O Misterio do Papai Noel escrita por Rayca


Capítulo 1
O Misterio do Papai Noel


Notas iniciais do capítulo

Os personagens não são meus, alguns pelo menos.
Um obrigada a quem vai ler e boa leitura!



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Meu nome é Antonio, fui o detetive que resolveu o caso do Sr. Papai Noel, e aqui relato os acontecimentos que vivi desde o dia 26.

Era quinta-feira à noite quando recebi uma ligação de uma amiga que me informava que Papai Noel e os presentes haviam desaparecido, e que somente as renas e o trenó foram encontrados nos arredores da mansão do dito cujo, e que ele não havia entregado os presentes no dia 25.

Rapidamente, me aprontei e fui para o Polo Norte atrás de pistas. Quando cheguei à casa do Papai Noel, localizada no centro do Polo Norte, todos os maiores detetives do mundo, incluindo o neto de Sherlock Holmes, Denis Holmes,e outros detetives e autoridades importantes já se encontravam lá. O caso é que aquilo estava virando uma confusão, eu não teria como achar provas no meio de tantas pessoas, deveria haver mais de mil pessoas aglomeradas por lá, em um frio dos diabos.

Chegando à Cena do “crime” se viam as renas já soltas, o trenó estava tombado e as pegadas que ali deveriam estar foram contaminadas por idiotas curiosos, moradores de uma cidadezinha próxima. Se eu pudesse, teria estrangulado cada um que se encontrava ali contaminando a cena. Comecei examinado o trenó. Nele encontrei lascas na madeira, uma corda arrebentada, um fluido meio marrom, que suspeitei que fosse sangue, além de que a porta do trenó estava quebrada. Coletei um pouco desse fluido, já um pouco seco, e guardei para analisar mais tarde. Logo depois fui ver as renas, uma delas estava com a pata quebrada, a outra tinha cortes nas costas e as demais aparentemente estavam intactas. Após isso fui até a mansão do Sr. Noel conversar com sua esposa.

Mamãe Noel parecia muito abalada, a conversa foi gravada e aqui digitalizada:

Sra. Noel: Oh, foi terrível, meu marido saiu para começar os preparativos da entrega de presentes, ele iria passar na fábrica antes para pegar o restante dos presentes e falar com os ajudantes, porém quando entrei logo após ele decolar ouvi um grito, uma exclamação de dor — ela começa a chorar. — Meu querido Noel, ele gritou e eu ouvi um barulho de impacto. Quando corri para a rua para ver o que havia acontecido, ele já tinha desaparecido.

A senhora não viu nada de suspeito? Por exemplo, alguma pessoa, animal, carro, avião, qualquer coisa do gênero.

Sra. Noel: Não, meu jovem, eu não vi nada. Mas eu aposto que foi aquele tal de Coelho da Páscoa, tenho certeza de que aquele traste sequestrou meu querido Noel. Oh, há muito que eles não se dão, já foram tão amigos, mas as coisas mudam, e ele chegou a ameaçar meu pobre Noel.

Depois de terminarmos a conversa, a Sra. Noel se retirou às pressas do cômodo com a ajuda de uma criada, pois estava passando muito mal. Em seguida dei um jeito de conseguir o endereço do Sr. Coelho da Páscoa, que por motivos de segurança não irei revelar.

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Quando estava em um café próxima à casa do Sr. Coelho comendo algo, pois ele morava longe de mais do Polo Norte e eu não havia comido nada desde o outro dia, quando saí de casa, vi uma reportagem ao vivo com o Sr. Holmes direto do Polo Norte:

“Após algumas investigações minhas, constatei que o principal suspeito pelo crime de sequestro do Sr. Papai Noel é o Sr. Coelho da Páscoa, testemunhas afirmam tê-lo visto nas redondezas na noite do acontecido.”

Meu pensamento imediato foi “O que ele está fazendo acusando o principal suspeito em um programa ao vivo!” – Nesse exato momento, eu corri como se não houvesse amanhã, pois se o coelho tivesse mesmo cometido esse crime ele provavelmente já estaria dando no pé agora mesmo, isso se já não o tivesse feito.

Depois de muito correr, cheguei à casa do Sr. Coelho e ele me atendeu atenciosamente, como um completo cavalheiro.

Sr. Coelho: Olá, meu caro jovem, o que lhe trás aqui, à casa deste velho coelho? Pelo seu jeito deve ser um detetive que acreditou no papo da Sra. Noel!

Desculpe-me, mas, sim, sou um detetive e estou à procura do Sr. Noel. Gostaria de lhe fazer algumas perguntas.

Sr. Coelho: Entre meu jovem, está frio na rua a está hora, vamos tomas uma xícara de chá e comer alguns doces, e lhe responderei quantas perguntas quiser.

Oh claro, fico muito agradecido. Desculpe-me, mas não me apresentei, sou Antonio Fortinbrás.

Sr. Coelho: Que nome! Como o príncipe da Noruega em Hamlet! Bem, Sr. Fortinbrás, sente-se, sente-se, vou pegar o chá, volto em um minuto.

Quando ele voltou, estava com uma bandeja com doces e biscoitos caseiros e um chá com um aroma diferente, meio doce, estranho.

Sr. Coelho: Doces e biscoitos feitos em casa, com um chá de cenoura cultivada na minha própria horta, sem agrotóxicos!

Bem, vamos começar então, onde o senhor se encontrava na noite de segunda-feira dia 23 de Dezembro? – Enquanto eu falava, ele me servia o chá que, por incrível que pareça, tinha um aroma delicioso.

Sr. Coelho: Eu estava com minha esposa enquanto ela ganhava minha terceira leva de filhos.

O senhor tem provas disso?

Sr. Coelho: Um minuto – ele se levantou mexeu em alguns papéis, pegou um ticket de estacionamento do hospital da cidade e papéis de entrada à maternidade, todos com a hora entre meio-dia do dia 23 até às 9 horas do dia 24— Se o senhor quiser, tenho testemunhas de que não saí do lado me minha digníssima esposa durante esse tempo todo. — E. De fato, após algumas voltas com o Sr. Coelho, foram apresentadas provas suficientes para lhe inocentar do caso.

Bem Sr. Coelho, desculpe pelo incômodo, e lhe aviso que terá muitas visitas ainda enquanto o Sr. Noel ainda estiver desaparecido. Ah, e mais uma coisa, o chá estava maravilhoso.

Sr. Coelho: Não foi incômodo algum, jovem Sr. Fortinbrás, adorei sua companhia, volte sempre que quiser para termos uma conversa mais formal. Bem, boa sorte em sua investigação. Adeus!

Obrigado, e parabéns por seus filhos. Adeus.

Virei-me e continuei caminhando e pensando em qual seria meu próximo passo, até que ouço o senhor coelho me chamando novamente.

Sr. Coelho: Meu jovem, espere, procure a senhora que vive no meio da floresta, aquela que chamam de vovó! A vovozinha da Dona Chapéu, ela deve ter algo a lhe contar! Ela sabe tudo, meu jovem, tudo!

Obrigado, senhor! – E corri.

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Fui à procura da Sra. Vovó, ela morava um tanto afastada da cidade, foi uma longa caminhada pela floresta até a sua casa, e agradeci por nenhum lobo ter aparecido.

Quando cheguei à casa dela, bati à porta três vezes e esperei. Quem me atendeu foi uma jovem adolescente com um gorro vermelho na cabeça que logo foi dizendo:

Garota-do-gorro: Entre, entre, Sr. Fortinbrás, o Sr. Coelho ligou avisando a sua chegada, minha avó lhe espera na sala.

Ah, obrigado.

Garota-do-gorro: Prazer, meu nome é Annie, mais conhecida como Chapeuzinho Vermelho.

Ah claro, como sou burro, você é muito famosa!

Annie: Sim, mas não gosto muito disso, minha história não é muito interessante e feliz, digamos assim.

Verdade. Bem, onde sua avó está? O Sr. Coelho me falou que ela saberia informações sobre o que aconteceu ao Sr. Noel.

Annie: Por aqui.

Passamos por um corredor e dobramos na segunda porta a esquerda, entramos em uma sala com papel de parede florido e móveis de madeira. A avó da Srta. Annie estava sentada em uma cadeira de balanço, usando um vestido comprido azul-claro.

Boa tarde, Senhora, sou Antonio Fortinbrás. Sou o detetive de que o Sr. Coelho lhe falou.

Vovó: Oh sim, sente-se, meu rapaz, sou Joana. Por favor, não me chame de senhora.

Me desculpe, Dona Joana, mas é por educação e costume. Bem, indo direto ao assunto eu queria que a senhora me contasse tudo o que sabe sobre o caso do Sr. Noel.

Dona Joana, vulgo vovó: Oh claro, bem há muito tempo eu conheci Noel, ele ainda era um jovem aprendiz, não tinha assumido o posto de seu pai nem casado com sua senhora, que rapaz lindo ele era! Ele me contou em um de nossos últimos encontros, antes de se casar a assumir seu posto, que ele tinha um inimigo horrível, Osric, um primo dele aparentemente, que queria ser o novo Papai Noel, mas ele tinha Noel em seu caminho e o odiava, e havia-lhe jurado vingança.

Nossa, onde posso encontra esse Osric?

Dona Joana: Ele já morreu há muito tempo, meu jovem.

A senhora me disse que teria alguma informação sobre o caso, e me diz que ele já morreu?

Dona Joana: Bem, pode ter sido o Lobo Mau.

Muito obrigada pelas informações, agora tenho que ir.

Annie me acompanhou até a porta e se despediu de mim, assim segui meu caminho tentando entender se um lobo e um morto poderiam se encaixar no desaparecimento do Sr. Noel.

Quando cheguei à cidade, meu celular tocou. Era minha amiga Célia.

Célia: Até que enfim, Antonio, estou te ligando há séculos. Onde você está?

Não posso revelar minha localização exata, mas estou no norte da Europa. O que houve?

Célia: Tenho uma pista sobre seu caso.

Vamos, me diga então!

Célia: Parece que Noel tinha um inimigo na juventude que jurou vingança.

Sim, eu sei, um primo dele chamado Osric que morreu há muitos anos.

Célia: Como...?

Eu sou um detetive, esqueceu? É meu trabalho.

Célia: Mas você sabia que ele tinha um filho que odiava Noel tanto quanto ele? E que esse filho tinha um lobo de estimação? E que esse lobo já se envolveu em dois casos graves?

Um lobo? Seria o lobo do caso da Srta. Chapeuzinho?

Célia: Sim, e o mesmo dos três porquinhos, e por um acaso eu consegui o endereço da casa Osric.

Passe-me agora!

Depois de ela me passar o endereço de Osric, fui logo para o aeroporto, estava com muita pressa.Quando lá cheguei, vi uma reportagem em que Holmes dava entrevista mais uma vez.

“Parece que o grande neto de Sherlock Holmes está muito perto de achar o culpado pelo sumiço de Papai Noel! Nos conte como está a investigação.”

“Sim, sim estou muito perto, mas não posso revelar detalhes, mas posso afirmar agora que o Coelho da Páscoa não era culpado e que ele é papai mais uma vez!”

A partir daí parei de prestar atenção na reportagem e logo meu voo foi chamado.

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Após dois dias de viagem e depois de duas pontes aéreas, eu voltei ao Polo Norte, Fui então até o endereço que Célia havia me passado. Chegando lá, vi uma casinha simples, azul com a porta vermelho-escura, uma cerca branca em volta, cortinas brancas na janela e uma caixa de correio com o nome “Osric” e o número da casa escrito nela. Bati à porta três vezes e tive uma surpresa quando vi quem tinha atendido a porta.

Célia?

Célia: Veja quem chegou! Finalmente.

Não tenho culpa, peguei um voo com duas pontes. E o que você faz aqui?

Célia: Informações, pistas, te interessam?

Claro, mas como você conseguiu?

Célia: Eu posso ser uma bibliotecária, mas posso conseguir informações sobre seu caso bem rápido.

Ah, claro. Mas o que você faz aqui?

Célia: Investigando. O marido da minha amiga Annabeth acabou de sair daqui, eu estava com ele e fiquei para dar mais uma olhada.

Sherlock estava aqui? Então era disso que ele falava na reportagem.

Célia: Sim, e graças a mim que você vai saber tudo o que ele conseguiu, porque sou a melhor amiga da esposa dele e o conheço há muito tempo.

Ok pare de falar sobre ele e me diga o que você sabe!

Célia: Como é que se pede?

Por Favor!

Célia: Está bem! Ele descobriu que Noel tinha um inimigo e que esse inimigo tinha uma filha, nós sabíamos que ele tinha um filho, não uma filha. A história do lobo é verdade, porém ela se separou do animal um pouco antes de se casar. Ele descobriu também que essa mulher mora aqui no Polo Norte e provavelmente é conhecida do Papai Noel porque o sequestro foi feito de uma forma simples e que, pelas marcas quase inexistentes, foi fácil e a pessoa conhecia muito bem os hábitos dele.

Mais alguma coisa?

Célia: Sim, aqui na casa foi encontrado mais sangue e um bastão, provavelmente o que foi usado para acertar Noel, mas infelizmente Sherlock o levou. Também foram encontrados fios de cabelo branco e um pedaço de vestido vermelho preso na porta do fogão, além de um líquido com cheiro forte, acho que era alvejante.

Ok agora eu posso entrar e dar uma olhada? Está frio aqui, sabe?

Célia: Entra e me dê a sua mala, você é muito desastrado, vai acabar quebrando algo.

Não acharam digitais?

Célia: A casa esta totalmente contaminada, outros detetives piores do que você estiveram aqui com Sherlock e não colocaram luvas.

Coloquei luvas e fui entrando. O primeiro cômodo era a sala, um sofá de estampa floral bege, uma mesa de centro e uma estante com a televisão, sem tapetes, sem quadros, as paredes eram beges e havia cortinas brancas nas janelas.

Nada fora do comum, nada que chamasse a atenção.

Ele olhou em baixo do sofá?

Célia: Não que eu tenha visto.

Me abaixei perto do sofá e vi um garfo sujo de algo que de longe não dava para distinguir, peguei-o e vi que era sangue.

Mas como ele não olhou em baixo do sofá? Ele é idiota ou o quê?

Célia: O que você achou?

Um garfo.

Célia: Um garfo?

Sujo de sangue.

Olhei o resto da sala e não encontrei mais nada. O próximo cômodo era um corredor com cinco portas, sem decoração, havia pegadas no chão.

Célia: São dos outros detetives.

Abri a primeira porta à esquerda, um quarto sem decoração como o resto, a cama estava desarrumada, havia um chinelo rosa ao lado da cama, sem roupas dentro do armário, um perfume de pitanga em cima de uma penteadeira.

Nada em baixo do armário, da penteadeira e da cama.

O chinelo era de numero 35.

O cômodo a direita era o banheiro, não havia nada de anormal lá.

A segunda porta à direita levava a mais um quarto, esse estava com a cama impecavelmente arrumada, havia roupas masculinas dentro do armário e nas gavetas havia caixas com fotos.

Eu conheço essa menina.

Célia: Sherlock disse a mesma coisa.

Quem além de você nós conhecemos em comum?

Célia: Muitas pessoas, Antonio, mais do que você imagina.

A última porta da esquerda dava para um porão com uma saída para a rua no outro lado. Tinha uma corda, igual a que foi encontrada no trenó, pendurada no teto, com algumas gotas de sangue no chão, um balde com detergente dentro e um pano molhado.

Célia: Eu já vi tudo isso.

Reparou na saída que tem ali? – Apontei para o alçapão com uma escada decadente logo no fundo do cômodo.

Célia: Sim.

E Sherlock?

Célia: Acho que não, não sei.

Ora, que detetive ele é afinal?

Fomos para a cozinha, onde encontrei a cena que Célia havia descrito: um pedaço de vestido vermelho preso no forno, alvejante no chão e os fios de cabelo branco.

Eu abri o forno para ver se tinha mais alguma coisa lá dentro e encontrei em baixo das grades um pinça.

Célia: Porque tem um pinça dentro do forno?

Porque haveria uma faca em baixo de um sofá?

Olhei dentro dos armários, da geladeira e dos outros eletrodomésticos e não encontrei nada de suspeito, saí pela porta dos fundos e me deparei com um balanço cheio de neve e pegadas saindo da lateral da casa, segui-as até o porão da casa.

Acho que possivelmente eles estavam na casa quando você e Sherlock chegaram.

Célia: Você acha por quê?

Parece que a casa foi abandonada às pressas, o alvejante derramado no chão, a cama desarrumada, a faca em baixo do sofá, a corda ainda no teto, o tecido preso no forno. Se fosse você, não teria terminado de limpar o sangue, não teria tirado o tecido do forno, a faca de baixo do sofá e arrumado a cama para parecer que ninguém esteve aqui? Ela deve ter visto vocês chegando, corrido para o porão e pego Noel.

Célia: Interessante.

Agora vamos seguir as pegadas.

Fomos até o final do pátio da casa, passamos por um portão e saímos na rua de trás onde perdemos as marcas de pegadas.

As pegadas terminam aqui, vamos procurar uma estalagem para dormirmos um pouco que amanhã eu irei investigar mais, talvez falar com Mamãe Noel. Eu preciso de uma boa noite de sono, faz dias que só durmo dentro do avião.

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Achamos uma estalagem ali perto onde passamos a noite.

No outro dia cedo fomos à casa da Senhora Noel, que não se encontrava em casa. Segunda a empregada, ela tinha ido para casa de parentes para fugir dos repórteres que a estavam incomodando.

Célia: Olha, eu vou pegar um voo de volta para casa e acho que você deveria fazer o mesmo.

Eu sei, vou fazer o mesmo, tenho algumas coisas para resolver lá. Mas eu volto.

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Peguei um voo às 10 horas do mesmo dia e fui para casa, organizei as coisas em meu apartamento, mas não desisti do caso.

Fiz algumas pesquisas sobre Osric e sua filha.

Osric morou um tempo em Paris, onde ele conheceu Liz Latorre, se apaixonou e se casou. Ela engravidou e, quando a filha deles nasceu, Liz morreu por causa de complicações.

Depois disso, ele e sua filha se mudaram para uma cidadezinha menor na França.

Eu consegui os registros da escola em que a menina estudou e com os registros vieram algumas fotos com as quais tive uma surpresa.

Isso demorou mais do que eu gostaria, foram dezessete dias até eu conseguir a liberação e até eles serem enviados a mim. Os arquivos chegaram no dia 13 de janeiro, às sete horas da manhã.

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Célia: Alô?

Eu descobri quem é a filha de Osric.

Célia: Quem é?

Me encontra no aeroporto daqui a uma hora que nós vamos para o Polo Norte.

Célia: Como ass...

E desliguei.

Uma hora depois eu estava com as passagens e com Célia ao meu lado me incomodado para saber o nome.

O nome dela é Maria Osric, ela é mais próxima de Noel do que se podia imaginar, agora vamos.

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Quando chegamos lá ainda era segunda-feira, dia 13, mas já estava um pouco tarde, então fomos para a estalagem dormir um pouco.

Na manhã do dia 14 fui à casa da Senhora Noel e não a encontrei, então decidi ir para a casa de Osric. Chegando lá bati à porta e não me surpreendi com quem a abriu.

Então a senhora resolveu voltar para cá mesmo?

Sra. Noel: Eu não sei do que você está falando, meu rapaz.

Eu sei quem a senhora é, Dona Maria Osric.

Sra. Noel: Acho que você está me confundindo com alguém.

Claro que não, a senhora é filha de Osric, primo de Noel e seu maior inimigo, jurou vingança por Noel ser o novo Papai Noel e não Osric, que tinha isso como sonho. E você ainda vem se esconder na casa de seu pai? Quanta ingenuidade a sua.

Sra. Noel: Bem, parece que você me descobriu, eu pretendia me entregar hoje e devolver meu marido Noel ao mundo. Já consegui minha vingança, mas vou deixar você, o único das centenas de detetives que se envolveram nesse caso que me descobriu, me entregar à policia juntamente com Noel. Fique com a fama.

Onde está Noel?

Sra. Noel: No porão. Te espero aqui, vá buscar ele. Vou ligar para a policia.

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Após entregar o Sr. Noel e sua esposa às autoridades, dei varias entrevistas para redes de TVs de todo mundo.

Consegui resolver o caso e ser melhor do que o neto de Holmes, que estava indo atrás dos três porquinhos por causa de uma informação errada.

Na noite do dia 14 de janeiro, o caso de desaparecimento do Sr. Papai Noel foi resolvido, ele se encontrava na casa de seu primo/inimigo Osric, já morto, com sua esposa e filha de Osric, por causa de uma vingança.

Após se recuperar, ele foi entregar seus presentes já com dias de atraso.

Aqui termino meu relato.

Meu nome é Antonio, fui o detetive que resolveu o caso do Sr. Papai Noel, e aqui relato os acontecimentos que vivi desde o dia 26.
Era quinta-feira à noite quando recebi uma ligação de uma amiga que me informava que Papai Noel e os presentes haviam desaparecido, e que somente as renas e o trenó foram encontrados nos arredores da mansão do dito cujo, e que ele não havia entregado os presentes no dia 25.
Rapidamente, me aprontei e fui para o Polo Norte atrás de pistas. Quando cheguei à casa do Papai Noel, localizada no centro do Polo Norte, todos os maiores detetives do mundo, incluindo o neto de Sherlock Holmes, Denis Holmes,e outros detetives e autoridades importantes já se encontravam lá.­­­­­­­­­­­­­­­
O caso é que aquilo estava virando uma confusão, eu não teria como achar provas no meio de tantas pessoas, deveria haver mais de mil pessoas aglomeradas por lá, em um frio dos diabos.
Chegando à Cena do “crime” se viam as renas já soltas, o trenó estava tombado e as pegadas que ali deveriam estar foram contaminadas por idiotas curiosos, moradores de uma cidadezinha próxima. Se eu pudesse, teria estrangulado cada um que se encontrava ali contaminando a cena. Comecei examinado o trenó. Nele encontrei lascas na madeira, uma corda arrebentada, um fluido meio marrom, que suspeitei que fosse sangue, além de que a porta do trenó estava quebrada. Coletei um pouco desse fluido, já um pouco seco, e guardei para analisar mais tarde. Logo depois fui ver as renas, uma delas estava com a pata quebrada, a outra tinha cortes nas costas e as demais aparentemente estavam intactas. Após isso fui até a mansão do Sr. Noel conversar com sua esposa.
Mamãe Noel parecia muito abalada, a conversa foi gravada e aqui digitalizada:
Sra. Noel: Oh, foi terrível, meu marido saiu para começar os preparativos da entrega de presentes, ele iria passar na fábrica antes para pegar o restante dos presentes e falar com os ajudantes, porém quando entrei logo após ele decolar ouvi um grito, uma exclamação de dor— ela começa a chorar. — Meu querido Noel, ele gritou e eu ouvi um barulho de impacto. Quando corri para a rua para ver o que havia acontecido, ele já tinha desaparecido.
A senhora não viu nada de suspeito? Por exemplo, alguma pessoa, animal, carro, avião, qualquer coisa do gênero.
Sra. Noel: Não, meu jovem, eu não vi nada. Mas eu aposto que foi aquele tal de Coelho da Páscoa, tenho certeza de que aquele traste sequestrou meu querido Noel. Oh, há muito que eles não se dão, já foram tão amigos, mas as coisas mudam, e ele chegou a ameaçar meu pobre Noel.
Depois de terminarmos a conversa, a Sra. Noel se retirou às pressas do cômodo com a ajuda de uma criada, pois estava passando muito mal.
Em seguida dei um jeito de conseguir o endereço do Sr. Coelho da Páscoa, que por motivos de segurança não irei revelar.
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Quando estava em um café próxima à casa do Sr. Coelho comendo algo, pois ele morava longe demais do Polo Norte e eu não havia comido nada desde o outro dia, quando saí de casa, vi uma reportagem ao vivo com o Sr. Holmes direto do Polo Norte:

“Após algumas investigações minhas, constatei que o principal suspeito pelo crime de sequestro do Sr. Papai Noel é o Sr. Coelho da Páscoa, testemunhas afirmam tê-lovisto nas redondezas na noite do acontecido.”
Meu pensamento imediato foi “O que ele está fazendo acusando o principal suspeito em um programa ao vivo!” – Nesse exato momento, eu corri como se não houvesse amanhã, pois se o coelho tivesse mesmo cometido esse crime ele provavelmente já estaria dando no pé agora mesmo, isso se já não o tivesse feito.
Depois de muito correr, cheguei à casa do Sr. Coelho e ele me atendeu atenciosamente, como um completo cavalheiro.
Sr. Coelho: Olá, meu caro jovem, o que lhe trás aqui, àcasa deste velho coelho? Pelo seu jeito deve ser um detetive que acreditou no papo da Sra. Noel!
Desculpe-me, mas, sim, sou um detetive e estou à procura do Sr. Noel. Gostaria de lhe fazer algumas perguntas.
Sr. Coelho: Entre meu jovem, está frio na rua a está hora, vamos tomas uma xícara de chá e comer alguns doces, e lhe responderei quantas perguntas quiser.
Oh claro, fico muito agradecido. Desculpe-me, mas não me apresentei, sou Antonio Fortinbrás.
Sr. Coelho: Que nome! Como o príncipe da Noruega em Hamlet! Bem, Sr. Fortinbrás, sente-se, sente-se, vou pegar o chá, volto em um minuto.
Quando ele voltou, estava com uma bandeja com doces e biscoitos caseiros e um chá com um aroma diferente, meio doce, estranho.
Sr. Coelho: Doces e biscoitos feitos em casa, com um chá de cenoura cultivada na minha própria horta, sem agrotóxicos!
Bem, vamos começar então, onde o senhor se encontrava na noite de segunda-feira dia 23 de Dezembro? – Enquanto eu falava, ele me servia o chá que, por incrível que pareça, tinha um aroma delicioso.
Sr. Coelho: Eu estava com minha esposa enquanto ela ganhava minha terceira leva de filhos.
O senhor tem provas disso?
Sr. Coelho: Um minuto – ele se levantou mexeu em alguns papéis, pegou um ticket de estacionamento do hospital da cidade e papéis de entrada à maternidade, todos com a hora entre meio-dia do dia 23 até às 9 horas do dia 24— Se o senhor quiser, tenho testemunhas de que não saí do lado me minha digníssima esposa durante esse tempo todo. — E. De fato, após algumas voltas com o Sr. Coelho, foram apresentadas provas suficientes para lhe inocentar do caso.
Bem Sr. Coelho, desculpe pelo incômodo, e lhe aviso que terá muitas visitas ainda enquanto o Sr. Noel ainda estiver desaparecido. Ah, e mais uma coisa, o chá estava maravilhoso.
Sr. Coelho: Não foi incômodo algum, jovem Sr. Fortinbrás, adorei sua companhia, volte sempre que quiser para termos uma conversa mais formal. Bem, boa sorte em sua investigação. Adeus!
Obrigado, e parabéns por seus filhos. Adeus.
Virei-me e continuei caminhando e pensando em qual seria meu próximo passo, até que ouço o senhor coelho me chamando novamente.
Sr. Coelho: Meu jovem, espere, procure a senhora que vive no meio da floresta, aquela que chamam de vovó! A vovozinha da Dona Chapéu, ela deve ter algo a lhe contar! Ela sabe tudo, meu jovem, tudo!
Obrigado, senhor! – E corri.
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Fui à procura da Sra. Vovó, ela morava um tanto afastada da cidade, foi uma longa caminhada pela floresta até a sua casa, e agradeci por nenhum lobo ter aparecido.
Quando cheguei à casa dela, bati à porta três vezes e esperei. Quem me atendeu foi uma jovem adolescente com um gorro vermelho na cabeça que logo foi dizendo:
Garota-do-gorro: Entre, entre, Sr. Fortinbrás, o Sr. Coelho ligou avisando a sua chegada, minha avó lhe espera na sala.
Ah, obrigado.
Garota-do-gorro: Prazer, meu nome é Annie, mais conhecida como Chapeuzinho Vermelho.
Ah claro, como sou burro, você é muito famosa!
Annie: Sim, mas não gosto muito disso, minha história não é muito interessante e feliz, digamos assim.
Verdade. Bem, onde sua avó está? O Sr. Coelho me falou que ela saberia informações sobre o que aconteceu ao Sr. Noel.
Annie: Por aqui.
Passamos por um corredor e dobramos na segunda porta a esquerda, entramos em uma sala com papel de parede florido e móveis de madeira. A avó da Srta. Annie estava sentada em uma cadeira de balanço, usando um vestido comprido azul-claro.
Boa tarde, Senhora, sou Antonio Fortinbrás. Sou o detetive de que o Sr. Coelho lhe falou.
Vovó: Oh sim, sente-se, meu rapaz, sou Joana. Por favor, não me chame de senhora.
Me desculpe, Dona Joana, mas é por educação e costume. Bem, indo direto ao assunto eu queria que a senhora me contasse tudo o que sabe sobre o caso do Sr. Noel.
Dona Joana, vulgo vovó: Oh claro, bem há muito tempo eu conheci Noel, ele ainda era um jovem aprendiz, não tinha assumido o posto de seu pai nem casado com sua senhora, que rapaz lindo ele era! Ele me contou em um de nossos últimos encontros, antes de se casar a assumir seu posto, que ele tinha um inimigo horrível, Osric, um primo dele aparentemente, que queria ser o novo Papai Noel, mas ele tinha Noel em seu caminho e o odiava, e havia-lhe jurado vingança.
Nossa, onde posso encontra esse Osric?
Dona Joana: Ele já morreu há muito tempo, meu jovem.
A senhora me disse que teria alguma informação sobre o caso, e me diz que ele já morreu?
Dona Joana: Bem, pode ter sido o Lobo Mau.
Muito obrigada pelas informações, agora tenho que ir.
Annie me acompanhou até a porta e se despediu de mim, assim segui meu caminho tentando entender se um lobo e um morto poderiam se encaixar no desaparecimento do Sr. Noel.
Quando cheguei à cidade, meu celular tocou. Era minha amiga Célia.
Célia: Até que enfim, Antonio, estou te ligando há séculos. Onde você está?
Não posso revelar minha localização exata, mas estou no norte da Europa. O que houve?
Célia: Tenho uma pista sobre seu caso.
Vamos, me diga então!
Célia: Parece que Noel tinha um inimigo na juventude que jurou vingança.
Sim, eu sei, um primo dele chamado Osric que morreu há muitos anos.
Célia: Como...?
Eu sou um detetive, esqueceu? É meu trabalho.
Célia: Mas você sabia que ele tinha um filho que odiava Noel tanto quanto ele? E que esse filho tinha um lobo de estimação? E que esse lobo já se envolveu em dois casos graves?
Um lobo? Seria o lobo do caso da Srta. Chapeuzinho?
Célia: Sim, e o mesmo dos três porquinhos, e por um acaso eu consegui o endereço dele.
Passe-me agora!
Depois de ela me passar o endereço do lobo, fui logo para o aeroporto, estava com muita pressa. Quando lá cheguei, vi uma reportagem em que Holmes dava entrevista mais uma vez.
“Parece que o grande neto de Sherlock Holmes está muito perto de achar o culpado pelo sumiço de Papai Noel! Nos conte como está a investigação.”
“Sim, sim estou muito perto, mas não posso revelar detalhes, mas posso afirmar agora que o Coelho da Páscoa não era culpado e que ele é papai mais uma vez!”
A partir daí parei de prestar atenção na reportagem e logo meu voo foi chamado.
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Após dois dias de viagem e depois de duas pontes aéreas, eu voltei ao Polo Norte, Fui então até o endereço que Célia havia me passado. Chegando lá, vi uma casinha simples, azul com a porta vermelho-escura, uma cerca branca em volta, cortinas brancas na janela e uma caixa de correio com o nome “Osric” e o número da casa escrito nela. Bati à porta três vezes e tive uma surpresa quando vi quem tinha atendido a porta.
Célia?
Célia: Veja quem chegou! Finalmente.
Não tenho culpa, peguei um voo com duas pontes. E o que você faz aqui?
Célia: Informações, pistas, te interessam?
Claro, mas como você conseguiu?
Célia: Eu posso ser uma bibliotecária, mas posso conseguir informações sobre seu caso bem rápido.
Ah, claro. Mas o que você faz aqui?
Célia: Investigando. O marido da minha amiga Annabeth acabou de sair daqui, eu estava com ele e fiquei para dar mais uma olhada.
Sherlock estava aqui? Então era disso que ele falava na reportagem.
Célia: Sim, e graças a mim que você vai saber tudo o que ele conseguiu, porque sou a melhor amiga da esposa dele e o conheço há muito tempo.
Ok pare de falar sobre ele e me diga o que você sabe!
Célia: Como é que se pede?
Por Favor!
Célia: Está bem! Ele descobriu que Noel tinha um inimigo e que esse inimigo tinha uma filha, nós sabíamos que ele tinha um filho, não uma filha. A história do lobo é verdade, porém ela se separou do animal um pouco antes de se casar. Ele descobriu também que essa mulher mora aqui no Polo Norte e provavelmente é conhecida do Papai Noel porque o sequestro foi feito de uma forma simples e que, pelas marcas quase inexistentes, foi fácil e a pessoa conhecia muito bem os hábitos dele.
Mais alguma coisa?
Célia: Sim, aqui na casa foi encontrado mais sangue e um bastão, provavelmente o que foi usado para acertar Noel, mas infelizmente Sherlock o levou. Também foram encontrados fios de cabelo branco e um pedaço de vestido vermelho preso na porta do fogão, além de um líquido com cheiro forte, acho que era alvejante.
Ok agora eu posso entrar e dar uma olhada? Está frio aqui, sabe?
Célia: Entra e me dê a sua mala, você é muito desastrado, vai acabar quebrando algo.
Não acharam digitais?
Célia: A casa esta totalmente contaminada, outros detetives piores do que você estiveram aqui com Sherlock e não colocaram luvas.
Coloquei luvas e fui entrando. O primeiro cômodo era a sala, um sofá de estampa floral bege, uma mesa de centro e uma estante com a televisão, sem tapetes, sem quadros, as paredes eram beges e havia cortinas brancas nas janelas.
Nada fora do comum, nada que chamasse a atenção.
Ele olhou em baixo do sofá?
Célia: Não que eu tenha visto.
Me abaixei perto do sofá e vi um garfo sujo de algo que de longe não dava para distinguir, peguei-o e vi que era sangue.
Mas como ele não olhou em baixo do sofá? Ele é idiota ou o quê?
Célia: O que você achou?
Um garfo
Célia: Um garfo?
Sujo de sangue.
Olhei o resto da sala e não encontrei mais nada.
O próximo cômodo era um corredor com cinco portas, sem decoração, havia pegadas no chão.
Célia: São dos outros detetives.
Abri a primeira porta à esquerda, um quarto sem decoração como o resto, a cama estava desarrumada, havia um chinelo rosa ao lado da cama, sem roupas dentro do armário, um perfume de pitanga em cima de uma penteadeira.
Nada em baixo do armário, da penteadeira e da cama.
O chinelo era de numero 35.
O cômodo a direita era o banheiro, não havia nada de anormal lá.
A segunda porta à direita levava a mais um quarto, esse estava com a cama impecavelmente arrumada, havia roupas masculinas dentro do armário e nas gavetas havia caixas com fotos.
Eu conheço essa menina.
Célia: Sherlock disse a mesma coisa.
Quem além de você nós conhecemos em comum?
Célia: Muitas pessoas, Antonio, mais do que você imagina.
A última porta da esquerda dava para um porão com uma saída para a rua no outro lado. Tinha uma corda, igual a que foi encontrada no trenó, pendurada no teto, com algumas gotas de sangue no chão, um balde com detergente dentro e um pano molhado.
Célia: Eu já vi tudo isso.
Reparou na saída que tem ali? – Apontei para o alçapão com uma escada decadente logo no fundo do cômodo.
Célia: Sim.
E Sherlock?
Célia: Acho que não, não sei.
Ora, que detetive ele é afinal?
Fomos para a cozinha, onde encontrei a cena que Célia havia descrito: um pedaço de vestido vermelho preso no forno, alvejante no chão e os fios de cabelo branco.
Eu abri o forno para ver se tinha mais alguma coisa lá dentro e encontrei em baixo das grades um pinça.
Célia: Porque tem um pinça dentro do forno?
Porque haveria uma faca em baixo de um sofá?
Olhei dentro dos armários, da geladeira e dos outros eletrodomésticos e não encontrei nada de suspeito, saí pela porta dos fundos e me deparei com um balanço cheio de neve e pegadas saindo da lateral da casa, segui-as até o porão da casa.
Acho que possivelmente eles estavam na casa quando você e Sherlock chegaram.
Célia: Você acha por quê?
Parece que a casa foi abandonada às pressas, o alvejante derramado no chão, a cama desarrumada, a faca em baixo do sofá, a corda ainda no teto, o tecido preso no forno. Se fosse você, não teria terminado de limpar o sangue, não teria tirado o tecido do forno, a faca de baixo do sofá e arrumado a cama para parecer que ninguém esteve aqui? Ela deve ter visto vocês chegando, corrido para o porão e pego Noel.
Célia: Interessante.
Agora vamos seguir as pegadas.
Fomos até o final do pátio da casa, passamos por um portão e saímos na rua de trás onde perdemos as marcas de pegadas.
As pegadas terminam aqui, vamos procurar uma estalagem para dormirmos um pouco que amanhã eu irei investigar mais, talvez falar com Mamãe Noel. Eu preciso de uma boa noite de sono, faz dias que só durmo dentro do avião.
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Achamos uma estalagem ali perto onde passamos a noite.
No outro dia cedo fomos à casa da Senhora Noel, que não se encontrava em casa. Segunda a empregada, ela tinha ido para casa de parentes para fugir dos repórteres que a estavam incomodando.
Célia: Olha, eu vou pegar um voo de volta para casa e acho que você deveria fazer o mesmo.
Eu sei, vou fazer o mesmo, tenho algumas coisas para resolver lá. Mas eu volto.
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Peguei um voo às 10 horas do mesmo dia e fui para casa, organizei as coisas em meu apartamento, mas não desisti do caso. Fiz algumas pesquisas sobre Osric e sua filha.

Osric morou um tempo em Paris, onde ele conheceu Liz Latorre, se apaixonou e se casou. Ela engravidou e, quando a filha deles nasceu, Liz morreu por causa de complicações.
Depois disso, ele e sua filha se mudaram para uma cidadezinha menor na França.
Eu consegui os registros da escola em que a menina estudou e com os registros vieram algumas fotos com as quais tive uma surpresa.
Isso demorou mais do que eu gostaria, foram dezessete dias até eu conseguir a liberação e até eles serem enviados a mim.
Os arquivos chegaram no dia 13 de janeiro, às sete horas da manhã.
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Célia: Alô?
Eu descobri quem é a filha de Osric.
Célia: Quem é?
Me encontra no aeroporto daqui a uma hora que nós vamos para o Polo Norte.
Célia: Como ass...
E desliguei.
Uma hora depois eu estava com as passagens e com Célia ao meu lado me incomodado para saber o nome.
O nome dela é Maria Osric, ela é mais próxima de Noel do que se podia imaginar, agora vamos.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Quando chegamos lá ainda era segunda-feira, dia 13, mas já estava um pouco tarde, então fomos para a estalagem dormir um pouco.
Na manhã do dia 14 fui à casa da Senhora Noel e não a encontrei, então decidi ir para a casa de Osric. Chegando lá bati à porta e não me surpreendi com quem a abriu.
Então a senhora resolveu voltar para cá mesmo?
Sra. Noel: Eu não sei do que você está falando, meu rapaz.
Eu sei quem a senhora é, Dona Maria Osric.
Sra. Noel: Acho que você está me confundindo com alguém.
Claro que não, a senhora é filha de Osric, primo de Noel e seu maior inimigo, jurou vingança por Noel ser o novo Papai Noel e não Osric, que tinha isso como sonho. E você ainda vem se esconder na casa de seu pai? Quanta ingenuidade a sua.
Sra. Noel: Bem, parece que você me descobriu, eu pretendia me entregar hoje e devolver meu marido Noel ao mundo. Já consegui minha vingança, mas vou deixar você, o único das centenas de detetives que se envolveram nesse caso que me descobriu, me entregar à policia juntamente com Noel. Fique com a fama.
Onde está Noel?
Sra. Noel: No porão. Te espero aqui, vá buscar ele. Vou ligar para a policia.
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Após entregar o Sr. Noel e sua esposa às autoridades, dei varias entrevistas para redes de TVs de todo mundo.
Consegui resolver o caso e ser melhor do que o neto de Holmes, que estava indo atrás dos três porquinhos por causa de uma informação errada.
Na noite do dia 14 de janeiro, o caso de desaparecimento do Sr. Papai Noel foi resolvido, ele se encontrava na casa de seu primo/inimigo Osric, já morto, com sua esposa e filha de Osric, por causa de uma vingança.
Após se recuperar, ele foi entregar seus presentes já com dias de atraso.
Aqui termino meu relato.


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Notas finais do capítulo

Agradeço a todos que leram todo a história, também a minha beta e a minha irmã que me aturou enquanto eu escrevia isso.
Obrigada!