About You Now escrita por CarolSwanCullen


Capítulo 8
7. Against All Odds


Notas iniciais do capítulo

n/Carol: Podem me apedrejar. Eu mereço.
Esse capítulo deveria estar pronto há séculos, porque eu já tinha quase tudo escrito. Porém, o final não estava me agradando. Embora seja Pov Edward, e eu tenha descoberto uma facilidade para pensar como um garoto (mentira, eu só o faço como eu imagino o cara perfeito), festas não são o meu forte...
Então, eu resolvi finalizar antes.
A música do capítulo é Against All Odds (Take a Look At Me Now) e, como na maioria das vezes, tanto faz se vocês preferirem a versão do Phil Collins, da Mariah Carey ou a minha favorita, do meu gostoso Darren Criss em Glee.
Acho que a música combina muito bem com Beward. E, cara, o meu Darren é maravilhoso de qualquer forma.
Enfim.
O capítulo é dedicado as minhas lindas melhores amigas, Renata, Iná, Paulinha Vampira, Lety Mendes (a louca que fica mandando reviews desmiolados) e Allie Próvier. Já comentei que vocês deveriam ler as fics delas? Porque, assim, vocês podem me ver atuando ao lado da Allie em Shake The Pompoms, e daqui um tempo, que eu não sei exatamente quando, vocês me verão em ação junto com a Lety e a Paulinha, já que essas três são minhas fiéis escudeiras, gêmeas de ideias e de fandoms. Passem nos perfis delas.
Só que, ah! Não liguem para a tendencia psicopata da Lety, eu estou mudando isso.
Agora vão ler!



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How can I just let you walk away?

Just let you leave without a trace

When I stand here taking every breath with you, oh

You’re the only one who really knew me at all

Edward's Pov

– Três anos atrás. – Bella murmurou. – O que você tem a dizer sobre isso?

Lauren a encarou com superioridade.

– Do que você está falando, aberração? – Bella arregalou os olhos minimamente para o jeito que Lauren a chamou.

– Aquele dia em que Edward e você se beijaram. Depois de você me dizer todas essas coisas que me fizeram mal.

– Ah, sim. – Ela assentiu, parecendo se lembrar, mas sem se abalar. – Você foi embora depois disso, não?

– É, fui. – Bella assentiu, sem se envergonhar.

– Você é patética, Isabella. – Lauren começou. – E... Quer saber de uma coisa? Sim, eu menti para você. Eu menti para você, peguei o celular de Edward, marquei um encontro com você e quando você chegou, beijei Edward na sua frente para tirar você do meu caminho. E, olha, você não me decepcionou. – Ela deu um sorriso debochado. – Você é fraca, Swan. Que garota pega o primeiro 747 pra Itália depois de ouvir uma mentirinha?

Então, aquele maldito dia voltou a minha cabeça como um flash.

– Alguém viu meu celular? - perguntei, depois de procurar por todo lugar.

– Não. - Nessie e Alice negaram com a cabeça, e Emmett fez o mesmo.

– A mãe vai me matar. - Me desesperei.

– Uh-oh. - Nessie fez.

– Edward... - Alice chamou, hesitante, olhando alguma coisa em seu Iphone 4 de case cor-de-rosa.

– Diz.

– Parece que aquela sua amiga achou seu celular. - Ela disse. – Ela acabou de me mandar um sms pedindo para você encontrá-la para que ela pudesse devolver.

– Onde? – perguntei.

– Cocowalk.

– Emm, dá uma carona?

– Claro, vamos. – Ele levantou. – Já voltamos, garotas.

Ele me levou até Cocowalk, e me disse que esperaria no carro.

Encontrei Lauren em uma lanchonete, e ela sorriu para mim assim que me viu.

– Hey, Lauren. – Cumprimentei quando sentei ao seu lado.

– Olá, Edward. – Ela respondeu. – Aqui está seu celular.

– Obrigado por encontrar.

Ela segurou minha mão quando eu a toquei para pegar o celular.

– Não foi nada. – Ela sorriu. – Quer lanchar comigo? Minha mãe foi resolver algo do trabalho, e nem ela nem meu pai podem me buscar agora.

– É, pode ser. – Dei de ombros. – Deixa só eu avisar meu irmão.

– Claro. – Ela abriu ainda mais o sorriso.

Digitei um sms rápido para Emmett, avisando que esperaria um dos pais de Lauren buscá-la, e ele me respondeu dizendo que estaria esperando.

– Sabe, Edward, eu realmente gosto de você. – Ela comentou, depois que a garçonete deixou nossos hambúrgueres em cima da mesa, e saiu.

– Eu gosto de você também, Lauren.

Lauren era uma garota bonita, eu tinha que admitir. E, desde que tinha chegado à Miami, vinda de algum lugar em New Jersey no ano anterior, havia dado alguma atenção a mais para mim.

Ela olhou para algo por cima de meu ombro, antes de aproximar sua cadeira da minha, e pegar minha mão de novo. Eu franzi o cenho.

Então, ela me beijou. E eu retribuí, claro. Que outra oportunidade eu teria de beijar a garota mais bonita de Braddock High?

Quando nós nos separamos, ela olhou de novo por cima de meu ombro, e sorriu satisfeita.

Acordei de minha súbita nostalgia quando Bella fez o que eu não imaginaria que ela fizesse. Virou um tapa no rosto de Lauren, fazendo-a cambalear.

Lauren reagiu. Avançou para cima de Bella, e logo as duas rolavam pelo chão se engalfinhando, enquanto gritavam, puxavam cabelo e se arranhavam.

De alguma forma, Bella conseguiu imobilizar Lauren e, depois de dar um soco nela, se levantou, arrumando seus fios loiros com os dedos.

– Aprenda uma coisa, Mallory. – Avisou, arrumando a echarpe no pescoço. – Eu não sou de brigar, mas sou capaz de arrancar sua pele e ainda manter a classe. Diferente de você.

Estavam todos estupefatos com a cena. Ninguém ousava dar um pio, apenas observando enquanto Bella se retirava desfilando do refeitório, sem se importar com quem estivesse olhando para ela.

Lauren parecia esperar que alguém a ajudasse a levantar do chão, mas ao ver que ninguém se daria ao trabalho, levantou por si mesma, arrumando sua roupa no corpo, e também saiu do refeitório.

Eu a segui, sob os protestos de minhas irmãs e meus amigos. Lauren precisava ser posta em seu lugar.

– Edward! – Ela sorriu ao me ver. – Você viu o que aquela louca...

– Quando é que você vai entender que eu não quero você? – perguntei, a segurando pelos braços sem o menor cuidado. – Que nada do que você fizer me fará querer?

– Que tipo de brincadeira é essa, Ed? É claro que você me quer! – Ela sorriu mais ainda. – Todos querem.

Apertei ainda mais seus braços, a levantando alguns centímetros do chão.

– E por acaso eu pensaria em Bella vinte e quatro horas por dia se quisesse você?!

Eu já não tinha mais problemas para admitir para mim mesmo e para os outros que estava completamente apaixonado por Bella, exatamente como Charlie e Carlisle costumavam dizer.

– O que?

– Você sabe qual é a sensação de ir à casa de uma das pessoas mais importantes da sua vida e descobrir que ela foi embora sem se despedir, e sem dizer o motivo? Sabe o que é passar três anos no escuro e depois disso ser desprezado pela mesma pessoa que te conhece melhor que você mesmo sem saber por que ela te odeia, e depois descobrir que uma vadia dissimulada e manipuladora a fez acreditar em um monte de mentiras fodidas? Não. Você não sabe. Porque você não ama ninguém além de você mesma.

– Não é verdade...

– É claro que é. – Me descontrolei. – Se você ama algo, deve ser seu cartão de crédito.

Lauren engoliu em seco.

– Sabe qual é a melhor parte de Bella? Ela ama as pessoas. E seria capaz de fazer qualquer coisa pela família e pelos amigos. Bella é de verdade. Ela não precisa armar, manipular ou ameaçar para as pessoas gostarem dela. Não precisa se vestir feito uma vagabunda para atrair olhares. Bella seduz apenas com o olhar.

Lauren me encarava colérica. Então, eu percebi.

– Você tem inveja dela. – Constatei, e ela me encarou chocada. – É. Porque Bella sempre foi e teve tudo o que você queria ser e ter.

Lauren soltou uma risada desesperada.

– Você só pode estar brincando. Eu? Invejar a trombadinha? Por favor, não me faça rir.

– É a verdade, e eu consigo ver isso. Está na sua cara.

– Por que eu a invejaria, Edward?

– Primeiro, porque ela tem amigos de verdade, que moveriam céus e terras por ela. Amigos e família. Segundo, porque o sorriso dela atrai as pessoas. Bella não precisa manipular para ser querida. E, por último, ela sempre me teve.

Ela soltou mais uma risada desesperada.

– Sabe, Lauren? Eu tenho pena de você. – Murmurei. – Ninguém nunca quis você. Acredito que nem seus pais queiram. E, por causa disso, por você não ser feliz, você quer acabar com a felicidade dos outros. Você é patética.

Dizendo isso, eu dei as costas a ela, e me pus a procurar Bella. Mas, como achar uma garota em uma escola enorme?

Procurei por todos os lugares possíveis – até no vestiário feminino - , e nada de Bella.

Então, eu me lembrei do lugar onde Bella sempre estava quando queria pensar. E, eu iria fugir da escola, assim como ela havia feito.

Não demorei nem metade do tempo que normalmente levava para chegar até a casa dos Swan. Bella devia estar sozinha, contando com o fato de que Kate, Claire, Tanya e Emily estavam na escola, Rosalie estava na faculdade, e Jasper, Charlie e Renée estavam trabalhando.

Peguei a chave reserva em cima do batente da porta, e entrei na casa, indo direto para os fundos, onde ficava a casa da árvore que era minha e dela. Somente.

Subi as escadas da casa, e entrei, encontrando-a sentada no chão, no canto mais afastado da porta.

– Sabia que te encontraria aqui. – Ela se sobressaltou ao ouvir minha voz, e pude ver seus olhos brilhando pelas lágrimas que ameaçavam cair.

– Vá embora, Edward. - Ela pediu, a voz embargada, mas não na defensiva como eu já havia me acostumado.

Eu não o fiz. Pelo contrário, andei até onde ela estava, e me sentei ao seu lado, secando suas lágrimas.

– Bons e maus momentos, lembra? - perguntei.

– Não acredito que eu acreditei em Lauren. - Ela balançou a cabeça, os olhos presos em seus pés. - Logo em Lauren.

– Ela é manipuladora, Bells.

– Me desculpe. - Pediu, e eu a encarei, confuso. - Eu fui uma cadela com você, e você nem merecia. Também por ter ido embora sem me despedir ou dizer o motivo. Eu devia ter conversado com você. Ter dito a verdade. Melhor. Eu não devia ter dado ouvidos a Lauren.

– Todos nós cometemos erros. - garanti e ela me encarou.

– Eu não mereço você. – Ela murmurou. – Você é bom demais para mim.

Movi minha mão de seu rosto até sua nuca, fazendo com que ela me encarasse.

– Você está enganada. – Afirmei. – Nós nos completamos.

– Você acha mesmo? – Ela perguntou, insegura, e eu sorri torto, aproximando meu rosto do seu até sentir sua respiração falhar.

– Tenho certeza. – Garanti.

Bella arfou, e eu fiquei satisfeito em perceber o efeito que tinha sobre ela.

– Edward... – Ela sussurrou, os olhos fechados, e eu descobri que ela tinha o mesmo efeito sobre mim.

– O que?

– Será que... – Ela suspirou fundo. – Que você poderia me beijar agora?

Sorri abertamente, e fiz o que ela pediu.

Aquele beijo era diferente dos dois últimos. Nenhum dos dois era inexperiente, não mais, e naquele momento, como na primeira vez, era algo que os dois queriam.

Puxei Bella para meu colo, mantendo uma das mãos em sua nuca, e descendo a outra até sua cintura fina, apertando-a possessivamente, enquanto ela entrelaçava seus dedos nos fios de cabelo em minha nuca.

A soltei quando meus pulmões imploraram por ar, mas não deixei que ela saísse de meu colo.

– O que...?

– Eles nunca acreditaram que nós realmente nos apaixonaríamos. – Citei, e beijei sua bochecha, rindo de sua expressão vazia. – O que foi?

– Você se apaixonou por mim?

– No momento em que te vi no aeroporto. – Admiti. – Por quê? – De repente, eu me senti inseguro.

Ela deu um sorrisinho.

– Está atrasado três anos. – Murmurou, e eu a encarei surpreso.

Ela suspirou, e afagou minha nuca.

– Eu sei guardar segredo.

– Por que não me disse?

– Eu tinha doze anos, Edward. Não sabia como agir. – Ela deu de ombros. – Não que eu saiba agora, mas eu me conheço melhor do que antes.

Eu assenti, o cenho franzido, perdido em pensamentos.

– Foi melhor assim. – Ela garantiu. – Eu era ingênua, acreditei muito fácil em Lauren.

– Fácil demais – Murmurei.

– Eu sei. Mas, isso é passado.

– Passado. – Concordei.

– Então... – Ela hesitou.

– Então...?

– Deixe para lá. – Ela balançou a cabeça. – Não era importante.

– Bell, eu conheço você. Fala logo.

– Eu... – Começou. – O que nós somos? – perguntou rapidamente, os olhos presos em minha camisa.

– Bem... Você sempre será a minha melhor amiga. – Ela assentiu, ainda olhando para baixo, parecendo chateada. Eu lhe roubei um selinho. – Mas, eu realmente sinto muita vontade de te beijar. – Ela esboçou um sorriso. – E de ficar com você. Passar o tempo inteiro com você, para ser exato. Então...

– Então...? – Incitou, insegura, e eu me incomodei com o fato de ela ainda não ter certeza do que eu iria dizer.

– Isabella Marie Swan, você me daria a extraordinária honra de ser minha namorada?

Ela não respondeu. Apenas me puxou pela nuca e grudou nossos lábios de novo.

– Isso foi um sim? – perguntei, respirando com dificuldade, quando ela me soltou.

– Foi. – Ela assentiu, sorrindo graciosamente. – Mas...

– Mas...

– Podemos aparecer juntos na festa de Quil? – Pediu. – Quero que todos tenham o impacto ao nos ver. Lauren principalmente. Vai ser o acontecimento. Eu preciso de um vestido novo. Alexander McQueen de preferência. Ou Herve Leger. Preciso ir ao salão de beleza.

Seus olhos estavam levemente arregalados, e ela gesticulava com euforia enquanto fazia planos para o acontecimento.

– Bells. Bells! – Chamei. – Não acha que o foco da festa devia ser Quil? – questionei quando ela me encarou com seus enormes olhos verdes.

– Talvez. – Ela estreitou os olhos. – Mas, aniversários não são tão impactantes quanto novos casais. E eu preciso esfregar na cara de Lauren quem é a patética da história. Por favor?

– Tudo bem. – Me rendi, e ela soltou um gritinho.

Meu celular vibrou no bolso, e eu o peguei, abrindo a mensagem de Tanya no WhatsApp.

“Você está com a Bella?”

– Estão te procurando.

– Diga que morri.

– Quanta mágoa, namorada.

Ela deu um sorrisinho.

– Estou brincando. Pode dizer que está comigo.

Digitei uma resposta rápida, dizendo que nós estávamos em casa, e Tanya respondeu dizendo que estavam chegando.

– Eles estão vindo. – Comentei.

– É melhor nós entrarmos. – Ela suspirou, e eu assenti.

Quando todos chegaram, eu estava jogando pipocas para Bella pegar com a boca.

– Olá! – Kate, Emily e Claire cumprimentaram animadas, e eu errei a mira.

– Hey! – Bella reclamou quando a pipoca bateu em sua testa.

– Desculpe.

– Vocês dois, no mesmo ambiente, sem tentarem se matar? – Alice arregalou os olhos. – Quem são vocês e o que fizeram com meu irmão e minha amiga?

– Fizemos as pazes. – Bella sorriu de uma forma infantil.

– Fizeram as pazes? – Nessie repetiu, desconfiada.

– Sim. – Nós assentimos.

– Isso significa que não tem mais brigas? – Tanya perguntou.

– Sem brigas. – Garantimos.

– Isso é bom. – Emily sorriu.

– É.

(...)

– Edward?! – Ouvi Nessie esmurrar minha porta, e larguei meu livro de Física, mandando-a entrar, antes que ela derrubasse a porta.

Ela correu, sua saia levemente rodada ondulando a sua volta, até estar sentada na beira de minha cama.

Era completamente fácil me acostumar com o jeito que ela estava se vestindo, como se ela houvesse se vestido daquela maneira a vida inteira.

– Vou gravar uma demo! – Ela comemorou, e eu sorri para ela.

– Isso é ótimo, Ness.

– Eu sei! – Ela abriu um sorriso enorme, fazendo seus olhos quase fecharem. – Eu nem acredito! Se tudo der certo, eu lançar o CD, e tiver boas vendas, eu sairei em turnê no verão. Mamãe e papai me fizeram prometer que não deixaria minha carreira atrapalhar meus estudos.

– Parabéns, freaky.

– É o meu sonho, você sabe? – Ela nem se importou por eu tê-la chamado de freaky. – Eu nunca me vi fazendo outra coisa.

– Eu sei. – Assenti.

– Queria que você e Bella fossem ao estúdio comigo e mamãe. – Confessou insegura, como se eu fosse recusar seu pedido.

– É claro que sim. Eu não perderia. – Dei um sorriso torto. – Quando?

– Daqui duas semanas. – Ela sorriu de novo, e eu me perguntei se ela não sentia dor nas bochechas.

– Estarei lá. – Garanti.

– Obrigada, Edward. – Ela agradeceu, e beijou minha bochecha ao levantar. – Allie, Emm e eu vamos tomar sorvete. Quer ir?

– Lição de casa. – Murmurei, levantando o livro.

– Tudo bem então. – Ela deu um meio sorriso. – Até mais.

– Hey, Ness! – Rachel cumprimentou, adentrando meu quarto assim que Nessie abriu a porta.

– Olá, Rachel. – Nessie sorriu. – Tchau, Rachel.

– Até mais. – Rachel nem olhou para minha irmã, que saiu do quarto, fechando a porta atrás de si. – Finn me convidou para sair! Nós vamos jogar boliche. – Sua expressão se fechou em confusão. – Mas eu não sei jogar boliche.

– Foi exatamente por isso que ele te convidou para jogar boliche. – Informei. Ela inclinou a cabeça para o lado, o cenho franzido. – É uma desculpa para te tocar.

Rachel arfou, e logo um sorriso se abriu em seu rosto.

– Isso significa que ele gosta de mim. – Ela afirmou. – Certo?

– Certo.

– Acha que Jake ficaria muito bravo? – Ela perguntou. – Quer dizer, ele não sabe ainda, e sabe ser bem superprotetor.

– Vou falar com ele. – Garanti.

– Obrigada, Edward. – Ela sorriu. – E você e Bella? Vocês dois sumiram da escola ontem...

– Nós estamos juntos. – Ela arregalou os olhos, com um sorriso ainda maior. – Mas ela não pode saber que você sabe.

Seu sorriso sumiu, e sua expressão voltou a se tornar confusa.

– Por que não? – Ela inclinou a cabeça novamente, e eu me perguntei por que ela fazia aquilo.

– É um segredo por enquanto. – Revirei os olhos. – Ela pediu para que a gente assumisse no dia da festa de Quil.

– Ela gosta de uma aparição, não?

– Agora sim.

– Mas, de qualquer forma, um pouco de atenção não faz mal. – Ela sorriu. – Ainda mais quando seu nome está escrito nas portas de todas as cabines dos banheiros femininos, seguido de coraçõezinhos mal desenhados.

Eu franzi o cenho.

– Todas as garotas descompromissadas de GHBHS querem você, Edward. Lauren não é a única. Ela é só a mais vagabunda.

– Nem me fale. – Bufei.

– Se eu fosse Bella, também pediria por uma aparição.

Eu revirei os olhos para ela.

– Bem, eu preciso ir agora. – Ela levantou. – Só vim mesmo te contar que Finn me convidou para sair. E também te agradecer. Sei que você conversou com ele.

– Mas, a maior responsável pelo convite foi você mesma. Aquela apresentação de Go Your Own Way foi realmente alguma coisa.

Ela deu um sorriso tímido.

– Obrigada. – Agradeceu. – Mas, mesmo assim, Finn não teria tanta coragem de vir até mim se você não tivesse aberto seus olhos. Obrigada. Mesmo.

– Não foi nada, Rachel. – Balancei a cabeça. – Eu também tenho que te agradecer.

– Não foi nada. – Ela repetiu. – Até mais, Edward.

– A gente se vê, Rachel.

Ela acenou uma vez, antes de sair de meu quarto, fechando a porta atrás de si, e eu voltei a minha lição de casa de Física.

(...)

– Cullen, posso saber o que a minha irmã vive fazendo na sua casa? – Jake perguntou, assim que sentou ao meu lado na aula de Trigonometria na segunda-feira.

– Nós somos amigos, Jacob. – Revirei os olhos.

– Tem certeza?

– Nossos negócios são outros.

– Você não está dizendo que...

Eu arregalei os olhos ao perceber o que ele estava tentando dizer.

– O quê? Claro que não, Jacob. – Neguei rapidamente. – Eu quis dizer que nós não fazemos o tipo um do outro.

– Ah, é? – Eu assenti. – Então, por que ela sempre vai falar com você?

– Quer saber de uma coisa? Rachel não é mais uma criancinha, cara. Ela gosta de Finn Hudson, e ele gosta dela. E ela me pediu para falar com você sobre isso.

Ele arqueou uma sobrancelha.

– Imagine que a garota de quem você é a fim tem um irmão mais velho. – Mandei. – Você gostaria que ele te afastasse dela?

– Não.

– Se coloque no lugar do Finn. – Sugeri.

– Ele não é bom o suficiente para Rachel.

– Acho que isso é ela quem tem que decidir.

– Ela é louca por ele. Você acha mesmo que ela consegue decidir sobre isso?

– E você acha mesmo que cabe a você decidir isso por ela?

– Por que você tem sempre que ser tão... Desse jeito?

– Só estou fazendo o que desejaria que fizessem por mim. – Dei de ombros.

(...)

– Edward, pode nos levar à festa? – Alice perguntou, adentrando meu quarto sem nem bater na porta, a cabeça cheia de rolinhos.

– Você mudou o cabelo? – Perguntei, ao notar seus cabelos pretos, não mais acobreados.

– Desde a viagem para Cancun. – Ela respondeu lentamente, me encarando como se se eu fosse um brócolis com olhos.

– Ficou bonito. – Elogiei, e ela me olhou ainda mais estranhamente.

– Obrigada. – Agradeceu. – Então, pode levar a mim e a Nessie para a festa?

– Já prometi que levaria Bella.

– Oh. – Ela fez, e deu de ombros logo em seguida. – Ainda não decidi se é melhor ouvir as coisas sujas que Emm diz para Rose, ou aguentar a tensão sexual entre você e Bella.

Mal sabia ela que não havia tensão sexual nenhuma.

– Vou ligar para Tanya. – Ela balançou a cabeça, e saiu do quarto dizendo: - Assim não corro o risco.

Terminei de me arrumar, e logo estava dentro do Aston Martin, a caminho da casa dos Swan.

Tanya estava saindo quando eu cheguei.

– Boa noite, Edward. – Ela sorriu. – Tchau, Edward.

Ela foi embora, e eu adentrei a casa. Charlie era o único que estava em algum lugar visível.

– Boa noite, senhor Swan. – Cumprimentei, educadamente.

– Acho que te conheço a tempo suficiente para você me chamar de Charlie, Edward. – Ele disse. – Sente-se, garoto.

– Obrigado. – Agradeci, me sentando no sofá da sala de estar.

Charlie e eu ficamos em um silêncio não muito agradável por um tempo, até ele quebra-lo.

– Ouvi dizer que você e Bella fizeram as pazes. – Ele comentou, a expressão severa.

– É. – Assenti rapidamente.

– Isso é bom. – Ele disse.

– É. – Respondi.

Não era que eu não gostasse de Charlie, ou não tivesse educação. Eu simplesmente me sentia intimidado por ele.

– O que realmente aconteceu? – Ele perguntou. – Eu percebi o quanto você esteve mal durante o tempo em que vocês estiveram afastados.

– Um mal-entendido. – Respondi, tentando manter minha raiva de Lauren controlada.

– Fico feliz que tenham resolvido esse mal-entendido. – Ele disse. – Você é um bom garoto, Edward. E eu odeio admitir isso, mas é bom que Bella tenha você.

Será que ele sabia? Bella havia pedido segredo. E, eu ainda estava me preparando para o pedido oficial.

– Papai, desculpe interromper essa conversa incrivelmente interessante, mas Edward e eu temos uma festa para ir. – Bella disse, parada na porta da sala, e Charlie e eu viramos para encarar sua figura sorridente.

Paralisei ao encarar a imagem de Bella em um vestido preto tomara-que-caia, apertado no busto e com saia de plumas finas, com uma parte de seus cabelos habitualmente lisos descansando em ondas aparentemente naturais amparadas por seu ombro direito desnudo, enquanto ela segurava uma bolsa de mão em forma de lego com as duas mãos.

– Está linda, querida. – Charlie elogiou, e ela sorriu ainda mais.

– Não aja como se eu não soubesse que você disse a mesma coisa para Kate, Claire, Emily e Rose, papai. – Repreendeu de brincadeira.

– O que eu posso fazer se minhas filhas são lindas?

– Isso foi lisonjeiro. – Ela disse. – Obrigada. Podemos ir, Edward?

– Ér... Claro. – Me pus de pé imediatamente. – Vamos. Até mais, Charlie.

– Divirtam-se, crianças. – Ele desejou, antes de se levantar e chamar por Renée.

– Eles vão a festa de um sócio de Charlie. – Bella informou, enquanto me puxava para a saída.

– Você não tem ideia do quanto eu quero te beijar agora. – Comentei em voz baixa, e vi que ela esboçou um sorriso. – Aliás, você está magnifica.

– Obrigada. – Ela corou, e mordeu o lábio inferior. – Você também não está nada mal. Aliás...

Ela começou a sacar seu celular de dentro da micro bolsa.

– Selfie! – Cantarolou, e nós sorrimos para a câmera. – Nós formamos um ótimo casal.

– Claro que formamos. – Beijei sua bochecha, antes de me afastar para abrir a porta para ela. – Agora, nós podemos ir?

– Tenho certeza de que vamos arrasar! – Ela cantarolou ao entrar no banco do carona. – Aquelas vadias vão me odiar ainda mais agora. – Comentou, quando eu entrei no lado do motorista, depois de fechar a porta dela. – Gosto disso.

– Do que você está falando? – Questionei.

– Edward, seu nome está escrito nas portas de todas as cabines dos banheiros femininos, em várias caligrafias diferentes, seguido de coraçõezinhos mal desenhados. – Repetiu o que Rachel me disse na semana anterior. – Como eu posso competir com isso?

Eu franzi o cenho para a estrada à frente. Será que ela era alheia a parte masculina de GHBHS? Aquela que estava livre e desimpedida?

Deus sabia o quanto eu havia me segurado durante aquela semana de namoro escondido. As únicas coisas que me mantinham tranquilo sobre os comentários relacionados a ela eram os encontros casuais dentro do armário do zelador nos intervalos entre algumas aulas.

– Não há competição. – Garanti. – Mas, se houvesse, você estaria em grande vantagem pelo simples fato de me conhecer melhor que qualquer outra, e saber meus gostos e manias.

– Isso é bom. – Ela sorriu.

Aproveitei que havia acabado de estacionar o carro no meio-fio, atrás da grande fileira de carros na rua da casa dos Ateara para roubar-lhe um selinho.

– Está na hora. – Comentei.

– Isso vai ser épico. – Ela balançou a cabeça lentamente, sorrindo.

– Vamos. – Chamei.

Now take a look at me now,
'Cause there's just an empty space
But to wait for you, is all I can do
And that's what I've gotta face


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Notas finais do capítulo

n/Carol: Então, gente? O que acham?
Eu realmente não pretendia colocar os pombinhos juntos agora, mas a Paulinha me disse que seria legal colocá-los juntos agora, então voilá!
Eu espero que vocês tenham gostado.
E então, fantasminhas, que tal vocês virem para a luz?
A proposta dos spoilers em troca de reviews ainda está de pé. Quem disser o que achou do capítulo, e quiser me dar sugestões, vai ganhar uma prévia do próximo capítulo!
Que tal? Hein? Hein?
Me façam feliz, gente!
Beijinho!