam á caminho quando os avisei.

TOUTOUSSAI – Ta bom! (ele percebe a presença de Shiori no local) – O que ela ainda está fazendo aqui?

JINENJI – Ela soube do fim da missão! Talvez esteja querendo falar com InuYasha.

Naquele momento o celular de Toutoussai começa a tocar e imediatamente ele atende.

TOUTOUSSAI – Alô.

KIKYOU – Toutoussai! Por favor, não fale o meu nome se não eu desligo.

TOUTOUSSAI – Ta! Espere um pouco. (ele coloca a mão no fone) – Com licença, é particular.

JINENJI – Use a minha sala.

Toutoussai agradece a gentileza de Jinenji e vai para a sala do capitão e depois que fecha a porta, volta a falar no celular.

TOUTOUSSAI – Kikyou! Você tem que se entregar! Só está piorando sua situação.

KIKYOU – Eu sei, mas não posso me entregar! InuYasha está querendo me prender.

TOUTOUSSAI – Kagura deu seu nome! Não pode culpar InuYasha por pensar assim! Olha Kikyou! Fale-me onde está e eu mandarei um outro policial te pegar, ninguém vai te machucar, eu não deixarei.

KIKYOU – Eu não quero! A verdade é que eu preciso que venha aqui, Toutoussai! Eu sei que sempre gostou da minha mãe e é em nome disso que te peço que venha falar comigo.

TOUTOUSSAI – Sabe que não posso fazer isso, Kikyou! Você é uma fugitiva e...

KIKYOU – E se eu entregar as provas de quem está por trás da conspiração?

TOUTOUSSAI – O que? Você tem a prova de quem é o conspirador?

KIKYOU – Sim! Essa prova é minha proteção! Eu pretendia fugir, mas houve uma mudança de planos! Prefiro me arriscar e entregar a prova, mas só para você, Toutoussai, pois eu confio em você.

TOUTOUSSAI – Ta certo! Me fale onde está e vou até aí.

KIKYOU – Estou na casa de uma amiga que foi viajar! Rua Elmo 578, anotou?

TOUTOUSSAI – Rua Elmo 578! Está anotado! Fique aí que já estou chegando.

KIKYOU – Ta! Mas por favor, venha rápido.

Toutoussai desliga o seu celular, ele fica pensativo se devia ir até lá e assim sai da sala e acaba se encontrando com Jinenji no corredor.

TOUTOUSSAI – Olha Jinenji! Eu tenho que sair! Você pode reassumir a liderança do departamento.

JINENJI – Tudo bem.

TOUTOUSSAI – Então até mais. (ele ia se afastando e de repente Jinenji se manifesta)

JINENJI – Toutoussai! Espere.

TOUTOUSSAI – Sim?

JINENJI – Eu queria dizer uma coisa antes de ir embora! Queria dizer que você foi fantástico no dia de hoje! Apesar das adversidades e da pressão exercida por Ryukosei, você soube manter o controle.

TOUTOUSSAI – Não foi nada! Esse é meu trabalho.

JINENJI – Recrutar InuYasha e Sango foi uma jogada de mestre! Estou dizendo tudo isso porque cheguei a duvidar de sua capacidade por causa de sua idade, me desculpe. (ele estende a mão)

TOUTOUSSAI – Está desculpado. (ele aceita o cumprimento e assim apertam as mãos) – Agora tenho que ir.

Toutoussai não contou a Jinenji que tinha falado com Kikyou, então era de se presumir que o velho agente iria até ao encontro com a cientista foragida e enquanto isso, InuYasha e Sango estavam dentro da casa de Kikyou á sua procura.

SANGO – Ela não veio para cá, InuYasha.

INUYASHA – Isso deu para ver! Será que ela foi para a casa de Onigumo?

SANGO – Então vamos até lá e...

INUYASHA – Não podemos! Ou já se esqueceu da ordem de restrição? Se nos aproximarmos de Onigumo, seremos presos.

SANGO – Ora InuYasha! Isso foi antes, pois agora nós dois temos poder de polícia! Essa ordem de restrição é nula.

INUYASHA – Se está dizendo.

InuYasha e Sango saem da casa de Kikyou para irem até a casa de Onigumo na esperança de encontrar a cientista foragida.

Próximo capítulo = Noite tenebrosa – parte 2


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