O castelo é tão bonito;

Mas não posso esconder;

Que quando os portões ;

Se abrem é;

Mais bonito de se ver.

Mas não posso aproveitar;

Já que ele está aqui.

Mais essa noite vou;

Ser mais forte do sou.

Saio cantarolando do meu quarto, cantar é uma das coisas que me deixam aliviada e feliz, posso cantar o que eu quiser me expressar de uma maneira que nunca conseguiria com palavras. Minha barriga ainda está embrulhada por conta da ansiedade. Acho que estou nervosa de mais. Vou descer as escadas, mas para aliviar a tensão, desço do jeito que Anna me ensinou, subo e sento no corrimão me ajeito e deslizo pelos apoio dos braços, é tão divertido que me permito dar algumas risadas,o vento vai batendo no meu rosto e coloco as mãos pro alto. Quase no fim da escada, pulo para fora antes que bata no enfeite que tem no fim. Ajeito meu vestido e meu cabelo, e dirijo-me para a sala de entrada, aonde vão me anunciar. Começo a repassar o discurso na minha cabeça quando um pé surge na minha frente, e eu acabo tropeçando nele. Caio de joelhos no chão, estou tão constrangida que minhas bochechas ficaram vermelhas, e acabei ignorando a mão que tentou me ajudar a levantar.

–Oh, mil perdões vossa alteza. Um minuto, eu conhecia essa voz. Virei-me para ter certeza de quem era. Claro, só podia ser ele.

–Não foi nada Senhor Aron, eu é que estava distraída. Minha voz saiu um pouco baixa demais, pois estava muito ocupada olhando aquele seus olhos tão Azuis.

–Não me chame de senhor, não sou casado. - Ele sorriu. -Que tal apenas Aron?

Eu ainda estava olhando para ele, mas agora o que me tirava a atenção era o seu sorriso, tão branco.

–Hãã... - Me senti uma completa idiota naquela hora. - A claro senhor... Quer dizer Aron. Eu sorri tentando esconder minha vergonha. - Vamos fazer assim, você pode me chamar de Elsa,e eu o chamo de Aron, que tal?

–Ótima idéia, Voss... Elsa. Ele sorriu e esticou seu braço para tocar minha mão, logo ele a puxou e levou até seus lábios e a beijou.

–Nos vemos no baile, Elsa. - Aron largou minha mão e se encaminhou para o lado da onde eu estava vindo.

Eu fiquei atônica, por um lado estava muito envergonhada de ter feito esse papelão na frente dele, mais por outro... Estava tão radiante, será que nós poderíamos... Eu e ele? Afastei esse pensamento, estou ficando louca, da onde já se viu, se bem que, não é uma má idéia...

Chegando à Sala, encontrei Aurey, ela estava com uma caixa pequena nas mãos e batia os pés, impaciente, quando me viu soltou um gritinho de excitação e acenou pra mim para que me aproxima-se.

–Feche os olhos! Ela falou animada.

–Por quê?-Perguntei ficando curiosa.

–É surpresa, agora fecha!Fecha!-Sem perguntar de novo, fechei os olhos, ouvi algo cair no chão, deveria ser a tampa da caixa, depois de alguns minutos de angustia, senti algo frio ser colocado no meu pescoço. E mãos que não eram de Aurey acariciar meus ombros.

–Pode abrir. - Uma voz rouca falou em meu ouvido e me arrepiei dos pés a cabeça. Abri meus olhos e olhei meu reflexo no espelho, mas eu não estava sozinha. Hans também estava nele.

Prendi a respiração e contei até três

–O que você... -Um. -Esta fazendo... Dois. - AQUI? Três. Soltei o ar que estava nos meus pulmões e tentei manter a calma.

–Não é obvio? Vim entregar o meu singelo presente para a minha querida alteza. -Não senti tom de ironia na voz dele, mas quando ele falou minha o embrulho no estomago voltou mais forte do que antes.

–Obrigada, mais eu não quero nada que venha de você Chefe Hans.-Falei, sendo mais grossa que eu poderia ser em toda a minha vida.

–Que pena, esse colar combinou tanto com seu vestido, seu rosto, e principalmente seus olhos. -Ele sorriu e colocou seu queixo em meu ombro.Senti sua barba roçar aquela parte de pela nua. Eu não sabia o que fazer, será que eu dou um soco na cara dele? Ou quem sabe congelar ele? Não isso iria me render vários problemas. Oh meu deus, o que eu faço? Eu estava tão assustada com a idéia de ele estar perto, perto até demais, por que eu sempre ficava assim? Sem saber o que fazer?

–Por que ao invés de ficar dando patadas em mim, você não aprecia o seu presente?-Ele colocou suas mãos em meu colar e senti seu corpo mais perto do meu. Fiquei paralisada. Olhei para o espelho e via um sorriso em seu rosto, mais eu, eu estava branca.

–Não é lindo? Eu mesmo escolhi, sabe dês da ultima vez que nos vimos, eu nunca consegui esquecer a cor dos seus olhos... - Hans falou tirando a mão do colar e passando seu polegar pela minha bochecha direita. Eu estava ficando confusa, Hans tentou me matar, ME MATAR! Ele não poderia estar gostando de mim. Há! Mas é claro, como não pensei nisso antes? Ele só estava me confundindo, igual ele fez com Anna, mas dessa vez eu não ia o deixar ele machucar minha família, não ia deixar ele me machucar de novo.

–Pronto, já deu seu presente. -Eu me esquivei dele e dei um passo para o lado. -Agora, que tal ir para o salão, como todos os outros convidados?-Falei ríspida.

–É claro, espero que use o colar essa noite. -Falou um pouco decepcionado com a minha fuga.

–Não lhe prometo nada.

–Como quiser alteza. -Ele me reverenciou e saiu, o acompanhei com os olhos até ter certeza que ele havia ido embora.

Minhas pernas estavam bambas, eu não conseguia me manter em pé, olhei ao redor, a sala estava com flocos caindo do teto. Como ele pode ser tão cara-de-pau assim? Vir aqui e me entregar um colar, dizer que sou bonita? A por favor, parece que ele esqueceu que tentou me matar, mas EU não esqueci.

Recompus-me, mas antes de ir ao salão, a curiosidade me venceu e dei uma olhada no colar, com Hans aqui nem pude aprecia-ló.

Esse colar era a jóia mais bonita que eu já havia visto. Tinha várias pedrinhas transparentes, elas iam descendo em uma mini pirâmide, que termina em um diamante,tinha o tamanho de uma pétala de rosa, era o maior que eu já havia visto. Eu não sei da onde Hans tirou tanto dinheiro para comprar essa jóia. Eu sabia que as Ilhas do Sul eram ricas, mas...

Não seria sacrifício usar, alias ninguém sabe que foi ele quem me deu.

–E recebam com aplausos, nossa querida rainha, ELSA!-Quando Jacques terminou a apresentação, as portas se abriam e eu entrei no salão. Ele estava impecável, como sempre. Dessa vez, as fitas eram das cores rosa, vermelha e dourada, estavam espalhadas pelo teto, as mesas cheias de aperitivos estavam no canto, para que as pessoas pudessem dançar , e os músicos na porta de entrada. O lustre foi polido e brilhava muito. Andei até meu trono sorrindo e acenando para as pessoas, cumprimentei algumas, dei minha benção para algumas crianças, estava realmente me sentindo muito bem, nem parecia que havia de ter encontrado Hans. Quando cheguei em meu trono vi Anna, ela estava realmente muito linda, seu vestido era um verde piscina muito bonito, ia até a canela também, ele tinhas alças mais grossas e valorizava sua cintura, e seu cabelo estava solto e enrolado, ela sempre conseguia ficar mais bonita do que já é, Kristoff estava também muito bonito, um terno preto com gravata borboleta, ela deveria ter feito ele usar , eles sorriram pra mim e eu sorri de volta.

–Sejam bem vindos. -Comecei a falar e logo todo o salão ficou em silêncio. Esse baile tem o propósito de conhecer nossos novos integrantes. Eu precisarei conhecer cada um para que possamos confiar. -Isso pareceu totalmente irônico vindo da minha parte. E espero que vocês também tenham a oportunidade de conhecê-los essa noite, bom jantar e aproveitem!-O salão aplaudiu e logo uma música suave invadiu a sala fazendo todo mundo dançar.

–Dê quem você ganhou esse colar Elsa?- Anna estava do meu lado, olhando para o colar.

–Hã... Ele apareceu no meu quarto, não sei quem me deu. -Menti, eu não queria mentir para Anna, mas, se ela soubesse que eu estava usando um colar que Hans me deu, ela me mataria.

–Ele é lindo!-Ela olhou admirada para o colar.

–É realmente muito lindo... -Falei com um sorriso no rosto, mas calma, por que eu estava sorrindo? Tratei de tira-ló.

–Vou começar a recepcionar os convidados. -Falei meio desanimada.

–Boa sorte para você, já eu vou dançar com Kristoff. - Ela riu e foi puxar ele para dançar, eu ri com o jeito dele, ele não sabia dançar e pisava no pé de Anna algumas vezes, mas ela ria, e isso o encorajava para dar o seu melhor,ela continuava a dançar até ele pegar o jeito.

Fui para o meio do salão e comecei o meu trabalho. Conheci várias pessoas, suas idades que variavam de 20 a 60 anos, pessoas altas e baixas, gordas e magras, loiras e morenas. Eu simpatizei com a maioria, sempre felizes, eles me recebiam de braços abertos e contavam porque vieram para cá, alguns por causa do dinheiro, outros para mudar de vida, tinha até por motivo de romance.

Estava ficando entediada com a história de Susan, ela me contará que veio para cá, para tentar conhecer o amor de sua vida, ela tinha 24 anos e não se conformava que não tinha nenhum pretendente, ela não era feia, mas era terrivelmente falante, ela não parava, pior que Sofia.

–Com licença Susan, seria que poderia roubar um pouco a rainha para uma dança?-Aron surgiu do meu lado e pegou minha mão e me puxou para a pista, não esperou nem Susan concordar.

–Ela fala pouco não é?-Falou irônico

–Imagina se falasse muito. Ele riu e eu ri

Aron colou uma de suas mãos nas minhas costas e a outra segurava minha outra mão, ele me conduzia perfeitamente pelo salão. Nossos corpos estavam cada vez mais perto, estávamos sempre em sintonia, parecia que sabíamos o que cada um iria fazer, e quando eu olhava aquele seu sorriso, eu ficava cada vez mais encantada com ele. Era forte, gentil, atencioso, inteligente e não posso esquecer,ele era lindo! Será que eu estava ficando... Apaixonada?

–Será que eu poderia interromper essa dança, para começar outra?-Hans se colou na nossa frente e uma de suas mãos foi para meu ombro.