Na Noite mais Escura escrita por TreinadorX


Capítulo 63
Cidade sitiada e a missão China - parte 3




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Depois de desligar o telefone ‘na cara’ de Kagome, Miroku ficou observando Kageroumaru se afastando da sala de onde saiu, deixando um segurança na porta e vai para outro lugar do parque, tudo sob os olhares atento de Miroku.

MIROKU – “Aquele escritório deve ter algo importante para que ele deixasse um segurança tomando conta.” (pensando)

Miroku começou a se aproximar, com cuidado, do escritório sem chamar a atenção do segurança, ao fazer isso, ele ficou imaginando um jeito de entrar no local de maneira discreta e foi aí que ele se lembrou da caixa que recebeu do Mestre Zhi, ao abri-la viu que dentro dela tinha um pequeno canudo com dardo tranqüilizante e uma bomba de fumaça.

MIROKU – Obrigado, Mestre Zhi! (ele pega o canudo e mais o dardo) – Isso vai me ajudar.

Miroku, de posse do canudo, se coloca em uma posição estratégica para ter uma boa visão do segurança e aí ele coloca o dardo dentro do canudo para em seguida soprá-lo na direção do segurança, acertando-o bem no pescoço.

MIROKU – Na mosca!

Com o segurança inconsciente, Miroku tinha caminho livre para entrar na sala, ele vai até o segurança, á modo de deixá-lo sentado e de óculos escuros, assim quem passasse pelo local acharia que ele estava alerta, assim Miroku entra na sala.

MIROKU – Vamos começar a trabalhar.

Miroku vai imediatamente mexer no computador da sala e enquanto isso no departamento de polícia de Tóquio, depois de falarem com Kagura na detenção, Sango e InuYasha estavam de saída do departamento de polícia, mas são interceptados por Toutoussai no corredor.

TOUTOUSSAI – Aonde pensam que vão?

INUYASHA – Nós não temos tempo para explicar padrinho e...

TOUTOUSSAI – Arrumem tempo! (os encarando) – Isso tem algo haver com a visita que fizeram á Kagura?

SANGO – Sim.

TOUTOUSSAI – Vocês falaram com uma prisioneira sem meu consentimento em vez de ficarem analisando os arquivos e...

INUYASHA – Ora Toutoussai! O senhor mesmo disse que aqueles arquivos são inúteis! Diferente da conversa que tivemos com Kagura.

SANGO – Ela está disposta a dizer o nome de alguém que pode identificar o modo como a Ordem irá usar a jóia de quatro almas, mas ela só fará isso sob certas condições.

INUYASHA – E estamos saindo para cuidar disso.

TOUTOUSSAI – Eu apensa não gosto que trabalhem ‘nas minhas costas’!

INUYASHA – Olha padrinho! (ele se aproxima mais dele) – Se nossa atitude fez parecer que não respeitamos sua autoridade, pedimos desculpas.

TOUTOUSSAI – Tudo bem.

SANGO – Conseguiu algo com as informações de Jigo da Agência Imperial?

TOUTOUSSAI – Não consegui nada! Espero que tenham mais sorte! Podem ir.

InuYasha e Sango saem correndo pelo corredor sob os olhares de Toutoussai, que balançava negativamente a cabeça, achando que talvez estivesse perdendo o comando da investigação e naquele momento, Kagome aparece diante dele.

KAGOME – Precisamos conversar.

TOUTOUSSAI – Alguma notícia de Miroku?

KAGOME – De certo modo sim! Nesse momento ele está em um parque termal verificando alguns nomes, mas não é disso que quero falar.

TOUTOUSSAI – Então seria do que?

KAGOME – Lá Miroku encontrou um homem chamado Kageroumaru, que por sinal é um contratante independente que já foi ligado á uma fabrica de chocolate que tinha Ryukosei como representante, a mesma fabrica de chocolate em que Takeshi trabalhava.

TOUTOUSSAI – Você parece bem informada! O que tem tudo isso.

KAGOME – O que tem de tão especial essa fabrica? Por que tanto mistério? Eu acho que Miroku está me escondendo algo e você sabe o que é.

TOUTOUSSAI – Sei sim! Mas eu não posso contar.

KAGOME – Por que não?

TOUTOUSSAI – Porque é um assunto confidencial! O exercito tinha um interesse nessa fabrica! Isso é fato! Mas de mim, você não saberá nada.

KAGOME – Mas o meu pai estava envolvido! Eu tenho o direito de saber! Eu trabalho atualmente na Segurança Interna.

TOUTOUSSAI – Temporariamente devo lembrá-la! (ele a encara) – Esse assunto é de segurança nacional, Kagome! Não sei se Miroku sabe de algo e se sabe não sei por que escondeu isso de você, mas o que sei dessa fabrica, não posso te falar.

KAGOME – Eu falei com minha mãe! Ela disse que meu pai foi afastado do exercito por causa de um acidente na fabrica! O segredo dessa fabrica tem haver com esse acidente?

TOUTOUSSAI – Não! O que houve com seu pai foi política! Precisavam de um ‘bode expiatório’ e seu pai pagou o ‘pato’.

KAGOME – Então não vai me contar nada mesmo?

TOUTOUSSAI – Não! (ele se afasta dela) – Concentra-se no problema que essa cidade está enfrentando! Esqueça essa história.

Kagome fica observando Toutoussai saindo do corredor, a esposa de InuYasha não conseguia tirar aquilo da cabeça e enquanto isso no esconderijo, Bankotsu dava as ultimas orientações ao capangas sobre seu plano, tudo sob os olhares de Jakotsu até que o furgão de Juroumaru chega ao local e imediatamente o líder da Ordem vai até ele notando que ele chegou sozinho.

BANKOTSU – E posso saber como pensar em pegar o rapaz para iniciarmos o plano?

JUROUMARU – Já cuidei disso! Logo, logo terá seu replicador. (ele olha para a TV) – Essa confusão veio a calhar para meu plano. (ele olha para Bankotsu) - Alguma novidade sobre o toque de recolher?

BANKOTSU – Não! A confusão ainda é a mesma! Existe até confronto do exercito contra populares. (ele olha para o relógio de pulso) – São seis horas da tarde! Logo vai anoitecer! Será perfeito para o ataque! As autoridades japonesas iram demorar dias para descobrir o que houve. (rindo)

JAKOTSU – Mano! Precisamos elaborar uma rota segura para que o exército não nos pegue.

BANKOTSU – Ok! Vamos cuidar disso.

Bankotsu e Jakotsu vão para uma sala enquanto Juroumaru observava os irmãos se afastarem dele e enquanto isso em uma das ruas de Tóquio, o carro que Houjo dirigia fora interceptado por um dos soldados, a senhora Higurashi, que estava com Houjo, protestava contra aquela atitude, por sorte, Souta estava ali perto e reconhecendo a voz da mãe, vai até lá.

SOUTA – Pode deixar que eu resolvo isso. (o soldado se afasta e Souta olha feio para a mãe)

HIGURASHI – Não olhe assim para mim, filho.

SOUTA – O que estão fazendo? Já deviam ter voltado para Urawa.

HOUJO – Isso é culpa minha, Souta! Eu recebi a notícia de que meu pai foi ferido em um desses confrontos entre o exército e a população, por isso eu preciso ir para lá e ver o que aconteceu, se ele está ferido.

SOUTA – Mesmo?! Eu lamento.

HOUJO – Eu nem sabia que ele se envolvia nessas questões políticas.

HIGURASHI – Não tem jeito de você nos liberar para irmos até lá, Souta?

SOUTA – Eu poderia ir com vocês até lá, mas Kagome me chamou, parece que quer que eu leve uma moça até a casa dela.

HIGURASHI – Com todo respeito á Kagome! O que é mais importante? A saúde do meu compadre ou que você leve uma estranha até a casa dela?

SOUTA – Mas  a questão, mãe, é que já me comprometi e... (ele tem uma idéia) – Já sei!

Souta se vira para olhar ao redor e ver se não tinha outro soldado olhando para ele e percebendo que ninguém o notava, Souta tirou do bolso um bilhete.

HIGURASHI – O que é isso?

SOUTA – Um passe! Com ele podem circular livremente. (ele volta a olhar para trás) – Mas não contem a ninguém que eu dei isso.

HOUJO – Valeu mesmo, Souta! Fico te devendo essa

SOUTA – Agora vão.

De posse daquele passe, Houjo podia dirigir tranquilamente pela cidade e assim foi ao encontro do pai e enquanto isso em sua casa, Kouga continuava a trabalhar na foto fornecida por Sesshoumaru, já o jornalista estava do lado dele observando enquanto Satsuki e Shippou, estavam em frente à TV á espera de novas notícias sobre o toque de recolher, mas ambos sabiam que tinham assuntos pendentes para resolver.

SATSUKI – Aproveitando que está aqui Shippou, precisamos conversar. (falando baixo para que ninguém escutasse)

SHIPPOU – Eu também acho. (ele olha para Kouga e Sesshoumaru) – Mas agora não é o melhor momento.

SATSUKI – Mas eu preciso saber de uma coisa!  O que você sente realmente por Soten?

SHIPPOU – Eu não tenho certeza.

SATSUKI – Como não tem certeza? Que história é essa?

SHIPPOU – Mas é a verdade! (ele respira fundo) – Quando nos despedimos no aeroporto, nós nos beijamos. (ela vira o rosto ao ouvir aquilo)

SATSUKI – Mesmo?! Então gosta dela, não é mesmo? (ainda com o rosto virado e ansiosa pela resposta)

SHIPPOU – Eu achei que sim! Eu gostaria que sim, mas disse á ela que não poderia corresponder aos seus sentimentos.

SATSUKI – E por quê? (ela olha para ele depois da pergunta)

SHIPPOU – Porque meu coração já pertencia à outra pessoa. (surge um sorriso no canto dos lábios dela)

SATSUKI – E posso saber quem é essa pessoa?

Ambos coraram com aquela pergunta, embora a resposta fosse óbvia, Satsuki necessitava da confirmação da boca do amado, Shippou por outro lado, ainda não tinha certeza dos sentimentos da amiga e quando ia abrir a boca para responder, naquele momento a campainha começa a tocar.

KOUGA – Shippou! Pode ver no monitor quem é, por favor?

SHIPPOU – Claro. (ele se levanta do sofá e vai até o monitor) – São InuYasha e Sango! O que será que eles querem?

KOUGA – Desligue o sistema de segurança e deixe-os entrar.

Shippou aperta o botão azul do lado do monitor que imediatamente destrava o sistema de segurança da casa, depois ele olha para Satsuki, sabia que não tinha mais clima para revelação, aquilo ficaria para depois, assim Sango e InuYasha adentram na residência, ao fazerem isso e depois de cumprimentarem Shippou, eles se surpreendem com a presença de Sesshoumaru na casa.

INUYASHA – O que faz aqui, Sesshoumaru?

SESSHOUMARU – Estou com minha filha. (ele aponta para Satsuki) – E vocês?

SANGO – Sua filha é exatamente a questão! (ela olha para Satsuki) – Precisamos que fale com sua mãe novamente.

SATSUKI – Minha mãe?!

SESSHOUMARU – De jeito nenhum! Não vou permitir que ela psicopata se aproxime de minha filha.

INUYASHA – Eu entendo, mas Kagura nos prometeu revelar o nome da pessoa que pode nos ajudar na investigação, em troca ela quer falar pela última vez com a filha.

SATSUKI – Última?

SANGO – Kagura certamente será condenada á pena de morte! Ainda mais que os explosivos que foram usados na Segurança Interna foram conseguidos com ajuda dela.

SESSHOUMARU – Ok! Mas eu vou com ela.

INUYASHA – Claro! Pode vir junto! Como temos passe, podemos ir e vir sem interferência do exercito.

Depois de concordar com aquele acordo, Sesshoumaru se afasta de todos e vai até a sala onde Kouga trabalhava na foto.

SESSHOUMARU – Para continuar o trabalho, você ainda precisa da foto?

KOUGA – Não! Por que quer saber?

SESSHOUMARU – Eu preciso dela! Vou levá-la até ao departamento.

KOUGA – Tudo bem. (ele tira a foto do aparelho) – Aqui está. (ele entrega a foto)

SESSHOUMARU – Obrigado! Isso aqui tirará a polícia do meu pé.

KOUGA – Eu posso escannear a foto e fazer uma copia para você depois.

SESSHOUMARU – Ok! (ele se afasta de Kouga para se juntar aos outros) – Podemos ir.

INUYASHA – Ta! (ele olha para Shippou) – Onde está Genku?

SHIPPOU – Com Koharo no quarto. (ele leva o menino para um canto)

INUYASHA – Fique de olho nessa moça.

SHIPPOU – Por quê?

INUYASHA – Ela é ligada á Miroku! (ele olha em direção ao quarto) – Kagome acha que Miroku esconde mais coisas dela do que imaginava. (ele volta a olhar para ele) – Eu também acho.

SHIPPOU – Tudo bem, mas Koharo de certa maneira salvou a minha vida e a de Satsuki e Soten também.

INUYASHA – Eu sei, mas mesmo assim tome cuidado.

Depois de dar aquele aviso, InuYasha se juntou á Sango, Sesshoumaru e Satsuki e assim os quatro saíram da casa rumo ao departamento de polícia e enquanto isso na China, Miroku depois de acabar de digitar todos os mais de cem nomes da lista que tinha conseguido com Takeshi, falava com Kagome através do seu celular.

MIROKU – Estou enviando, por e-mail, a lista com os nomes para que comecem a investigá-los.

KAGOME – Ok! (ela olhava no computador) – Está chegando! Com isso vou cruzar os dados com as informações que conseguimos aqui.

MIROKU – Kagome! Estou ligando por outra coisa. (ele digita algo no computador)

KAGOME – O que?

MIROKU – Há informações do seu primo Houjo no computador que Kageroumaru mexeu agora pouco.

KAGOME – Que informações?

MIROKU – De algumas habilidades desconhecidas! Aqui está dizendo que ele é um replicador de aparelhos de alta tecnologia, por acaso isso é verdade?

KAGOME – Sim! Essa habilidade por sinal foi uma das razões de Kouga usa-lo na invasão á mansão de Juroumaru cinco anos atrás.

MIROKU – Se eu fosse você chamaria Houjo até aí! Não acho que ele faça parte disso, mas o nome dele está aqui por algum motivo.

KAGOME – Ele deve estar em Urawa! Vou ligar para ele imediatamente.

MIROKU – Ok! Entro em contato depois.

Kagome desliga o telefone especial de comunicação para em seguida usar seu celular e ligar para a mãe, já que Houjo estava com ela, mas ninguém atendia, Kagome tentava várias vezes até que um policial falou que o irmão dela estava subindo, ela agradeceu ao policial e continuou tentando ligar para a mãe, mais ainda ninguém atendia, Souta chega, vestindo um uniforme do exercito japonês.

SOUTA – Cheguei o mais rápido que pude.

KAGOME – Que bom que veio, mano! Siga-me, por favor.

Kagome conduz Souta pelos corredores do departamento de polícia até a uma sala onde Shiori assistia, pela TV, os noticiários que falavam de mortes nos vários confrontos entre soldados e manifestantes contrários ao toque de recolher, ela estava horrorizada com aquilo.

KAGOME – Shiori. (batendo na porta para chamar a atenção dela)

SHIORI – Sim? (Kagome entra e Souta o faz em seguida)

KAGOME – Esse é meu irmão, Souta! Ele é um soldado

SHIORI – Estou vendo. (olhando para o uniforme dele)

SOUTA – Como vai? (se curvando para ela)

KAGOME – Ele vai te levar até sua casa para que possa pegar os documentos necessários para a liberação do corpo de sua mãe.

SHIORI – Claro. (ela sorri agradecida e depois volta a olhar para a TV) – Isso é horrível, não?

SOUTA – Não é que eu queira defender a atitude desses soldados, mas as pessoas que foram mortas estavam descumprindo a lei! Só recebemos ordens e nada mais.

SHIORI – Sei muito bem que seus colegas apenas cumprem ordens, mas nada justifica matar pessoas inocentes.

SOUTA – Nem mesmo proteger a cidade?

KAGOME – Souta! Venha cá um minuto.

Kagome percebeu que estava se criando um mal estar entre Souta e Shiori devido ás mortes de manifestantes e por isso puxou o irmão para um canto da sala.

KAGOME – O que é isso, Souta? (tentando acalma-lo) – Parece meio nervoso.

SOUTA – Não é isso! Estou horrorizado com essas cenas tanto quanto ela, mas ninguém pode negar que o governo japonês devia tomar uma medida depois da explosão na Segurança Interna.

KAGOME – Sabemos disso, Souta! Shiori só está expressando a opinião dela.

SOUTA – No caminho para cá, muitas pessoas me olharam atravessado, como se eu tivesse matado aqueles manifestantes! Tem vários jornalistas na porta do departamento pedindo explicações! Será que as pessoas não vêem? Muitos manifestantes iriam agredir os soldados, o que eles deviam fazer? Aceitarem levar uma surra?

KAGOME – Claro que não, mano! (ela olha bem para o irmão) – Eu te conheço, Souta! Há algo te incomodando, o que foi?

SOUTA – Ta! Agora pouco, antes de vir para cá, acabei encontrando com a mamãe e Houjo em uma barreira montada pelo exercito.

KAGOME – Eu pensei que eles já estavam em Urawa! O que eles fazem aqui?

SOUTA – Houjo disse que recebeu um telefonema dizendo que o pai deles havia sido ferido em um desses conflitos e ele precisava ir até lá, como já tinha agendado com você para vir aqui, eu dei a eles um passe para que eles circulassem livremente.

KAGOME – Você fez bem, mano!

Kagome se afasta um pouco do irmão para olhar pela TV mais um boletim que dizia que haviam mais mortes em outros confrontos e nada de nenhum pronunciamento de algum representante do governo japonês, indiferente á aquilo, Souta se aproximou de Shiori.

SOUTA – Vamos! Eu te levo até sua casa e...

KAGOME – Espere um pouco! (ela olha para Shiori) – Você tem razão, Shiori! Alguém deve fazer alguma coisa! Esperem aqui.

Deixando Souta e Shiori sozinhos, Kagome sai da sala e procurar Toutoussai com os olhos até avistar o velho agente, assim vai até ele.

KAGOME – Toutoussai.

TOUTOUSSAI – Alguma novidade de Miroku?

KAGOME – Sim! Ele entregou uma lista de nomes que as inteligências de todas as agências estão investigando, mas não é sobre isso que quero falar.

TOUTOUSSAI – É sobre o que então?

KAGOME – O senhor tem alguma notícia de que o ministro da defesa ou outro representante do governo japonês irá se manifestar á respeito desses conflitos?

TOUTOUSSAI – Esse assunto não é da nossa alçada, Kagome! Deixe isso com os políticos.

KAGOME – Mas se mais pessoas morrerem nesses confrontos, como o governo vai querer que a população o siga?

TOUTOUSSAI – Olha Kagome! Eu não devia falar isso, mas tenho a informação de que um pronunciamento de qualquer representante seria vista como um sinal de fraqueza! Ryukosei quer mostrar para população tudo menos fraqueza, então não espere ninguém falando.

KAGOME – Então é isso? Nada será feito?

TOUTOUSSAI – Sinto muito! Como disse, é política.

Toutoussai se afasta para voltar aos seus afazeres, Kagome, impotente, apenas observava o velho agente sair de sua vista, Souta e Shiori chegam por trás dela.

SOUTA – Eu ouvi parte da conversa! Eu falei que nada podia ser feito.

KAGOME – Isso é o que você pensa. (ela olha para o irmão) – Venha comigo!

Kagome começa a andar e mesmo não entendendo as intenções da irmã, Souta a segue, eles foram até a entrada do departamento de polícia, onde haviam vários repórteres que ao verem Kagome saindo, logo vão até ela se aglomerando em frente ao local.

KAGOME – Antes de tudo quero informar que minhas palavras são direcionadas ás pessoas que estão com medo e confusas com o toque de recolher! (ela faz uma pausa, olha atentamente para os repórteres e respira fundo antes de continuar) – Como sabem, o prédio da Segurança Interna foi alvo de um ataque terrorista praticado por um grupo de fanáticos, o que fez o governo japonês tomar uma decisão extrema como o toque de recolher e que essa medida não foi bem aceita por uma grande parte da população, mas eu quero informar para essas mesmas pessoas que o governo está disposto a fazer o que for preciso para capturar esses terroristas.

REPORTER – E quanto á ausência do Primeiro Ministro, que está na Europa? E os políticos que estão fora da cidade?

KAGOME – Eu não posso falar pelo Primeiro Ministro e nem por esses políticos, mas posso falar por mim! (ela aumenta o tom de voz) – Eu trabalho aqui e farei o que for preciso! (ela aponta para Souta) – Meu irmão, que é soldado, está aqui arriscando a vida, fará o que for preciso! Meu filho está nessa cidade! Meu marido está nessa cidade! Meus amigos estão nessa cidade! Por isso eu reafirmo que eu farei de tudo para impedir esses terroristas! O governo fará de tudo para impedir esses terroristas e eu queria que as pessoas de bem dessa cidade, manifestantes, soldados e cidadãos comuns também ajudassem a impedir esses terroristas, portanto colaborem com o toque de recolher, pois estamos em guerra, eu queria que não fosse, mas é o que é! Uma guerra.

REPORTER – Posso considerar que está falando em nome do governo ou do departamento de polícia?

KAGOME – Estou falando em meu nome, pois discordo da atitude dos meus superiores em não dar uma satisfação á população. (ela volta a respira fundo) – Meu nome é Kagome, trabalho interinamente aqui e a verdade é a única coisa que posso oferecer! (ela abaixa o tom) – Espero que seja o bastante.

Perto dali, mas do lado de dentro do prédio, Shiori acompanhou todo o discurso, mas o que ela notou também foi a presença de InuYasha, que estava junto com Sango, Sesshoumaru e Satsuki, vindo para entrar no departamento, Shiori notou ainda como InuYasha olhava para a esposa com admiração e ao ouvir o discurso de Kagome, seu tom firme e eloqüente, ela percebeu o quanto Kagome era admirável não só como mulher, mas também como pessoa.

SHIORI – “Agora sei por que um homem como InuYasha ama uma mulher com Kagome.” (pensando)

SOUTA – Minha irmã enlouqueceu! Só pode. (ele observava a irmã se aproximando deles)

KAGOME – Acho que agora podem ir e... (ela para de falar ao ver InuYasha e os outros)

INUYASHA – Foram belas palavras, Kagome.

KAGOME – Obrigada. (envaidecida pelo elogio) – Espero que resulte em algo bom. (ela olha para Satsuki) – Veio falar com sua mãe?

SATSUKI – Sim tia! Ela quer falar comigo.

KAGOME – Não vou segura-los. (ela olha para o irmão) – Soten! Melhor irem agora.

SHIORI – Obrigada por tudo, Kagome. (segurando a mão dela) – Foi significativo o que disse no discurso. (ela olha para InuYasha) – Obrigado a todos.

Soten leva Shiori até o carro do exercito para levá-la até á casa dela sob os olhares dos outros e ao começarem a andar, Sango se manifesta.

SANGO – Kagome! Miroku já entrou em contato?

KAGOME – Sim! Ele conseguiu uma lista de nomes que estão sendo investigados enquanto falamos, mas são mais de cem nomes, por isso irá demorar um pouco a conclusão.

SESSHOUMARU – Ele já está voltando ao Japão?

KAGOME – Não! Ele ficará mais um pouco! Quer diminuir a lista.

Todos entraram no departamento de polícia e enquanto isso no andar superior, mais precisamente na sala de Jinenji, Toutoussai estava atendendo á um telefonema do ministro da defesa, Ryukosei.

RYUKOSEI – Toutoussai! Estou nesse momento em frente á TV e acabo de assistir á um pronunciamento dessa moça.

TOUTOUSSAI – Sim senhor.

RYUKOSEI – Você autorizou isso?

TOUTOUSSAI – Não senhor! Ela fez isso de livre e espontânea vontade.

RYUKOSEI – Essa atitude é totalmente descabida! Essa moça não tinha o direito de falar por nós! Quero que ela seja afastada de suas funções.

TOUTOUSSAI – Mas e o acordo com Miroku?

RYUKOSEI – Dar pronunciamentos não fazia parte do acordo, portanto não fomos nós que quebramos o acordo! Essa moça desafiou minha autoridade! Faça o que mandei e afaste Kagome do departamento.

TOUTOUSSAI – Sim senhor, farei isso, mas com todo respeito, acho que devemos esperar um pouco! Miroku ainda pode trazer novas informações e se afastarmos Kagome agora, ele pode deixar de colaborar.

RYUKOSEI – Tem razão! Então veja o que Miroku pode conseguir, depois disso quero que essa moça seja punida exemplarmente.

TOUTOUSSAI – Sim senhor ministro.

Toutoussai desliga se celular e vê InuYasha e Sango adentrando na sala.

SANGO – Onde está o capitão?

TOUTOUSSAI – Está com Gatenmaru em outra sala cuidando de assuntos corriqueiros do departamento! Eu pedi a ele que deixasse ficar em sua sala até essa crise passar. (ele nota Sesshoumaru e a filha do lado de fora da sala) – Então Kagura queria falar com a filha?

INUYASHA – Exato! Acho que Satsuki pode nos ajudar.

TOUTOUSAI – Espero que de certo! Estou cansado de insubordinação em minha investigação.

INUYASHA – Está falando de Kagome?

TOUTOUSSAI – Sim, mas não quero falar nisso! Já que chegaram, vou pedir para algum policial que prepare Kagura para ver a filha.

Toutoussai se levanta da cadeira e sai da sala, por estar pressionado pelos seus superiores, ele estava um pouco irritado com a atitude de Kagome e enquanto isso Sango, InuYasha e Sesshoumaru já estavam na sala ao lado da sala onde Kagura estava, eles podiam vê-la pelo vidro, que na sala dela era um espelho, a ex. agente do governo estava devidamente algemada na cadeira onde estava sentada e naquele momento, Satsuki entra.

SATSUKI – Estou aqui! O que quer de mim?

KAGURA – Eu sei que deve estar com raiva de mim e não a culpo por isso e...

SATSUKI – O que quer de mim?

KAGURA – Pedir perdão. (isso surpreende á todos)

SATSUKI – Perdão?! Agora?

KAGURA – Ainda mais agora! (ela vira o rosto) – Agora que fui responsável pelas várias mortes na Segurança Interna.

SATSUKI – A senhora sempre foi uma mulher que queria demonstrar força e determinação! Por que está me pedindo perdão?

KAGURA – Nas conversas anteriores quando dizia que me arrependia de não ter convivido mais com você antes é verdade. (ela derrama uma lágrima) – Eu te amo, Satsuki! Tudo que fiz foi por você e...

SATSUKI – Por mim?! (ela se levanta irritada) – Se a senhora quer mentir para si mesma, vá em frente, mas não minta para mim.

Satsuki se aproxima muito da mãe, ficando com o rosto seu bem em frente ao dela, ato que assustou um pouco Sesshoumaru, que iria intervir, mas foi impedido por InuYasha, assim continuou a conversa.

SATSUKI – A senhora pode até ter feito isso pensando no meu futuro, mas suas atitudes foram incentivadas por suas crenças malucas, então não ouse a usar-me para justificar suas ações.

KAGURA – Você está certa! (ela chora ainda mais) – Agora vejo o que perdi nesses anos todos ficando longe de você.

SATSUKI – Negar a maternidade foi escolha sua, mesmo que meu pai tenha colaborado. (ela olhava para o espelho que separava as salas)

KAGURA – Tem razão de novo.

SATSUKI – Então vai entender que não posso perdoá-la pelo que fez! Pelo que fez ao meu pai! Pelo que fez ao tio Inu! Pelo que fez ao irmão de Sango, não posso. (ela fica de costas para a mãe)

KAGURA – Eu sei que estou pedindo muito! Olha Satsuki! Eu sou capaz de agüentar os interrogatórios, os olhares tortos e até as torturas, mas eu não vou agüentar ser executada antes do seu perdão. (ela se vira, com os olhos marejados)

SATSUKI – Olha mãe! (indo até ela e segurando suas mãos) – Mesmo que seu plano tivesse dado certo, ainda sim seria errado o que fez! Enquanto a senhora não entender isso, não poderei te perdoar! Diz-me, mãe! Acha mesmo que todas as atitudes, todos os sacrifícios, todas as mortes valeram a pena?

KAGURA – Não valeram.

SATSUKI – A senhora me disse uma vez que os homens no poder são ‘um desastre atrás do outro’ e que era hora das mulheres assumirem o comando das coisas e que iria provar isso, mas a única coisa que provou foi que uma mulher com poder pode ser tão desastrosa quanto um homem.

KAGURA – Não tenho como argumentar.

Satsuki olha bem nos olhos de Kagura e começa a reparar por trás das lágrimas, por trás de toda a firmeza, que havia o olhar da menina do interior que perdeu a inocência por abuso do pai, nesse momento Satsuki viu um lado da mãe que nunca tinha visto, tanto que se sente segura em abraçá-la.

KAGURA – Satsuki?! (surpresa com o gesto)

SATSUKI – Eu sei que sofreu muito na infância e compartilho sua dor comigo.

KAGURA – Eu só queria ser amada, filha.

SATSUKI – Mas eu te amo! (ela acaricia o rosto da mãe) – Eu te perdôo, mãe! (ela da um beijo na testa dela) – Adeus mãe.

Visivelmente emocionada, Satsuki se afasta da mãe para sair da sala, já do lado de fora é consolada pelo pai, que a abraça forte.

SESSHOUMARU – Eu vi tudo, querida! Você foi esplendida.

SATSUKI – Pai! Eu quero ir embora daqui.

SESSHOUMARU – Claro, claro.

SANGO – Eu vou pedir á um policial que os levem aonde quiserem.

Sesshoumaru agradece e sai com Satsuki daquele local, Sango, depois de observar aquela cena, volta para a sala onde estavam InuYasha e Toutoussai que observavam Kagura na outra sala.

TOUTOUSSAI – Acha que ela realmente se arrependeu?

INUYASHA – Eu não sei, mas desde que ela colabore, por mim pouco importa.

SANGO – Vamos lá então?

TOUTOUSSAI – Vocês cuidem disso! Eu preciso falar algo com Sesshoumaru.

Toutoussai sai da sala para ir atrás de Sesshoumaru deixando Sango e InuYasha a sós, a dupla iria falar com Kagura para que ela cumprisse a promessa de falar o nome da pessoa que poderia identificar o modo de ataque da Ordem, assim eles entram na sala.

INUYASHA – Muito bem Kagura! Cumprimos nosso acordo.

KAGURA – Está certo! Trato é trato.

SANGO – Então nos diga o nome da pessoa.

KAGURA – Você conhece InuYasha.

INUYASHA – Eu? Está querendo dizer que essa pessoa faz parte da conspiração que prejudicou minha vida?

KAGURA – Sim! Pense! Quem é a pessoa que você magoou no passado? Quem é a pessoa que conhecia todos seus hábitos? Quem foi a pessoa que olhou o corpo de Naraku antes dele ser enterrado?

InuYasha arregala os olhos, pois as três perguntas feitas por Kagura tinham a mesma resposta que não demorou a sair da boca do marido de Kagome.

INUYASHA – Kikyou.

Próximo capítulo = Inimigos íntimos – parte 1


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