Na Noite mais Escura escrita por TreinadorX


Capítulo 55
A ameaça real - parte 3




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Depois de finalmente chegar ao prédio do consultório da doutora Nodori, no centro da cidade, Satsuki era informada pela recepcionista que a doutora estava ausente.

SATSUKI – Sabe se vai demorar?

RECEPCIONISTA – Provavelmente sim, pois ela desmarcou todos os compromissos que tinha! Você tinha hora marcada?

SATSUKI – Eu?! Não! A minha madrasta me indicou a doutora.

Naquele momento um homem de aproximadamente quarenta anos de idade passa pela recepção e a recepcionista se dirige á ele.

RECEPCIONISTA – Doutor Menoumaru!

MENOUMARU – Sim?

RECEPCIONISTA – Esta jovem está procurando por sua esposa.

MENOUMARU – Mesmo. (sorrindo e olhando para Satsuki) – É paciente dela?

SATSUKI – Não senhor! Essa é minha primeira vez.

Satsuki abaixava o olhar e Menoumaru notou que, apesar de não aparentar nervosismo, a jovem estava um pouco angustiada, como se algo a incomodasse.

MENOUMARU – Se você quiser conversar, eu estou à disposição! Meu próximo paciente só chegará daqui à meia hora.

SATSUKI – Eu não sei não.

MENOUMARU – Não seria um consulta oficial! Nem cobraria por isso! Será apenas uma conversa preliminar! Percebo que algo a atormenta.

No começo Satsuki fica indecisa em aceitar a oferta de Menoumaru, mas depois muda de idéia e o segue a te seu consultório e enquanto isso em sua casa, Sesshoumaru, na Cia. de Jaken, continuava a examinar os últimos pertences de Sara, na esperança de encontrar algo novo, mas não conseguiu nada além da foto e do canhoto de uma multa de estacionamento de um carro que não era de Sara.

SESSHOUMARU – Não há nada de novo.

JAKEN – Talvez não haja nada mesmo, senhor Sesshoumaru.

SESSHOUMARU – Jaken! O meu instinto de jornalista me diz que se eu souber o motivo da morte de Sara saberei de todo o resto.

JAKEN – Foi por isso que chamou Sango e InuYasha? Por que eles estão tão obcecados quanto o senhor?

SESSHOUMARU – Seja quem for, essa gente quase destruiu nossas vidas! Não estamos obcecados e sim irados! Queremos ir á forra com essa gente.

JAKEN – Ok! (ele se levanta)

SESSHOUMARU – Aonde vai? Desistiu de me ajudar?

JAKEN – Nunca senhor! Vou á biblioteca publica e ver os arquivos de jornais! Lá eles têm um grande acervo sobre o desaparecimento de Sara! Talvez tenhamos perdido algo. (essa frase deixa Sesshoumaru pensativo)

SESSHOUMARU – Perdido algo?! (ele se levanta também) – Você me deu uma idéia.

JAKEN – ótimo! Então eu já vou indo.

Mesmo sem entender a atitude do jornalista, Jaken sai da casa deixando Sesshoumaru, este por sinal, estava procurando algo e enquanto isso, Kagome dirigia o carro de InuYasha rumo ao aeroporto, ela ainda estava com as palavras do marido na cabeça de que Miroku escondia coisas dela, Shippou no banco de trás com Soten, não a fazia se esquecer disso.

SHIPPOU – Kagome! Você tem que levar a sério o aviso de InuYasha.

KAGOME – Eu não quero falar nisso.

SHIPPOU – Acho que quer sim.

SOTEN – Shippou! Se o senhor Miroku esconde coisas deve ser por um bom motivo, não acham?

KAGOME – Isso é o que vamos ver.

Eles finalmente chegaram ao aeroporto e Kagome até avistou Miroku, que já tinha chegado há algum tempo, depois de estacionar o veículo, Kagome pediu para que Shippou e Soten permanecessem dentro do carro e assim ela saiu e foi ao encontro com Miroku, que estranhou ela estar sozinha.

MIROKU – Soten e Shippou quiseram ficar ‘um tempo’ a sós. (sorrindo)

KAGOME – Não! Eu que pedi para que eles permanecessem no carro! Precisamos conversar.

MIROKU – A sua voz está séria! Deve ser algo urgente.

KAGOME – A pessoa que você vai se encontrar na China é Takeshi, não é?

MIROKU – Como sabe disso?

KAGOME – Então é verdade? A esperança desse país é um foragido da justiça! Um foragido que você ajudou a escapar.

MIROKU – Por que esse espanto! Isso nunca foi segredo.

KAGOME – Então por que omitiu o nome de Takeshi para mim?

MIROKU – Eu tenho os meus motivos.

KAGOME – Então é melhor me contar esses motivos, pois se não fizer isso, não irei te ajudar.

MIROKU – Ok! Eu conto, mas com uma condição! Você tem que me contar como descobriu o nome de Takeshi! Quem te falou?

KAGOME – InuYasha me disse agora pouco! Quando você fez a proposta para Toutoussai, ele foi falar com InuYasha e aí eles ligaram ‘as coisas’.

MIROKU – Mas que droga! Então Toutoussai já sabe! Isso me obriga a ser mais cauteloso ainda.

KAGOME – Agora é sua vez de...

A frase de Kagome é interrompida pelo som do toque do celular de Miroku, que resolver atender o aparelho imediatamente.

MIROKU – Alô.

SESSHOUMARU – Miroku! Sou eu.

MIROKU – Aconteceu alguma coisa, Sesshoumaru?

SESSHOUMARU – Eu sei que isso pode parecer meio estranho, mas no momento estou procurando pistas sobre o verdadeiro motivo da morte de Sara.

MIROKU – Fiquei sabendo! Em que posso ajudá-lo?

SESSHOUMARU – Queria saber se, quando ajudou Sara, notou algo fora do comum no comportamento dela? Se ela estava sendo ameaçada ou coisa parecida.

MIROKU – Olha Sesshoumaru! Eu contei tudo! Toda a investigação, que fiz ao lado de Sara, foi dita em detalhes! Não me esqueci de nada e...

SESSHOUMARU – E o que?

MIROKU – Agora eu me lembrei de algo que me chamou a atenção! Acho que é uma bobagem, não tenho certeza.

SESSHOUMARU – Conte assim mesmo! Estou no ‘escuro’.

MIROKU – Depois que eu entreguei toda a investigação que fiz de Onigumo para Sara, fiquei alguns dias sem vê-la até que uma vez eu a vi conversando com um homem em uma cafeteria.

SESSHOUMARU – Sabe quem é esse homem?

MIROKU – Não pude ver direito! Ele estava de costas! Sara estava tão atenta ao que ele dizia que nem percebeu que eu a observava, mas ele era chofer de Naraku.

SESSHOUMARU – Grupo Naraku?! E você não achou essa informação importante?

MIROKU – Não, porque esse homem não foi o único empregado com quem Sara conversou.

SESSHOUMARU – Como sabe que era o chofer dele?

MIROKU – O uniforme que usava e o logotipo do Grupo Naraku na manga dele, mas não tenho a menor idéia de quem ele é e nem sei se está vivo.

SESSHOUMARU – Obrigado assim mesmo.

Depois disso Miroku desliga o celular, mas ele ainda tinha que enfrentar o questionamento de Kagome.

KAGOME – Agora que acabou, vai me contar seus motivos de omitir para mim o nome de Takeshi nessa missão?

MIROKU – Trato é trato! (ele respira fundo) – Takeshi é um homem bem cauteloso! Ele confia em poucas pessoas.

KAGOME – Mas você não o ajudou? Ele deveria confiar em você.

MIROKU – Sim, mas eu era da rede secreta! (ele fica de costas para ela) - Hoje não sou mais.

KAGOME – Tem uma coisa que não entendo! Se Takeshi fazia parte da organização ‘Vitória para a humanidade’ por que ele fugiu? Não seria mais eficaz se entregar e humilhar aqueles que defendiam a pena de morte?

MIROKU – Ele tinha motivos fortes para não se entregar! Ele sabia de um segredo que afetaria gente poderosa, gente com influência dentro da Segurança Interna! Esse é o real motivo de eu omitir esse nome para você, mas agora que Toutoussai sabe de tudo não tem sentido deixa-la de fora. (ele se vira de frente para ela) – E aí? Vai me ajudar?

KAGOME – Vou, mas pode me dizer qual é esse segredo que Takeshi tem?

MIROKU – Segredo de advogado e cliente! Não posso revelar.

KAGOME – Eu vou chamar Shippou e Soten.

Kagome se afasta de Miroku para ir até o carro, o advogado respirou aliviado ao perceber que tinha convencido a amiga a cooperar e enquanto isso, Satsuki continuava a conversar com Menoumaru, ela acabara de falar do histórico de Kagura e de como isso a afetou.

MENOUMARU – Você me contou seu relacionamento com seus pais, mas ainda acho que não me contou o que realmente te afeta.

SATSUKI – Deu para perceber?

MENOUMARU – Estudei muito para conhecer o comportamento humano.

SATSUKI – O que eu disser aqui não contará a ninguém?

MENOUMARU – Claro que sim! O que me disser aqui é estritamente confidencial! Pode ficar tranqüila.

SATSUKI – Ontem aconteceu algo grave! Um sujeito quase me estuprou, mas por mais incrível que possa parecer, não é isso que me incomoda e sim o que aconteceu depois.

MENOUMARU – O que aconteceu depois?

SATSUKI – Hiro, o rapaz em questão, morreu.

MENOUMARU – E como ele morreu?

SATSUKI – Eu vou contar doutor.

Satsuki começa a declamar os acontecimentos do dia anterior, mais precisamente de quando estava fugindo de Hiro no meio da floresta.

FLASH BACK DE ONTEM

No meio da floresta, Satsuki corria desesperadamente para fugir de Hiro, mas para seu azar, sua corrida a levou até um despenhadeiro para onde ela não podia correr e quando ia dar meia volta viu a figura de Hiro olhando para ela.

HIRO – Não tem para onde ir, gatinha.

SATSUKI – Fique longe de mim! Eu tenho nojo de você! Nojo.

HIRO – Mas é aí que as coisa vão ficar mais divertidas. (ele exibe uma faca) – Pelo menos para mim. (rindo)

SATSUKI – Você vai me matar. (tremendo de medo)

HIRO – Não! (ele passa a faca no pescoço dela) – Se você for boazinha comigo.

Hiro começa a rasgar as roupas de Satsuki com a faca, apenas para apavorá-la ainda mais e segura o rosto de Satsuki e o força contra o dele para beijá-la, gesto o qual deixa a jovem totalmente enojada a ponto de ela morder o lábio dele e em seguida chutar a sua genitália fazendo-o se ajoelhar e soltar a faca, Satsuki vendo isso a pega imediatamente e a aponta para Hiro.

SATSUKI – Vai embora se não eu te mato.

HIRO – Pare com isso, Satsuki! (ele se recompõe e lambe o sangue do lábio machucado) – Pensa que é sua mãe? Mas você não é.

SATSUKI – Eu vou usar isso! (exibindo a faca) – Estou te avisando.

Hiro não se intimidou e percebendo o medo de Satsuki, começou a avançar o que obrigou Satsuki a recuar no mesmo passo até que ela tropeçou em uma pedra fazendo-a ficar sentada e quando Hiro ia atacar acaba percebendo a chegada de Shippou, que pula em sua direção fazendo-o cair em cima de Satsuki, que sai debaixo imediatamente.

SHIPPOU – Não encoste suas mãos sujas em cima dela.

Shippou possuído de raiva, dava socos seguidos em Hiro, que só podia se defender, mas como o aprendiz de estuprador era maior e mais forte, pegou uma pedra a mão e golpeou Shippou na cabeça, fazendo-o cair desacordado no chão.

HIRO – Moleque desgraçado.

Hiro se levanta com muita dificuldade e ao fazer isso ele acaba percebendo o ferimento a faca nas costas dele, isso aconteceu porque quando Shippou pulou em cima dele, ele caiu em cima de Satsuki que segurava a faca.

HIRO – Satsuki! Por favor, chame uma ambulância! Eu não quero morrer.

Satsuki nada responde e apenas se afasta de Hiro, que a cada momento perdia mais e mais a consciência até que caiu morto atrás de uma grande rocha e naquele momento Soten chegava ao local.

SOTEN – Shippou! (gritou o nome dele ao vê-lo caído) – Que esteja vivo, por favor. (ela fica aliviada ao constatar que ele estava vivo)

SATSUKI – Shippou está bem? (vendo de longe)

SOTEN – Está! O que aconteceu?

SATSUKI – Olhe atrás da rocha.

Soten fez o que Satsuki pediu e a jovem pode constatar o corpo de Hiro e principalmente a faca nas costas dele.

SOTEN – Quem fez isso?

SATSUKI – Eu estava segurando a faca, mas foi Shippou que o empurrou contra ela.

SOTEN – Eu sei o que vou fazer.

Soten vai até o corpo de Hiro e tira a faca das costas dele e a enrola em um pedaço de pano para em seguida voltar para junto de Shippou e tentar faze-lo acordar.

SATSUKI – Por que fez isso?

SOTEN – Shippou pode ser incriminado por essa morte, mesmo sendo menor de idade.

SATSUKI – Tem razão! E ele não pode saber de nada.

SOTEN – Sim! Isso será um segredo de nós duas.

Com a concordância de ambas estava estabelecido o acordo de não revelar a Shippou a causa da morte de Hiro e naquele exato momento Koharo chegou.

FIM DO FLASH BACK

MENOUMARU – Então você e essa sua amiga estão apaixonadas por esse rapaz? Só isso explica tal atitude.

SATSUKI – Posso dizer que sim! Não poderíamos nem alegar legitima defesa, pois o ferimento foi nas costas dele! Ninguém acreditaria em nós.

MENOUMARU – Você sabe que pode se complicar no futuro se isso vier á tona.

SATSUKI – Eu não me preocuparia com isso, doutor! Hiro teve a ajuda de um terrorista e por isso a investigação não se aprofundou.

MENOUMARU – Parece muito confiante, mas e se essa sua amiga resolver falar?

SATSUKI – Mas ela não vai e sem falar que ela ficará fora de circulação por um tempo, pois vai viajar hoje para fora do país.

MENOUMARU – E isso é bom para você! Afinal ficará livre da concorrência.

SATSUKI – Pode ser, mas eu não pensei nisso, doutor! Eu nem me declarei.

MENOUMARU – Isso é interessante, mas é assunto para uma outra conversa, pois meu paciente está prestes a chegar. (olhando para o relógio)

SATSUKI – Eu gostei muito de conversar com o senhor, doutor. (ela se levanta do divã) – Acho que vou querer ser sua paciente também.

MENOUMARU – Será uma honra, apesar de minha esposa ficar brava por eu roubar uma potencial ‘paciente’ dela. (sorrindo)

SATSUKI – Obrigada, doutor.

Satsuki se curva para Menoumaru e em seguida sai do consultório dele para ir embora e enquanto isso, no Grupo Naraku, Kanna conversava com Rin na sala dela.

KANNA – Por que em vez de sairmos para almoçar, pedimos algo e almoçamos aqui mesmo?

RIN – Quer fazer isso?

KANNA – Eu não quero sair daqui nesse dia, Rin! Preciso estar atenta a todas as informações que a Segurança Interna passar.

RIN – Agora está agindo como uma mulher de negócios! É assim que se faz, amiga.

KANNA – Mas ter uma amiga como você, me ajuda muito!

Kanna sorri para Rin e segura a mão dela como sinal de apoio e naquele momento o celular da esposa de Sesshoumaru começou a tocar e ela atende.

RIN – Alô.

SATSUKI – Rin! Sou eu!

RIN – Oi Satsuki! Eu sinto muito ter saído de casa sem falar com você, mas eu tinha que vir á empresa bem cedo.

SATSUKI – Meu pai me explicou isso! Estou te ligando para dizer que fui até ao consultório da doutora Nodori.

RIN – Você vai gostar dela! Ela é muito boa e...

SATSUKI – Mas acontece que ela não estava e acabei falando com o marido dela.

RIN – Ah sim! Eu sempre me esqueço de que ela se casou com um colega de trabalho! Na minha época ela era solteira! Então falou com o doutor Menoumaru, não é?

SATSUKI – Sim! Estou te ligando para dizer que gostei da conversa dele e que ele será meu terapeuta e não mais Nodori! Isso ter incomoda?

RIN – Claro que não! A decisão é sua! Eu soube que Menoumaru é muito conceituado! Até mais que Nodori! Estou muito orgulhosa de você por procurar ajuda! Isso não é fácil para ninguém.

SATSUKI – Eu sei, mas mudando de assunto, como vão as coisas entre você e meu pai?

RIN – Você conhece seu pai! Ele não da o braço a torcer.

SATSUKI – Eu sinto muito por ter causado isso, Rin.

RIN – Isso não é culpa sua, Satsuki! Seu pai tem que entender que eu apenas cumpri uma promessa.

SATSUKI – Saiba que estou do seu lado! Estou indo para casa.

RIN – Ok! A gente se fala depois. (ela desliga o celular e volta a dar atenção á Kanna)

KANNA – Eu ouvi direito? A sua enteada foi procurar a doutora Nodori? Ela foi sua terapeuta se não me engano.

RIN – Foi sim! Ela me ajudou muito a lidar com a morte de meu pai.

KANNA – Você sofreu muito naquela época! Sofri com você. (ela segura a mão da amiga novamente)

RIN – Eu sei! (ela olha ao redor) – Taibokoumaru não devia estar aqui?

KANNA – Ele disse que tinha que fazer um telefonema.

Kanna e Rin continuaram na sala da presidência enquanto no corredor, Taibokoumaru falava, através do celular, com a sua ex. nora, Kira, mãe de Shiori.

TAIBOKOUMARU – Eu pensei que você tivesse cuidado para que Shiori tirasse da cabeça essa idéia de que alguém matou Hitori.

KIRA – Eu não posso fazer nada! Ela é adulta! Mas e essa carta que ela recebeu?

TAIBOKOUMARU – Isso certamente é alguma brincadeira de mau gosto! Querem nos atormentar novamente com essa história! Já sofremos demais, não acha?

KIRA – Claro que acho.

TAIBOKOUMARU – Então trate de controlar sua filha.

KIRA – O senhor não tem o direito de me dizer como trato minha filha, portanto abaixe o tom comigo.

TAIBOKOUMARU – Me desculpe, Kira! Hoje estou muito nervoso! Não devia descontar em você.

KIRA – Está bem! Eu vou ter uma conversa com Shiori.

TAIBOKOUMARU – E por favor, não fale para ela que falei da carta para você.

KIRA – Pode deixar! Serei discreta.

TAIBOKOUMARU – Obrigado.

Taibokoumaru desliga o seu celular, ele estava muito nervoso com aquela história da neta investigar a morte do pai e quando se vira para voltar a sala, da de cara com Rin olhando para ele.

RIN – Eu queria conversar com o senhor.

TAIBOKOUMARU – Claro! (se recompondo) – Pode falar.

RIN – Eu sei que não começamos bem, mas estou disposta a ter uma boa relação com o senhor e esquecer nossos entreveros.

TAIBOKOUMARU – Por mim tudo bem.

Rin sorri e, junto com Taibokoumaru, volta para a sala de Kanna e enquanto isso, Sango e InuYasha já estavam na casa de Sesshoumaru, o jornalista explicou a nova pista que conseguiu de Miroku.

INUYASHA – Como pretende encontrar esse homem?

SESSHOUMARU – Talvez Kanna saiba de algo, afinal o homem trabalhava para o pai dela.

SANGO – Então não vamos perder mais tempo.

SESSHOUMARU – Vocês dois vão até lá! Eu vou ficar aqui para tentar descobrir quem era o dono do carro que levou a multa.

INUYASHA – Está tudo bem entre você e Rin?

SESSHOUMARU – Eu gostaria de não tocar nesse assunto! Isso é coisa minha.

SANGO – Como quiser! Manteremos contato.

Sango e InuYasha saem da casa de Sesshoumaru com destino ao prédio do Grupo Naraku e enquanto isso no aeroporto de Tóquio, o alto-falante anunciava a contagem regressiva para o embarque do avião em que Miroku e Soten iam viajar.

MIROKU – Chegou nossa hora, Soten.

SOTEN – Está bem! (ela se curva para Kagome e Shippou) – Obrigado por tudo! Nunca esquecerei de todos vocês.

KAGOME – Ora Soten! Não fale como se nunca mais fossemos nos ver de novo! Isso não é um adeus e sim um até logo. (sorrindo)

MIROKU – Kagome tem razão, Soten! Tenho fé que essa conspiração seja desmantelada muito antes do que pensa e assim você voltaria para cá.

SOTEN – Espero que o senhor tenha razão. (Kagome nota Shippou calado)

KAGOME – Podemos conversar um pouco, Miroku?

Kagome puxou Miroku para um canto como uma desculpa, ela queria mesmo era deixar Shippou e Soten a sós.

SHIPPOU – Olha Soten! Desculpa-me.

SOTEN – Por que está pedindo desculpas?

SHIPPOU – Por não corresponder aos seus sentimentos como merecia.

SOTEN – Isso não dependia de você, não dependia de mim e não dependia de ninguém! Você ama Satsuki! Sempre amou e provavelmente sempre vai amar.

SHIPPOU – Saiba o que vivemos foi verdadeiro! (ele segura a mão dela) – Eu não queria te magoar.

SOTEN – Não me magoou! (ela passa a mão no rosto dele) – Fale com Satsuki e diga que a ama! Ela irá corresponder aos seus sentimentos.

SHIPPOU – Esta bem. (o alto-falante volta a anunciar a contagem regressiva)

SOTEN – Eu vou indo.

Soten se afasta de Shippou para se juntar a Miroku, mas no meio do caminho ela da meia volta e corre para junto de Shippou e o beija de forma apaixonada, gesto totalmente correspondido.

SHIPPOU – Até logo!

SOTEN – Até.

Soten vai definitivamente para junto de Miroku e assim os dois passam pelo portão de embarque e por ironia do destino, ao mesmo tempo, Bankotsu e Jakotsu passavam pelo portão de desembarque.

BANKOTSU – Finalmente chegamos.

JAKOTSU – Vamos para o hotel?

BANKOTSU – Não viemos aqui para passear.

Os dois irmãos saem do saguão aeroporto e vão para a limusine que já estava esperando por ele, o chofer abre a porta para os dois entrarem no veículo, nesse momento o celular de Bankotsu começa a tocar.

BANKOTSU – Fale.

RENKOTSU – Finalmente consegui falar com você para te passar uma informação.

BANKOTSU – O que foi Renkotsu?

RENKOTSU – Eu soube que Miroku está viajando para a China a fim de descobrir nosso plano.

BANKOTSU – Ele tem como fazer isso?

RENKOTSU – Parece que ele conhece alguém que pode ajudá-lo! Um tal de Takeshi.

BANKOTSU – Não tenho a menor idéia de quem é! Mas agora que já estou aqui, isso não importa! Mesmo que Miroku descubra algo, não dará tempo de nos impedir.

RENKOTSU – Você é o chefe! Você é quem sabe.

BANKOTSU – E como vai a sua parte no plano?

RENKOTSU – Tudo ok! Só tenho que esperar a reunião de todos os agentes para poder agir! Isso deve acontecer dentro de horas.

BANKOTSU – Ótimo! Falamos-nos depois. (ele desliga o celular e olha para o irmão) – Vamos nos reunir com Juroumaru, agora.

JAKOTSU – Claro! (ele fala com o chofer) – Vá para o endereço indicado.

O chofer d a partida na limusine com destino ao esconderijo de Juroumaru e enquanto isso, Sango e InuYasha estavam em frente ao prédio do Grupo Naraku e enquanto aguardavam para serem atendidos, estranharam a pouca movimentação do local até que Rin aparece diante deles.

RIN – São vocês dois.

SANGO – Oi Rin! Queremos falar com Kanna.

RIN – Claro! Sigam-me. (ela entra e eles a seguem)

INUYASHA – O que está acontecendo aqui? Parece que a empresa está fechada.

RIN – É uma longa história! No caminho eu conto.

Durante o trajeto, Rin explicou para InuYasha e Sango que o Grupo Naraku estava conectado com a Segurança Interna para ter informações da investigação em tempo real, eles chegam á sala de Kanna que estava acompanhada de Taibokoumaru.

RIN – Kanna! Olha quem veio fazer uma visita.

KANNA – Sango?! (ela se levanta imediatamente para ir até a cunhada) – Que bom vê-la em liberdade. (a abraçando)

SANGO – Como vai cunhadinha?

KANNA – Bem! Tanto como seu sobrinho. (acariciando a para a barriga) – A barriga já está crescendo. (rindo)

SANGO – Deu para perceber. (sorrindo também)

KANNA – Como vai InuYasha?

INUYASHA – Oi Kanna. (ele e Sango olham para Taibokoumaru)

KANNA – Ah sim! Eu quero apresentar meu novo diretor financeiro! Taibokoumaru.

TAIBOKOUMARU – Encantado em conhecê-los.

SANGO – Prazer, mas desculpa a pressa, pois essa não é uma visita social.

KANNA – Ok! (ela olha para Taibokoumaru) – Por favor, fique aqui para monitorar qualquer chamada da Segurança Interna! Eu e Rin vamos para uma outra sala conversar com eles.

TAIBOKOUMARU – Claro! Qualquer coisa eu aviso à senhora.

Kanna agradece com um sorriso e junto de Rin, Sango e InuYasha saem da sala da presidência e vão para uma sala secundária para poderem conversar mais tranquilamente.

KANNA – A que devo essa agradável visita então?

SANGO – Kanna! Lembra-se de um chofer que trabalhava para seu pai há dez anos?

KANNA – Isso é muito tempo! Meu pai trocava muitos os empregados! Depois de um tempo ficamos sabendo o porquê.

SANGO – Eu sinto ter que fazê-la recordar dessas lembranças, mas precisamos encontrar esse homem.

RIN – Pode se saber por quê?

INUYASHA – Por meio de Miroku, Sesshoumaru descobriu que Sara chegou a se encontrar com esse homem! Queremos sabem quem ele é e o que conversaram.

RIN – Sesshoumaru acha que isso pode explicar a morte de Sara e pediu para você virem aqui para que não se encontrasse comigo, não é?

INUYASHA – Eu percebi que estavam com algum problema.

SANGO – Kanna! Então você não sabe nada desse homem?

KANNA – Infelizmente não! Depois que assumi os negócios da família, fiz questão de contratar gente nova! Eu não sei se esse homem estava empregado ou já tinha sido demitido.

INUYASHA – Então a vinda aqui foi perda de tempo.

RIN – Esperem um pouco! Kanna! Você me dizia que era Natsume que fazia as contratações dos empregados do seu pai, certo?

KANNA – Sim! Ela mesma.

RIN – Então ela pode saber de algo.

SANGO – Natsume era a advogada de Naraku.

KANNA – E amante também! Tinha vistos os dois aos beijos várias vezes! Mas como ela era leal ao meu pai, decidir me afastar dela totalmente! Há anos que não falo com ela e nem sei como encontra-la.

SANGO – Mas eu sei. (ela começa a se afastar) – Obrigado pela informação! Vamos InuYasha.

INUYASHA – Ok! (eles estavam prestes a sair da sala até que Rin se manifesta)

RIN – Esperem! (ela vai até eles) – Acham que Sesshoumaru está muito chateado comigo?

INUYASHA – Ele não demonstra muito seus sentimentos, mas acho que sim! Olha Rin! Eu não sei o que aconteceu entre vocês para se criar esse ‘clima’, mas seja o que for, o afetou muito! Acho que tem haver com Satsuki, não é?

RIN – Sim, mas não é o que está pensando! (ela respira fundo) – Eu vou contar a todos vocês o que houve.

Rin rapidamente conta para todos que Satsuki quase foi estuprada por Hiro no dia anterior, mas essa não tinha sido a primeira tentativa, pois Hiro tentou a mesma coisa meses atrás em uma festa, mais tarde Satsuki contou isso a Rin que guardou segredo do marido.

INUYASHA – Eu não sabia que isso tinha acontecido ontem! Pobre Satsuki.

SANGO – Isso foi parte de uma tentativa de matar Soten e não deixar pistas de que foi obra da Ordem da Espada Morta! Agora está explicado porque Miroku tinha tanta pressa em viajar com Soten.

KANNA – Puxa! Eu nem sei o que dizer.

SANGO – Ainda bem que não aconteceu o pior! Agora temos que ir! Tchau as duas.

Sango e InuYasha saem da sala enquanto Kanna consolava Rin e enquanto isso, no saguão do aeroporto, Kagome e Shippou observavam o avião, em que estavam Miroku e Soten, iniciando a decolagem, havia um sentimento de vazio no coração do jovem.

KAGOME – Não fique assim Shippou! Tenha certeza que a veremos de novo.

SHIPPOU – Pode ser, mas alguma coisa me diz que isso não será tão logo quanto queria.

KAGOME – Procure não pensar nisso. (ela se afasta) – Vamos Shippou! Temos muito que fazer.

SHIPPOU – Eu já disse que não quero voltar para Urawa. (sendo taxativo)

KAGOME – E quem disse que vamos para Urawa? (continuando a andar)

SHIPPOU – Não?! (ele corre para alcançá-la) - E para onde vamos então?

KAGOME – Segurança Interna.

Shippou não entendeu bem aquela resposta, pois ainda não tinha sido informado de todo o acordo de Miroku com Toutoussai.

Próximo capítulo = Crimes prescritos – parte 1


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