Papai Noel sumiu, e agora? escrita por Thaisa Cullen


Capítulo 1
Capítulo Único




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Estava deitado em minha cama, olhando o teto do meu quarto, pensando em como minha filha estava aborrecida, desde que noticiariam na noite do dia 23 que o Papai Noel tinha desaparecido. Hoje já é dia 26 e continuávamos sem saber sobre seu paradeiro. Todas as crianças haviam ficado sem presentes, bem pelo menos Claire, minha bebe de 7 anos tinha ganhando uma boneca que eu comprei e coloquei sob a imensa árvore na sala dos meus pais.

Ri me lembrando de como minha irmã Alice me fantasiou para ir até o shopping para comprar a boneca da minha filha, Claire morreria se descobrisse que eu comprei sua boneca, e sendo eu Edward Cullen, um ator famoso em ascensão, pelo menos era o que diziam os tabloides e meus fãs.

A parte mais difícil era esconder Claire, não queria que ela fosse cercada de paparazzi, ela, apesar da idade, entendia, aliás, ela não gostava de ser fotografada, era difícil convence-la a tirar foto em seus aniversários e em festas em nossa casa, casa dos meus pais na verdade, ainda morava com eles. Decidi esconder Claire, pois ela já tinha 1 ano quando comecei minha carreira, e pensava que não seria saudável para meu bebe. Sua mãe morreu três meses após ela nascer, ela tinha nos abandonado logo após Claire nascer.

Isso não me incomodava, só lamentava por minha filha, mas ela tinha boa atenção feminina de minha mãe e minhas irmãs.

Era engraçado o fato de eu ser famoso, o único filho homem e o mais novo de três filhos, meus pais são agentes do FBI, meu cunhado, Jasper é major do exercito, sua esposa e minha irmã Alice, é Tenente da aeronáutica, meu outro cunhado Emmett é fuzileiro naval, casado com minha irmã mais velha, Rosalie ela é agente da CIA.

– Papai – minha filha me chamou parada em frente à porta do meu quarto.

– Vem cá meu anjo – chamei-a me sentando na cama.

– O que foi? – perguntei vendo-a se sentar ao meu lado triste.

– O Papai Noel ainda está desaparecido e os presentes também. – murmurou ela.

– Vão encontra-lo meu anjo, não se preocupe e além do mais você ganhou seu presente – disse a ela.

– Eu sei que você que comprou a boneca papai, eu vi você saindo com o carro do vovô e com aquela roupa ridícula. – disse ela

– Tudo bem espertinha, eu comprei a boneca para você. – disse fazendo cocegas em sua barriga.

– Para papai – pediu ela gritando e rindo.

Parei a puxando para se deitar ao meu lado, já estava muito tarde para ela ficar acordada.

– Mas eu estou sem meu presente – disse ela deitada ao meu lado.

– O que você quer? Diga-me e eu te dou – disse a ela.

– Não, só o Papai Noel pode me dar – disse ela chorosa.

– O Papai Noel vai aparecer e te dar seu presente, eu prometo – disse a ela.

– Promete? – pediu ela com os olhos brilhando de esperança.

– Prometo, agora está na hora de você dormi – disse a cobrindo com meu edredom.

– Ta bom, boa noite papai. – disse ela bocejando.

– Boa noite meu anjo – murmurei antes de começar a cantar sua canção de ninar.

Assim que ela dormiu eu desci até a sala onde meus pais, minhas irmãs e meus cunhados estavam bebendo vinho e conversando em frente à lareira.

– Claire dormiu? – perguntou minha mãe.

– Sim. – respondi me sentando em uma poltrona me perguntando como iria cumprir minha promessa.

– O que houve? Parece preocupado. – perguntou meu pai.

– O Papai Noel sumiu. – resmunguei.

– Isso já sabemos Sherlock – disse Alice.

– Sabe que está parecendo uma criança com essa cara não é? Você já tem 27 anos Edward – Rosalie disse esfregando sua barriga enorme de cinco meses, meu sobrinho seria tão grande quando o pai.

– Logo Logan vai nascer e você vai entender – disse a ela.

– Eu também estou chateado com o sumiço do Papai Noel, Rosie – murmurou meu cunhado quando pensou que ninguém iria ouvi-lo, apesar de ter 32 anos assim como minha irmã, Emmett era uma criança grande, principalmente quando se juntava com Claire.

– Claire ainda está chateada? – Jasper perguntou.

– Sim, ela pediu algo que só o Papai Noel sabe, ela está triste de não ganhar o que pediu e odeio não poder fazer nada.

– Ela não queria a boneca? – minha irmã, Alice, perguntou.

– Parece que quer outra coisa e não faça a menor ideia do que seja. Vocês não sabem? – perguntou esperançoso que alguém tivesse a resposta.

– Não, ela escreveu a carta sozinha e não deixou ninguém ler – minha mãe respondeu.

Bufei irritado sem saber o que fazer. Queria poder percorrer o mundo atrás do Papai Noel e trazer o presente para minha filha.

– Que ideia você teve Eddie? – perguntou Alice quase pulando de animação no sofá, até parecia Claire quando estava animada com algo, a diferença era que Claire tinha 7 anos e Alice 29 anos.

– Nenhuma, a não ser querer percorrer o mundo atrás do Papai Noel e trazer o presente que Claire quer. – respondi.

– Eu acho que devia fazer um vídeo fazendo um apelo para que ele volte e traga o presente de Claire – disse Jasper.

– Eu não vou expor a minha filha.

– Ela não precisa aparecer, só diga o primeiro nome dela e que ela é muito especial para você. – o sugeriu.

– Concordo com ele filho, use sua fama para dar algo a Claire – disse meu pai.

– Vou tentar isso talvez. – disse a ele.

– Ainda prefiro ir atrás do Papai Noel, acho que teríamos mais sucesso. – disse Emmett.

– Acho que Edward devia fazer o vídeo e se até o dia 1 de janeiro de 2014 o Papai Noel não aparecer, nós vamos atrás dele em uma missão – sugeriu minha mãe.

– E a Claire? – perguntei.

– Eu posso ficar com ela, uma grávida não ajuda muito em uma missão – disse Rosalie.

– Ok, mas e se você passa mal? Você não pode ficar ansiosa Rose – disse a ela.

– Eu posso ficar também – disse Alice. – Jasper, Emmett, papai, mamãe e você vão buscar o presente da Claire.

– E o Papai Noel. – completou Emmett.

– Claro e o Papai Noel – disse ela revirando os olhos para ele.

– Então faremos isso, amanhã eu falo com meu agente.

– Ótimo, agora vamos deitar. – disse minha mãe.

Despedi-me deles e subi para meu quarto, me deitando ao lado de Claire e adormecendo rapidamente.

Acordei com o Sol batendo em meu rosto, me espreguicei abrindo meus olhos, olhei para o lado e vi Claire ainda dormindo esparrada na cama, com seus cabelos em tons de castanhos claro e cobre espalhados e bagunçados sobre o travesseiro.

Sai da cama, ajeitei o edredom em volta dela e fui fazer minha higiene matinal, após trocar de roupa, peguei meu celular e desci até a sala, onde minha mãe arrumava a mesa para o café da manha que ela mesma preparava.

Quando cheguei à sala, meus pais, Rosalie e Emmett já estavam lá comendo.

– Bom dia – murmurei me sentando.

– Bom dia Eddie – disse Rose com a boca cheia de comida, está até parecendo o Emmett.

– Eca! – disse olhando-a.

– O que foi? – perguntou ela após ela engolir.

– Está parecendo o Emmett comendo – disse a ela.

– Estou grávida, preciso comer – respondeu ela enquanto Claire entrava na sala ainda com seu pijama cor de rosa de coelhinhos e pantufas de coelhos nos pés.

– Bom dia papai – disse ela vindo até meu colo.

– Bom dia meu anjo – disse beijando suas bochechas enquanto ela abria sua boca em um bocejo.

– Quer seu cereal? – perguntei tentando arrumar seus cabelos.

– Quero, posso dar o café da manha do Caramel? – pediu ela, Caramel, um mini lop, era seu coelho de estimação que lhe dei em seu aniversario, um coelho de grandes orelhas caídas e amarelo.

– Depois que comer o seu cereal – disse preparando sua tigela de cereal e leite.

– Tá bom – disse ela pegando sua colher para comer seu café da manha, ainda em meu colo.

– Eddie – Rose me chamou com sua voz doce.

– O que? – perguntei vendo-a a olhar com gula para a tigela de Claire.

– Faz um para mim também? – pediu com os olhos pidões.

Peguei sua tigela e fiz para o cereal, igual eu fazia os da Claire e lhe entreguei a tigela, Rose gemeu ao comer a primeira colherada.

– Isso está tão bom – disse ela entre as colheradas.

Terminei meu café e fiquei vendo Claire comer, ela estava crescendo rápido, parecia que foi ontem que ela nasceu chorando alto, com cabelos ralos, ruivos e bagunçados como os meus, embora a cor dos meus cabelos seja uma mescla de loiro e castanho claro, seus olhos assim como os meus são azuis acinzentados.

Seus olhos ainda são azul acinzentado, mas seus cabelos mudaram um pouco de cor, hoje estavam mais para uma mistura de castanho claro e cobre.

– Pronto, terminei – disse Claire colocando a colher vazia na tigela.

– Muito bem, agora vamos tomar banho e colocar uma roupa quente. – disse me levantando com ela no colo.

– Depois posso alimentar o Caramel? – perguntou ela enquanto subíamos as escadas.

– Sim, depois pode.

– Bom dia Claire, Eddie – disse Alice ao aparecer no topo da escada com seu marido.

– Bom dia tia Alice, tio Jazz – disse ela.

– Bom dia – disse a eles.

Fui para o quarto da Claire, coloquei-a no chão e fomos até seu armário, ajudei a escolher sua roupa, uma calça de moletom, all star e uma blusa de mangas longas, em Los Angeles não fazia tanto frio como Nova York ou Londres, uma das minhas cidades favoritas, o inverno é ameno, mas Claire acabou de sair de um resfriado, não quero que ela adoeça novamente.

Deixei sua roupa na cama, e a levei para o banheiro liguei o chuveiro na água quente para ela e a ajudei a tirar a roupa enquanto ela tomava banho sozinha, eu guardei sua pantufa e seu pijama.

– Papai – Claire me chamou do banheiro e sabia que ela havia terminado o banho.

Peguei sua toalha e abri o box, ela passou a se secar, enquanto eu fechava o registro do chuveiro, após se secar, ajudei-a a vestir seu roupão e passei a secar seus cabelos com a toalha, peguei seu pente para desembaraçar seus cabelos compridos e lisos.

Depois lhe entreguei a escova de dente com pasta sabor de morango e a esperei escovar seus dentes, depois a peguei no colo já que estava descalça e a levei para o quarto.

Coloquei Claire de pé sobre a cama e a ajudei a se vestir e a amarrar seus tênis. Descemos até a lavanderia, onde ficava a gaiola do Caramel, limpei a gaiola enquanto ela brincava um pouco com o Caramel, depois troquei a sua água e coloquei sua ração, e coloquei Caramel na gaiola e lhe entreguei o saquinho com verduras para ele comer.

– Papai precisa fazer uma ligação rápida e já volta está bem? – perguntei agachado ao seu lado.

– Está bem papai, eu já sei, não posso tirar o Caramel da gaiola e nem mexer em nada sem a supervisão de um adulto – disse ela.

– Muito bem, volto logo – disse saindo da lavanderia.

– Eu vou fazer uma ligação no escritório, Claire está alimentando Caramel na lavanderia – avisei quando passei pela sala.

Fui até o escritório, fechei a porta e me sentei em uma das poltronas, pegando meu celular e ligando para minha agente Stephanie.

– Oi Edward – disse ela ao atender minha ligação.

– Oi Steph, eu preciso de ajuda.

– Para que?

– Eu preciso fazer um vídeo para o Papai Noel voltar – disse me sentindo meio idiota ao falar isso para outra pessoa.

– Claire está muito chateada com o sumiço do Papai Noel? – Steph me perguntou.

– Sim, ela escreveu uma carta a ele, pedindo algo e não contou a ninguém o que quer.

– Sei, mas está pensando em dizer sobre sua filha?

– Mais ou menos, só que ela é importante para mim e que precisa muito do presente que pediu, mas não quero dizer que é minha filha, não quero que ela seja atormentada por ai.

– Sabe que um dia terá que contar não é? Eu entendo e concordo em querer preserva-la.

– Sim eu sei, quando ela tiver idade suficiente para lidar com isso.

– Tudo bem, como pretende fazer isso?

– Ainda não sei.

– Acho que seria legal gravar um vídeo caseiro e postar na internet, você é famoso, logo o seu vídeo estará na televisão.

– Ok, vou fazer isso com ajuda da minha família.

– Ótimo, mande por e-mail ou mensagem com o link do vídeo.

– Eu mando sim.

– Boa sorte então.

Despedimo-nos e fui para a sala, onde minha família estava, Claire estava com seu Caramel brincando no cercado que eles fizeram para ele não fugir pela casa. Isso já aconteceu uma vez e foi muito difícil acha-lo novamente.

Passei a barreira e me sentei no chão perto da lareira desligada, se Caramel quisesse entrar na lareira eu o pegaria, sim, ele já entrou na lareira e ficou muito sujo.

Após Claire dormi, gravei o vídeo com ajuda das minhas irmãs e cunhados, criei uma conta no Youtube e postei o vídeo, agora era só esperar. 24 horas depois meu vídeo estava circulando na TV e na internet, até mesmo no noticiário nacional passou.

Mas não era suficiente, já era dia 1 de janeiro de 2014 e o Papai Noel não apareceu e nem os presentes. Reuni-me com meus pais e cunhados no escritório estavam organizando nossa missão enquanto minhas irmãs brincavam com Claire de casinha. Definimos tudo o que faríamos quando chegarmos ao Polo Norte, iríamos de jatinho particular do FBI, Carlisle tinha conseguido para nós e o piloto estaria nos esperando de manha no aeroporto para o embarque. Ao final da nossa reunião, mamãe foi fazer o jantar, e eu subi atrás da minha princesinha que brincava com minhas irmãs. Às sete horas da noite, antes do jantar, levei-a para o meu quarto, peguei seu pijama rosa e suas pantufas de coelhos, sua toalha, prendi seus cabelos para que não molhasse e a coloquei no banho, após vesti-a com seu pijama e pantufas liguei a TV do quarto em um desenho e deixei-a deitada em minha assistindo, enquanto eu tomava o meu banho, vesti uma calça de moletom preta e camiseta branca, e voltei para o quarto, assim que passei pela porta do banheiro minha filha pede.

– Vem papai, vem ver desenho comigo!

Caminhei ate a cama e me deite ao seu lado para assistir o desenho, gostava de passar esses momentos com a minha filha. Passado algum tempo, escuto baterem na porta e minha mãe coloca sua cabeça para dentro do quarto e diz:

– Olá meus amores, venham jantar – e sai deixando a porta aberta.

Pegue minha princesa no colo e desci para a sala de jantar.

No dia seguinte partimos em direção ao polo norte, Claire queria ir junto atrás do Papai Noel, mas conseguimos convence-la que não o acharíamos se ela fosse conosco e que ela tinha que fazer companhia a tia Rose e tia Alice.

Fomos até a mansão do Papai Noel, interrogamos a Mamãe Noel que chorava dizendo que não sabia onde estava seu marido, os elfos estavam preocupados, mas ninguém viu o Papai Noel, as renas estavam bem.

Fomos até o estábulo onde elas estavam, e vi que elas estavam bem, algumas comiam, outras dormiam, resolvemos interrogar as renas.

Emmett chamou primeiro Blitzen, já que ele é o mais próximo do treno, mas ele não sabia de nada, em seguida chamamos Donner, também informou não saber de nada.

Chamamos Cupid, Comet, Vixen, Prancer, Dancer e Dasher, mais nenhum deles sabia o que tinha acontecido.

Já estava cansado disso, como é que ele sumia e ninguém viu ou ouviu nada. Resolvemos chamar Rudolph. Eu gostava do Rudolph quando eu era criança, era minha rena preferida.

Rudolph chegou onde estávamos, e parecia muito assustado.

– Como vai Rudolph? – perguntei tentando ser simpático.

– Bem – respondeu ele.

– Parece assustado – comentei com ele.

– Desculpe, não estou acostumado a ficar perto de humanos – disse ele.

– Não se preocupe, não vamos machuca-lo, estamos aqui por causa do sumiço do Papai Noel.

– Ah, bem, eu não vi nada, quando chegamos ao treno os presentes não estavam lá, achei que colocariam depois que estivéssemos em nossos lugares, então o Papai Noel chegou e notou a falta dos presentes, e foi até a fábrica, ver o que tinha acontecido, mas ele não voltou, ficamos preocupados, e chamamos a Mamãe Noel, ele tinha sumido.

– Entendo. – murmurei cansado.

– Desculpe perguntar, mas por que se importam? Geralmente adultos não se importam. – disse ele me olhando com um pedido de desculpa.

– Eu tenho uma filha de 7 anos, Claire Cullen, e ela pediu um presente ao Papai Noel, e ela quer muito esse presente, somente ele sabe o que ela quer.

– Ah – disse ele como se compreendesse algo.

– Você não viu ou ouviu nada de diferente nesse dia ou dias antes do sumiço? – perguntei desesperado para uma notícia.

– Bem, um dia antes durante minha caminhada senti um cheiro muito bom de morango perto da mansão do Papai Noel. – disse ele.

– Obrigado Rudolph. – disse a ele, deixando-o ir para sua casa.

Resolvemos nos deitar e deixar para continuar nossas investigações no outro dia.

Acordei no dia seguinte cedo, estava preocupado em não conseguir cumprir minha promessa a Claire.

Resolvi dar uma caminhada enquanto os outros não acordavam. Era bom andar sem me preocupar em estar sendo fotografado ou seguido por paparazzi. Alguns metros depois encontrei Rudolph caminhando.

– Bom dia Edward – o disse quando cheguei ao seu lado

– Bom dia Rudolph. – disse a ele.

– Parece empenhado em achar o Papai Noel – comentou ele

– Pela Claire eu faria qualquer coisa. – disse a ele.

– O Papai Noel gosta muito dela sabe, eu e ele somos muito amigos desde que entrei para o time de renas titulares. Ele sempre conversa comigo sobre as crianças, em especial Claire.

– É mesmo? – perguntei.

– Sim, ele a acha adorável.

– Ela realmente é – murmurei com saudades da minha filha.

– O pai dela também era adorável quando criança, menos quando queria sequestrar a rena de nariz vermelho do Papai Noel. – disse ele me fazendo corar.

Eu realmente a queria para mim quando tinha idade da Claire.

– Como pode um ator famoso corar – disse ele indignado – Aposto que mesmo assim suas fãs te achariam adorável.

– Será que sou mesmo adorável ainda? – perguntei a ele, afinal passava tanto tempo longe da Claire, me sentia péssimo pai por isso.

– Ainda é sim, e é ótimo pai também, nenhum pai sairia de sua casa para vir até o polo norte procurar pelo Papai Noel porque sua filha pediu um presente especial. – disse ele.

– Obrigado.

– Por nada Edward. Sem pistas sobre o Papai Noel? – perguntou ele

– Até agora nada, acha que ele sumiria de proposito? – perguntei a ele.

– Não, acho que ele foi sequestrado – respondeu ele serio. – Gostaria de ajudar a procurar por ele, a Mamãe Noel não me deixou procurar acho que ela pensa que eu vou desaparecer também.

– Além de voar, o que sabe fazer? – perguntei.

– Eu tenho um olfato bem apurado, sou bom nadando, minhas patas são boas para escavar, não afundo na neve e meu casco é bem pontudo e quebra blocos de gelo – disse ele.

– Muito bom – murmurei – Talvez devesse ir até a fábrica de presentes – disse a ele.

– Vamos lá então – disse ele me guiando até a fábrica.

Quando chegamos lá, meus pais e meus cunhados já estavam procurando por alguma pista.

– Encontraram algo? – perguntei.

– Nada – respondeu meu pai.

Rudolph respirou fundo e suspirou em contentamento.

– Sente isso? – perguntou ele

– O que? – perguntei.

– Morangos – ele disse respirando fundo novamente e suspirando – Eu gosto de morangos.

– Eu também, mas não estou sentindo nada. – disse confuso.

– Acho que está muito fraco para você sentir.

– Acha que pode seguir? – perguntei a ele.

– Não sei, não sou um cão farejador Edward. – disse ele ofendido.

– Desculpe – pedi envergonhado, não queria ofendê-lo ele ainda é a minha rena preferida, e ele resmungou qualquer coisa.

Os dias se passavam de nada de achar o Papai Noel, fomos a diversos lugares do polo norte e nem tínhamos uma pista onde ele devia estar.

No dia 13 de janeiro de 2014 resolvemos voltar para casa, eu estava morrendo de saudade da minha filha, com uma copia da sua rota nos despedimos do pessoal, foi difícil para mim me despedir de Rudolph, ele continuava sendo minha rena favorita mesmo depois de adulto e ele era ótimo amigo.

Embarcamos no avião e partimos em direção a Los Angeles.

Estávamos perto de uma cidadezinha pequena no estado de Washington, quando tivemos que parar para reabastecer nosso avião, resolvemos passar a noite em algum hotel ali mesmo em Forks.

No dia seguinte resolvi dar uma volta antes de irmos embora, queria pensar no que diria a Claire quando chegasse sem seu presente e sem o paradeiro do Papai Noel, odiava não poder cumprir uma promessa que lhe fiz e deixar minha menininha triste.

Eu sei que ela diria que estava tudo bem, mas logo faria um biquinho fofo e começaria a chorar, igual fez quando eu disse que não tinha encontrado Caramel, me fazendo procurar a noite inteira o tal coelho e encontra-lo dentro da lareira.

Acontece que não era um coelho perdido dentro de uma casa e sim um Papai Noel perdido pelo mundo.

Continuei caminhando pela trilha até chegar uma campina e logo vi uma cabana muito bem conservada, curioso resolvi ir até lá. Abri a porta e vi uma sala cheia de presentes, meu coração bateu rápido e começava a ter um pouco de esperança.

Entrei na cabana e só ouvi o silencio, segui pelo pequeno corredor até uma porta semiaberta, empurrei-a e entrei.

Parei assustado ao ver o Papai Noel amarrado em uma poltrona, uma TV ligada passando o vídeo que eu fiz, uma mochila grande sobre uma cama encostada na parede e uma garota andando de um lado a outro do quarto.

Ela é muito bonita, cabelos castanhos escuros, longos com pequenos cachos nas pontas, e estava um pouco bagunçado, a sua cintura fina estava bem marcada pelo casaco até a altura do seu quadril que usava a calça jeans justa em um tom escuro e as botas longas com um pequeno salto que batia contra o piso de madeira. Sem contar no cheiro de morango.

– O que devo fazer agora? – perguntou ela.

– A menina precisa do seu presente e é importante para ele, mas eu também quero meu presente. – disse ela parecendo confusa.

– O que fazer? – perguntou ela parando em frente a TV.

– Você sabe o que deve fazer Bella – Papai Noel disse a ela.

– Sei?

– Sabe sim – disse ele.

Ela se virou e me viu parado na porta e gritou, desmaiando em seguida, me assustando ainda mais.

Ela não era alta e não parecia muito forte para sequestrar o Papai Noel. Resolvi agir e soltar o Papai Noel.

– Como vai Edward? – perguntou-me ele.

– Bem Papai Noel, e o senhor como está?

– Estou bem

– Ela não te machucou? – perguntei

– Quem? Bella? Não, ela seria incapaz de machucar alguém. – disse ele.

– Se você diz.

– Seja um cavaleiro gentil como Esme e Carlisle o criaram e coloque a pobre moça sobre a cama.

– Sim Papai Noel. – respondi indo até ela.

Peguei-a no colo, e ela era bem leve, sentindo o cheiro de morango que ela tinha, igual ao que senti no polo norte e a deitei sobre a cama.

Logo meus pais e meus cunhados estavam na cabana e no quarto.

– Você o achou – disse minha mãe sorridente.

– Bem, sim – respondi dando de ombro.

– Aquela ali é a garota que sequestrou o Papai Noel? – Emmett perguntou apontando para a Bella.

– Pelo que eu entendi, sim. – respondi.

– O que vamos fazer com ela? – meu pai perguntou.

– Vamos leva-la ao tribunal – disse Jasper.

– Não! – exclamou Papai Noel com os olhos arregalados. – Isabella é uma boa menina, não a levem presa.

– Mas ela te sequestrou – disse Jasper confuso

– Eu sei, mas ela tinha seus motivos. – disse o Papai Noel.

– E quais são esses motivos? – perguntou ele.

Antes que ele respondesse a garota começou a se mexer.

– Bella? – Papai Noel a chamou.

– Oi Papai Noel – disse ela se sentando na cama.

– Se lembra do que aconteceu? – perguntou ele.

– Sim, eu estava pensando no que fazer – disse ela pegando a rena de pelúcia no colo, se parecia com o Rudolph que ganhei quando tinha 7 anos. – E quando eu vi Edward estava na porta e eu desmaiei - respondeu ela corando - O que vai acontece agora? - perguntou como se fosse uma criança assustada.

– Você sabe, será encaminhada a policia - respondeu minha mãe solidaria.

Ela olhou assustada para nós, e apertava a rena contra o corpo.

Papai Noel se aproximou dela, abraçando-a e disse:

– Se acalme Bells, ninguém machucara você, eu não vou deixar.

– Eu vou dizer que vim por vontade própria, quem acreditaria que alguém tão frágil e pequena teria a força um homem grande feito eu- continuou a dizer acariciando seus cabelos.

– Quantos anos você tem Bella? – perguntou minha mãe.

– 21 – sussurrou ela apertando o Rudolph.

– Será que ela é retardada? – Emmett sussurrou ao meu lado, mas foi alto o suficiente para todos ouvirem.

– Eu não sou retardada – reclamou ela.

– Então por que sequestrou o Papai Noel? – perguntou ele olhando-a furiosamente, acho que ele queria assusta-la.

– Porque eu queria receber meu presente de verdade – disse ela olhando torto para o Papai Noel.

– Bella – disse ele cansado.

– Nem vem Sr. Noel, eu te pedi o Rudolph e você me deu um Rudolph de pelúcia, eu queria o de verdade – queixou-se ela fazendo os outros rirem, eu também ri.

– E você Edward Cullen não ria, ou pensa que eu esqueci que queria o Rudolph também? – disse ele apontando para mim.

– Sim Papai Noel – respondi corando e abaixando a cabeça.

– O que vamos fazer agora? – perguntou Emmett.

– Eu preciso voltar ao polo norte para entregar os presentes às crianças. – disse o Papai Noel.

– Nós podemos te levar até lá – disse meu pai a ele.

– Ótimo – respondeu ele.

– E a garota? – perguntou o Jasper.

– Ela vai conosco – disse o Papai Noel.

– Tem que pegar os presentes na sala – disse ela sozinha.

– Você trouxe os presentes também? – perguntou o Papai Noel a ela.

– Sim, se você não me dá o que eu quero, todos ficam sem presentes – disse ela com uma cara teimosa bem bonita.

– Isso não me parece muito justo – disse olhando para ela, não queria que Claire ficasse sem seu presente.

– Estou sentindo cheiro de cookies – disse o Papai Noel acariciando seu estômago.

– Meus cookies – disse ela pulando da cama e correndo porta a fora.

Papai Noel começou a segui-la nos deixando olhando sem compreender.

– Vocês não vêm? – perguntou ele do corredor.

– Claro – respondi começando a segui-lo.

Em seguida Emmett, Jasper e meus pais começaram a nos seguir, passamos pela sala e descemos uma escada, chegamos a uma cozinha espaçosa.

Bella tirava uma forma grande de um forno bem grande e a colocou sobre a mesa junto com outras duas formas cheias de cookies. O cheiro era muito bom e pareciam deliciosos.

– Podem comer – disse ela.

– Ótimo – disse Papai Noel começando a comer os cookies.

Depois que ele engoliu uns dois, resolvi pegar um só para provar já que ela nós olhava com os olhos brilhando de expectativa, como se esperasse nossa aprovação.

Mastiguei com cuidado um pequeno pedaço, macios e deliciosos, o chocolate derretia em minha boca.

Após comermos alguns cookies, ela começou a embalar alguns cookies em uns saquinhos muito bonitos e pareciam ser feitos a mão, amarrou o saquinho com uma fita com muito cuidado, fazendo o laço bonito. Em seguida guardou em uma grande caixa e a guardou junto de outra caixa.

– Devíamos começar a levar os presentes, antes que comece a chover – disse ela olhando pela janela.

Em seguida começamos a levar os presentes até os carros que meus pais e cunhados arranjaram, além de uma velha camionete vermelha desbotada da Bella. Meus pais e meus cunhados seguiram até o pequeno aeroporto com os carros cheios de presentes, Bella pegou sua mochila e o Rudolph de pelúcia e ajudei o Papai Noel com as duas caixas. Bella dirigiu até o aeroporto.

Guardamos tudo no avião e partimos em direção ao polo norte.

Bella estava sentada no corredor ao lado do Papai Noel que estava sentando ao meu lado, eu estava sentando na poltrona da janela.

– O que Claire pediu de natal? – perguntei

– Quem é Claire – perguntou ela.

– Não é da sua conta – rosnei para ela.

– Grosso! - respondeu ela se levantando e indo sentar afastada de todos.

– Edward, não seja mal educado com ela, Bella não merece, ela já teve uma vida muito difícil.

– Difícil como?

– Ela nasceu aqui em Forks, seu pai Charlie é chefe de policia da cidade, a mãe dela Renée era dona de casa, e ela nunca foi uma mãe como as outras, sempre foi muito avoada, desde pequena Bella era responsável pela mãe, pela casa, por tudo. A mãe a abandonou quando tinha 10 anos, uma semana após seu aniversario. – disse ele

– Hum – resmunguei.

– Durma um pouco Edward – mandou ele.

Suspirei e me virei de costas para ele.

– Bella – ouvi-o a chamar.

– Sim Papai Noel? – ela respondeu minutos depois se sentando ao seu lado.

– Como está querida?

– Bem – respondeu com a voz estranha – Posso mudar meu pedido? – perguntou ela.

– Você não o queria de Natal?

– Não quero mais. Ele é um grosso! - sussurrou ela em seu ombro, soltando um pequeno e baixo soluço.

– Mas ele ainda é seu presente.

– Mas eu não quero, eu ia até dar um saquinho de cookies, para ele, para seus pais, seus cunhados e suas irmãs e até um para ele dar para a Claire, porque ela é importante para ele, mas não vou dar mais. – disse ela chorosa.

– Não chore querida, ele só está um pouco estressado, tente dormi um pouco – disse a ela.

Fiquei com pena dela, pelo visto era minha fã e não gostava de magoar minhas fãs. E acabei fazendo-a chorar.

– Edward – Papai Noel me chamou.

– Hum – resmunguei fingindo que estava dormindo.

– Edward pare de fingir, não minta para o Papai Noel – disse ele.

– O que foi Papai Noel? – perguntei me virando de frente para ele e vi a Bella dormindo em seu ombro e ele a abraçando paternalmente.

– Aqui – disse ele tirando calmamente uma carta do seu bolso e me entregando.

– O que é? – perguntei

– Leia.

Abri a carta e comecei a lê-la.

Querido Papai Noel.

Faz tempo que não escrevo pedido um presente de natal, então espere que se lembre de mim, eu sou a Isabella Swan, mas como deve se lembrar de que eu prefiro Bella.

Saiba que estou muito chateada por não ter recebido meu presente quando tinha 4 anos, eu pedi o Rudolph, eu sei que não me daria seu Rudolph, mas podia ser um igual a ele, de verdade, e não um de pelúcia, não que eu não goste dele, mas queria um de verdade.

Agora eu quero o Edward Cullen, eu sei que ele é uma pessoa, mas eu o amo, muito mesmo, e queria que fizesse a sua magica acontecer e nós pudéssemos ficar juntos, ter um lindo casamento e filhos bonitos.

Prometo ser uma boa esposa e amorosa com ele e ser uma mãe boazinha, que cuida bem nos seus filhos e os ama, eu prometo não deixa-los como minha mãe fez, e também vou fazer cookies para eles. Você ainda gosta dos meus cookies? Eu vou fazer bastante para você também. Todos os anos.

Beijos da Bella.

Entreguei a carta de volta a ele, sem saber o que fazer com aquela informação. Assim que chegamos ao polo norte, descemos do avião e fomos para a mansão do Papai Noel, ele mandaria os elfos irem buscar os presentes, por tanto só pegamos nossos pertences e as caixas da Bella.

Assim que chegamos à mansão Mamãe Noel, as renas e alguns elfos esperavam por nós. Cumprimentamos todos e entramos para tomar uma caneca de chocolate quente com marshmallow.

Papai Noel e a Mamãe Noel foram se reunir com os elfos para organizar os presentes para ser entregues.

– Papai Noel não se esqueça de colocar meus cartões nos presentes – disse ela lhe entregando uma caixa.

– Que cartão? – minha mãe pergunta.

– Com um pedido de desculpa por eu ter atrasado seus presentes. – disse ela dando de ombro e achei muito doce da sua parte, se preocupar com um pedido de desculpas para as crianças por ter atrasado a entrega de presentes delas.

Resolvi que talvez fosse legal da minha parte, como um pedido de desculpa, lhe apresentar o Rudolph.

– Bella será que você pode me acompanhar? – pedi a ela.

– Tudo bem. – disse ela me seguindo para fora da mansão.

Assim que saímos da mansão eu comecei a falar.

– Bella, eu queria pedir desculpa pelo que eu disse no avião, fui muito grosso com você. – pedi a ela.

– Tudo bem – murmurou ela olhando para o chão.

– Eu gostaria de te apresentar a alguém – disse a ela.

– Quem? – perguntou ela me olhando com curiosidade.

– Vem comigo – disse sorrindo para ela.

Ela me seguiu até um campo onde ele estava, e paramos a sua frente.

– Bella esse é meu amigo Rudolph e Rudolph essa é Bella – disse.

– Oi Rudolph – cumprimentou ela com um pequeno sorriso no rosto.

– Olá Bella, você cheira a morangos, eu gosto de morango – disse a ela.

– Obrigada – agradeceu ela corando, ela ficava muito bonita com as bochechas coradas, era adorável de ver.

Ficamos conservando durante um tempo até que o Papai Noel apareceu dar um recado ao Rudolph, conversamos um pouco mais e sempre que podia Rudolph a elogiava, muito interessado dela, e eu não estava gostando disso.

Resolvemos que estava na hora de nos dois voltarmos para mansão, no meio do caminho Bella escorregou no gelo, caindo de costas no chão e batendo a cabeça.

– Ai – disse ela com a mão na cabeça.

– Vem – disse estendendo minha mão para ela se levantar.

– Está doendo muito? – perguntei massageando sua cabeça igualmente fazia com Claire, quando ela batia a cabeça em uma queda.

– Um pouco – disse ela com uma cara de dor, acho que estava doendo bastante.

– Me deixe te ajudar – disse a ela.

Passei meu braço por sua cintura e a ajudei caminhar até a mansão, perto da porta acabei escorregando em um pedaço úmido do gelo, caindo de costas no chão e a puxando para cima de mim.

Bella olhou assustada para mim, olhei sua boca, os lábios cheios e vermelhinhos como morangos ou talvez cerejas, decidi provar seus lábios.

Afastei uma mexa de seu cabelo enquanto erguia minha cabeça até encostar meus lábios nos dela, meu coração batia rápido em meu peito, seu coração também estava acelerado, podia senti-lo batendo junto ao meu.

– Eu te amo Edward – sussurrou ela suspirando após afastar nossos lábios.

– Edward, Bella – ouvimos o Papai Noel nos chamando.

Antes que eu dissesse algo ela se levantou e correu para dentro da mansão, entrei lentamente e fui até a sala.

Quando cheguei, vi Bella com uma caixa nas mãos, entregando os saquinhos de cookies, entregou um ao Jasper e pediu que entregasse outro a Alice, depois entregou outro para o Emmett, e lhe entregou outros dois, um para Rose e outro para o bebe que ela estava esperando, dizendo que ele poderia ficar com vontade, então caminhou até mim.

– Esse é para você – disse me entregando um dos saquinhos.

– Obrigado – respondi

– E esse é para Claire, eu não sei se ela come, ou quem ela é, mas eu sei que ela é importante para você – disse ela me entregando outro saquinho.

– Obrigado, eu sei que ela vai adorar. – respondi a ela.

– O resto é seu Papai Noel – disse ela entregando a caixa ele.

– Ouu! Obrigado doce Bella! Os seus são dos melhores cookies que já comi - disse Noel abraçando-a.

– Bella antes de ir posso falar com você? – perguntou Noel

– Claro! – exclamou ela

– Venha- respondeu ele, se dirigindo ao sofá onde sua mala e sua rena pelúcia estavam, ele sentou no sofá e pegou a rena

– Bella eu te dei essa rena em um natal quando você tinha 4 anos, certo? – perguntou ele

– Certo – concordou a moça

– Eu te dei ela porque você me pediu um Rudolph, correto?

– Sim, e você não me deu – respondeu ela

– Sim eu não te dei, mas não foi porque eu não quis, foi muito duro ver sua cara de decepção e ouvir seu choro, sem entender porque não ganhou o que queria sendo que foi uma boa menina, mas eu não podia te dar o que você queria por isso te dei a pelúcia. Eu sei que você aceitaria uma rena de nariz vermelho para ser o seu Rudolph, mas ele é único não há outro igual no mundo. Você entende?

– Sim – respondeu ela

– Por isso te dei a pelúcia do Rudolph, eu que fiz não há muitos por ai, poucas crianças tem, e uma delas é você, como não podia te dar um de verdade te dei uma pelúcia, que apenas boas crianças, as melhores, que amam o Rudolph ganham um desse, você entende? – perguntou ele segurando a rena

– Eu entendo Papai Noel! E obrigada por ela eu a amo – respondeu ela

– Como ama o Rudolph! – completou ele sua frase

– Sim! – exclamou a moça abraçando o Papai Noel

Despedimo-nos deles e fomos para o avião, antes de sair da mansão Papai Noel me entregou uma carta, guardei-a em meu bolso, para ler durante a viajem, mas acabei conversando com a Bella durante o voo.

Foi bom conhece-la melhor, descobri que ela é uma pessoa muito gentil, amável, educada e inteligente. Recém-formada em fotografia trabalhava por conta própria e amava cozinhar, sonhava em ter uma casa grande, com muitos filhos, um cachorro grande e peludo como um Golden retriever e um marido que a ame, e ame estar com sua família.

Querido Papai Noel

Este ano quero um presente diferente, quero uma mãe, que me ame, e faça cookies deliciosos para mim e para o papai e que ame o papai também e me de muitos irmãozinhos.

Claire Cullen.

Ri ao reler a carta da Claire, e ouvi sua risada vinda da cozinha, sai do escritório e fui até a cozinha, encontrando Claire sentada sobre um banco na enorme mesa que tínhamos na cozinha, senti um cheiro delicioso de cookies e então a vi, minha esposa, grávida de 5 meses tirando do forno as formas de cookies.

Quem diria que no natal seguinte eu estaria casado, prestes a me tornar pai novamente, com uma casa grande e própria, além de um grande cachorro Golden retriever de pelos amarelos, que chamamos de Jake, e estava deitado na cozinha, olhando meus amores cozinhando.

– Vai sobrar cookies para mim também? – perguntei me sentando ao lado de Claire que já estava com a boca cheia de cookies.

– Claro que vai papai, fizemos bastante – disse ela.

– Bastante é? – perguntei.

– Sim, para mim, mamãe, meu irmãozinho, tia Rose, tio Emmett, Logan, tio Jasper, tia Alice, o vovô, a vovó e para o Papai Noel. – disse ela numerando quem iria ganhar os cookies da Bella, minha amável e maluca esposa.

Porque só sendo maluca para sequestrar o Papai Noel para conseguir se casar comigo e fazer a minha vida e da Claire muito mais feliz.

FIM


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