O Veredicto escrita por Cesar dos Santos Júnior


Capítulo 2
Morte no Comício


Notas iniciais do capítulo

Aqui começara a parte 1 da história e desenvolverá a verdadeira natureza da eleição, além dos personagens revelarem suas facetas.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/461571/chapter/2

Nome da Vítima: Manoel Fonseca

Idade: 39 anos

Cor do Cabelo: castanho

Cor dos olhos: castanho escuro

Pele: caucasiano (branco)

Obs.: Não deixar rastro. Matar imediatamente.

O dia e a agenda estavam lotados, a noite anterior foi mal dormida para Manoel e percebia-se pelas suas olheiras e pelo inchaço do rosto. Seu pescoço estava com um hematoma de como se fosse uma mordida. O famoso: “chupão”.

Porém, a reunião com o prefeito da cidade vizinha: Porto Velho da Barra Sul tinha sido de discussões:

“–O poder reside onde a população crê não onde o candidato quer que ela esteja você sabe muito bem disso Manoel!”

O grito do prefeito Padilha não saíra de sua cabeça e o fez pensar se seu modo de campanha estava certo. Convocou seus assessores: Venceslau, Vera e Diogo.

–Amigos, o que lhes contarei, ficará entre nós. Hoje pela manhã estive em Porto Velho da Barra Sul, o Prefeito Padilha estava muito estressado e soltou palavras á mais, mas que espero não ser verdade...

O flashback montou-se na mente de Manoel.

“-Você sabe a verdade, conte as pessoas, diga a verdade sobre Dilis. Será em prol de minha candidatura e para o bem da população!

–Não Manoel, isto estragaria minha reputação.

–Mas traria uma imagem nova á Porto Velho da Barra Sul e a Ponte Larga da Fonseca. Seria a união conjunta de duas cidades irmãs!

–Você não entende...

–Eu entendo que você quer ter o poder todo em suas mãos e não quer dividi-lo!

–O poder reside onde a população crê não onde o candidato quer que ela esteja você sabe muito bem disso Manoel!

–Meu nome esta lavado e minhas mãos também falta você lavar as suas desse fato que carrega nas costas.

–Se você contar á alguém eu lhe mato. Isso é uma promessa, saiba que á partir de agora, meus olhos estarão bem abertos e não será uma ponte que me impede de saber as coisas!

Enquanto isto, Manoel esta saindo pela porta, ele escuta o grito:

–Traidor, escória, indecente!”

Venceslau, Vera e Diogo estavam de boca aberta. Até que Diogo pega o celular.

–Unidade Policial 321 quando pode chegar á cidade de Ponte Larga da Fonseca? Precisamos de reforços para um mês e escolta armada á um cidadão concorrente á eleição municipal.

O rádio Nextel responde:

–De seis á oito horas senhor.

–Obrigado, venham o mais rápido possível, a situação está crítica.

–Positivo, chegaremos aí por volta de meia-noite.

–Obrigado.

Vera diz:

–Temos um comício hoje á noite.

–Que horas?

–As dez senhor. – diz Venceslau.

Eles pareciam aflitos, mas não haveria pânico, duas horas depois já estariam seguros com os policiais.

Manoel seguiu para seu próximo compromisso, no condomínio Jardim Cardôn. O local estava cheio de carros, mas as bandeiras hasteadas na maioria das casas da entrada eram do PLH. Quando entrou no Salão de Festas Virgílio Gurgel estava cheio, era gente para todo lado, a música da campanha ecoa e o povo canta a eleição esta praticamente ganha, precisa-se segurar as pessoas com eles. Manoel aperta a mão dos eleitores, conversa com eles e sobe ao palco, onde o locutor começa:

–Contando com o apoio de diversas autoridades e é claro de vocês!

O povo vai á loucura.

Dilis esta sentado em uma cadeira de balanço em frente á sua casa, de repente levanta-se e pega sua pistola. Entra na casa e sua esposa pergunta:

–O que vai fazer?

–Vou sair um pouco, preciso espairecer a cabeça, a eleição esta me deixando louco!

Enquanto Manoel se prepara para entrar, está sozinho atrás do palanque, pensativo sobre a conversa com o prefeito Padilha, ao mesmo tempo com medo, mas com a confiança de que não passará desta noite, ele contará a verdade ao povo sobre Dilis e todos verão qual lado é o certo. Na verdade o Partido Militar fundado por ele tinha um único propósito ter a prefeitura da cidade. Em 1814 quando Ponte Larga da Fonseca não passava de um vilarejo, a tataravó de Manoel, Anne Fonseca criara uma das maiores Revoluções da região, a Revolta do Café, a matéria que mais trazia recursos ao vilarejo, os Fonseca venceram, tomando assim o controle da cidade. Em 1979 o pai de Manoel, Lutero encontrou Petróleo em sua fazenda, assim tornando os Fonseca os produtores da matéria-prima que gerava a economia da cidade. Quando Lutero morreu deixou tudo para seu único filho, Manoel, ele é o único que sabe da reserva que muitos ainda acreditam esgotada, mas não pode fazer nada pois por um segredo do passado Dilis agora é o detentor de tal recurso, fazendo assim o controle da eleição ser designado por ele, mas será hoje o grande dia de sua vingança, a vingança que ele tanto espera. Ele volta ao seu corpo, deixando seus pensamentos se esvaírem e escuta o locutor:

–E agora vamos receber aqui no palco o próximo prefeito de Ponte Larga da Fonseca, Manoel!

O povo grita seu nome, Manoel é ovacionado pelo público presente. Ele acena á todos e começa á falar:

–Como eu poderia imaginar que haveria tanta gente aqui, isso é o que dá mais orgulho á um candidato, ver tantas pessoas reunidas e querendo mudança em uma cidade que não desiste de suas origens, quer Fonseca na prefeitura! – o público exalta ele mais ainda – É isso que queremos, é isto que posso mostrar á vocês!

Um mal estar e frio na barriga lhe vêm.

–Mas não posso continuar nesta busca, nesta luta sem contar para vocês uma coisa.

§§§§§§§§

Brigite esta se arrumando para a noite de vigia no Comitê da campanha. Antes de sair, senta-se na poltrona estofada de madeira antiga e relembra de seu tempo de casada, casada com Manoel Fonseca. A história lhe vem á tona, assim como o grito da traição:

“Brigite chega na Mansão que pertencia á família de seu marido, Manoel Fonseca, depois de uma tarde de compras com as amigas. Entra pela porta dos fundos para deixar as compras, logo que entra vê duas taças com vinho que foram usadas e estranha. Quem poderia estar na casa com Manoel? Então com calma, vai até a sala, vê que uma garrafa de vinho estava lá e sobe as escadas que não fazem o barulho de seu salto por causa do tapete que esta posto no piso de toda a casa. Chegando muito devagar perto do quarto do casal escuta gemidos, gemidos de voz grossa. Ela começa á tremer. Então entra no quarto muito devagar passando pela antessala que estava com roupas espalhadas pelo chão, não dava para deixar de notar o par de cuecas, calças, meias e camisas espalhados. Quando ela abre a porta que dá para a cama vê a cena mais nauseante que poderia ser vista por uma esposa, seu marido Manoel com ouro homem na cama, o homem estava em cima de Manoel fazendo movimento. Nenhum dos dois havia percebido a presença dela pois estava se beijando, então Brigite chega ao lado da cama e diz:

–Meu Deus!

Imediatamente o homem pula de cima de Manoel revelando sua incontrolável ereção. Os dois vestem-se rapidamente, então Brigite começa á gritar:

–Por que você fez isso! Por quê? – em desespero e chorando.

–Eu... – gagueja Manoel.

Brigite continua chorando olhando para Manoel enquanto o outro homem vai embora.”

Ela logo levanta-se da poltrona chorando em desespero e pega sua bolsa, tira de dentro dela uma arma, pequena, mas poderosa.

§§§§§§§§

O comício continua:

–Um segredo que esta guardado comigo, mas que não posso continuar com ele,e sim é do outro candidato. Qual deles?

Quando ele falaria o nome do candidato um tiro atravessa seu peito. Manoel cai no chão .


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Alguns dos suspeitos são apresentados porém, ainda há mais.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Veredicto" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.