Erro escrita por Sweet rose


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Então a nossa Felicty deu o primeiro passo, mas como será de agora em diante?



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Quarta-feira, eu não me lembro bem do que aconteceu depois do beijo. Lembro dele me afastando, de alguma coisa saído da sua boca tipo ‘erro’ eu correndo e me trancando no meu quarto, uma atitude muito madura da minha parte, diga-se de passagem.

Isso era sexta à noite. Ouvi vagamente a porta da sala sendo fechada, mais uma noite que eu não dormi, e a única coisa que eu fazia era agradecer por ser sexta e eu poderia tentar recuperar meu orgulho em cacos até velo de novo no porão do clube à noite.

Lá para as onze Caio e Daniel passaram para deixar meu carro, e acharam uma amiga triste e acabada. Mas se tem uma coisa que o Caio sabe fazer é dar o meu devido espaço e se eu precisasse ele daria um jeito de aparecer.

Quando eu cheguei ao clube, tinha atarraxado no rosto uma falsa serenidade. Mas foi inútil, Oliver já tinha saído para a ronda, e quando ele voltou, eu já tinha ido embora. E isso se repetiu no domingo.

Segunda de manhã cheguei em meu horário habitual, apesar de não querer dar de cara com Oliver, também não queria dar motivo para Isabel me irritar em um momento tão frágil. Quando Oliver chegou fui entregar sua agenda com as mudanças do dia. Ele não me olhou no rosto, quase me ignorou, o que fez a minha ferida sangrar um pouco mais.

Diggle que não é bobo, já tinha percebido o clima esquisito e perguntou:

–Tem algo que eu deva saber?

Em uni som eu e Oliver quase gritamos:

–Não!

–Ok, quando vocês resolverem me contar, estou pronto!

Sai deixando o C.E.O. e seu Motorista/guarda-costas/confidente/melhor amigo juntos, não queria saber se ele ia contar ou não.

Segunda, terça e a manha da quarta-feira passaram voando, e pela primeira vez eu podia agradecer Isabel de coração, por me dar tanto trabalho, relativo ao jantar. Já no Porão eu nem via o Oliver, pois seguia a rotina de eu chegava ele já tinha saído, ele retornava eu já tinha ido embora.

Mas era quarta-feira e eu não tinha nenhuma roupa para a bendita festa beneficente que ia ser na quinta, e nas poucas vezes que o Sr. C.E.O. teve o trabalho de dirigir-se a mim foi para avisar que era indispensável há minha presença.

Foi quando a recepção me avisou que um tal de Caio estava a minha procura, como não tinha ninguém por ali, já que era hora de almoço, eu resolvi deixar meu amigo subir.

Estava eu em meio a papeis e convites, e pesquisar e tal, quando Caio me deu um susto:

–Pronta?

Papeis voaram, minha caneta caiu da minha boca e um pequeno grito se pode ouvir.

–Caio!- Olhei para ele com uma cara feia.

– O que foi?- Ele com a maior cara de inocente do planeta. –Pronta?

–Como assim pronta?

–Vamos almoçar?!

–Agente combinou algo?- Procurei na memora tentando já bolar uma desculpa para que ele não ficasse muito chateado.

–Não, mais sei que você tem uma festa para ir, e dada a sua cara no sábado me arrisco a dizer que ainda não tem roupara para ocasião.

Como podia, quase sete anos sem se ver direito e ele me conhecia tão bem? Não pude evitar, me levanto e me jogo no colo dele e digo um:

–Eu te amo!- Naquele momento Oliver saia junto com Diggle do elevador. Eu meio sem jeito olhei para todos e por fim resolvi apresentar Diggle para meu amigo.

–Caio, o Sr Queen você já conhece, mas o John Diggle ainda não. Diggle esse é o Caio Petry meu amigo de Gothan.- Me virei para Oliver, seus olhos estavam frios como pedras. –Eu estou indo almoçar, algo que eu possa fazer para ajuda-lo Sr Queen?

–Não.- Passou por mim e entrou em sua sala. Diggle nos cumprimentou com a cabeça. E eu peguei minha bolça e meu orgulho ferido e atarraxado uma cara de muitos amigos, sai de braços dados com Caio.

Quinta à noite eu estava terminando de me arrumar, quando o interfone tocou e era Daniel, peguei rápido a minha clut e sai já que depois de ver o que ele queria ia direto para festa.

Quando cheguei lá em baixo, me deparo com um Maserati Quattroporte S branco e Daniel com um com terno, camisa e gravata pretos, era difícil saber qual dos dois era mais bonito.

–Um cliente do bar me devia um favor. - Ele falou isso abrindo a porta de traz do carro.

Não demorou muito e já estávamos na frente do hotel onde iria ocorrer o evento:

–Quando você quiser ir embora é só me ligar em cinco minutos eu estou aqui.- Daniel saiu do lugar de motorista e abril a porta para que eu pudesse descer. Eu estava com borboletas no estomago e minha cabeça rodava um pouco, eu fazia agradecimento mental há Daniel por ter me trazido.

Uma estranha sensação de estar sendo observada me invade, eu levanto o meu olhar, e de repente nossos olhares se encontra, em seu olhar uma mistura de admiração, surpresa e algo que eu não sabia explicar.

Eu estou com vestindo um tomara que caia em azul marinho longo, com um colar que faz de junção com o vestido. Eu queria uma coisa mais simples, mas Caio insistiu para ser esse, e eu não estava com animo para brigar. Usava um scarpin nude, meus cabelos estavam presos em um coque solto, dando um ar casual e minha maquiagem era leve, porém bem feita. Sem modéstia eu tinha ficado bonita, mas nem de longe eu tinha ficado tão bonita quanto à maioria das mulheres ali presentes. Altas, magras, rostos esculpidos por Vênus. E eu, era só eu! A antiga TI, ‘promovida’ à assistente do C.E.O. Oliver Queen. E naquele momento era com uma das mulheres com cara de modelo que Oliver estava com um de seus braços entorno.

Subi as escadas passando pela porta principal sem manter contato visual com Oliver. As horas passaram arrastadas, eu encostada em um canto sem fazer nada. Vez ou outra algum rapaz vinha me cumprimentar, mas eu logo dava um jeito de afasta-los. Era quase meia noite quando resolvi que já tinha desempenhado o meu papel adequadamente, fui atrás do meu chefe, para avisar que já estava de saída. Encontro ele se atracando com uma mulher qualquer.

Me viro para sair de lá antes que me notassem, quando ouço Oliver, surpreso:

–Felicity?!

Ainda virada respiro uma vez mais, seguro minhas lagrima, boto um sorriso que estou longe de sentir, no rosto, e me viro:

–Desculpe atrapalhar, só o estava procurando para avisar que estou indo embora e saber se o senhor quer mais alguma coisa de mim. –porque meu orgulho, meu amor e minha sanidade mental já estão em uma bandeja aos seus serviços há muito tempo (faço uma nota mental que me deixa a ponto de explodir em lagrimas, mas me seguro mais uma vez).

–Eu preciso falar com você. –Ele fala isso enquanto a modelo que ele estava beijando não desgruda do seu braço.

–Algo relativo à festa, ou o trabalho de amanhã?

–Não exatamente.

–Então acredito que possa esperar.- Falo isso com um sorriso quase se desmanchando. Me viro e me despeço de costas.

Saio com passos apressados e quando chego à calçada lembro que não estava de carro.

–Merda!

Não tinha tempo de ligar para o Daniel, eu resolvi sair andando e pegar um táxi no caminho.

Ouvi alguém no fundo me chamando, não reconheci a voz, minha cabeça estava muito cheia para pensar em voz, mais não me virei para reconhecê-lo. Aprecei o passo nas ruas mal iluminada da cidade.

Não percebi quanto tempo tinha andado, ou quanto tinha chorado, muito menos de onde aquele sujeito tinha aparecido só notei quando ele apontou uma faca para mim. Ele dizia algumas coisas sem sentido. Eu joguei minha Clut no chão mais ele não a pegou, começou a rir de mim, e foi chegando mais perto, quase se esfregando. Eu sentia o cheiro de álcool em seu hálito. E me perguntava porque tantos anos de defesa pessoal se sempre que eu preciso eu travo, e não consigo usar nada para me defender?

Foi quando um silvo passou pelos meus ouvidos e uma flecha atingiu o ombro do homem que caio aos gritos no chão. Não precisei ver que ele estava atrás de mim para senti-lo. Virei-me, abrasei e me aconcheguei em seu peito. Ele disparou uma flecha e me agarrou em seus braços, em segundos estávamos em um telhado de um prédio.

–Felicity você esta bem? – Ele levantou meu rosto e só então notei que estava chorando. Balanço a cabeça em sinal de aprovação. – Diggle, achei a Felicity, vou leva-la para casa.- Passa alguns instantes enquanto Diggle falava do outro lado da linha.- Ok, passarei o recado.

Descemos e encontramos um de seus carros quase invisível encostado em um beco. Não falamos nada por um tempo. Ele já tinha tirado a mascara e o capuz agora estava apenas com a calça do vigilante, ninguém podia reconhecê-lo.

–Estamos procurando por você há horas. - Sua voz era brava, mas contida.

– Desculpa. - Pisco duas vezes. –Horas? –Ele assente com a cabeça, acho que estava muito bravo para falar. – Daniel.

Ele me olha com mais raiva ainda.

– Eu fiquei de ligar para ele para me buscar, mas esqueci, ele deve esta preocupado.

Oliver pega minha clut do chão do carro, não sei que horas ele conseguiu resgata-la, mas estava feliz de tela de volta. Meu celular, minha carteira de motorista, a chaves e o documento do meu carro estão dentro dela.

Pego meu celular e disco para Daniel:

–Felicity?- sua voz era desesperada.

–Desculpa a festa durou mais que o esperado, não pude voltar antes.

–Onde você esta?

–Não se preocupe Oliver esta me levando em casa. Amanhã nos falamos. Mande um beijo para o Caio.

–Ok! Não me assuste assim de novo.

–Ok, e mais uma vez me desculpa.

Quando desliguei meu celular estávamos parando enfrente ao meu apartamento.

–Diggle mandou avisar que da próxima vez que você fizer algo assim ele vai te prender no porão e não vai mais deixa-la sair.

Aquela ameaça vazia me fez sentir cuidada e amada. Era um sentimento bom. Não pude deixar de colocar um sorriso no rosto. Um sorriso que foi retribuído por Oliver.

Mas o sorriso durou pouco:

–Achei que fosse acompanhada com o seu amigo Caio.- De novo o jeito que ele proferiu o nome do Caio me machucou, eu não entendia o porque de tanta raiva.

–Não, ele estava trabalhado. Então o namorado dele resolveu me levar.

–Namorado?

–É, ele e Daniel estão juntos a mais ou menos três anos.

Oliver ficou me encarando como se eu fosse um animal exótico, eu não sabia mais o que dizer, e decidir sair do carro e ir para meu apartamento. Movimentos bruscos, eu estava cambaleando em pé quando o seus braços me sustentaram.

– Acho melhor eu te acompanhar.

Quando entrei em casa, sentei no sofá, e o encarei. Ele ainda estava só com a calça de arqueiro, seu peito estava nu, eu podia ver cada cicatriz daquele belo homem. Minha vontade era beija-las e fazer com que aqueles cinco anos na ilha pudessem só ser uma lembrança ruim e que havia motivos para ser feliz, mas sempre, mesmo quando abria o maior sorriso que era capaz, ali no fundo dos olhos verdes tinha uma tristeza.

Eu lembrei do motivo da minha fuga da festa, e aquilo voltou a doer, como se tivesse revivendo a cena:

–Desculpe-me.

–Por quê?

–Por preocupa-lo, por fazer você correr a cidade atrás de mim, por ter estragado a sua noite com aquela modelo...Por ter te beijado.

Ele ficou mudo por um tempo.

–Desculpe por ter sido grosso, por ter me afastado, por aquela mulher, por estar com ciúmes de você.

Ok. Confesso, precisei de um tempo para entender as ultimas palavras.

Levantei de um susto.

–Acho melhor ir tomar um banho, fique...quer dizer fique à-vontade, tem alguns moletons que podem te servir no meu guarda roupa, como eu disse à-vontade.

Fui ao banheiro, eu não sabia o que fazer com aquela informação, um cara como Oliver que tem todas as mulheres, porque se interessaria por mim. E teve aquela vez depois da Rússia que ele disse que não podia se envolver com pessoas que ele se importava. Eu era essa pessoa? E agora que ele achou que ia ficar com outro ficou com ciúmes?

Deus! Que homem mais complicado!

Saio do banheiro secando o meu cabelo com uma toalha e usando uma camiseta do Back Saba e uma calça bailarina preta. E na berada da cama esta um Oliver com um moletom ao seu lado e olhando intrigado alguma coisa.

Eu quase tenho um ataque quando percebo que o que ele tem nas mãos é meu álbum das escolas.

–O que é isso?

–Um álbum.- Eu pego o meu livro da mão dele. Ele pega de volta, me fazendo desequilibrar e cair em seu colo. Ele me agarra pela cintura me impede de sair, deixando meu o livro cair no chão e me prendendo contra ele.

–Alguma coisa que eu não possa ver?- Fala essas palavras com uma voz sedutora no meu ouvido. Sinto a sua barba roçando da minha orelha. Ele só podia querer me enlouquecer.

Oliver vira o meu rosto para o dele e me beija. Um beijo cheio de ternura e carinho. Eu me derreto em seu colo. Ele era o que eu precisava, seus braços eram o mais próximo de um paraíso que eu iria encontrar.


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Notas finais do capítulo

Eu só tenho a agradecer pelos cometários, só me fazem querer escrever mais e mais.
E ai o que vocês estão achando? Espero que estejam gostando.
Se não, eu aceito sugestões.
Bjs e até o próximo capítulo.



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