The Rebellion

Gregory MacKienze

Greg acordou com os gritos de seu irmão, Patrick.

– Hey, Patrick, você não vai ser escolhido! Seu nome vai estar lá pela primeira vez! – disse Greg, o confortando.

– Eu sei, Greg, mas você também pode ser escolhido! – choramingou o garotinho.

– Eu não vou ser escolhido, Patrick. Agora, volte a dormir. – disse Gregory.

Greg ficou lá até Patrick dormir. Depois que seu irmão adormeceu, ele se vestiu e saiu para caçar. Hoje era a Colheita. O dia em que dois habitantes do distrito 12 recebem seu “atestado de morte”.

Gregory perdeu seu pai quando tinha quatro anos. Os MacKienze só ficaram vivos, pois sua vizinha lhes ajudavam. Quando fez doze anos, Greg começou a caçar. Em um dia de neve, ele se esbarrou com Hazel, sua melhor amiga, na floresta. Desde então, os dois caçam juntos. O pai de Hazel também havia morrido.

Greg chegou mais cedo que Hazel no local. Ele pegou seu Arco e ficou procurando algo para acertar. Achou um peru selvagem. “Meu almoço vai ser bom hoje!” ele pensou.

Quando estava quase acertando o bicho, algo o interrompeu.

– Você está doido, MacKienze? – perguntou Hazel, o fazendo errar o bicho.

– Droga, Hazel. Agora só tenho dois esquilos! – ele disse bravo.

– Hoje é dia de Colheita, bobão. Se os Pacificadores te pegam, você morre na hora.

– Eu não ia vender no Prego, eu ia levar para Patrick. – disse Greg.

– Certo. Você não sabe o que eu consegui! – ela disse, e jogou uma sacola em Gregory. Pães.

– Hazel, onde você conseguiu isso? – perguntou ele, feliz e assustado.

– Tenho meus contatos! – ela brincou.

Greg pegou umas frutinhas e deu para Hazel colocar no pão dela. Quase nunca faziam isso. Quando acontecia, era algo divino.

– Estou com medo. – Hazel disse.

– Do que? – perguntou Greg e deu uma mordida em seu pão.

– De ser escolhida!

– Você não vai!

– Como tem tanto certeza? – ela perguntou e ele se calou. – Sabe quantas vezes meu nome está naquela merda?

– Hazel...

– 45 vezes. Greg, minhas chances são muito grandes! – ela disse.

– Hazel, tem garotas com o nome lá mais de 60 vezes! Não vai ser você! – ele disse, já nervoso.

– Mas...

– Mas nada! E se você for, eu me ofereço e vou junto com você. – ele disse e ela o abraçou.

Não era um abraço amoroso, era um abraço reconfortante. Um abraço que ele precisava naquele momento.

– Não vou deixar que nada, nada, aconteça com você! – ele disse.

...

Depois de ficar mais um pouco com Hazel, Greg resolveu ir para casa. Ele precisava se arrumar para Colheita.

– Patrick, você vai arrasar vários corações! – ele brincou com o irmão.

– Cala a boca, idiota! – disse Patrick, dando-lhe um soquinho na barriga. Em instantes, os dois já estavam “lutando”.

– Meninos! Parem com isso. Greg, vá se arrumar! – Rosana disse, rindo da cena.

– Estou indo, senhora Mandona. – Greg se desvencilhou de Patrick e foi para o quarto.

Ele tomou um banho e vestiu uma blusa branca e uma calça surrada bem antiga dele.

Estava pronto para a Colheita.

Annalise Singer

Annalise acordou bem cedo. Hoje era dia de Colheita.

Seus pais estavam dormindo, ela iria pegar algumas frutas para vender no Prego. Ela saiu de casa sem fazer nenhum barulho. A morena nasceu na Costura. Já passara vários períodos de fome. Seu pai, Marco, trabalhava nas minas e sua mãe, Maybel, que trabalhava em uma botica local.

Mesmo sendo bem cedo, a Costura já estava com muito movimento. Anna observava cada rosto, cada pessoa.

Depois de passar pela cerca, ela foi pegar as frutas. Chegando lá, viu um menino, devia ter sua idade, talvez um ano mais velho. Ele estava com um Arco, mirando em um peru selvagem. Quando ele ia acertar o bicho, uma garota morena chegou dizendo:

– Você está doido, MacKienze?

– Droga, Hazel. Agora só tenho dois esquilos! – o garoto disse, parecia nervoso.

– Hoje é dia de Colheita, bobão. Se os Pacificadores te pegam, você morre na hora. – disse a garota cujo nome era Hazel

– Eu não ia vender no Prego, eu ia levar para Patrick. – falou o menino.

– Certo. Você não sabe o que eu consegui, Greg! – Hazel disse, e atirou uma sacola em Greg. Parecia ser pães.

– Hazel, onde você conseguiu isso? – perguntou ele, feliz e assustado.

– Tenho meus contatos! – ela brincou.

O garoto, Greg, estava indo em direção ao arbusto de Annalise. A garota, com medo e vergonha, saiu correndo.

Ela foi direto para o Prego, vender suas frutas. Conseguiu vender a maioria. Tinha dinheiro para uma semana.

Quando saiu de lá, encontrou com sua melhor amiga, Diana.

– Hey. – ela disse.

– Oi. – respondeu Diana. – Preparada para Colheita?

– Acho que sim, e você?

– Bom, eu não quero ser escolhida. – disse Diana, rindo. – Mas estou sim.

– Vou me arrumar, nós vemos depois daquele inferno. – Annalise disse.

...

Seus pais a receberam com um bom almoço, algo incomum naquela casa. Eles estavam felizes, parecendo não se lembrar da Colheita.

– Preparada para hoje, filha? – perguntou seu pai, sorrindo.

– Acho que sim. Sei que não vou ser escolhida! – ela disse.

– Com certeza! – disse sua mãe.

...

Effie já estava com sua peruca tradicional. Dessa vez, era azul. Azul como o mar, azul como o céu.

– Olá... – ela disse batendo no microfone para ver se ele funcionava. – Olá distrito 12! Como estão? – Greg bufou.

“Quem estaria bem agora?” ele pensou.

– Bom, trouxe um vídeo da Capital para vocês! – ela disse, sorrindo.

Greg e Annalise tiveram que agüentar toda chatura daquele “Guerra, uma guerra terrível”

– “É assim que lembramos nosso passado. E é assim, que guardamos nosso futuro.” – Effie repetiu. – Isso é tão lindo, não?

– Me tirem daqui... – murmurou Anna.

– Agora, vamos escolher a garota que vai ter a honra de representar o D12! – Effie falou e foi até o aquário. Rodou a mão até pegar um papelzinho lá no fundo. – Annalise Singer!

Annalise não podia acreditar. Ela iria para Arena.

– Cadê a Annalise Singer? – perguntou Effie.

Anna levantou seu braço. Quando estava indo, sentiu alguém segurar sua mão. Diana.

– Eu juro que volto! – ela sussurrou e foi até o palco.

– Bom, o garoto é... Gregory MacKienze! – Anna se assustou. Era o garoto que ele vira mais cedo.

Greg queria começar a chorar, mas um chorão não consegue Patrocinadores. Ele olhou para Hazel. Ela estava em prantos agarrada com Patrick.

– Bom, aqui está os tributos do distrito 12! – disse Effie. – Uma salva de palmas para eles!

Ninguém aplaudiu. Eles fizerem o sinal dos três dedos. Uma rebelião estava para começar.