O passado bate na porta... escrita por Lia Winchester Somerhalder


Capítulo 5
O grito




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04 de Outubro de 2014- Florence, Kansas. (P.O.V Narradora)

– Claro... entrem- respondeu Mary aos policiais.

Jonh (Dean) e William (Sam) entraram na casa da advogada analisando tudo ao redor (para ver se tinha algum sinal de bruxaria), que causa-se a morte de seu ex namorado Hector.

– Muito bem Sra. Monstom- começou Jonh.

– Por favor me chame de Mary

– Mary? - falou William surpreso- Que belo nome.

– Obrigada – respondeu meio envergonhada.

– Continuando- interrompeu Jonh- Você poderia nos dizer mais sobre o tempo que estavam juntos? Se na faculdade ele criou algum inimigo, ou você mesma virou uma quando terminaram?

– Eu inimiga??? Claro que não... afinal eu que terminei com ele na época, mas continuamos bons colegas profissionais. No começo não tínhamos inimigos ou pessoas que quisessem o nosso mal... bem ate o outro amor estragar tudo...

– Como assim?

– Hector tinha um melhor amigo na faculdade, seu nome era Vinicius Augusto, o Vini meio que sempre teve uma queda por mim, mas eu preferi ficar com o outro, e meio que foi quando ele se tornou nosso inimigo. O cara era louco, pode se dizer, não aceitava de maneira nenhuma a minha relação com seu melhor amigo, muitas vezes nos ameaçava. Até perder sua sanidade de vez e cometer suicídio... que Deus o tenha.

– Só por curiosidade... como ele se matou?- perguntou Jonh.

– Duas facadas no peito... porque isso interessa?- respondeu Mary.

– Só curiosidade- terminou Willian- Bem acabamos por aqui Sra. Mons... quer dizer Mary- Ele se levantou e fez um pequeno aperto de mão com ela.

– Boa sorte com o caso agentes, se vocês encontrem o culpado provavelmente vamos nos ver de novo... então até!

Dean e Sam saíram da casa da jovem advogada, pensativos... “será que era o fantasma de Vinicius Augusto que matou Hector?”

(...)

– Dean... temos que pesquisar mais sobre esse Vinicius.

– Já pesquisei Sammy o cara foi cremado, pode ser que Hector morreu pelo feitiço de uma bruxa, se fosse o fantasma teria que ter algo para entrar ou estar na casa que pertencia a ele, você sabe disso melhor do que eu.

– Eu sei Dean mas... checamos a casa e nada de saquinho de bruxa, mais muita radiação de fantasma, porque você esta insistindo que é bruxaria?

– Uma suposição meu caro, Watson. Poderíamos falar com a família dele, porem pelo que constata aqui eles se mudaram a 3 anos para Indiana, está muito longe e não temos tempo. Sugiro que hoje a noite vigiamos a advogada gostosa.- disse Dean com uma certa maliciosidade.

– Você quer pegar a advogada!?- perguntou Sammy já sabendo a resposta.

P.O.V Mary

Fiquei perdida em pensamentos sobre a morte de um grande amigo, eu estava sentada na sala com a alma em luto. Não poderiam entender. Mas eu sempre apreciei o trabalho de Hector, mesmo depois que terminamos... viramos grandes amigos, queria que o assassino paga-se pelo que fez, se ao menos existi-se alguma prova. Estava tão distraída que não percebi a chegada de Castiel. Vi as luzes do seu carro pela janela e meu coração se animou, eu me sentia tão ligada a ele, eu o amava tanto... e ao mesmo tempo medo. Eu corria os riscos de seu passado vir à tona e ele ir como tudo se foi... todas as vezes que eu queria me distanciar eu olhava seu jeito.. sua inocência, não queria deixa-lo partir, seus olhos falavam comigo e assim... eu me agarrava naquele fio de esperança para minha vida ser normal novamente, para finalmente eu ficar feliz.

Ouvi o barulho das chaves, ele teria uma grande surpresa, talvez aquilo que estivesse dentro de mim, seria o começo da minha felicidade, quer dizer da nossa. A porta se abriu, eu olhava para minha barriga e a cariciava quando Castiel falou:

– Olá meu amor- ele se aproximou e me beijou... um beijo suave que me acusava arrepios.

– Oi.

– E o caso? Como anda?

– Muito lento a policia ainda não me telefonou, venha senta aqui comigo.

– Calma ai, deixa eu me...

– Não!- eu meio que gritei e agarrei seu braço, fazendo-o se sentar ao meu lado.

– Ei calma... o que foi?- ele respondeu brincando com um dos meus cachos ruivos

– Nada... só quero que fique aqui.- Me inclinei e deitei-me em seu peito.. o abracei forte, de um jeito que parecia que nunca mais iríamos nos ver.

– O que aconteceu Mary- ele falou me abraçando também fortemente, mas não era nada, eu só queria parar aquele momento reviver aquele abraço. As emoções iam e vinham, a dor, o luto, a pequena vida, a felicidade.

– Mais tarde... eu só quero congelar agora e...

Senti um vento gélido preencher a sala, as luzes piscaram e depois se desligaram. Eu e Cass ficamos em uma imensa escuridão, um gelo percorreu meu corpo fazendo-me tremer, uma voz vinha ao longe e estava se aproximando. Uma dor horripilante fez minha cabeça doer e assim eu apaguei, ouvindo gritos e arrombamentos.

P.O.V Dean (1 hora antes)

Durante a tarde pesquisei mais sobre Hector, pedi a sua mãe a roupa que ele usou quando foi morto, tinha que haver algo lá que fizesse o fantasma mata-lo. Porem todas as vezes que eu procurava a esperança ficava mais fraca, nada eu não achava. Fui ao necrotério e vi o corpo, observei onde aconteceu as facadas, por um mínimo de segundo vi algo em seu pulso, um cordão verde... eu jurava que tinha visto aquilo em algum lugar e...... é claro! Quando Mary Monstom contava sua historia ela tinha o mesmo cordão verde no pulso... Porque não pensei nisso antes?

Voltei para o hotel e aguardei Sam voltar com a comida, descansei um pouco e sonhei, pensei, salvar a advogada e conseguir algo a mais com ela depois... damas... quando não se derretem por um herói? Adormeci sonhando com ela envolta de meus braços.

(...)

– Você vai ver cara, nos vamos nos dar bem nesse caso.

– Você quer dizer que você é que vai se dar bem Dean- respondeu meu irmão com certa arrogância.

– Não fica chateado cara- eu falei e soltei uma pequena risada.

Olhei para casa, grande, bonita, ajeitada, essa mulher era tudo de bom. Vi as luzes acesas, parecia que ela estava na sala, talvez lendo um livro, já que é uma mulher muito inteligente. Brisei por um tempo ate que notei as luzes piscando e depois se apagando. As janelas, começaram a se formar partículas de gelos ao redor delas.

– Rápido Sammy! - Eu sai já correndo do carro e chegando a porta da casa, notei meu irmão logo atrás de mim.

– No 3.

–1..... 2 .......3!

Bati com tudo na porta, ela caiu e nos entramos na casa. Passamos por um pequeno corredor e logo a minha direita avistei a sala, vi a silhueta de um homem em desespero.

– Quem são vocês?- ele falou, sua voz meio que sou familiar.

– Somos a policia- Sam respondeu.

– Ajudem minha mulher! Um cara a levou, ela desapareceu ajude...- o homen gritou, o frio ficou mais denso, parecia que o fantasma tinha atacado, não consegui ver seu rosto, mas parecia muito familiar e .....

Outro grito agora de uma mulher.

– O porão, ela esta no porão...- ele disse com dificuldade.

Eu e Sam corremos, arrombamos a porta e descemos as escadas, em direção à escuridão, em direção ao grito...


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? Comentem... até mais!!!



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