Angel whitout wings escrita por Ká Agron


Capítulo 14
Capitulo 14


Notas iniciais do capítulo

Hei, pessoal. Olha eu aqui de novo. To viva rsrs
E volto acompanhada. A partir deste capitulo Little Lion está comigo. Muito bem vinda, parceira.
Obrigada por aparecer e me ajudar a tocar este barco chamado Angel whitout wings. Sei que vamos fazer coisas incríveis.
Espero que gostem.
Até as notas finais.



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Rachel e Quinn estavam sentadas na área vip, enquanto Kurt e Mercedes iam buscar as bebidas.

O ambiente era bem reservado, com um vidro ao redor a prova de sons. Dali dava para se ver toda a parte interna do lugar e também a parte externa: boa parte da cidade de NY e o rio Hudson.

A loira olhava ao redor admirada, nunca estivera em um lugar tão interessante. Rachel, por sua vez, não tirava os olhos dela. Era simplesmente encantadora a visão que ela tinha das coisas.

– Nossa, isso aqui vai lotar hoje. - Mercedes comentou, colocando os copos na mesa.

– Assim é que é bom, querida. - Kurt retrucou, sentado ao seu lado, de frente para as duas meninas.

– Esse lugar é incrível - a loira estava animada - Como conheceram?

Os três entreolharam-se cúmplices. Era mais uma parte da vida de Rachel que a menina estava prestes a descobrir.

Antes de responder, Rachel levantou seu copo para brindar, gesto que foi seguido pelos outros três.

– Quero brindar à nossa amizade. Que dure para sempre. E a tudo o que ainda temos a descobrir uns sobre os outros.

Os quatro bateram seus copos e viraram um gole de champanhe. Rachel virou o corpo em direção à Quinn, ficado de frente para ela.

– Respondendo à sua pergunta, princesa. O Leroy é um dos donos desse hotel, e do que nós fomos quando te conheci, e de mais alguns pelo país.

– Fala sério - o queixo da loira caiu.

Até então, nunca tinha questionado de onde vinha a fortuna dos Berry, e pensando bem, realmente não poderia vir apenas do trabalho de Hiram.

Rachel achou graça na expressão incrédula da menina. Quase dava para ouvir os pensamentos dela.

– Acho que dá para imaginar que o dinheiro dos meus pais não vem apenas do trabalho do Hiram - a morena argumentou - Na verdade a maior parte é dos hotéis mesmo.

– Só agora me dei conta de que nunca perguntei o que o Leroy faz. Sempre o vejo em casa. Não sei o que eu pensei... - riu de si mesma.

– E então o que a Srta Frabray acha das instalações? - Mercedes perguntou divertida.

– É incrível. De muito bom gosto.

– Foi o Leroy que cuidou da cobertura pessoalmente - Kurt explicou - Lembro que um pouco antes da inauguração ele estava quase surtado.

– Se perguntar para o papai, ele vai dizer que ele já tinha passado do estado de surto para a psicose há algum tempo.

Os quatro riram do comentário da pequena diva e continuaram conversando e observando as pessoas que chegavam.

Por volta da uma hora da manhã, o DJ começou a tocar, fazendo com que Mercedes e Kurt se perdessem na pista de dança.

Quinn e Rachel preferiram ficar um pouco mais ali. A morena tinha pedido uma garrafa de champanhe e estava sentada bem próxima garota. A simples presença de Quinn a fazia sentir-se bem, relaxada. Percebeu que naquele momento, só precisava dela para se divertir pelo resto da noite.

– E então, tem mais alguma coisa que devo saber sobre você Rachel Berry? - Quinn perguntou com falso tom inquisidor na voz e um olhar intimidador.

– Deixa eu pensar... Sou alérgica a amendoim, adoro musicais, sou fã da Barbra Streisand. Tenho dois pais, mas isso você já sabe. Estou fazendo testes para musicais da Broadway. Sofria bullying no colégio e fiz parte do coral da escola. - respondeu em um fôlego só - Agora é sua vez.

– Certo. Eu era líder de torcida na escola, conheci Santana e Brittany na equipe. Aos 16 anos fiquei grávida do meu melhor amigo e meus pais me expulsaram de casa. Fiquei um tempo na casa do Puck, mas não deu certo. Então passei o resto da gravidez na casa da Santy. A professora do coral da escola, Shelby Corcoran, adotou minha bebe e permitiu que nós a víssemos sempre que quiséssemos. - respirou fundo antes de continuar - Voltei para a casa dos meus pais, terminei o colegial e vim para NY. Então meus pais descobriram que eu sou gay e me deixaram a ver navios. Acho que é isso. – finalizou.

O modo como ela falava despreocupada pareceu um pouco estranho a Rachel. O tom de voz da menina dizia uma coisa, mas os olhos dela outra. Por mais que ela tentasse parecer que não se importava com tudo o que passara, dava para ver em seus olhos o quanto tudo aquilo a machucou e ainda machucava.

– Ah, e eu tenho uma irmã mais nova, Kitty. E sou alérgica à dipirona e salgadinho de queijo.

– Essa ultima informação me pegou de jeito - Rachel parecia realmente surpresa - Por que nunca falou da sua irmã antes?

– Meus pais não a deixam nem trocar emails comigo. As meninas não a têm visto. É o que mais me incomoda nessa historia toda. - as feições dela ficaram mais duras - Ela é minha irmã e...

– Deveria estar com você agora - Rachel acariciou o rosto dela, tentando aliviar seu semblante - Eu entendo.

O sorriso de Rachel fazia tudo parecer mais fácil. Todo o peso que sentia em seu peito quando lembrava o que deixará para traz, quase sumia. Quinn quase podia esquecer a dor de não poder falar com Kitty.

– Hei, o que acha de irmos dançar? - Rachel perguntou apontando para a pista de dança - Aposto que você dança muito bem.

Quinn apenas concordou, sentindo a morena lhe pegar pela mão suavemente, indo em direção a saída.

Por onde passavam, atraiam olhares cobiçosos em sua direção. Homens e mulheres torciam o pescoço na direção das duas garotas.

Encontraram Kurt e Mercedes no meio do caminho os arrastando até o meio da pista de dança.

Hey heart on the road again
Moving on forward

Sticks and stones won't break our bones
We're in the car on the highway
It's a magical feeling that no one's got a hold
You're a catalyst to your happiness you know

Quinn e Rachel dançavam próximas uma da outra, no ritmo da musica. Uma não tirava os olhos da outra. Cada acorde tomando conta delas aos poucos.

This is your heart, it's alive
It's pumping blood
And it's your heart, it's alive
It's pumping blood

(And the whole wide world is whistling
And it's whistling)

Quinn nunca se sentira tão viva em toda sua vida. Era como se cada palavra tocasse em seu coração, a libertando finalmente de toda a angustia que sentia. E ter Rachel ali, de frente para ela, como se só elas existissem, sentir o corpo da pequena roçando o seu, a estava deixando em êxtase.

Hey heart on the run again
Driving strong onward
Sticks and stones won't take its course
Got the part in the front sea

Rachel estava maravilhada. Os movimentos do corpo da loira estavam sincronizados aos seus, suas coxas se encaixavam perfeitamente. Os quadris se afastavam e voltavam a se tocar conforme a batida da musica. Não era muito, mas o bastante para deixar a morena sem folego.

It's the best and worst feeling
Like nothing can go wrong
Yeah you're the decider of the world
That you will get to know

Os pensamentos de Quinn estavam turvos. A cada toque, seus corpos pareciam produzir descargas elétricas. A única certeza que tinha era que nunca na vida sentira nada parecido.

Cause it's your heart, it's alive
It's pumpin' blood
And it's your heart, it's alive
It's pumpin' blood
And the whole wide world is whistling

Ambas partilhavam a mesma sensação de renascimento, de recomeço. O coração delas voltara a bater, a sentir, a ter esperança.

Esperança de que uma podia proporcionar uma nova vida e uma nova experiência a outra. Ali elas tinham certeza de que, independente do que acontecesse dali por diante, suas vidas estavam ligadas para sempre.

Estavam tão entorpecidas pelo contato, que quase não perceberam que a musica tinha acabado e outra, bem mais lenta, tinha começado.

Foi Rachel quem parou e ofereceu a mão para Quinn, um pouco incerta do que estava fazendo. A loira desviou os olhos dos dela apenas um segundo, para pegar sua mão.

No mesmo instante, Rachel puxou-a de encontro ao seu corpo, pousando sua mão livre na base das costas da garota, a mantendo junto de si. Quinn, por sua vez, enroscou os braços gentilmente em volta do pescoço da morena.

You've got magic inside your fingertips

It's leaking out all over my skin- Yeah

Everytime that I get close to you

You're making me weak with the way

You look through those eyes

As mãos de Rachel estavam lhe causando arrepios por todo o corpo. Cada pequeno movimento.

And all I see is your face

All I need is your touch

Wake me up with your lips

Come at me from up above

Yeah- yeah

I need you

A pequena diva não podia deixar de observar cada detalhe do rosto de Quinn: o lábio rosado entreaberto, os olhos cor de esmeralda que não desgrudavam dos seus. E o toque suave dos dedos da menina em sua nuca a estava deixando sem ar.

I remember the way that you moved

You're dancing easily through my dreams

It's hitting me harder and harder

with all your smiles

You are crazy gentle in the way you kiss

Por um breve momento, Quinn achou que poderia estar sonhando. E se estivesse, não queria nunca acordar. Tomou coragem e girou a morena, a deixando de costas para si. Sentia seus pés bem longe do chão, como se estivesse flutuando. Inclinou um pouco a cabeça, encostando a boca no ouvido de Rachel.

– Você é incrivelmente linda, Rachel Berry. – sussurrou – E seu perfume me deixa louca.

And all I see is your face

All I need is your touch

Wake me up with your lips

Come at me from up above

Rachel sentiu cada pelo de sua nuca arrepiar. O hálito quente de Quinn em seu ouvido fez seu corpo inteiro esquentar, podia sentir seu coração queimar com cada palavra dita por ela.

– Tudo em você me hipnotiza, Quinn Fabray. – revidou, voltando a olha-la nos olhos – Seu corpo é a própria tentação.

A morena teve certeza de que viu todo seu desejo refletido no olhar de Quinn. A proximidade delas deixou que sentisse sua pulsação acelerar.

Oh- baby I need you to see me the way I see you

Love me wide awake in the middle of my dreams

A musica terminou, mas elas mantiveram-se abraçadas por mais alguns segundos. Quinn tentava controlar as batidas do próprio coração e Rachel não conseguia se lembrar de como era respirar.

Foi Kurt quem as trouxe de volta, puxando-as até o bar, extremamente animado sobre algo que nenhuma das duas conseguia ou fazia questão de entender.

Voltaram para a área VIP com os corpos suados e ofegantes. As duas garotas sentiam a cabeça anestesiada. Os poucos minutos que passaram dançando juntas foi o suficiente para deixá-las um tanto quanto loucas.

Passaram o resto da noite sentadas, tomando drinks e conversando com Mercedes. Kurt já tinha sumido e a única coisa que lembravam é que o rapaz tinha pedido que não o esperassem para ir embora.

O dia estava amanhecendo quando Mercedes sugeriu que fossem para casa.

– Nós já vamos. Espera aqui, eu já volto - Rachel pediu, levando Quinn com ela até a sacada.

Quinn admirava a vista: o sol nascendo sob o rio Hudson era uma das coisas mais incríveis que já vira.

Rachel estava parada atrás dela, observando o sol tocando os cabelos loiros da garota e o vento os bagunçando levemente. Chegou mais perto dela, a girando para que ficassem de frente uma para a outra. Aquela, sem duvida alguma, era a visão mais perfeita do mundo para a morena.

– Sei que já disse isso hoje, mas você é linda Rachel – Quinn não se conteve.

– E você me hipnotiza, Quinn. – Rachel repetiu, se aproximando mais ainda dela.

Quinn pode sentir o hálito quente de Rachel tocando seu rosto, e suas mãos segurando seu rosto, acariciando seus lábios com os dedos.

– Quinn – a morena respirou fundo – Eu vou te beijar – sussurrou, quase sem ar.

E foi o que vez. Rachel se aproximou e tocou os lábios da loira com os seus. Primeiro de leve, sentindo a textura da garota. Depois sentiu a loira a puxando para mais perto, pela cintura, e aprofundou mais o beijo.

Fogos de artificio. Foi a única coisa que Quinn conseguiu pensar.


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Notas finais do capítulo

E então, merecemos comentários? Tem alguém aqui?
Até a proxima.
Bjin,
Ká Agron e Little Lion



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