Na Noite mais Escura escrita por TreinadorX


Capítulo 65
Inimigos íntimos - parte 2




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Kikyou ainda apontava uma arma contra InuYasha.

KIKYOU – Será que não percebe que Kagura está jogando a culpa em mim para proteger outra pessoa?

INUYASHA – Eu só acredito no que estou vendo! Você está segurando a minha arma e a está apontando para mim.

KIKYOU – Se você acredita só no que vê. (ela vira a arma e a entrega para ele) – Tome.

INUYASHA – Chega desse papo furado! (pegando a arma) - Não vai me convencer!

KIKYOU – Como quiser InuYasha! (ela parecia meio cansada) – Acho que não veio aqui para só falar tudo isso.

INUYASHA - Eu vim aqui para saber se sabe como a Ordem da Espada Morta planeja atacar.

KIKYOU – E por que eu saberia disso?

INUYASHA – A empresa Tesseiga está envolvida até o pescoço, você trabalhava lá! É só somar dois mais dois.

KIKYOU – Mas eu não sei de nada. (ela se afasta um pouco) – O que não significa que não possa descobrir.

INUYASHA – Como?

KIKYOU – Indo até a empresa Tesseiga, mas antes preciso tomar banho.

INUYASHA – Você não sai da minha vista.

KIKYOU – O que foi, InuYasha? Está pensando que vou fugir? Se quisesse isso não lhe entregaria a arma.

Kikyou sai da sala e sobe as escadas, InuYasha ainda estava desconfiando de que a ex. namorada estava aprontando algo e que a história que ela contou era fantasiosa demais e enquanto isso no esconderijo de Juroumaru, depois de ser espancado várias vezes, Houjo ainda resistia em colaborar com os bandidos.

JUROUMARU – Devo admitir que ele é mais durão do que pensei.

BANKOTSU – Vamos ver até onde dura isso. (ele vai até Houjo e segura o rosto dele) – Então não quer colaborar, hein?

HOUJO – Eu não vou fazer isso.

BANKOTSU – Você é quem sabe.

Bankotsu se afasta de Houjo e vai até onde estava a senhora Higurashi e a leva até onde Houjo estava sendo espancado, a mãe de Kagome fica horrorizada com a cena.

HIGURASHI – O que fizeram com ele?

BANKOTSU – A senhora deveria ficar preocupada com o que vamos fazer com você.

HOUJO – Por favor, não façam nada com ela...

Bankotsu da um soco nele e em seguida saca sua arma e aponta para a cabeça da senhora Higurashi, que estava apavorada.

BANKOTSU – Ou colabora ou essa dona terá a cabeça furada.

HOUJO – Eu sei como trabalham! Se eu ajudá-los, irão nos matar depois.

BANKOTSU – A questão não é se vão morrer e sim como morrer! O que prefere? Morrer rapidamente e sem dor ou devagar e dolorosamente?

Houjo nada responde, aquilo irrita Bankotsu de tal maneira que ele engatilha a arma, mas em vez de atirar na cabeça da mãe de Kagome, ele atira no joelho dela, não a matando, mas provocando uma dor enorme.

HOUJO – O que fez, seu canalha?

BANKOTSU – Eu não acertei os nervos! Ela ainda pode andar, mas na próxima pode não ter tanta sorte.

HOUJO – Tudo bem! Eu ajudo, mas com uma condição! Quero que deixem em um local seguro.

BANKOTSU – Eu não tenho que aceitar condição nenhuma, mas vamos fazer o que quer. (ele olha para Juroumaru) – Providencie isso.

Bankotsu sai da sala e Juroumaru se aproxima de Houjo enquanto os capangas levam a senhora Higurashi para outro lugar.

JUROUMARU – Você tem sorte, Houjo! Bankotsu está bonzinho hoje! Normalmente ele é mais severo.

HOUJO – Como sabe que sei replicar equipamentos modernos?

JUROUMARU – Ótimos contatos! (o celular dele toca e ele vê o numero no visor) – E ele é um desses contatos. (ele atende) – Já está no aeroporto?

KAGEROUMARU – Não sem antes matar Miroku.

JUROUMARU – Você ainda não o matou?!

KAGEROUMARU – Não! O parque é enorme! Tem várias cavernas! Estou procurando em todas elas! Estou bem em frente de uma.

JUROUMARU – Esquece Miroku! Você mesmo disse que o computador não tinha informação sobre a operação de Bankotsu, então ele não sabe de nada.

KAGEROUMARU – Mas eu não quero arriscar.

JUROUMARU – Mas está arriscando o sucesso da nossa operação! Precisa estar o local estratégico para receber a informação que Bankotsu me dará e depois repassá-la para Natsume! Ela já deve estar embarcando para os EUA.

KAGEROUMARU – Tem razão! Vou reunir os meus homens e limpar as coisas para não deixar nenhuma pista.

JUROUMARU – Ótimo!

Kageroumaru desliga seu celular, ele olhava ao redor tentando imaginar onde Miroku podia ter se escondido, mas como não o encontrou, deu meia volta, mas o que ele não sabia era que a caverna que ele ia olhar era exatamente a que Miroku usou para esconder-se.

MIROKU – Graças á Buda ele foi embora.

Miroku encosta na parede da caverna e respira mais aliviado, como ouviu que Kageroumaru iria limpar as pistas, achou prudente esperar um pouco antes de sair e enquanto isso, Yura estava em seu apartamento e a capainha começa a tocar, ela vai até o olho mágico e vê que era Gatenmaru, por isso abre a porta.

YURA – Oi amor. (ele a empurra)

GATENMARU – Sem essa de amor. (Sango entra logo em seguida)

YURA – O que está havendo?

SANGO – Eu explico o que está havendo! Sabemos que trabalha para um homem chamado Juroumaru! O que queremos saber é no que o ajudou.

YURA – Eu não sei do que estão falando e...

GATENMARU – Já chega de mentir, Yura! Temos as ligações! Soubemos que ajudou também um perigoso terrorista chamado Bankotsu! Agora fale o que fez para eles?

YURA – Eu não vou contar e...

Ela não termina a frase porque Gatenmaru a agarrou pelo pescoço e a pressionou contra a parede.

GATENMARU – Vai nos dizer o que queremos saber, sua vadia desgraçada. (Sango o segura)

SANGO – Calma Gatenmaru! (o tirando de perto de Yura) – Você disse que ia se controlar.

GATENMARU – Me desculpe, mas não deu para segurar.

YURA – Eu posso falar o que querem saber, mas quero um acordo. (ela se refaz e sorri)

GATENMARU – Acordo?! (ele volta a se aproximar dela) - Não terá acordo nenhum e... (Sango se mete entre eles)

SANGO – O que você quer, Yura?

YURA – Quero um perdão imperial por todos os meus crimes e também uma passagem para um país de minha escolha.

SANGO – Você está pedindo muito e oferecendo pouco.

YURA – Está enganada, Sango! Se me investigaram direito, sabem que sou uma coletora de dados! O meu trabalho foi fornecer especificações do alvo de Bankotsu! Se conseguir o acordo, falo onde ele irá atacar.

GATENMARU – Veremos o que podemos fazer.

Gatenmaru se afasta para usar o telefone e falar com Toutoussai, já Sango ficou observando Yura e de repente seu celular começa a tocar, ela vê o numero de InuYasha no visor.

SANGO – Fale InuYasha! Onde está?

INUYASHA – Eu ainda estou na casa de Kikyou! Eu falei com ela, mas ela alega que não teve participação na morte de seu irmão.

SANGO – Mas é claro que ela está mentindo para proteger o namorado.

INUYASHA – É o que eu também acho, o que reforça isso é que era Kikyou quem passou as informações para seu irmão sobre a ligação entre a Ordem e o Grupo Naraku.

SANGO – Isso é sério?!

INUYASHA – Sim! Kohaku pediu que Kikyou se aproximasse de Onigumo! Acho que ela se aliou com Onigumo e traiu Kohaku! Aposto que foi ela quem entregou seu irmão á Ordem.

SANGO – Tem razão! Faz todo o sentido! Mas isso não explica o que está fazendo aí ainda.

INUYASHA – Kikyou vai me levar até a empresa Tesseiga! Lá talvez encontremos o modo como Bankotsu vai atacar! Só estou esperando ela tomar banho para irmos.

SANGO – Fique de olho nela, InuYasha! Ela pode estar te levando para alguma armadilha.

INUYASHA – Pode deixar! E você e Gatenmaru? Conseguiram algo?

SANGO – Natsume viajou e agora estamos com Yura! Ela confessou tudo, mas só vai falar depois de fazermos um acordo.

INUYASHA – Olha Sango! Peça para Toutoussai esperar por mim! Talvez eu consiga algo na Tesseiga e vocês não precisem fazer um acordo com essa bandida.

SANGO – Boa idéia! Nos falamos depois.

Sango desliga o celular e volta a vigiar Yura e enquanto isso no departamento de polícia, Kagome entra na sala onde Toutoussai acabar de usar o telefone.

KAGOME – Quem era?

TOUTOUSSAI – O Imperador! Estava falando do acordo que Yura pediu, ele irá analisar o pedido.

KAGOME – Me chamou?

TOUTOUSSAI – Sim! Tenho uma boa notícia para você! Sua mãe foi localizada.

KAGOME – Jura?! Mas isso é muito bom.

TOUTOUSSAI – Ela foi achada por um soldado em um terreno baldio! Ela está com um ferimento de tiro no joelho! Está sendo levada nesse momento para o hospital! Ela está muito abalada.

KAGOME – Eu imagino! Mas e o Houjo?

TOUTOUSSAI – Nada dele! Achamos que a Ordem irá usá-lo para replicar o MPX1200. (Jinenji entra na sala)

JINENJI – Vocês não vão acreditar, mas Miroku está vivo! Ela está na linha dois.

Toutoussai aperta o botão do interfone e também coloca no viva-voz para que Kagome e Jinenji ouvissem a conversa.

TOUTOUSSAI – Miroku! Quem bom que está vivo! O que aconteceu?

MIROKU – Eu consegui escapar por pouco! Estou ligando para falar que Natsume, Juroumaru e Kageroumaru estão com algum plano próprio, pois nenhum deles está ligado á Ordem.

TOUTOUSSAI – E tem idéia de que plano é esse?

MIROKU – Eu não sei, Toutoussai, mas seja o que for, é coisa grande.

JINENJI – Quando pegarmos Juroumaru, saberemos por que ele está trabalhando para a Ordem, mas agora trate de voltar em segurança, Miroku.

KAGOME – Ele tem razão, Miroku.

MIROKU – Ok! Estou indo até o aeroporto.

TOUTOUSSAI – Novamente, bom trabalho, Miroku, volte logo.

Toutoussai desliga o telefone e todos ficaram mais aliviados com aquela novidade, era como se um sinal de que as coisas começariam a dar certo.

KAGOME – Não seria bom ligar para Sango? Ela ficará feliz com a notícia.

TOUTOUSSAI – Faremos isso quando retornarmos com a resposta do Imperador com relação ao acordo.

KAGOME – Ta bom! Se não se importar, vou ao hospital para ver minha mãe.

TOUTOUSSAI – Antes de ir, precisamos conversar. (ele olha para Jinenji) – Pode nos dar licença, capitão?

Jinenji consente com a cabeça e sai da sala deixando Kagome curiosa em saber o que Toutoussai queria falar.

KAGOME – O que foi?

TOUTOUSSAI – É sobre o pequeno discurso que fez! O ministro Ryukosei não gostou nada de sua atitude, embora reconheça que ela deu certo, pois os conflitos praticamente terminaram.

KAGOME – Então ele devia ficar feliz com o que fiz.

TOUTOUSSAI – Mas Ryukosei é um homem acostumado a seguir comandos e respeitar hierarquia e foi uma coisa que você não fez quando deu aquela entrevista.

KAGOME – Fale logo, Toutoussai! O que vai acontecer comigo?

TOUTOUSSAI – Será afastada de suas funções! Quando ir ver sua mãe, não precisará voltar.

KAGOME – Meu trabalho é temporário! Isso não me afeta.

TOUTOUSSAI – Não é tão simples assim! Quando for afastada, ficará impedida de trabalhar em órgãos públicos por anos.

KAGOME – É só isso?

TOUTOUSSAI – Sim.

KAGOME – Vou ver minha mãe.

Kagome ao que parecia não ligou para aquela punição e como a missão de Miroku tinha acabado, a dela também e enquanto isso na casa de Kouga, Shippou observava Satsuki abraçada com o pai, desde que eles voltaram do departamento, não disseram uma palavra.

SHIPPOU – O que será que aconteceu?

KOHARO – Melhor deixá-los quietos um pouco.

SHIPPOU – Eu sei, mas é que me preocupo com a Satsuki.

Naquele momento o telefone começa a tocar e como ele estava perto de Kouga, o anfitrião da casa atende.

KOUGA – Alô.

INUYASHA – Kouga! Sou eu! O Shippou está aí?

KOUGA – Sim. (ele olha para Shippou) – Ele está sim! Assim como Sesshoumaru, Satsuki e Koharo! Por quê?

INUYASHA – Coloque no viva-voz! Quero que todos ouçam isso.

Kouga aperta o botão do viva-voz e pede que os outros prestem atenção nas palavras de InuYasha, que naquele exato momento estava dirigindo seu carro com Kikyou no banco do carona.

KOUGA – Pronto, InuYasha! Pode falar.

INUYASHA – Shippou! Por acaso você decodificou um CD para Kikyou meses atrás?

SHIPPOU – Sim! Na época eu estava com dificuldade em ciências e Kikyou de deu algumas aulas, em troca fiz esse serviço para ela.

KOUGA – Porque está perguntando isso, InuYasha?

INUYASHA – Porque obtive essa informação da própria Kikyou! Queria apenas uma confirmação.

SESSHOUMARU – Espere InuYasha! Não me diga que o nome que Kagura deu era o de Kikyou.

INUYASHA – Era sim! Estamos indo nesse momento para a Tesseiga ver se descobrimos algo! Miroku conseguiu o nome do líder da Ordem! É Bankotsu.

KOUGA – Eu já ouvi falar nesse nome.

INUYASHA – Ele é irmão de Jakotsu! Aquele que armou contra mim junto com Kagura! Shippou! Você não viu mesmo o conteúdo do CD?

SHIPPOU – Não! Kikyou me fez prometer que não faria isso e eu não fiz! Por que esse interesse no CD agora?

INUYASHA – Kikyou alega que ele é a prova de quem está por trás da armação contra mim, mas ela só vai me mostrar depois, pois ele é a garantia de sua vida.

KOUGA – Talvez ela esteja sendo ameaçada por Onigumo.

INUYASHA – Pode ser! Falamo-nos depois.

InuYasha desliga o celular e como não estava no viva-voz, Kikyou não escutou o que os outros falaram, mas ela podia imaginar.

KIKYOU – Ainda desconfia de mim, não é?

INUYASHA – E por que confiaria em você depois de saber que participou desse esquema?

KIKYOU – ‘A’ por que Kagura trabalhava com Tsubaki, algo que jamais faria, preferiria a morte e ‘B’ porque se eu fizesse metade do que está me acusando, não ficaria nesse país.

INUYASHA – Desde a época em que namorávamos, você gostava do perigo, de se arriscar.

KIKYOU – Sim, mas isso não incluía assassinato.

Kikyou cruzou os braços, InuYasha a ignorou e continuou a dirigir e enquanto isso dentro de um furgão em movimento, Houjo era vigiado por Juroumaru.

JUROUMARU – Viu? Nós cumprimos nossa palavra.

HOUJO – Mas antes de fazer que a prova de que a senhora Higurashi está viva.

JUROUMARU – Logo saberá! Um de meus homens ligou anonimamente para o departamento de polícia e falou onde a achariam. (Bankotsu fala da cabine)

BANKOTSU – Chega de papo furado! Logo chegaremos ao destino.

O furgão continuava seu caminho e enquanto isso, no apartamento de Yura, ela aguardava notícias de seu advogado enquanto era observada por Gatenmaru e Sango.

GATENMARU – Eu confesso, Yura! Você me enganou direitinho! Eu sempre achei que as pessoas não podiam fingir certas coisas, mas estava enganado.

YURA – Obrigada. (sorrindo)

GATENMARU – Mas não abuse da sorte, pois ainda não sabe se o Imperador irá aceitar suas condições.

SANGO – Melhor não falar com ela, Gatenmaru.

GATENMARU – Está com medo que eu mate essa vadia num momento de raiva e estragar a investigação? Não farei isso, Sango! Sei o meu papel.

SANGO – Tudo bem, Gatenmaru! (ela se aproxima do parceiro colocando sua mão no ombro dele) – Mas você é humano, tem todo direito de sentir raiva.

GATENMARU – Eu sei. (Yura resolve se manifestar ao ver aquela cena)

YURA – Antes de começarmos a namorar, Gatenmaru, você falava tão bem de Sango que até achei que tinham um caso.

GATENMARU – Melhor fechar essa boca mal lavada.

SANGO – Calma Gatenmaru! Ela só está te provocando. (ela se afasta um pouco) – A analise de um perdão do Imperador costuma demorar horas.

GATENMARU – Talvez não tenhamos todo esse tempo! Espero que o Imperador entenda isso e aceite logo o perdão.

Yura sorria diante de toda aquela apreensão e naquele momento o celular de Sango começa a tocar.

SANGO – Sango falando.

TOUTOUSSAI – Sou eu! Estamos entrando em contato com o advogado indicado por Yura! Ele receberá o documento de perdão de sua cliente assim que o Imperador aceita-lo, mas isso pode demorar.

SANGO – Eu sei! Isso é mau.

TOUTOUSSAI – Mas tenho uma boa notícia para você! Miroku está vivo.

SANGO – O que?! (ela começa a sorrir) – Isso é sério?

TOUTOUSSAI – Sim! Ele entrou em contato conosco agora pouco! Ele está bem e já está á caminho do aeroporto de Pequim.

SANGO – Ai que bom! Muito obrigada por me dar essa notícia, Toutoussai.

TOUTOUSSAI – Mas não vamos nos alegrar muito! Ainda tem um grande ‘abacaxi’ para resolver.

SANGO – Claro! Claro! Ligue-me assim que o Imperador decidir algo.

TOUTOUSSAI – Sango! Tem mais uma coisa que devia saber!

SANGO – Estou ouvindo.

TOUTOUSSAI – Como sabe, o Grupo Naraku conseguiu ter direito a ter acesso ás informações da investigação, portanto estamos restabelecendo a conexão com eles.

SANGO – Isso eu sei, mas o que tem de mais?

TOUTOUSSAI – Acontece que Rin me ligou agora pouco dizendo que Kanna pediu que Onigumo prestasse assistência á ela nessa crise.

SANGO – O que?! Será que Kanna perdeu o juízo?

TOUTOUSSAI – Ao que parece sua cunhada é mais ingênua do que pensei! Rin me contou que Kanna disse á ela que aquilo era para manter Onigumo por perto.

SANGO – Isso é muito perigoso.

TOUTOUSSAI – Concordo! Mesmo sem provas, Onigumo não pode ser descartado como suspeito, ainda mais com esse envolvimento de Kikyou.

SANGO – Não estabeleça a conexão, Toutoussai.

TOUTOUSSAI – Eu não posso! Recebo ordens superiores, mas posso controlar o fluxo de informações! Iremos divulgar genericamente a investigação, assim, caso ele tenha culpa no cartório, não será avisado.

SANGO – Boa idéia, Toutoussai! E obrigada pelo que está fazendo pela minha cunhada! Ela é como uma irmãzinha para mim.

TOUTOUSSAI – Eu entendo! Nos falamos depois.

Toutoussai desliga seu celular e entra na sala de Jinenji, que naquele momento estava no telefone, falando com Kouga.

JINENJI – Eu já disse Kouga! A presença de Shippou não é necessária! Ele apenas confirmou uma informação dada por Kikyou.

KOUGA – E Kagome? Já há alguma notícia da mãe dela?

JINENJI – Nada ainda, mas não deve demorar, com o toque de recolher, há poucos carros nas ruas.

KOUGA – Qualquer coisa nos avise capitão.

JINENJI – Claro.

Jinenji coloca o telefone de volta no gancho e em seguida olha para Toutoussai que estava bem em frente dele.

TOUTOUSSAI – A conexão com o Grupo Naraku já foi feita?

JINENJI – Quase! Não temos o mesmo tipo de equipamento que vocês, da Segurança Interna, tem, portanto deu um pouco de trabalho.

TOUTOUSSAI – Certo! (ele respira fundo) – Com Onigumo no Grupo Naraku, quero que tudo passe por mim! Não vamos mais cometer erros.

JINENJI – Ok! Você manda! (ele se levanta) – Conseguiu algo com Yura?

TOUTOUSSAI – A investigação preliminar nada apontou! Ela não tem ligação com nenhum grupo! Ela é free-lance.

JINENJI – E quando á mãe de Kagome? Tem certeza que não quer que ninguém vá falar com ela? Talvez ela tenha alguma pista de onde Juroumaru esteja.

TOUTOUSSAI – Kagome foi ao hospital, acompanhada de um policial! Qualquer coisa que a senhora Higurashi lembre, o policial nos avisará.

JINENJI – Ok! Quanto ao caso da Ordem, eu tomei a liberdade de chamar alguém para nos ajudar.

Toutoussai estranhou aquelas palavras de Jinenji e por isso o capitão explicou seu plano e enquanto isso na sua casa e depois de falar com Jinenji, Kouga estava querendo algumas explicações de Shippou sobre o misterioso CD.

KOUGA – Você realmente não tem idéia do que tinha naquele CD?

SHIPPOU – Eu já disse, Kouga! Só percebi que eram ligações telefônicas, conversas para ser mais preciso.

KOUGA – E não teve curiosidade em ouvi-las?

SHIPPOU – Ter eu até tive, mas tinha que cumprir a promessa para Kikyou.

KOUGA – Tudo bem Shippou! Você deu sua palavra e a cumpriu como homem.

Kouga coloca a mão no ombro de Shippou e depois se afasta dele indo até onde estava Sesshoumaru e Satsuki.

KOUGA – O processo de melhoramento da foto é automático agora, portanto a minha presença não é mais necessária aqui.

SESSHOUMARU – Você vai ver a mãe de Kagome?

KOUGA – Não! Eu saí de lá sem receber alta! É possível que queiram me internar de novo caso apareça por lá. (ele olha para Shippou) – Mas se você, Shippou, quiser ir até lá, acho que será bom.

SHIPPOU – Kagome quer que eu fique aqui até essa crise passar.

KOUGA – Ok! (ele volta a olhar para Sesshoumaru) – O capitão Jinenji não me ligou apenas para falar de Kagome! Ele mandou um policial até aqui para me buscar.

SESSHOUMARU – Para que?

KOUGA – Eu vou até o departamento de polícia! Como a Ordem capturou Houjo para que ele replique o MPX1200, o departamento quer um técnico á disposição já que os melhores deles foram mortos na explosão da Segurança Interna.

SESSHOUMARU – Você está bem para fazer esse serviço? Estou falando de sua saúde, já que saiu sem receber alta do hospital.

KOUGA – Eu já estou melhor! E mesmo que não estivesse, nada me impediria de ir. (Shippou se manifesta)

SHIPPOU – Está querendo ir atrás de Juroumaru, não é? Para vingar Ayame.

KOUGA – Sim Shippou! É pela Ayame que quero colocar minhas mãos no pescoço daquele miserável.

SHIPPOU – Mas isso é perigoso e...

KOUGA – Não vou discutir isso, Shippou! Com licença á todos, mas tenho que pegar algumas coisas antes do policial chegar.

Depois disso Kouga se afasta de todos para ir á um outro cômodo, deixando Shippou preocupado com a raiva do pai adotivo.

SESSHOUMARU – Não se preocupe, Shippou! (colocando a mão no ombro dele fazendo-o olhar para ele) – Kouga sabe se cuidar.

SHIPPOU – Talvez isso não seja suficiente.

SATSUKI – Tenha fé, Shippou.

SHIPPOU – É o que me resta.

Shippou não estava com um bom pressentimento e enquanto isso no Hospital Memorial, Kagome acompanhava a mãe sendo levada, em cima de uma maca, pelos enfermeiros.

KAGOME – Eu estou aqui mãe! Tudo vai ficar bem. (sendo a expressão de dor no rosto dela)

HIGURASHI – Está doendo muito.

ENFERMEIRO – Aqui a senhora não pode entrar. (falando com Kagome) - Deixe-a por nossa conta, cuidaremos dela.

KAGOME – Por favor, façam isso.

Kagome para em frente a sala de cirurgia, onde a mãe dela seria operada para retirar a bala de seu joelho e enquanto isso o furgão que levava Houjo, Bankotsu, Juroumaru e alguns capangas, estava estacionado, dentro do veículo, na parte traseira, Juroumaru entra pelo fundo e entrega um celular para Houjo.

JUROUMARU – Esse celular não pode ser rastreado! Ligue para saber daquela senhora e assim saberá que cumprimos nosso acordo.

HOUJO – Ta! (ele ia começar a discar e Bankotsu interrompe)

BANKOTSU – Mas lembre-se! Estamos deixando vocês livres porque não são importantes para mim, portanto se não cumprir com sua parte no acordo, iremos atrás de toda sua família e amigos. (ele o encara) – Entendido?

HOUJO – Sim.

JUROUMARU – Coloque no viva-voz para que ouçamos todos.

Houjo começa a discar o celular para o numero do celular de Kagome, que atendeu de imediato.

KAGOME – Alô.

HOUJO – Kagome! Sou eu.

KAGOME – Houjo! Mas que bom ouvi-lo! Soube que foi seqüestrado! Onde você está?

HOUJO – Eu não sei! Kagome! Sabe algo de sua mãe?

KAGOME – Ela está aqui no hospital para ser operada.

HOUJO – Que bom que ela está viva.

KAGOME – Ela vai ficar bem, mas e você? Tem que me falar... (Juroumaru desliga o celular)

JUROUMARU – Já chega! Ouviu da boca de sua amiga! A mãe dela está viva.

BANKOTSU – Agora faça o que veio fazer.

Bankotsu ordena, com gestos, que seus capangas levem Houjo até ao MPX1200, em seguida dar á ele um PDA.

BANKOTSU – Agora programe com esses dados.

HOUJO – Ta! (ele pega o PDA) – Isso pode demorar um pouco, uma hora, talvez mais e...

BANKOTSU – Faça em meia hora, pois senão, deixarei de ser bonzinho.

Bankotsu reiterou suas ameaças á Houjo caso ele ‘enrolasse’ e naquele momento, o celular do líder da Ordem começa a tocar e ele olha para Juroumaru.

BANKOTSU – Vigi-o! (falando de Houjo)

JUROUMARU – Ok!

Enquanto Juroumaru observava Houjo coletando dados do PDA para replicar o MPX1200, Bankotsu se afastou um pouco deles para poder atender o celular em um local mais silencioso, pois sabia que era o irmão na outra linha.

BANKOTSU – Ainda está na Tesseiga?

JAKOTSU – Sim! Mas estou ligando porque você não vai acreditar no que estou vendo.

BANKOTSU – Fale de uma vez, Jakotsu.

JAKOTSU – Eu vim aqui para ‘cuidar’ de Kikyou, mas para minha surpresa, ela não veio sozinha! InuYasha está com ela.

BANKOTSU – Isso é problema?

JAKOTSU – Não! Muito pelo contrário, assim posso cuidar dos dois! E as coisas por aí?

BANKOTSU – Houjo está programando nesse momento! (olhando Houjo mexendo no PDA) - Logo, logo estará tudo pronto! Depois que cuidar de Kikyou e InuYasha, venha para cá.

JAKOTSU – Pode deixar.

Jakotsu desliga o seu celular, ele estava disfarçado de faxineiro da empresa Tesseiga, ele tinha visto, pela janela de um andar superior, InuYasha e Kikyou chegando depois de estacionarem o carro, ao entrar, InuYasha vê um faxineiro limpando o corredor e acha estranho.

INUYASHA – Essa empresa não devia estar fechada?

KIKYOU – Depois que a polícia passou por aqui, acabaram liberando a empresa, mas por enquanto só a equipe de limpeza está trabalhando.

INUYASHA – Se a polícia já veio aqui, por que não encontraram nada?

KIKYOU – A polícia estava procurando pistas sobre a fabricação de uma bomba, que era a desconfiança da época, e não pistas sobre algo relacionado á jóia de quatro almas.

Eles entram no elevador e InuYasha nem percebeu que o faxineiro por quem passaram era Jakotsu, que sorridente saiu do local assim que o elevador se fechou, ao chegarem ao último andar, InuYasha e Kikyou continuaram conversando.

INUYASHA – Se a empresa está semi fechada, por que tem o cartão de acesso?

KIKYOU – Depois da morte do senhor Goshink, e á pedido de dona Leka, venho aqui diariamente cuidar da parte cientifica da empresa, projetos e tudo mais.

INUYASHA – E você ainda me diz que não sabia das atividades de Tsubaki nessa empresa?

KIKYOU – Da um tempo, InuYasha! A Tesseiga tem vários laboratórios longe daqui! Tsubaki deve ter trabalhado em um! Eu não posso ter conhecimento de todos.

Mesmo não acreditando nas palavras da ex. namorada, InuYasha entrou com Kikyou na sala central da empresa, local que ela podia acessar as informações da empresa.

KIKYOU – É só digitar minha senha e assim teremos acesso.

INUYASHA – Procure algo relacionado com MPX1200 e a jóia de quatro almas.

KIKYOU – Ok!

Kikyou fez o que InuYasha pediu e conseguiram alguma informação sobre a pesquisa de Tsubaki, mas a informação mais surpreendente era que os dois cientistas, que antecederam o cargo de Kikyou, estavam mortos, um se afogou e o outro foi atropelado.

KIKYOU – Mas isso é muito estranho.

INUYASHA – Por que?

KIKYOU – Quando o senhor Goshink me contratou, disse que eles tinham pedido demissão.

INUYASHA – Continue procurando.

KIKYOU – Enquanto isso chame um técnico para passar as informações para o departamento de polícia.

INUYASHA – Ok! (ele pega o celular e nota algo) – Está sem sinal!

KIKYOU – Esse local as vezes interfere na comunicação. (ela pega o telefone, que também está sem sinal) – Mas que estranho.

Estranho era a palavra exata para o que estava acontecendo, InuYasha estava com um mau pressentimento, quis sair para verificar algo, mas ao tentar abrir a porta nota que ela está trancada.

INUYASHA – O que está acontecendo, Kikyou? (ela vai até ele para usar o cartão de acesso)

KIKYOU – Deixa-me ver. (ela passa o cartão e tenta abrir a porta) – Estamos trancados.

INUYASHA – Olha Kikyou! Se isso for um jogo seu...

KIKYOU – Eu também estou aqui dentro.

InuYasha tentava, em vão, arrombar a porta e de repente sai uma voz do alto-falante da sala, a voz era de Jakotsu.

JAKOTSU – Há quanto tempo, querido InuYasha?

INUYASHA – É você seu miserável! Foi você quem nos trancou, não é? Quando botar as mãos em você...

JAKOTSU – Não está em condições de me fazer ameaças, querido InuYasha! Só quero dizer adeus, meu caro. (rindo)

KIKYOU – Vai nos deixar presos, aqui, até morrermos?

JAKOTSU – Logo saberão do seu destino.

Jakotsu desliga a comunicação para ir ao encontro do irmão enquanto InuYasha e Kikyou ficariam presos naquela sala.

Próximo capítulo = Inimigos íntimos – parte 3


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