Okay? Okay. escrita por AgathadeLima


Capítulo 14
Eu não sei o que me aconteceu.


Notas iniciais do capítulo

"pois é, demorei? demorei. mas poxa! 4 provas na quarta, 3 na quinta, hoje e ainda segunda! me deem um tempinho! >< *biquinho pidão*
bem, ai está! n precisa de coments, assim que eu tiver tempo, eu posto. :)



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Pov. Augustus

Saí correndo da casa da Hazel.

Antes que me matem, tem de entender que... tipo... você está bem, ai a sua namorada começa a chorar sem motivo e joga na sua cara que está grávida. Quer dizer, como assim? Ela tem certeza? Como ela descobriu se faz tão pouco tempo? Por acaso ela é vidente agora?

(conversa com consciência on)

1°, ela não é sua namorada, é sua noiva. 2°, ela tinha motivo para chorar, imagina o medo dela de você, sei lá, deixar ela só e fugir para o mundo? 3°, provavelmente ela suspeita, e se mulheres suspeitam, é porque certamente vai acontecer. 4°, CRIATURA, VOCÊ FEZ EXATAMENTE O QUE ELA IMAGINOU! Você acaba de deixar ela só e fugir para o mundo. TEM IDEIA DO QUE ELA DEVE ESTAR SENTINDO AGORA?

Ok, consciência, eu sei.

Sabe, claro que sabe. E POR QUE NÃO VOLTOU, IDIOTA?

Porque... porque... ARGH!

Volta. Agora, que eu tô mandando.

Eu preciso pensar!

As vezes, pensar é a última coisa que se deve fazer.

Tudo bem, Sócrates, mas eu vou pensar mesmo assim.

Você é quem sabe. Se ela acabar tudo entre vocês, ou o pai dela fizer você acabar no hospital, a culpa vai ser sua e só sua.

(conversa com consciência off)

Respirei fundo. A minha consciência, obviamente, está correta, mas o que eu vou fazer agora? O jeito é ir para casa, como estou fazendo agora, inclusive.

"Os seus problemas, você deve esquecer...

Isso é viver, é aprender...

HAKUNA MATATA!"

Era meu smartphone. Como sempre, isso atraiu olhares mau encarados dos mais velhos e risadinhas dos jovens. Suspirei e olhei quem me ligava, entre a cantoria de Timão e Pumba.

Hazel Grace.

Eu ia atender, mas demorei demais olhando estupeficado para as duas palavrinhas que piscavam na tela. A ligação caiu, e pisquei. Liguei de volta. Ela atendeu imediatamente.

Augustus, Augustus, desculpa, olha, eu juro que não imaginava que isso ia acontecer, eu juro! - A voz dela estava desesperada.

–Hazel, eu juro que só saí daí para pensar. Não vou te abandonar, nem nada do tipo, só... estou um tanto... surpreso. E confuso. E, sei lá... quando eu organizar meus pensamentos eu falo com você, para a gente pensar num jeito de seguir. Você espera? -Implorei. Não queria perdê-la por causa de uma noite.

Ela soou aliviada.

Claro, claro. Eu também... preciso ter certeza, ir em algum médico, tentar raciocinar direito... eu te entendo. Mas tenta fazer isso o mais rápido possível, okay?

Okay.

Ela desligou. Respirei fundo outra vez e entrei em casa. Fui correndo para meu quarto e me atirei na cama sem mais nem menos. Estava em plena tarde, mas adormeci pensando nisso. E acordei de manhãzinha. Quando acordei, olhei para meu celular e vi 6 mensagens da Hazel:

"Agora é oficial. Grávida."

"Olha, se quiser, eu posso abortar."

"Ou deixar nascer e levar o bebê para algum orfanato."

"Mas se você quiser podemos ficar com ele ou ela."

"Ai meu Deus. Sabe o que eu notei agora?"

"Que eu quero esse bebê. Ele é meu e só meu. Se você quiser, ele pode ser seu também."

Minhas reações mudaram a cada mensagem. Na primeira, alívio. A dúvida me mataria. Na segunda, pavor. Sinceramente, aborto não! Na terceira, fiquei meio divido. Na quarta, estranhamente, eu pensei que era uma sincera possibilidade. Na quinta, curiosidade, óbvio.

Então eu olhei a sexta e me decidi.

Aquele bebê seria meu também.

****

–Sra. Grace! Posso entrar? Quero falar com Hazel. É extremamente importante. -Falei, ansioso.

A pobre mulher ficou bastante confusa. Era óbvio que tinha pensado, como a filha, que eu ia abandonar Hazel. E de repente eu apareço pedindo para falar com ela. Deixar ou não entrar?

Um vulto apareceu atrás dela.

–Deixa mãe, também tenho de falar com ele. - Era a Hazel.

Ela hesitou, mas abriu espaço. Animado, entrei e dei o maior e mais longo beijo que eu conseguia com meu oxigênio. Hazel se soltou, tonta.

–O que. Foi isso? -Perguntou.

–Isso, Hazel Grace, foi esclarecer que esse bebê também é meu.

E ela deu um sorriso radiante.


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Notas finais do capítulo

E até o próximo cap, meu povo!