Na Noite mais Escura escrita por TreinadorX


Capítulo 57
Crimes prescritos - parte 2




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Depois de saberem que Taibokoumaru era pai do homem a quem estavam procurando, Sango e InuYasha estavam decididos a falar com ele, mas Sesshoumaru queria outras informações.

INUYASHA – E o que precisamos saber mais? Vamos falar com Taibokoumaru e pronto.

SESSHOUMARU – Ainda não! (ele olha para Kira) – Senhora! O seu ex. sogro ainda tem o carro mencionado?

KIRA – Para falar do carro vou ter que falar do suicídio de Hitori ou não suicídio, eu não sei mais.

SANGO – Estamos ouvindo, senhora.

KIRA – Depois que eu disse que eu ia pedir o divorcio, Hitori ficou descontrolado e saiu para falar com o pai, que lecionava na universidade de Tóquio.

INUYASHA – Isso nós sabemos! Prossiga.

KIRA – Taibokoumaru disse que Hitori chegou muito nervoso pedindo ao pai que intercedesse por ele para me persuadir a desistir do divorcio! Como Taibokoumaru não queria incomodar os seus alunos e colegas, decidiram ter uma conversa na torre da escola, que quase sempre estava vazia.

SANGO – E o que houve depois?

KIRA – Segundo Taibokoumaru, depois de, aparentemente, acalmar o Hitori, ele o deixou na torre e voltou para a classe, mas aí uns dez minutos depois, Hitori se jogou da torre caindo bem em cima do carro de Taibokoumaru, que depois dessa tragédia, resolveu vender o carro ao ferro velho.

SESSHOUMARU – Então só tinha os dois na torre, não é?

KIRA – Espere aí! Vocês não estão sugerindo que Taibokoumaru tenha matado o próprio filho? Eu não me dou muito bem com ele, mas isso nunca passaria pela minha cabeça.

SANGO – Não estamos acusando ninguém, senhora, mas acredite, sou policial, isso não seria a primeira vez.

KIRA – Não! Não! Isso é um absurdo! A polícia concluiu que foi suicídio! Eles até chegaram a desconfiar de Taibokoumaru por ele ser a última pessoa que o viu vivo, mas quando Hitori caiu da torre, Taibokoumaru estava na sala de aula.

SESSHOUMARU – Então se ele foi morto, uma terceira pessoa entrou no local.

SANGO – Eu queria ver o relatório desse inquérito, mas como estou afastada da polícia, isso será impossível.

KIRA – Eu sinto muito por vocês! Aceito a idéia de que tem algo estranho nessa história, mas acredito que estejam atrás de um fantasma! Hitori se matou e levarei essa culpa pelo resto da vida, por não acreditar nele.

Conformados com aquelas palavras de Kira sobre o marido, Sango, InuYasha e Sesshoumaru saem da agência e discutem a situação da investigação.

SANGO – Agora vamos falar com Taibokoumaru! Mesmo que não tenha matado o filho, ele nos deve algumas explicações pelo fato de Sara ter a multa do carro dele.

INUYASHA – Mas temos ainda a filha de Kira! Temos que falar com ela.

SESSHOUMARU – Vou ligar para Jaken segura-la! Eu irei para lá enquanto vocês voltem para o Grupo Naraku e falem com Taibokoumaru.

INUYASHA – Não seria melhor você ir ao Grupo Naraku e nós irmos falar com Shiori?

SESSHOUMARU – E qual é a diferença?

INUYASHA – Eu e Sango somos dois! A biblioteca publica fica perto do endereço do local das multas do carro de Taibokoumaru! Podemos investigar esses dois lugares mais rápido.

SESSHOUMARU – Não! Melhor ficarmos com meu plano e...

INUYASHA – Já chega Sesshoumaru! Você não quer ir ao Grupo Naraku porque não quer se encontrar com Rin.

SESSHOUMARU – Isso não é verdade.

INUYASHA – É sim! Mesmo que não queria admitir! (ele respira fundo) – Olha Sesshoumaru! Eu não tenho nada com sua vida e nem estou dizendo que tenha que fazer as pazes com sua esposa, mas não pode ficar fugindo dela, fugindo desse reencontro! Melhor fazer isso de uma vez por todas.

SESSHOUMARU – Ok! Se faz tanta questão disso, por mim tudo bem.

SANGO – Então vamos para a biblioteca publica e falar com Shiori.

InuYasha e Sango entram no carro da detetive para irem até a biblioteca publica, deixando Sesshoumaru a sós, o jornalista usa seu celular para falar com Jaken, que naquele momento estava olhando capas de jornais antigos na biblioteca publica.

JAKEN – Senhor Sesshoumaru! Eu não descobri nada.

SESSHOUMARU – Tudo bem! Pode parar o que está fazendo! Quero que me faça um favor.

JAKEN – Pode falar senhor.

SESSHOUMARU – Aí na biblioteca deve estar uma jovem de uns vinte anos, o nome dela é Shiori! Quero que a segure aí até Sango e InuYasha chegarem, eles irão falar com ela.

JAKEN – E como seria essa jovem? Têm muitas aqui.

SESSHOUMARU – Quando falava com a mãe dela, vi um porta-retrato com a foto dela! Ela tem cabelos azuis e olhos vermelhos, acho que isso limita sua busca.

JAKEN – Não seria melhor eu leva-la até a sua casa?

SESSHOUMARU – Acha que uma jovem sairia com um estranho. (sorrindo) – Ela pode te achar um tarado.

JAKEN – Não fale assim comigo senhor. (ele sorri) – Eu vou segura-la o máximo que puder, mas qual é a história dela?

SESSHOUMARU – Não tenho tempo para contar os detalhes, mas ela é neta do dono do carro! Peça para InuYasha ou Sango entrarem em contato comigo.

JAKEN – Sim senhor.

Jaken desliga o seu celular para em seguida sair da sala de projeção e ficar procurando por uma moça de cabelos azuis e não demorou muito para avistá-la, a moça estava sentada, lendo um livro policial, ele se aproxima com cuidado.

JAKEN – Com licença, você dever ser Shiori, não é?

SHIORI – Como sabe o meu nome? (ela se levanta da cadeira) – Você deve ser o homem que enviou a carta.

JAKEN – Do que está falando? Eu não sei de carta alguma.

SHIORI – Fique longe de mim se não eu vou gritar.

JAKEN – Por favor, não faça isso! (ele pede calma com as mãos) – Relaxe que eu só vou pegar meu celular e ligar para uma pessoa que irá poder esclarecer tudo. (ele tira o celular do bolso)

SHIORI – Quem é você?

Shiori teve o impulso de sair correndo dali, mas o medo não era maior do que a curiosidade em saber o que Jaken queria ela, até porque eles estavam em um lugar publico, não precisaria ter tanto medo e assim ela ficou observando Jaken falando baixinho com alguém pelo celular, já que eles estavam em uma biblioteca e tinham que falar baixo.

JAKEN – Ok! (ele deixa de falar no celular) – Shiori! Fale com ele e ouça o que ele tenha a dizer.

SHIORI – Está bem! (ela pega o celular) – Quem está falando?

SESSHOUMARU – Shiori! Meu nome é Sesshoumaru! É provável que tenha ouvido falar de mim! Sou o jornalista que foi preso injustamente pela morte da primeira esposa.

SHIORI – Estou me lembrando.

SESSHOUMARU – Mas deve ter ouvido falar de mim antes, pois sua mãe, Kira, disse que tinha pedido divorcio do seu pai por ele estar se encontrando com uma mulher, essa mulher em questão era Sara, minha primeira esposa! Eles se encontravam por que Sara estava querendo investigar o chefe dela que estava se associando ao patrão de seu pai.

SHIORI – Isso é sério? O que quer de mim?

SESSHOUMARU – Sua mãe me falou que você recebeu uma carta anônima que dizia que seu pai não se matou.

SHIORI – Isso mesmo! Tenho certeza que meu pai não se matou.

SESSHOUMARU – Eu concordo com você! Acho que o que fizeram com seu pai está relacionado com o que fizeram com Sara.

SHIORI – Mas se isso for verdade, o que quer de mim?

SESSHOUMARU – Duas pessoas estão indo até aí para conversar com você! Quero que fique aí com Jaken e os aguardem.

SHIORI – Então o senhor está à procura do assassino do meu pai?

SESSHOUMARU – Sim! Eu acho que seu pai e Sara descobriram algo e por isso foram mortos! Preciso saber quem fez isso e por que.

SHIORI – Está bem senhor! Vou acreditar em vocês.

Sesshoumaru, que dirigia seu carro, desliga seu celular e segue caminho para o Grupo Naraku onde falaria com Taibokoumaru e enquanto isso no prédio da Segurança Interna, Koharo, carregando uma sacola, acabara de chegar ao local e perguntou para um dos funcionários onde era a sala de Kagome, depois de ser orientada, ela vai até a sala da esposa de InuYasha, que se surpreende com a presença dela.

KAGOME – Koharo?! O que faz aqui?

KOHARO – Vim trazer algumas coisas que o Shippou me pediu. (ela entrega a sacola que continha alguns disquetes e CDs)

SHIPPOU – São aqueles programas mais avançados que me falou para conseguir, assim o computador ficará mais protegido.

KAGOME – Ta! Mas não é disso que estou falando! (ela olha para Koharo) – Você não estava encarregada de cuidar do Genku enquanto eu estivesse aqui? Onde está o Genku afinal?

KOHARO – Calma Kagome! Ele ficou lá embaixo com Satsuki! Quando eu vim para cá, passei na casa do pai dela e como ela não tinha nada para fazer, pedi a ela que cuidasse do Genku enquanto acabava meus afazeres.

KAGOME – De que afazeres está falando?

KOHARO – Disso. (ela exibe um documento para Kagome) – Tem que assinar isso?

KAGOME – Deixa-me ver isso. (ela pega o documento e lê atentamente) – Mas isso aqui é uma transferência de pátrio poder do Genku que o Kouga passa para mim.

KOHARO – Mas só em caso dele morrer.

KAGOME – Mas eu pensava que ele estivesse melhor! Por acaso ele teve alguma recaída?

KOHARO – Não sei! Eu não sei por que ele fez isso! Só estou fazendo o que Miroku pediu! Depois tenho que levar para Kouga assinar.

KAGOME – Eu não sei o que Kouga está aprontando, mas vou assinar.

KOHARO – Ótimo! Antes de levar isso para o Kouga, tenho que falar com Toutoussai sobre meu perdão imperial! Graças ao Miroku, serei uma pessoa inteiramente livre. (sorrindo)

KAGOME – Aqui está! (ela entrega o documento assinado)

KOHARO – Até mais. (ela ia sair até Kagome se manifestar)

KAGOME – Koharo! Eu posso fazer uma pergunta?

KOHARO – Claro! Pode falar.

KAGOME – Embora não tenham convivido por muito tempo, você conhece o Miroku a mais tempo do que eu! Você acha que ele é capaz de usar as pessoas mais próximas por proveito próprio?

KOHARO – Sinceramente? Apesar do que sinto por Miroku, sei que ele não é santo! Se traçar um objetivo, Miroku não muda por nada! Veja por exemplo o meu caso! Ele vai me ajudar a ficar em liberdade completa, mas eu ainda vou ter que fazer alguns favores para ele.

KAGOME – Que favores?

KOHARO – Eu não sei! Ele ainda vai me dizer. (ela respira fundo) – Eu sei que ele não me ama, mas quando ele me pede uma coisa, não consigo dizer não! Eu já vou indo.

Koharo sai da sala e Kagome a fica observando indo até a sala de Toutoussai, a esposa de InuYasha não podia deixar de sentir um pouco de pena da moça, Koharo entra na sala de Toutoussai.

TOUTOUSSAI – Sente-se, Koharo.

KOHARO – Estou bem de pé! (ela entrega o documento para Toutoussai assinar) – Preciso apenas de sua assinatura.

TOUTOUSSAI – Claro. (ele pega o documento e assina) – Agora é uma mulher livre! O que fará daqui para frente?

KOHARO – Eu não sei! Seguir com minha vida normalmente. (ela pega o documento assinado) – Passar bem. (ela ia sair até o agente se manifestar)

TOUTOUSSAI – Eu li seu histórico, Koharo! Você teve chance de ter tudo, era muito ambiciosa.

KOHARO – Eu era boba, mas essa Koharo não existe mais.

TOUTOUSSAI – Então vai aceitar receber migalhas de amor, pois Miroku nunca vai te amar plenamente.

KOHARO – Aonde quer chegar?

TOUTOUSSAI – Eu quero ampliar seus horizontes! (ele se levanta para ir até ela) – Por que se contentar com apenas uma liberdade completa se você pode ter mais? Miroku pode ser gentil e amável com você, mas nunca irá te amar. (ele entrega um cartão para ela) – Aqui tem o endereço do escritório político de Ryukosei! Não precisa responder agora, fique com isso e vá procurá-lo quando se sentir pronta.

Koharo pega o cartão e sai da sala de Toutoussai para em seguida sair do prédio da Segurança Interna, quando entra em seu carro se senta no banco do motorista e fica observando o cartão enquanto era observada por Satsuki, que estava no banco de trás cuidando de Genku.

SATSUKI – O que foi Koharo? Parece triste.

KOHARO – Não é nada, Satsuki. (olhando para ela) – Só estou assim porque acabei de tomar uma dose de realidade.

SATSUKI – Eu não entendi.

KOHARO – Não há o que entender! Isso é coisa minha! Agora vamos para o hospital para ver o pai desse menininho.

Koharo da a partida no carro para irem ao hospital onde Kouga estava internado e enquanto isso no Grupo Naraku, mais precisamente em sua sala, Kanna falava com o ministro da saúde, Toukaijin, através do link digital, Rin e Taibokoumaru estavam presentes na sala.

TOUKAIJIN – Eu sinto muito que esses eventos tenham atingido a credibilidade de sua empresa, senhora Kanna! Saiba que nosso governo fará de tudo para contornar essa situação.

KANNA – Eu sei disso senhor ministro! O fato de o senhor ter intercedido por mim junto ao governo já é muito! Sou grata por ser digna de sua confiança.

TOUKAIJIN – Estamos no mesmo barco, senhora.

RIN – Com licença senhor ministro! O senhor não acharia melhor divulgar para a população o perigo que correm?

TOUKAIJIN – Estamos seguindo recomendação da Segurança Interna! Estamos prestes a entrar em uma guerra deflagrada e não temos como revidar! Divulgar um fato desses sem controle só causaria pânico na população.

TAIBOKOUMARU – Eu concordo com o ministro! A Segurança Interna sabe o que faz.

KANNA – Eu concordo.

RIN – Espero que estejam certos. (o celular de Taibokoumaru começa a tocar)

TAIBOKOUMARU – Com licença.

Enquanto Kanna e Rin conversavam com Toukaijin através do link digital, Taibokoumaru sai da sala para atender o telefonema, ao ver o numero no visor ele sabia de quem se tratava.

TAIBOKOUMARU – E aí, Jigo?

JIGO – Estava certo em suas desconfianças, senhor Taibokoumaru!

TAIBOKOUMARU – Em a minha neta está por trás do vazamento de informação?

JIGO – Ao que parece sim! Eu vim até a biblioteca publica atrás de sua neta como me pediu. (ele usa binóculo para observar) – Nesse momento ela está conversando com um homem chamado Jaken, homem que por muitos anos foi assistente particular de Sesshoumaru.

TAIBOKOUMARU – Tem certeza que é ele?

JIGO – Eu já cometi erros, senhor? Eles estão conversando amigavelmente, como se conhecessem! Sabe o que tenho que fazer, não é?

TAIBOKOUMARU – Claro que sei! Pode ir em frente! Faça o que tiver que fazer! Mesmo com a minha neta.

Jigo, que estava dentro de um carro estacionado em frente à biblioteca publica, desliga o celular para em seguida sair do seu veículo, na Cia. de mais dois homens e assim os três vão até onde estavam Jaken e Shiori.

JIGO – Vocês dois! Venham comigo.

SHIORI – Quem são vocês?

JAKEN – Nós não vamos a lugar nenhum com você e... (ele para de falar depois de Jigo mostrar a sua arma debaixo da camisa)

JIGO – Isso não é um convite! Se não querem ver o chão cheio de sangue, melhor virem com a gente.

Sem alternativa, Jaken e Shiori são obrigados a acompanharem Jigo e os dois homens até o carro dele e enquanto isso no Grupo Naraku, Kanna estava terminando a conversa com Toukaijin.

TOUKAIJIN – Nos falamos depois, senhora Kanna! Tenho uma reunião com meu gabinete.

KANNA – Não vou tomar mais o seu tempo! Obrigado senhor ministro.

O link digital é desligado e Kanna, que estava de pé, fica observando Rin, que estava sentada, a esposa de Sesshoumaru parecia pensativa, meio distante e por isso a presidente do Grupo Naraku foi se sentar ao lado dela.

KANNA – No que está pensando?

RIN – Em nada.

KANNA – Eu nunca vi ninguém no nada desse jeito! Vai Rin! Somos amigas! O que te afeta me afeta.

RIN – Olha bem! (olhando atentamente para a amiga) – Eu tenho conhecimento de que um grupo de malucos está prestes a causar alguma destruição a esse país onde muita gente pode se ferir! Eu sei disso, mas a única coisa que não sai da minha cabeça é a situação do meu casamento! Isso é egoísmo meu não acha?

KANNA – Claro que não! O seu questionamento com o ministro prova isso, mas o fato de você ter responsabilidades não significa que tenha que ficar alheios aos problemas particulares.

RIN – Mas é...

KANNA – Olha Rin! Nunca diga que é egoísta! Você é a pessoa mais solidária que já conheci na vida, então como sua amiga não vou permitir que pense isso de si mesma.

RIN – Se está dizendo isso para que eu me sinta melhor, digo que está conseguindo. (sorrindo)

KANNA – Para que serve as amigas?

As duas se abraçam e naquele momento Taibokoumaru entra na sala depois de atender o telefonema.

TAIBOKOUMARU – Espero que não esteja interrompendo nada! (observando o abraço)

KANNA – Não interrompeu nada.

RIN – Quem era?

TAIBOKOUMARU – Assuntos de família! Sabe como é que é, não é?

RIN – Sei.

Isso fez Rin se lembrar dos problemas que está enfrentando no casamento e naquele momento Ban, chefe de segurança do prédio, acabara de entrar na sala.

BAN – Desculpe senhora, mas o senhor Sesshoumaru pede para entrar no prédio.

RIN – Sesshoumaru?! O que ele veio fazer aqui?

KANNA – Talvez tenha vindo fazer as pazes com você, Rin.

RIN – Isso não combina com o Sesshoumaru!

TAIBOKOUMARU – “Mas o que ele veio fazer aqui?” (pensando)

BAN – O que eu faço senhora?

KANNA – Deixo-o entrar.

BAN – Sim senhora.

Ban se retira do local e os três presentes na sala se perguntavam o que o jornalista queria e enquanto isso, InuYasha e Sango finalmente chegavam á biblioteca publica.

SANGO – Bem, é aqui que descemos.

INUYASHA – Espere! Não há necessidade de ir os dois! Vamos ganhar tempo.

SANGO – Como assim?

INUYASHA – Você fica aqui e converse com Shiori, você é policial e mulher! Acho que ela se sentirá mais a vontade em falar com você.

SANGO – Mas e você?

INUYASHA – Eu vou ao endereço onde o carro de Taibokoumaru recebeu aquelas multas.

SANGO – Ok! (ela sai do carro) – Assuma aí!

Sango atravessa a rua para chegar á biblioteca publica e InuYasha assume a direção do carro e parte dali e enquanto isso no Grupo Naraku, Sesshoumaru acabara de chegar á sala onde estavam Kanna, Rin e Taibokoumaru.

SESSHOUMARU – Rin.

RIN – Oi Sesshoumaru! Não nos falamos hoje ainda.

SESSHOUMARU – Eu sei! Isso vai ser rápido.

KANNA – Vocês dois não querem conversar em outra sala?

SESSHOUMARU – Eu não vim falar com Rin e sim com o senhor. (olhando para Taibokoumaru)

TAIBOKOUMARU – Comigo?! Mas sobre o que?

SESSHOUMARU – Queria saber o motivo de minha primeira esposa ter canhotos de multas de um carro no seu nome. (ele da as multas)

TAIBOKOUMARU – Eu não sei! (ele olha as multas) – Mas pelo que vejo é a sua primeira esposa que deve explicação por ter uma coisa dessas, mas se eu não estiver enganado, ela está morta, não é?

SESSHOUMARU – Sim.

TAIBOKOUMARU – O que está acontecendo senhor Sesshoumaru? Por que está me tratando como um criminoso.

KANNA – Isso mesmo Sesshoumaru! O senhor Taibokoumaru é funcionário da minha empresa e como tal exijo respeito com a pessoa dele.

SESSHOUMARU – Desculpe-me Kanna! Não queria ser indelicado. (ele volta a olhar para Taibokoumaru) – Eu estive falando com sua ex. nora, ela me disse que sua neta lhe deu uma carta anônima que dizia que a morte do pai dela, seu filho, não foi suicídio e sim assassinato.

TAIBOKOUMARU – Mas que espécie de jornalista é você, que invade a privacidade de uma família! O meu filho, sangue do meu sangue, carne da minha carne, se matou! Isso é uma dor horrível que o senhor está fazendo-me relembrar.

KANNA – Senhor Taibokoumaru! Do que ele está falando.

TAIBOKOUMARU – Agora que Kira abriu a boca, vou ter que contar.

Taibokoumaru contou para os três a mesma história que Kira contou anteriormente sobre a morte de Hitori, o jornalista que ouviu as duas versões, confirmou isso.

TAIBOKOUMARU – A polícia concluiu que Hitori se matou! Ele tinha motivos para fazer isso! Kira iria se separar dele, por isso ele se matou, ele a amava muito.

SESSHOUMARU – Eu vou dizer o que descobri! A mulher que Kira viu com seu filho na verdade era Sara, minha primeira esposa! E eles não tinham um caso como pensava Kira! Eu não sei o que ele faziam, mas seja o que for, deve ter sido a causa da morte deles e...

TAIBOKOUMARU – O que o senhor está me dizendo não muda nada! (ele se exalta) – Ou muda sim! Muda o fato de Kira sempre falar mal do meu filho mostrando que ela foi injusta com ele, mas o que adianta agora? Nada vai trazer meu filho de volta, nada.

Taibokoumaru estava com os olhos marejados, aquela cena fez Sesshoumaru recuar de sua investida, atitude apoiada em ver o olhar reprovador de Kanna.

KANNA – O filho dele se matou! Não tem pena dele, Sesshoumaru? Você abriu uma ferida de dez anos.

SESSHOUMARU – Não era a minha intenção. (o celular dele começa a tocar) – Com licença e me desculpe senhor.

Ao ver a cena de princípio de choro daquele velho senhor, Sesshoumaru começou a duvidar de suas crenças quanto a ligação da morte de Sara com a conspiração, pois o suicídio de Hitori tinha confirmação da polícia, o jornalista não queria pensar nisso agora e por isso saiu da sala para atender o celular.

SESSHOUMARU – Fale.

SANGO – Tenho péssimas notícias, Sesshoumaru! Não encontro Jaken e Shiori em lugar nenhum.

SESSHOUMARU – Como não? Eu mesmo cheguei a falar com Shiori pelo celular e pedi que ela ficasse com Jaken.

SANGO – Mas eu não encontro nenhum dos dois! Eu perguntei por eles para várias pessoas daqui! Uma delas confirma que os viu sentados aqui fora.

SESSHOUMARU – Eu vou ligar para Jaken e...

SANGO – Eu já liguei para o celular de Jaken, Sesshoumaru! Está desligado! Isso é muito estranho! Não estou com um bom pressentimento.

SESSHOUMARU – Nem eu e... (ao se virar ele nota a presença de Rin diante dele) – Olha Rin! (ele coloca a mão no fone) - Agora não é a melhor hora de conversar.

RIN – Sesshoumaru! Você tem que me escutar.

SESSHOUMARU – Sobre os nossos problemas, conversamos em casa e...

RIN – Não é sobre nós! Eu não sei bem o que está investigando, mas preciso contar uma coisa para você sobre a conversa que teve com Taibokoumaru.

SESSHOUMARU – Ok! (ele volta a falar com Sango) – Ligo para você depois, Sango.

Rin e Sesshoumaru foram para a sala dela e imediatamente ela fecha a porta, o jornalista estava curioso para saber o que a esposa tinha para contar.

SESSHOUMARU – O que foi?

RIN – Tem uma falha no relato que Taibokoumaru.

SESSHOUMARU – Vá direto ao ponto, Rin.

RIN – Ele disse que a polícia confirmou que foi suicídio, mas isso não é inteiramente verdade, pois o caso ficou inconclusivo com tendência a suicídio acidental, ou seja, ele não queria se matar.

SESSHOUMARU – Espere aí! Como você sabe disso?

RIN – Sei porque meu pai foi o detetive encarregado da investigação! Foi o primeiro caso dele! Eu me lembro bem porque meu pai ficou muito chateado em não descobrir a verdade! Ele nunca afirmou que foi suicídio proposital.

SESSHOUMARU – E por que não?

RIN – Porque o homem tinha um ferimento na cabeça que não foi provocado pela queda! Ninguém que comete suicídio se agride antes do ato! Meu pai concluiu que ele deve ter escorregado em algo e bateu a cabeça antes de cair.

SESSHOUMARU – Então por que Taibokoumaru mentiu sobre isso?

RIN – Eu não sei! Só sei que ele mentiu.

Diante daquela revelação da esposa, Sesshoumaru pegou seu celular e ligou para Sango, que atendeu imediatamente.

SESSHOUMARU – Encontrou os dois?

SANGO – Nada!

SESSHOUMARU – Onde está InuYasha?

SANGO – Ele foi para o local onde o carro levou as multas! Sesshoumaru! Estou com muito medo de que alguém tenha pegado Shiori e Jaken! Se isso estiver ligado ás coisas que descobrimos, InuYasha pode estar correndo perigo.

SESSHOUMARU – Concordo.

SANGO – Como ele está com meu carro, vou a pé até lá! Acho que vou chamar Gatenmaru! Embora eu esteja afastada, ele é meu parceiro, acho que posso confiar nele.

SESSHOUMARU – Olha Sango! Você decide o que fazer, mas antes tem que saber de algo!

SANGO – Pode falar.

SESSHOUMARU – O seu antigo parceiro, Takeda, foi o detetive encarregado do caso da morte de Hitori.

SANGO – Sério?!

SESSHOUMARU – Sim! Mas não é isso que é mais surpreendente! Rin afirma que se lembra do caso e que o pai dela nunca confirmou suicídio proposital, o contrário do que afirmou Taibokoumaru, o caso está inconclusivo.

SANGO – Ele mentiu.

SESSHOUMARU – Sim! Precisamos saber o porque.

SANGO – Eu vou atrás de InuYasha! Talvez eu descubra.

Sango desliga o seu celular e sai da biblioteca para ficar no meio da rua até conseguir parar um carro, o que deixa bravo o motorista do veículo.

MOTORISTA – Está maluca, mulher? Quer ser atropelada? (ela exibe o distintivo da polícia)

SANGO – Preciso do seu veículo! Assunto policial.

MOTORISTA – Mas...

SANGO – Sai logo!

Sango puxa o motorista do carro, jogando-o para fora e em seguida entra no veículo e da a partida, saindo dali e enquanto isso, já estando no local das multas, InuYasha percebeu que era um parque industrial, que parecia abandonado e assim ele entrou no local e andou, sorrateiramente, pelos corredores e parou ao escutar vozes, ele se aproximou com cuidado e para a surpresa dele a cena que ele viu era de Jaken sendo torturado por dois homens enquanto um outro falava com uma jovem que ele deduziu que devia ser Shiori.

INUYASHA – “Mas o que eles estão fazendo aqui? O que está acontecendo?” (pensando)

Diante da situação, InuYasha engatilhou a arma que pegou no carro de Sango e procurou se aproximar um pouco mais sem chamar a atenção dos bandidos, que continuavam a torturar Jaken sob os olhares de Shiori.

JIGO – E aí, Shiori? Vai me dizer o que sabe ou vamos ter que continuar a ‘brincar’ com seu novo amigo?

SHIORI – Mas eu não sei de nada! Por favor, parem se não vão matá-lo. (Jigo olha para os homens)

JIGO – Prossigam!

Os dois homens davam socos seguidos em Jaken, que já estava com o rosto todo ensangüentado de tanto apanhar para desespero de Shiori.

SHIORI – Já chega.

JIGO – Então diz o que sabe.

SHIORI – Eu falei com um homem chamado Sesshoumaru que acredita que meu pai não cometeu suicídio.

JAKEN – Não Shiori! (ele leva um soco de Jigo)

JIGO – Cale-se! (ele volta a olhar Shiori) – O que Sesshoumaru sabe?

SHIORI – Eu não sei. (chorando de desespero)

Diante daquilo Jigo pega seu celular e liga para Taibokoumaru, que naquele momento estava na sala com Kanna, ao sentir o toque do celular, ele sai da sala para atender no corredor.

TAIBOKOUMARU – Fale.

JIGO – Sou eu!

TAIBOKOUMARU – Está com minha neta?

JIGO – Sim! Ela mencionou o nome de Sesshoumaru, dizendo que ele falou com ela, mas não sabe precisar se Sesshoumaru descobriu algo.

TAIBOKOUMARU – Não se preocupe! Ele não sabe de nada! Estamos seguros.

JIGO – Mas o que faço com sua neta?

TAIBOKOUMARU – Se ela chegou a entrar em contato com a turma de Sesshoumaru é porque ela deve saber de algo! Faça o que tem que fazer.

JIGO – Agora mesmo.

Jigo desliga o celular e volta a dar atenção á Shiori e Jaken.

SHIORI – Não podem fazer isso com a gente! A polícia pegará todos vocês.

JIGO – Mas como é boba! A polícia não pode chegar a nós! Estamos acima dela. (rindo)

JAKEN – Não devia ter falado nada, Shiori! Agora Sesshoumaru está exposto.

SHIORI – Me desculpa, mas eles iam te matar.

JIGO – Errado de novo!

Jigo saca sua arma e atira na cabeça de Jaken que cai morto do lado de Shiori, que apavorada começa a chorar.

SHIORI – Você disse que não ia nos matar se colaborássemos.

JIGO – Eu menti! Tenho esse péssimo costume. (rindo e apontando a arma para ela) – Agora é a sua vez.

Jigo coloca o cano da arma bem na testa de Shiori, que já sentia fora desse mundo, mas antes que Jigo apertasse o gatilho, ele é alvejado por um tiro na mão, que o faz cair no chão, os outros homens são alvejados, de maneira mortal, por outros tiros, Shiori, diante daquela cena, ficou encolhida esperando o pior até ver a figura de um homem diante dela.

INUYASHA – Você está bem?

SHIORI – Quem é você?

INUYASHA – Sou seu amigo e acho que acabei de salvar sua vida.

Shiori abraça InuYasha, que pode sentir assim o medo que aquela moça estava sentindo, aquele caso estava cada vez mais misterioso e ele não iria recuar de jeito nenhum.

Próximo capítulo = A fuga desesperada – parte 1


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