Bad End Night escrita por Rize


Capítulo 1
She Reaches a Mansion of the Night


Notas iniciais do capítulo

Como eu já disse, juntei todos os vídeos da saga e fiz a minha versão do que aconteceu ou poderia ter acontecido. Espero que gostem!



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Estava tarde, ela poderia dizer. A lua já estava ao topo do céu, e sua luz fazia as sombras das árvores dançarem ao decorrer que as alcançava. Uma noite fria, ao ponto de fazê-la se estremecer com a mais suave brisa.

Miku sabia que já era o início do inverno, e jamais chegaria viva à cidade. Não com a tempestade que estava para chegar. Guardou a carta selada no bolso interno de seu casaco e apertou os braços contra o corpo enquanto tentava se aquecer. O papel espetava a pele e ela ainda não entendia o porque de carrega-la. Era uma simples carta que havia achado no chão. Apenas quis pegá-la. Poderia ser de alguém, e se o achasse, a devolveria.

Deveria haver alguma casa aqui, uma área agrícola tão fértil. Nenhum fazendeiro em seu estado mental normal abriria mão de um terreno naquela área, muito menos os grandes latifundiários da cidade grande. Só precisaria achar um e rezar para que fosse generosamente acolhida.

Alguns minutos depois, passados por passos largos da garota e muito medo, uma música se ouvia ao longe. Era animada, festiva, e a ideia de alguma residência próxima fez com que Hatsune sorrisse.

Foi guiada pelos ouvidos até uma grande mansão vitoriana. Muitas janelas de vitrais, um grande jardim florido, e banhada pela luz da lua. As luzes estavam acesas, e mesmo da distância que estava ela conseguia ouvir vozes altas em conversas descontraídas.

Miku se adiantou até a porta da frente, e viu que a fechadura estava quebrada, e a porta apenas encostada.

- Há alguém aí? – ela empurrou um pouco a porta e espiou pela fresta. A música ficou mais alta, e ela duvidou que alguém a ouviria falar tão baixo.

Mesmo que talvez não fosse o mais certo a fazer, ela entrou na casa, gatuna. Era um corredor extenso, que dava para uma escadaria de duas pontes e a um salão festivo.

Um homem alto, de cabelos roxos e expressão madura, passou pela porta com uma bandeja de prata na mão com algumas taças cheias de vinho. Ele a viu e sorriu ternamente.

- Posso ajuda-la, madame?

- A-ah... – ela ficou um pouco sem jeito, mas tentou ser direta. – Eu estava indo para a cidade mas a noite caiu muito depressa e é inverno, então queria saber se...

- Claro! – ele sorriu. – O mestre ficará contente com uma visita tão exuberante quanto a vossa. Venha, por aqui. – o homem já ia entrando na sala novamente, quando notou a porta da frente aberta. Miku viu, ele encarava a saída como um cachorro que decidia se fugia ou ficava. E decidiu ficar. – Ah, a porta quebrou novamente. Logo darei um jeito nisso.

Eles entraram em um salão grande, de muitas janelas e cortinas longas, uma lareira enorme, sofás e um luxuoso relógio.

- Que bonito... – ela não teve intensão de falar, foi mais um pensamento que escapou.

- Ah, sim. O mestre sempre teve um senso de decoração notável.

Ela pode ver, na frente de uma vitrola grande e de madeira escura, tocando a música que ela ouvia, um grupo de pessoas. Não haviam muitas, talvez umas seis ou sete, ela não tinha certeza.

Dois loiros baixinhos chamaram sua atenção.

- Mestre, temos visita! – gritou a loirinha, com um sorriso de orelha a orelha. Usava um vestido preto de rendas, o que assustou Miku um pouco. Estava acostumada a ver pessoas vestindo preto apenas em funerais.

Um homem jovem apareceu por trás da garota. Parecia saudável, com cabelos e olhos azuis, pele alva e sorriso animado. Andou até ela em passos suaves e com contato visual irrefutável. Parou quando estavam a mais ou menos um metro de distância.

- Mas o que uma moça dessa faz neste fim de mundo que é a floresta? – sua voz era calma e veterana e seus olhos não pareciam dar qualquer tipo de trégua.

- Eu estava indo para a cidade mas acabou ficando tarde e me pergunto se o senhor me permitiria a estadia de uma noite. – ela tentou soar formal perante ao homem, mas esconder sua natureza cândida parecia começar a ficar difícil de esconder.

- Mas é claro! – uma moça de cabelos castanhos e curtos apareceu por trás do homem sorrindo lascivamente. – Eu e meu irmão ficaríamos mais do que contentes em recebe-la em nossa vivenda, não é Kaito?

- Muito mais do que contentes, sem dúvidas. – ele se aproximou dela e passou o braço por trás de suas costas, e a guiou até o resto do grupo. – Agora, qual seu nome, minha moça?

- Hatsune Miku, senhor.

- Belo nome, de fato. Me chame de Kaito. A moça é Meiko – ele apontou para a morena. – E estes são, Luka, Rin, Len, Gumi e o homem que te trouxe até aqui, Gakupo. Estávamos comemorando uma festividade familiar e ficaríamos muito satisfeitos se aceitasse se juntar a nós.

- Ah, é uma festa familiar, não quero interromper...

A garota de cabelos cor-de-rosa, Luka, se aproximou e tomou as mãos de Miku.

- Jamais seria interromper! Adoraríamos se se juntasse a nós! Vai ser divertido!

É... É só uma festa, não é? O que pode dar de errado, afinal?


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Notas finais do capítulo

Então? O que acharam? Bom, ruim?