Desconstruindo Mycroft escrita por Sparkles


Capítulo 22
Drama, drama, drama


Notas iniciais do capítulo

Hoje uma menina da minha sala levou um violino e tocou o tema de Sherlock, geeente, eu cho-rei.
Bom caps pra vocês!



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“Mycroft! Você está bem?” Greg se ajoelhou perto de mim.

“Não, eu acho que estou desmaiando.”

“Você acha?”

“É, eu não sei, minha cabeça dói.”

Alguns segundos se passaram.

“Você já terminou de desmaiar?”

“Não, acho que eu não vou desmaiar mais.” Levantei devagar. “Na verdade, acho que estou bem.”

“É, você me parece bem, só precisa de um curativo nesse supercílio.”

“Como assim?” coloquei a mão acima da sobrancelha e senti uma grande quantidade de sangue escorrendo pelo meu rosto. “Ai, eu tô sangrando! Você pôs minha vida em risco, foi sua culpa! Estou vendo tudo escuro, ai eu vou desmaiar Greg, eu vou desmaiar!” Voltei drasticamente para o chão.

“Você é muito dramático.” Greg comentou, mas eu não disse nada. Nisso, senti que meu corpo estava sendo levantado e era como se eu estivesse me movendo. Parecia uma daquelas experiências de sair do corpo que algumas pessoas em coma relatam, mas não, não era nada disso. Era só Greg me carregando no colo.

“Ei, posso saber o que você pensa que está fazendo?”

“Silêncio, você está desmaiado, lembra?”

“Gregory Lestrade, me ponha no chão!”

“De jeito nenhum, não quero colocar sua vida em risco de novo.”

“Eu estou bem, é sério.”

“Não mesmo. Agora nós vamos para casa assim, só pra você aprender a parar de ser dramático.”

Por sorte, a rua não estava cheia de pessoas e a casa de Greg ficava perto. Minha cara envergonhada provavelmente estava da mesma cor do sangue que escorria da minha testa.

Sentei no sofá da sala, ao lado de uma senhorinha (que eu julguei ser a avó dele) e rapidamente, Greg enrolou um cubo de gelo em um pano de cozinha e colocou sobre o meu supercílio.

Depois, a senhorinha foi até a cozinha e trouxe na mão um punhado de sal e colocou também sobre o ferimento. Não entendi bem o propósito, mas funcionou. Ardeu bastante, mas o sangue parou de escorrer. Greg então me informou que sua avó era enfermeira. Ela disse que supercílio sangrava muito mesmo, mas não era nada demais. Em seguida, os dois me fizeram um curativo com um pedaço de esparadrapo, que me deixou parecendo um cara mau que anda de moto e se mete em muitas brigas.

Agradeci e me despedi da senhorinha. Greg me acompanhou até a porta de casa.

“Eu destruí sua bicicleta?” perguntei.

“Não sei, eu ainda não voltei pra buscar.”

“Se eu causei algum dano material, eu faço questão de pagar, ouviu?”

“Que isso, Mycroft, eu quase quebrei sua cabeça e você preocupado com a bicicleta.”

“Ah, então você admite que eu não estava exagerando!”

“Você sempre exagera, mas ah, o que eu quero dizer é que não precisa pagar nada.”

“Bem, se você diz...” suspirei “A propósito, eu jurava que você ia tentar consertar sua bicicleta antiga, em vez de comprar uma nova. Vejo que estava errado.”

“Não exatamente.” Ele falou, cauteloso. “Aos poucos eu estava consertando a outra, só que eu acabei ganhando essa.”

“Seu pai que te deu?”

“Foi a Megan.” Ele deu um sorriso sem graça. Fechei a cara.

“Gregory, se vocês voltaram, eu juro que vou arrancar...”

“Calma Mycroft, ela apareceu ontem e me deu a bicicleta como forma de desculpa por ter estragado a outra. Eu só aceitei.”

“Tem certeza que foi só isso que aconteceu?”

“Tenho...” ele parecia meio desconfortável com o assunto. Encarei Greg. Eu tinha certeza absoluta de que ele estava me escondendo algo.

“Vocês não voltaram?”

“Não. Mas que coisa, Mycroft! Entra logo de uma vez.”

“Tudo bem, eu vou entrar, mas saiba que a partir de agora, eu estarei vigiando cada passo seu e saberei se você estiver mentindo pra mim.”

“Você já faz isso normalmente.”

“Verdade.” Coloquei a chave na porta.

“Ei, boa sorte amanhã!”

“Obrigado.” Entrei na minha casa e Greg voltou pra dele.

Minha mãe estava ocupada demais corrigindo provas. Nem me viu entrando e graças a Deus, não viu meu curativo. Ela ia ter um ataque.

Tratei de dormir logo.

Na manhã da prova, acordei atrasado. Por que será que eu sempre me esqueço de programar o despertador pra sábado? Coloquei uma roupa qualquer e comi rápido um sanduíche com geleia. Peguei caneta e todas essas coisas e saí.

A sala estava cheia de desconhecidos. Sentei em uma mesa que tinha sobrado ao fundo e comecei a fazer as cem questões. Era mais cansativo do que difícil. Tinham textos demais e contas demais. Entediante. A melhor parte foi mesmo a redação. Escrevi tanto que quase excedi o número de linhas. Não pense que meu ânimo com a redação se deve a inconveniente tarefa que você tem me obrigado a realizar, avaliadora. Eu só estava inspirado porque se tratava de Platão.

Saí da sala quase que cambaleando, sabe, aquela sensação estranha que as pessoas têm quando passam muito tempo de cabeça baixa. Estava morrendo de fome e ainda teria que ir pra casa a pé. Resolvi almoçar naquele Italiano perto do colégio.

Entrei já visando os bancos perto do balcão, porém mudei meus planos ao ouvir uma voz conhecida vinda de uma das mesas.


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Notas finais do capítulo

Uuuuh... E aqui acabam meus capítulos prontos. Agora vou ter que esperar o final de semana pra escrever mais, então fiquem ai curtindo o suspense, muahaha. Beijos e até o próximo, gente bonita o/



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