Na Noite mais Escura escrita por TreinadorX


Capítulo 6
A nova aluna - parte 1




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No dia seguinte aos acontecimentos do capítulo anterior, InuYasha estava tomando café da manhã na Cia de Kagome e Shippou e durante a refeição ele contava os detalhes da ‘terceirização’ do restaurante, que na verdade era uma fachada para o novo emprego dele que queria esconder da esposa. KAGOME – Se isso que está me contando for verdade, é maravilhoso, meu amor. INUYASHA – E o bom é que não vou perder o restaurante, dentro de um ano ele será meu de novo. KAGOME – Mas a parte ruim é que você ficará fora alguns dias, eu sentirei tanta a sua falta. INUYASHA – Mas vai ser apenas alguns dias. SHIPPOU – Ainda bem que as coisas estão melhorando. (ele acaba de toma café e se levanta à mesa) – Eu já vou indo. (ele se afasta) KAGOME – Ei mocinho, não se esqueceu de nada? SHIPPOU – Claro! Desculpe. (ele volta e da um beijo no rosto de Kagome) – Tchau, até mais. KAGOME – Bons estudos. INUYASHA – Até. Shippou sai para ir ao colégio e não se atrasar, aquele beijo que deu em Kagome mostrava com a relação dos dois era boa, apesar dela ser muito severa como mão, o garoto sabia que Kagome fazia isso porque o amava muito, isso era apenas mais umas das razões que fazia InuYasha amar a esposa ainda mais e faria tudo pela felicidade da esposa. INUYASHA – Você pensou no que falei ontem? KAGOME – O que? Em deixar o Shippou ir naquela festa? Nem pensar. INUYASHA – Kagome, por favor, me escute. (ele segura na mão da esposa) – O Shippou tem que socializar mais com outros garotos, eu não vejo com nenhum amigo, ora ele está aqui, ora na casa do Kouga ou na casa de Satsuki ou na escola. KAGOME – E isso não é bom? Pelo menos sei que ele está longe de problemas. INUYASHA – O que estou querendo dizer é que não pode protegê-lo para sempre. (ele respira fundo) – Eu vou dizer uma coisa que sei que não vai gostar, mas você está ficando igual ao seu pai. (Kagome se espanta com a comparação) KAGOME – Com meu pai?! Nem pensar. (ela se levanta irritada) – O meu pai me vigiava, não confiava em mim, me proibia de tudo e... Ao ficar falando da educação de seu falecido pai, um militar 'linha dura', Kagome começou a perceber que InuYasha estava certo, ela estava ficando igual ao pai, pois ela severa demais com o menino. KAGOME – Acha que sou tão dura assim? (voltando a se sentar) INUYASHA – Um pouco, eu apenas acho que devia ser mais flexível, dê um pouco mais de liberdade e se ele sair da linha, você terá moral para castigá-lo. KAGOME – Ok! Ok! Você venceu, como estou de folga hoje, vou falar com ele assim que voltar do colégio. INUYASHA – Vai ver que não vai se arrepender. (ele se levanta) – Agora vou cuidar do restaurante, o representante da empresa logo irá chegar. KAGOME – Eu vou com você, InuYasha. Kagome e InuYasha vão ao restaurante para arrumá-lo antes da visita do tal representante e enquanto isso, Shippou estava entrando no colégio e logo viu Satsuki, mas não foi falar com ela porque a filha de Sesshoumaru estava conversando alegremente com suas outras amigas, parecia estar se gabando do convite feito por Hiro para sua festa e nem notou a presença do amigo. SHIPPOU – “Aposto que está falando daquela festa idiota.” (pensando) Depois de ver aquela cena, Shippou foi direto para a sala de aula sentando-se, em seguida, em sua cadeira que ficava nos fundo da sala, logo depois os outros alunos chegaram e nenhum cumprimentava Shippou, exceto Satsuki, que apenas acenou ao vê-lo, aquilo mostra o quanto ele não era popular e finalmente a professora apareceu na sala. PROFESSORA – Bom dia, meus alunos. TODOS – Bom dia professora. PROFESSORA – Hoje vai ser um dia um pouco diferente, pois vocês terão uma nova colega. (ela olha para a porta) – Pode entrar. A professora estende a mão e uma moça de cabelos curtos entra na sala, apesar de bonita o que mais chamava a atenção na jovem era seu olhar penetrante. PROFESSORA – O nome dela é Soten e espero que sejam todos amigos dela. (ela olha para Soten) – Diga algumas palavras aos seus novos colegas, Soten. SOTEN – Olá a todos, meu nome é Soten e vim de Yokohama, espero que sejamos amigos. A professora sorriu depois de ouvir aquelas palavras. PROFESSORA – Pode se sentar, Soten enquanto eu faço a chamada. Enquanto a professora iniciava a chamada, Soten procurou, com os olhos, uma carteira vazia e achou uma que ficava na frente na de Shippou e foi andando até lá e quando chegou ficou parada em pé olhando um pouco para Shippou e deu um leve sorriso para ele. SOTEN – Alguém senta aqui? SHIPPOU – Não tem ninguém nessa cadeira, pode se sentar. SOTEN – Obrigada. (ela se senta e abre a bolsa dela e percebe algo de errado) – Esqueci meu lápis. (ela se vira para Shippou) – Você tem um lápis para me emprestar? SHIPPOU – Claro. (ele entrega um dos lápis que tem) – Pode ficar com ele, eu tenho outro. SOTEN – Obrigada de novo. Essa cena não foi percebida por ninguém da sala porque os alunos estavam prestando atenção na chamada da professora. MAIS TARDE No intervalo das aulas, Shippou estava sozinho, sentado na grama, comendo seu lanche tranquilamente até que percebe a sombra de alguém e ao olhar para cima e ver que se tratava de Soten. SHIPPOU – Pois não? SOTEN – Posso lanchar com você? Eu não gosto de comer sozinha. SHIPPOU – Claro. (ela se senta ao lado dele) SOTEN – Meu nome é Soten, mas que boba eu sou, claro que você sabe, eu me apresentei na frente de todos. (meio sem graça) – E o seu é Shippou se não estou enganado. SHIPPOU – Isso mesmo. (voltando a comer) SOTEN – Eu prestei atenção na chamada. (começando a comer também) SHIPPOU – Posso fazer uma pergunta? SOTEN – Claro. (logo depois comendo um pedaço de peixe) SHIPPOU – Dentre todos os alunos do colégio por que escolheu logo eu. (Soten engole o pedaço de peixe antes de falar) SOTEN – Uma por que você foi o primeiro colega com que falei, até me emprestou um lápis. (sorrindo) – E segundo porque eu notei que está sempre sozinho, por acaso não tem amigos? SHIPPOU – Eu tenho uma amiga, a Satsuki. Shippou aponta para Satsuki, que estava no meio das colegas, Soten ao ver aquilo pode notar o quanto a menina era popular tanto que logo uns quatro garotos a cercaram para paquerá-la. SOTEN – Esse tipo de garota é o que mais detesto. SHIPPOU – Ela não é má pessoa, vai gostar dela quando conhecê-la. SOTEN – Eu não quero saber dela, me fale de você. Shippou contou, resumidamente, a história de sua vida, que os pais biológicos morrem e que foi criado por Kagome e Kouga, que já estavam separados e casaram com outras pessoas e seguiram suas vidas com suas carreiras, Shippou sem pensar, estava se abrindo com alguém, foi a primeira vez desde que conheceu Satsuki que ele falava daquele jeito de tão agradável estava a conversa, mas aí eles ouviram o sinal. SHIPPOU – Puxa, o tempo voou. SOTEN – Melhor voltarmos rápido para sala de aula. SHIPPOU – Então vamos. Shippou e Soten voltaram para a sala de aula e conversavam durante o trajeto e enquanto isso, Miroku estava andando pelos corredores do departamento de polícia, procurando Sango e quando a avistou foi em direção a ela. MIROKU – Sango. (ele coloca a mão no ombro dela o que a faz ficar de frente a ele) - Precisamos conversar. SANGO – Nós não temos nada o que falar, o senhor promotor já deixou bem claro suas prioridades. (ela segue andando e ele vai atrás) MIROKU – Não faz isso comigo, Sango, me escute. (ela para e o encara) SANGO – Já chega, Miroku! Estou ocupada, não tenho tempo de discutir isso. MIROKU – E quando vamos fazer isso? Não podemos continuar assim! (chamando a atenção de todos no local) SANGO – Nós estamos em um local de trabalho. (ela olha ao redor como se pensasse em algo) – Depois do meu turno eu apareço na sua casa e a gente conversa. MIROKU – Combinado. (ele cerra os punhos de felicidade) SANGO – Não fique tão feliz, é só uma conversa. MIROKU – Mesmo assim. (ele se aproxima dela e da um beijo e depois disso ela da um sorriso maroto) SANGO – Tem sorte de ser bonito. MIROKU – Eu tenho sorte em ter você. (ele da um selinho nela) – Até mais tarde. Miroku sai radiante do departamento enquanto Sango sorria ao mesmo tempo em que balançava a cabeça, ela não conseguia ficar brigada com ele por muito tempo e enquanto isso, InuYasha e Kagome falavam com Kyo, o representante de Jakotsu, sobre a ‘terceirização do restaurante. KYO – Então tudo combinado, senhor InuYasha? INUYASHA – Claro que sim. KAGOME – Isso é bom demais, vai nos tirar do ‘vermelho’. KYO – Então se é só isso, eu vou indo. (ele se curva aos dois) – Vai ser um prazer trabalhar com o senhor. INUYASHA – Igualmente. (também se curvando) KYO – Adeus aos dois. Kyo sai do restaurante e InuYasha ao ver a felicidade de Kagome percebe que ela ‘engoliu’ a história da tal terceirização do restaurante, embora se sentisse mal em mentir para a esposa, InuYasha estava convencido de que era a melhor saída para resolver de vez os problemas financeiros. KAGOME – Você tinha razão. (ela abraça o marido) INUYASHA – No que? KAGOME – Quando disse para confiar em você e que iria resolver tudo. INUYASHA – Falei mesmo, não é? KAGOME – Por um momento achei que tinha ficado louco quando nos levou para jantar fora ontem à noite. INUYASHA – Mas eu sou louco. (ele a beija) – Louco por você. KAGOME – Mas como é bobo. InuYasha e Kagome novamente se beijam, mas o clima foi quebrado por um som de garganta seca, o casal para de beijar e vê que era Kouga, acompanhado de Ayame, que segurava Genku. KOUGA – Espero não ter interrompido nada. KAGOME – Interrompeu sim, mas tudo bem. (ela fica com um enorme sorriso ao ver Genku) – Vocês trouxeram o Genku. AYAME – Claro que sim, eu não agüento ficar muito tempo longe dele. (Kagome fica acariciando o menino que dormia) INUYASHA – A Kagome adora o Genku. KAGOME – Ele parece um anjo dormindo. (depois ela olha para Ayame) – Embora adore que venham aqui, posso saber o motivo da visita? KOUGA – Precisamos conversar, Kagome. (ela olha para ele) – Sobre o Shippou. KAGOME – Sobre o Shippou? Kouga conta para Kagome as observações que fez a respeito de Shippou, de como ele era solitário e introspectivo, isso tudo era reforçado pelas opiniões de InuYasha e Ayame. KAGOME – Deixa ver se eu entendi, você está me culpando pelo Shippou ser assim? KOUGA – De certa maneira sim. KAGOME – Eu não vou admitir isso de você, Kouga, depois que nos separamos, eu criei o Shippou sozinha. KOUGA – Eu sei disso, eu errei com você, mas eu não posso voltar no tempo, mas posso ajudar no presente. INUYASHA – O que ele diz faz sentido. KAGOME – Isso, fica do lado dele e eu fico sendo a bruxa da história. AYAME – Olha, Kagome, não leve tão a sério o que eles falam, eles são homens. (ela fica de frente com Kagome) – Nesses anos que fiquei casada com Kouga pude ver o quanto Shippou é um menino adorável e isso é sua responsabilidade, eu sou mãe recentemente e o exemplo de mãe que sigo é o seu. KAGOME – Eu fico feliz em ouvir essas palavras. AYAME – Por isso eu digo que ninguém aqui por recriminá-la por nada, mas como amiga e admiradora eu peço que entenda a preocupação de Kouga, tanto ele como eu gostamos muito do Shippou, tenho certeza que ele será um ótimo irmão mais velho. KOUGA – A Ayame tem razão, eu não queria desqualificar seu papel de mãe, me desculpa, Kagome. KAGOME – Claro. INUYASHA – Essa mulher é a melhor mãe do mundo. KAGOME – Obrigada, mas o que todos vocês me disseram, me fez pensar. (ela se afasta e respira fundo) – Eu acho que acertei no remédio, mas errei um pouco na dose. INUYASHA – Mas isso tem explicação, há cinco anos você ficou desesperada com o desaparecimento do Shippou com aquela armação da Satsuki, desde aquilo você tem sido rígida com ele. KAGOME – Aqueles dias foram os piores da minha vida, eu nunca mais quero sentir aquilo de novo. Kagome se lembrava da época em que Satsuki descobriu que a primeira esposa de seu pai não era sua mãe biológica e envolveu Shippou em uma busca insana pela verdadeira mãe, onde quase foram parar nas mãos de um pedófilo. MAIS TARDE Na saída do colégio depois das aulas, Shippou contava para Satsuki que Kagome não tinha deixado dele ir à festa e a filha de Sesshoumaru não deixou por menos. SATSUKI – Você não tem jeito mesmo, não é Shippou? Deveria fazer que nem eu, a festa na casa do Hiro vai ser um festão. SHIPPOU – Mas eu não quero ficar mentindo para Kagome. SATSUKI – A tia Kagome é fogo hein! (ela percebe o aborrecimento do amigo com o comentário) – Com todo respeito. SHIPPOU – Tudo bem! (naquele momento algumas garotas chamam Satsuki) SATSUKI – Olha Shippou, eu vou com minhas amigas treinar algumas coreografias, eu tenho obrigações como líder de torcida, então a gente se vê na segunda-feira, já que não vai a festa. SHIPPOU – Então até segunda-feira. Satsuki foi correndo para junto das amigas sob os olhares de Shippou e quando ele retomava o seu caminho para casa, Soten aparece, de repente, diante dele. SHIPPOU – Soten?! (meio assustado) – Que susto! (se refazendo) - O que foi? SOTEN – Esqueceu isso. (ele entrega o mesmo lápis que ele tinha emprestado) SHIPPOU – Não precisava, mas tudo bem. (ele pega o lápis) – Até segunda-feira, Soten. (ele volta a andar) SOTEN – Espere um pouco, Shippou. (ela o segue e assim andam juntos) SHIPPOU – Quer falar alguma coisa? SOTEN – Eu não pude deixar de ouvir a sua conversa com sua amiga, eu sei que não é educado escutar a conversa dos outros, mas não pude evitar. SHIPPOU – E o que é que tem? SOTEN – A sua amiga mencionou que a festa será na casa de Hiro, é verdade? SHIPPOU – Sim, é verdade. (ele para de andar) – Você conhece esse Hiro? SOTEN – Conheço sim, o pai dele se chama Goshink e é presidente de uma grande empresa de Yokohama chamada Tesseiga, o Hiro tem fama de ser um ‘galinha’ de marca maior. SHIPPOU – Eu não duvido. (ele volta a andar) – Ainda bem que não vou. SOTEN – Mas bem que queria, não é? SHIPPOU – Não! (mentindo para si mesmo) SOTEN – Claro que quer, só não vai porque é o filhinho da mamãe. (rindo e deixando ele vermelho) SHIPPOU – Isso não é da sua conta! (ele acelera os passos e Soten percebe que exagerou e por isso o segue) SOTEN – Shippou, por favor me desculpe. (ficando na frente dele fazendo-o parar) – Eu não tinha a intenção de te magoar. SHIPPOU – Tudo bem. SOTEN – Caso consiga convencer sua mãe, você pode ir comigo, eu tenho convite. SHIPPOU – Convite?! Essa festa precisa de convite? SOTEN – Claro que sim! (ela lança um olhar convencido) – Aposto que sua amiga não contou esse detalhe, talvez por achar que você não ia mesmo. (sorrindo e depois escrevendo algo em um pedaço de papel) – Aqui tem o meu telefone. (ela da o papel a ele) SHIPPOU – Tudo bem, mas não vai adiantar de nada mesmo. SOTEN – Fale com sua mãe, quem sabe você não tem uma surpresa. Soten sai correndo para sua casa e Shippou ficou feliz com aquela conversa como se tivesse contaminado pela alegria daquela nova colega. Próximo capítulo = A nova aluna – parte 2

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