Harry Potter - A História de Ellie escrita por Bia


Capítulo 22
Terceiro Ano em Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Palavras em negrito são do livro xx



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–Ell – Wood provavelmente começaria de novo – é a final é a última chance, se eu não ganhar, já era a Grifnoria tem que vencer, é questão de honra, Harry tem que pegar o pomo, mas apenas depois de nós já termos 50 pontos, acho que tenho lembrar de novo a Harry sobre isso.

–Eu acho que ele já está cansado de saber e eu também – a menina se afastou um pouco de Wood, que percebeu e se ajoelhou a sua frente.

–Estou sendo muito chato? – perguntou o moreno dando aquele sorriso que deixava os seus olhos meia-lua.

–Um pouco – Wood riu – mas eu sei o quanto é importante para você levantar a taça esse ano, por ser o seu último ano.

–Foi mal Ell – ele lhe deu um beijo na testa – é que eu estou muito elétrico, o jogo é daqui a dois dias.

–Eu entendo – ela se levantou – é melhor eu ir, já está na hora, Minerva não gosta quando eu me atraso.

–Quer que eu passe pra te buscar depois?

–Acho que não precisa, é bom você descansar, Wood também se preocupe com os NIEM’s ok?

–Prometo Sunshine.

–Boa noite – ela se virou mas, Wood foi mais rápido e a puxou para um beijo, que na opinião de Ellie estavam cada vez melhores, ele a segurava pela cintura e mesma o segurava nos ombros, o momento estava perfeito até uma peste vir estragar.

–AH ALUNOS SE BEIJANDO! CASALZINHO SE BEIJANDO! – começou Pirraça.

–Cala a boca – berrou Wood.

–VEM ME FAZER CALAR – e começou a mostrar a língua a Wood – A LOIRA E O GOLEIRO ESTÃO SE BEIJANDO, ESTÃO SE BEIJANDO!

–Eu vou chamar o barão sangrento pirraça! – Ellie ameaçou.

–Me chamou Avery? – o fantasma apareceu atrás dos três – Pirraça.

Não passou nem dois segundos e o poltergeist , saiu flutuando de lá como um leopardo.

–Um dia eu ainda o estrangulo – falou o barão – estavam fazendo oque?

–Eu estava de saída, e ela vai para a aula particular com a Mcgonagall agora.

–Então eu a acompanho, pode ir menino.

Wood apenas se despediu com o olhar de Ellie, que ficou sozinha com o fantasma.

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–Ok, não adianta você falar para o time inteiro comer, e o capitão não ter tomado nem um gole do suco! – Ellie estava nervosa. Wood não parava quieto.

–Não estou com fome Sunshine – ele estava em pé – estou bem prometo, melhor já irmos, TIME!

Então todos do time da Grifnoria se levantaram, e começaram a sair do salão com uma tempestades de aplausos, antes de sair Jorge deu uma última olhada a Ellie.

–Nem acredito que a final chegou – Rony também estava nervoso – Hermione me passa o suco.

Ellie estava feliz porque os amigos tinham voltado a se falar. Terminou de comer, e deu tchau a Rony e Mione.

–Vou no vestiário, quero ver se o Wood ainda não surtou – mas á verdade, é que ela queria bater uma palavrinha com Draco, tinha visto o time da Sonserina se retirando.

–Draco – chamou à garota, o loiro olhou assustado para trás, e pediu que todos continuassem sem ele.

– Ellie está louca?

–Oque foi? – perguntou a menina assustada.

–Não podem me ver com você.

–Porque Draco? Não te podem ver andando com uma sangue ruim?

–Já te disse não se chame de sangue ruim – ele deu um breve sorriso – oque foi?

–Só queria lhe desejar boa sorte – a menina sorriu – mas isso não quer dizer que eu vá torcer para Sonserina jamais.

–Eu imaginei – Ellie riu – Só espero pegar o pomo antes de Potter.

–Só desejo que Olívio defenda todos os goles – Draco sorriu fraco – Boa sorte.

Dizendo isso a menina saiu correndo, direto para o campo. Draco continuou ali parado olhando os cabelos dourados de Ellie em movimento.

#

– Ok pessoal vamos ... – Olívio disse – Ell, pensei que não viesse mais.

–Tinha que dar boa sorte – dizendo isso a garota deu um selinho demorado no namorado – a gente vai ganhar relaxa.

#

–Eu disse que iriamos ganhar – Ellie sorria feliz, enquanto Wood a rodava no alto.

–É, mais foi por pouco, Harry foi ótimo – Wood disse para o amigo.

–Ele sempre é – Ellie disse, e Harry sentiu o seu rosto corar.

#

–Fred, Jorge! – Ellie apareceu desesperada – onde estão Harry, Ron e Mione?

–Eu não os vi – disse Fred – oque foi loirinha?

–Estou com um mau pressentimento – Jorge pela primeira vez á olhou nos olhos.

–Oque você quer que a gente faça Ell? – ele perguntou.

–Preciso que distraiam todos os professores, principalmente Minerva.

Enquanto isso. . .

— Nox — sussurraram Hermione e Harry ao mesmo tempo, e as luzes nas pontas de suas varinhas se apagaram. Havia apenas uma porta aberta.
Ao se esgueirarem nessa direção, ouviram um movimento atrás da porta; um gemido baixo e em seguida um ronronar alto e grave.
Eles trocaram um último olhar e um último aceno de cabeça.
A varinha empunhada com firmeza à frente, Harry escancarou a porta com um chute.
Numa imponente cama de colunas, com cortinas empoeiradas, encontrava-se Bichento, que ronronou alto ao vê-los. No chão ao lado do gato, agarrando a perna estendida num ângulo estranho, encontrava-se Rony.
Harry e Hermione correram para o amigo.
— Rony... Você está bem?
— Onde está o cão?
— Não é um cão — gemeu Rony. Seus dentes rilhavam de dor. — Harry é uma armadilha...
— Que...
— Ele é o cão... Ele é um Animago...
Rony olhava fixamente por cima do ombro de Harry. Este se virou depressa. Com um estalo, o homem nas sombras fechou a porta do quarto.
Uma massa de cabelos imundos e embaraçados caíam até seus cotovelos. Se seus olhos não estivessem brilhando em órbitas fundas e escuras, ele poderia ser tomado por um cadáver. A pele macilenta estava tão esticada sobre os ossos do rosto, que ele lembrava uma caveira. Os dentes amarelos estavam arreganhados num sorriso.
Era Sirius Black.
— Expelliarmus! — disse com voz rouca, apontando a varinha de Rony para os garotos.
As varinhas de Harry e Hermione saíram voando de suas mãos e Black as recolheu. Então se aproximou. Seus olhos estavam fixos em Harry.
— Achei que você viria ajudar seu amigo. — A voz dava a impressão de que havia muito tempo ele perdera o hábito de usá-la. — Seu pai teria feito o mesmo por mim. Foi muita coragem não correr à procura de um professor. Fico agradecido... Vai tornar as coisas muito mais fáceis...
A referência sarcástica ao seu pai ecoou nos ouvidos de Harry como se Black a tivesse gritado. Um ódio escaldante explodiu em seu peito, não deixando lugar para o medo. Pela primeira vez na vida ele desejou ter a varinha nas mãos, não para se defender, mas para atacar... Para matar. Sem saber o que estava fazendo, começou a avançar, mas percebeu um movimento repentino de cada lado do seu corpo e dois pares de mãos o puxaram e o mantiveram parado.
— Não, Harry! — exclamou Hermione num sussurro petrificado; Rony, porém, se dirigiu a Black.
— Se você quiser matar Harry, terá que nos matar também! — disse impetuosamente, embora o esforço de ficar de pé tivesse acentuado sua palidez e ele oscilasse um pouco ao falar.
Alguma coisa brilhou nos olhos sombrios de Black.
— Deite-se — disse brandamente a Rony. — Você vai piorar a fratura nessa perna.
— Você me ouviu? — disse Rony com a voz fraca, embora se apoiasse dolorosamente em Harry para se manter de pé. — Você vai ter que matar os três!
— Só vai haver uma morte aqui hoje à noite — disse Black, e seu sorriso se alargou.
— Por quê? — perguntou Harry com veemência, tentando se desvencilhar de Rony e Hermione. — Você não se importou com isso da última vez, não foi mesmo? Não se importou de matar aqueles trouxas todos para atingir Pettigrew... Que foi que houve, amoleceu em Azkaban?
— Harry! — choramingou Hermione. — Fica quieto!
— ELE MATOU MINHA MÃE E MEU PAI! — bradou Harry, com grande esforço, se desvencilhou de Hermione e Rony que o retinham pelos braços, e avançou...
Harry esquecera a magia, esquecera que era baixo e magricela e tinha treze anos, enquanto Black era um homem alto e adulto, ele só sabia que queria ferir Black da maneira mais horrível que pudesse e não se importava se fosse ferido também...
Talvez fosse o choque de ver Harry fazer uma coisa tão idiota, mas Black não ergueu as varinhas em tempo. Uma das mãos de Harry segurou seu pulso magro, forçando as pontas das varinhas para baixo; o punho de sua outra mão atingiu o lado da cabeça de Black e os dois caíram de costas contra a parede...
Hermione gritava; Rony berrava; houve um relâmpago ofuscante quando as varinhas na mão de Black emitiram um jorro de fagulhas no ar que, por centímetros, não atingiu o rosto de Harry.
O garoto sentiu o braço magro sob seus dedos se torcer furiosamente, mas continuou a segurá-lo, a outra mão socando cada parte do corpo de Black que conseguia alcançar.
Mas a mão livre de Black encontrou a garganta de Harry...
— Não — sibilou ele. — Esperei tempo demais...
Seus dedos intensificaram o aperto, Harry ficou sem ar, seus óculos entortaram no rosto.
Então ele viu o pé de Hermione, vindo não sabia de onde, erguer-se no ar. Black largou Harry com um gemido de dor; Rony se atirara sobre a mão com que Black segurava as varinhas e Harry ouviu uma batida leve...
Ele lutou para se livrar dos corpos embolados e viu sua varinha rolando pelo chão; atirou-se para ela mas...
— Arre!
Bichento entrara na briga; o par dianteiro de garras se enterrou fundo no braço de Harry; o garoto se soltou, mas agora o gato corria para sua varinha...
— NÃO VAI NÃO! — berrou Harry, e mirou um pontapé no gato que o fez saltar para o lado, bufando; o garoto agarrou a varinha, virou-se e...
— Saiam da frente! — gritou para Rony e Hermione.
Não foi preciso falar duas vezes. Hermione, ofegante, a boca sangrando, atirou-se para o lado, ao mesmo tempo em que recuperava as varinhas dela e de Rony. O garoto arrastou-se até a cama de colunas e largou-se sobre ela, arquejante, o rosto pálido agora se tingindo de verde, as mãos segurando a perna quebrada.
Black estava esparramado junto à parede. Seu peito magro subia e descia rapidamente enquanto observava Harry se aproximar devagar, a varinha apontada para o seu coração.
— Vai me matar, Harry? — murmurou ele.
O garoto parou bem em cima de Black, a varinha ainda apontada para o seu coração, encarando-o do alto. Um inchaço pálido surgia em torno do olho esquerdo do homem e seu nariz sangrava.
— Você matou meus pais — acusou-o Harry, com a voz ligeiramente trêmula, mas a mão segurando a varinha com firmeza.
Black encarou-o com aqueles olhos fundos.
— Não nego que matei — disse muito calmo. — Mas se você soubesse da história completa...
— A história completa? — repetiu Harry, os ouvidos latejando furiosamente. — Você vendeu meus pais a Voldemort. É só isso que preciso saber.
— Você tem que me ouvir — disse Black, e havia agora uma urgência em sua voz. — Você vai se arrepender se não me ouvir... Você não compreende...
— Compreendo muito melhor do que você pensa — disse Harry, e sua voz tremeu mais que nunca. — Você nunca a ouviu, não é? Minha mãe... Tentando impedir Voldemort de me matar... E foi você que fez aquilo... Você abandonou Ellie... Você é que fez...
Antes que qualquer dos dois pudesse dizer outra palavra, uma coisa alaranjada passou correndo por Harry; Bichento saltou para o peito de Black e se sentou ali, bem em cima do coração. O homem pestanejou e olhou para o gato.
— Saia daí — murmurou o homem, tentando empurrar Bichento para longe.
Mas o gato enterrou as garras nas vestes de Black e não se mexeu.
Então virou a cara amassada e feia para Harry e encarou-o com aqueles grandes olhos amarelos... À sua direita, Hermione soltou um soluço seco.
Harry encarou Black e Bichento, apertando com mais força a varinha na mão. E daí se tivesse que matar o gato também? O bicho estava mancomunado com Black...
Se estava disposto a morrer para proteger o homem, não era de sua conta... Se o homem queria salvá-lo, isso só provava que se importava mais com Bichento do que com os pais de Harry...
O garoto ergueu a varinha. Agora era o momento de agir. Agora era o momento de vingar seu pai e sua mãe. Ia matar Black.
Tinha que matar Black. Era a sua chance...
Os segundos se alongaram. E Harry continuou paralisado ali, com a varinha em posição, Black olhando para ele, com Bichento sobre o peito.
Ouvia-se a penosa respiração de Rony próximo à cama; Hermione guardava silêncio. Então ouviu-se um novo ruído...
Passos abafados ecoaram pelo chão, alguém estava andando no andar de baixo.
— ESTAMOS AQUI EM CIMA! — gritou Hermione de repente.
— ESTAMOS AQUI EM CIMA... SIRIUS BLACK... DEPRESSA!
Black fez um movimento assustado que quase desalojou — Bichento; Harry apertou convulsivamente a varinha. “Aja agora disse uma voz em sua cabeça”. Mas os passos reboavam escada acima e Harry ainda não agira.
A porta do quarto se escancarou com um jorro de faíscas vermelhas e Harry se virou na hora em que o Profº. Lupin irrompeu no quarto, seu rosto exangue, a varinha erguida e pronta. Seus olhos piscaram ao ver Rony, deitado no chão, Hermione encolhida perto da porta, Harry parado ali com a varinha apontada para Black, e o próprio Black, caído e sangrando aos pés do garoto.
— Expelliarmus!— gritou Lupin.
A varinha de Harry voou mais uma vez de sua mão; as duas que Hermione segurava também. Lupin apanhou-as agilmente e avançou pelo quarto, olhando para Black, que ainda tinha Bichento deitado numa atitude de proteção sobre seu peito.
Harry ficou parado ali, sentindo-se subitamente vazio. Não agira. Faltara-lhe a coragem. Black ia ser entregue aos dementadores.
Então Lupin perguntou com a voz muito tensa.
— Onde é que ele está, Sirius?
Harry olhou depressa para Lupin. Não entendeu o que o professor queria dizer. De quem estava falando? Virou-se para olhar Black outra vez.
O rosto do homem estava impassível. Por alguns segundos Black nem se mexeu. Depois, muito lentamente, ergueu a mão vazia e apontou para Rony. Aturdido, Harry se virou para Rony, que por sua vez parecia confuso.
— Mas, então... — murmurou Lupin, encarando Black com tal intensidade que parecia estar tentando ler sua mente — por que ele não se revelou antes? A não ser que... — os olhos de Lupin se arregalaram, como se estivesse vendo alguma coisa além de Black, alguma coisa que mais ninguém podia ver — a não ser que ele fosse o... A não ser que você tivesse trocado... Sem me dizer?
Muito lentamente, com o olhar fundo cravado no rosto de Lupin, Black confirmou com um aceno de cabeça.
— Professor — interrompeu Harry, em voz alta —, que é que está acontecendo...?
Mas nunca chegou a terminar a pergunta, porque o que viu fez sua voz morrer na garganta. Lupin estava baixando a varinha, os olhos fixos em Black. O professor foi até Black, apanhou a varinha dele, levantou-o de modo que Bichento caiu no chão e abraçou Black como a um irmão.
Harry sentiu como se o fundo do seu estômago tivesse despencado.
— EU NÃO ACREDITO! — berrou Hermione.
Lupin soltou Black e se virou para a garota. Ela se erguera do chão e estava apontando para Lupin, de olhos arregalados.
— O senhor... O senhor...
— Hermione...
—... O senhor e ele!
— Hermione se acalme...
— Eu não contei a ninguém! — esganiçou-se a garota. — Tenho encoberto o senhor...
— Hermione, me escute, por favor! — gritou Lupin. — Posso explicar...
Harry sentia o corpo tremer, não com medo, mas com uma nova onda de fúria.
— Eu confiei no senhor — gritou ele para Lupin, sua voz se descontrolando —, e o tempo todo o senhor era amigo dele!
— Você está enganado — disse Lupin. — Eu não era amigo de Sirius, mas agora sou... Deixe-me explicar...
— NÃO! — berrou Hermione. — Harry não confie nele, ele tem ajudado Black a entrar no castelo, ele quer ver você morto também... Ele é um Lobisomen!
Houve um silêncio audível. Os olhos de todos agora estavam postos em Lupin, que parecia extraordinariamente calmo, embora muito pálido.
— O que disse não está à altura do seu padrão de acertos, Hermione. Receio que tenha acertado apenas uma afirmação em três. Eu não tenho ajudado Sirius a entrar no castelo e certamente não quero ver Harry morto... — Um estranho tremor atravessou seu rosto. — Mas não vou negar que seja um Lobisomen.
Rony fez um corajoso esforço para se levantar outra vez, mas caiu com um gemido de dor. Lupin adiantou-se para ele, parecendo preocupado, mas Rony exclamou:
— Fique longe de mim, Lobisomen!
Lupin se imobilizou. Depois, com óbvio esforço, virou-se para Hermione e perguntou:
— Há quanto tempo você sabe?
— Há séculos! — sussurrou Hermione. — Desde a redação do Profº. Snape...
— Ele ficará encantado — disse Lupin tranqüilo. — Passou aquela redação na esperança de que alguém percebesse o que significavam os meus sintomas. Você verificou a tabela lunar e percebeu que eu sempre ficava doente na lua cheia? Ou você percebeu que o bicho-papão se transformava em lua quando me via?
— Os dois — respondeu Hermione em voz baixa.
Lupin forçou uma risada.
— Você é a bruxa de treze anos mais inteligente que já conheci, Hermione.
— Não sou, não — sussurrou Hermione. — Se eu fosse um pouco mais inteligente, teria contado a todo mundo quem o senhor é!
— Mas todos já sabem. Pelo menos os professores sabem.
— Dumbledore contratou o senhor mesmo sabendo que o senhor é um Lobisomen? — exclamou Rony. — Ele é louco?
— Alguns professores acharam que sim — respondeu Lupin. — Ele teve que trabalhar muito para convencer certos professores de que eu sou digno de confiança...
— E ELE ESTAVA ENGANADO! — berrou Harry. — O SENHOR ESTEVE AJUDANDO ELE O TEMPO TODO! — O garoto apontou para Black, que, de repente atravessou o quarto em direção à cama de colunas e afundou nela, o rosto escondido em uma das mãos trêmulas. Bichento saltou para junto dele e subiu no seu colo, ronronando. Rony se afastou devagarinho dos dois, arrastando a perna.
— Eu não estive ajudando Sirius — respondeu Lupin. — Se você me der uma chance, eu explico. — Olhe...
O professor separou as varinhas de Harry, Rony e Hermione e devolveu-as aos donos. Harry apanhou a dele, espantado.
— Pronto — disse Lupin, enfiando a própria varinha no cinto. — Vocês estão armados e nós, não. Agora vão me ouvir?
Harry não sabia o que pensar. Seria um truque?
— Se o senhor não esteve ajudando — disse, lançando um olhar furioso a Black —, como é que soube que ele estava aqui?
— O mapa. O Mapa do Maroto. Eu estava na minha sala examinando-o...
— O senhor sabe trabalhar com o mapa? — indagou Harry desconfiado.
— Claro que sei — disse Lupin fazendo um gesto impaciente com a mão. — Ajudei a prepará-lo. Eu sou Aluado, esse era o apelido que meus amigos me davam na escola.
— O senhor preparou...?
— O importante é que eu estava examinando o mapa atentamente hoje à noite, porque imaginei que você, Rony e Hermione poderiam tentar sair, escondidos, do castelo para visitar Hagrid antes da execução do hipogrifo. E estava certo, não é mesmo?
Lupin começara a andar para cima e para baixo do quarto, com os olhos fixos nos garotos. Pequenas nuvens de pó se levantavam aos seus pés.
— Você poderia estar usando a velha capa do seu pai, Harry...
— Como é que o senhor sabia da capa?
— O número de vezes que vi Tiago desaparecer debaixo da capa... — disse, fazendo outro gesto de impaciência com a mão. — A questão é que, mesmo quando a pessoa está usando a Capa da Invisibilidade, ela continua a aparecer no Mapa do Maroto. Observei vocês atravessarem os jardins e entrar na cabana de Hagrid. Vinte minutos depois, vocês saíram e voltaram em direção ao castelo. Mas, então, iam acompanhados por mais alguém.
— Quê? — exclamou Harry. — Não, não íamos!
— Eu não podia acreditar no que estava vendo — continuou o professor, prosseguindo a caminhada e fingindo não ter ouvido a interrupção de Harry. -Achei que o mapa não estava registrando direito. Como é que ele podia estar com vocês?
— Não tinha ninguém com a gente!
— Então vi outro pontinho, andando depressa em sua direção, rotulado Sirius Black... Vi-o colidir com você; observei quando arrastou dois de vocês para dentro do Salgueiro Lutador...
— Um de nós! — corrigiu-o Rony, zangado.
— Não, Rony. Dois de vocês.
Ele parou de andar, os olhos em Rony.
— Você acha que eu poderia dar uma olhada no rato? — perguntou com a voz equilibrada.
— Quê? — exclamou Rony. — Que é que o Perebas tem a ver com isso?
— Tudo. Posso vê-lo, por favor?
Rony hesitou, depois enfiou a mão nas vestes. Perebas apareceu, debatendo-se desesperadamente; o garoto teve que segurá-lo pelo longo rabo pelado para impedi-lo de fugir. Bichento ficou em pé na perna de Black e sibilou baixinho.
Lupin se aproximou de Rony. Parecia estar prendendo a respiração enquanto examinava Perebas atentamente.
— Quê? — repetiu Rony, segurando Perebas mais perto com um ar apavorado. — Que é que meu rato tem a ver com qualquer coisa?
— Isto não é um rato — disse Sirius Black, de repente, com a voz rouca.
— Que é que você está dizendo... É claro que é um rato...
— Não, não é — confirmou Lupin calmamente. — É um bruxo.
— Um Animago — disse Black — que atende pelo nome de Pedro Pettigrew.


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Notas finais do capítulo

Eu só estou postando porque tem leitoras que merecem. Por favor comentem! Não iria postar, mas não quero desistir da fic, porque ela tem futuro, mas preciso saber se tem gente que a apoia!
15 favoritamentos, e recebi só dois reviews. Muito chato isso.

Leitoras fantasmas APAREÇAM !



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