Olá, me chamo Sarah Paulson, tenho 17 anos, bem, faço aniversário hoje. O horrível de fazer aniversário e que quando canta pra você, você fica sem reação, mas do mesmo jeito você estará feliz.
Meus pais morram a um ano, e desde então, fico me culpando. Ate hoje não sei se foi culpa minha, ou um acidente, eles comemoram um ano hoje, e sim, eles morram no mesmo dia do meu aniversário. Viu? Por isso que eu não gosto do meu aniversário.
Andava pelos corredores da escola, escutava feliz aniversário pra lá e pra cá.
- Vocês é um bando de macacos, que tentam serem meus amigos – Falei baixo, enquanto chegava ao meu armário.
-Não somos o que você pensa! – Disse o menino de cabelos loiros e olhos castanhos
-...?- Levantei uma de minhas sobrancelhas – O que você esta fazendo no meu armário?
- Ahn? - Foi para o lado percebendo que estava atrás de seu armário- Desculpe, e aproposito feliz aniversário.
- Por que diz isso? – Disse abrindo e colocando meu livro – Você sabe o que aconteceu ano passado.
-Ai droga, me esqueci completamente! – Disse o garoto
-Tudo bem, estou acostumada – Dei um suspiro, e me virei para disfarçar que estava querendo chorar.
- Droga, eu fiz de novo, não fiz? – Disse Nathaniel colocando sua mão em meu ombro, me virando. Percebeu uma lagrima caindo e logo limpei
-Nathaniel, eu preciso ir... – Disse, mas quando percebi já estava nos braços do garoto, que me fazia corar às vezes, ai esse idiota!
-Na-Nathaniel! E-eu pre-preciso I-Ir! – Droga, eu já estava mais vermelha do que o cabelo do Castiel!
Ele apertava mais e mais aquele abraço quente, escutei ele dar uma risadinha gostosa. (Tá eu gosto dele, mas não posso falar ou ele me trata como uma cachorrinha sem dona)
- Nathaniel! Me larga! – O empurrei de leve
- Desculpe nervosinha! – Riu
Fiz igual a minha mãe; Dei uma tapinha de leve no ombro dele, ele continuou rindo, mas agora a risada era nervosa, alertando que um professor estava perto para estragar.
- Não tenho mais nada para conversar, já que o professor Macaco esta vindo! – Me virei sem olhar para trás, droga eu não podia dizer a verdade á ele, ou aquela loira iria espalhar para toda escola!
- Um dia você vai ver Sarah. Vou visitar você! – Gritou
- Hahahaha! Duvido, Nathaniel – Ri, saindo da vista do garoto.

[...]

Caminhava em direção à casa de meu primo, Augustus. Um jovem dois anos mais velho do que eu, e que da mesma forma, perdeu seus pais. Os pais de Augustus morreram por causa de uma epidemia que aconteceu há três anos, a partir de então começou a morar com minha vó. Bem ele vive dizendo para eu viver a vida em paz, mas isso não passa de uma baboseira! Prefiro ficar na loja de bonecas abandonadas perto da última casa do mercado de tudo.
Blá, Blá, Blá, é isso que sempre escuto dele, parece que engoliu um papagaio!
- Sarah! – Disse me abraçando me sufocando - Feliz aniversário, sua chata! – Me largou me dando vários beijos na bochecha!
- Augustus, pare! Você esta me fazendo corar! - Finalmente parou de me beijar, percebendo a tristeza que meus olhos tinham.
- Ahn, desculpe Sarah! Tinha me esquecido – Disse olhando para baixo
- Não, tudo bem... Como esta a vovô? – Disse olhando para dentro
-Bem... Eu acho...
- Ahn, bem acho que já vou indo... – Disse - Vou passar mais 7 horas com um amigo que nem sabe que eu existo
- Ok, tchau, preciso ver a vô, ela esta com uma gripe danada!
- Então, tchau, Augustus!
Sim, eu sei o que você esta pensando, eu e o Augustus não temos um relacionamento como primos, às vezes achamos que somos estranhos. Ou separados na maternidade, e isso que ele diz.
Também, a boa parte dessa história que eu fico isolada, sentada numa cama conversando com um urso que eu chamo de Gogoia (Esse era o apelido que eu tinha) Às vezes eu pensou; Eu sou muito retardada para falar com um urso de pelúcia, mas fazer o que? Gogoia e o único amigo que eu tenho.
Quando finalmente cheguei à loja abandonada me sentei no que chamaria de cama e comecei a conversar com o Gogoia. De repente, escuto alguém me chamar, era uma voz conhecida
-Sarah? Você esta ai? – Droga era Nathaniel!