Not so different, After all escrita por Ana Carolina Lattaruli


Capítulo 62
R U Mine?


Notas iniciais do capítulo

URGENTE LEIAM ANTES DO CAP:
primeiramente: cap passado coloquei que ela estava de blusa e short e uma garota perguntou qual era época que se passava a história, então, se prestarem atenção em a origem dos guardiões as pessoas andam de roupas normais, como estamos em um universo alternativo eu juntei tudo, então respondendo a garota (dsclp n sei o nome, n tenho como ver agr) digamos que o normal para Elsa, Merida e pá é usar vestido, mas não são obrigadas a isso, tem vários outros tipos de roupas, tipo a astrid que é meio uma armadura, e Rapunzel que no reino dela vc vê algumas crianças vestidas normais. espero ter respondido sua linda!!
Agora as explicações:
Minha gente, que semana, que mês, que vida complicadinha hein? me desculpem, eu tenho uma desculpa (uma não, várias) Fui postar e deu erro no iphone, dizendo pra eu reparar ele, resumindo: PERDI TUDO. chorei mt mt mt mt mt, maaaasss Deus foi perfeito dnv e me devolveu os livros e a fic, todo o resto foi perdido (contatos, fotos de viagens, foi completamente restaurado) Entãaaaao, dps, como se n bastasse, ainda tinha o ENEM, dps prova, dps umas paradinhs ai, mas agora aqui está!!! e como prometido é grande pra caramba!!!!!!! e tem babados, tretas, só n pude colocar mais treta pq já tá pro próximo cap que será a parte 2 de Two faces - One soul, enfim meus bbs, n vou segurar mais vcs, LEIAM AS NOTAS FINAIS DPS DO CAP!!
APROVEITEEEEMMMMM
BEIJOS GELADOS!! (NÃO DEIXEM DE COMENTAR)
ps: Nome lindo do capítulo, não acham?



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~•~

Pov Merida

Aquilo era como um quebra cabeças cheio de falhas, daqueles que faltam peças principais.

Enche meu peito de angústias e as tira na mesma velocidade.

Olhei ao meu redor, ciente de que Flynn estava me encarando, vez ou outra ele abaixava a cabeça, olhando para a estrada de pedras. Fuligem aparecia em alguns lugares por onde eu caminhava.

E eu olhava ao meu redor, andando para frente, como se eu nunca tivesse feito isso.

O vento batia no meu rosto, possivelmente tentando me manter acordada, mas fazia o efeito contrário.

As pessoas de Berk eram diferentes, grandes.

Frias e ao mesmo tempo quentes demais.

E eu era intermediária.

Isso é real ou está tudo na minha cabeça?

–Sabe, você pode conversar comigo, mesmo eu não te conhecendo realmente. - Flynn fala e me olha, me estudando, de uma forma séria que eu nunca tinha visto partir dele antes.- Me fala, o que está acontecendo?

–Tudo. É isso que está acontecendo. - digo, quase que brigando comigo mesma. - eu não deveria estar aqui.

–Merida, seus pais estão bem, sério, você fez bem em vir até aqui, se tivesse continuado lá é que seus pais estariam em perigo. - ele me encara e já havíamos parado de andar, estávamos em uma espécie de píer, de onde eu via o grande mar azul que se misturava com o céu.

–Você não entende, essa coisa é perigosa, pode estar onde quiser, inclusive em nossas mentes, porque não estaria agora mesmo maltratando meus pais? - suspiro, encarando o chão.

–Merida - ele me chama e sorri com o canto da boca, dando aquele olhar engraçado e sincero ao mesmo tempo que só ele sabe dar - nunca estaremos completamente a salvos do que existe no mundo. Se você pensar dessa maneira, jamais será livre.

O observo, todas as suas feições, delicadas como o vento e diferentes como qualquer sentimento.

Elas eram tão únicas nesse momento, como se ele tivesse assumido sua parte mais madura, que eu nunca pensei que ele tivesse.

E isso me irrita sem motivo aparente.

–O que você sabe sobre liberdade? Passou a vida inteira procurando brigas, estava fugindo quando nos encontramos, acha que sou burra? Certeza que você é um encrenqueiro, pelo jeito que Rapunzel e Jack te olhavam...

Balanço a cabeça.

–Eu sou mesmo um encrenqueiro, sempre fui. - ele me para quando ameaço andar para o outro lado. - e sobre liberdade? Eu não entendo mesmo, mas do que adianta tentar entender se você nunca vai achar enquanto ficar pensando em uma definição? - ele alterava o tom de voz, falando essa última em um tom mais alto, irritado.

–Olha - digo abaixando meu tom que também havia ficado alto nas falas anteriores - eu acredito em destino, a única coisa que quero saber é o porquê de eu estar aqui, e isso só o tempo vai dizer, não você. - digo dura, e não entendo essa coisa que cresce em meu peito, continuadamente, como as batidas aceleradas de um coração quebrado, quebrado como vidro, que também sabe cortar.

Mas que não quer de jeito nenhum machucar alguém, mais do que já machucou pessoas ao meu redor anos atrás.

–Eu só queria ajudar, mas você é cabeça dura demais, teimosa e irritante e olha que mal te conheço, que bela primeira impressão você dá nas pessoas, hein? - ele ajeita o cabelo para trás com as pontas dos dedos, olha para trás, depois para mim e balança a cabeça. - Eu desisto.

–Ótimo. - retruco, e começo a andar, passando por ele.

Sinto seu olhar sobre cada passo meu e sinto sua mão agarrar meu braço, me puxando levemente para trás, me fazendo parar.

Ele inclina-se para perto de mim mas eu não o estou olhando.

–Eu desisto de tentar por algo na sua cabeça - ele diz baixo - mas não desisto da sua amizade, você não é o tipo de pessoa que faz os outros desistirem fácil.

Me desvencilho e continuo andando, sentindo aquelas palavras derreterem dentro de mim, como gelo em copo d'Água, lento e gradualmente, tornando-se parte do meu ser, tornando-se água, escorrendo pelo meu pensamento e transformando-se em um arrepio grande, intenso demais para não ser notado.

Mas ninguém notou.

~•~

Pov Rapunzel

As flores cresciam com uma coloração diferente a cada rua.

Não que houvesse muitas flores ali, vivas, normais, sem serem queimadas ou comidas por dragões.

E sim pela infinidade de diferenças entre cada uma.

Era tão lindo que deixava qualquer resquício de qualquer tristeza para trás.

Eu estava perto de uma espécie de praça, possivelmente aonde eu não deveria ficar muito tempo parada, pois muitos dragões passavam por lá.

Tudo ali era encantador, quase tanto quanto o reino a qual eu pertencia, mas dali de cima daquela torre eu não via muita coisa, então aqui ganhava em questão de elemento surpresa.

Subo em cima de uma fonte d'Água bem no meio da praça, e a visão era ainda mais bela, os morros de árvores no horizonte, as flores espalhadas por toda Berk, um dragão vindo diretamente em minha direção...

–Ei! - alguém grita no momento em que ele passa pela minha cabeça, quase me acertando. - Cuidado sua doida!

–Ela quer morrer? - uma outra voz fala alto e percebo que as duas vêm do mesmo dragão, que agora está se recuperando do puxão que eles devem ter dado para não me acertar.

Estou de joelhos no chão, caída em posição de defesa, devo ter caído na hora em pulei pro chão pra me salvar, mas acabei tropeçando.

Meu senso de espaço é meio comprometido.

–D-Desculpa, eu não queria atrapalhar vocês e... - Olho para eles, para o dragão mais especificamente, não era um, era dois, mas era um, quer dizer... Era um só, com duas cabeças.

Um corpo, e duas cabeças saindo de cada lado do corpo.

Era a coisa mais estranha que eu já havia visto na minha "vida de alguns dias".

E olha que eu já havia visto muita coisa estranha.

–Qual é? Vai terminar a frase não? - a voz que estava na cabeça da direita, fala.

–Tá tá, a gente desculpa, e blá blá blá, qual seu nome, belezinha? - a voz da cabeça da esquerda, fala, e o vejo descendo do dragão e dando-lhe um tapinha enquanto olhava fixamente para mim.

Volto ao mundo.

Estava tão concentrada em como era o dragão que esqueci até de levantar e correr enquanto eu ainda tinha tempo.

Mas agora já era.

–Meu nome é... - a pessoa da outra cabeça desce enquanto eu começo a falar, e anda até perto do que imagino ser o irmão. Porque eles eram parecidos para caramba. - é...

–Fiz uma pergunta muito difícil? - o garoto fala, ele tinha um cabelo loiro, grande, bem grande para garotos normais, mas quem sou eu para falar não é? Ele usava uma espécie de chifre duplo na cabeça que eu não sabia o nome. Sorria como se tivesse descoberto uma mina de ouro.

Estremeço.

–Vamos, fale seu nome. - diz a garota, com duas tranças grandes, loira, igual a ele, mas dava para perceber completamente que era uma garota, mesmo com seus modos peculiares.

–Rapunzel. - digo por fim, me apoiando na fonte e me levantando, arrumo o vestido e direciono meu olhar para eles, alternando entre um e outro.

–Rapunzel... nome legal. Eu sou cabeça-dura e ela é cabeça-quente.

–Era para eu me apresentar, idiota, a gente já falou sobre nos apresentarmos assim! - ela implica com ele.

–Que besteira, todos sabem que eu sou melhor para apresentar, então eu apresento nós dois. - ele diz e estira a língua para ela, que bate nele.

–Você é um idiota.

–E você é minha irmã, tá no sangue maninha. - ela controla-se muito, mas com certeza pela sua cara haveria mais briga depois.

–Bem... Gente - gesticulo com a mão. - foi um prazer, mas acho melhor eu ir andando.

–Já? Mas você é tão gata! - ele diz rápido e direto e eu coro, involuntariamente, me encolhendo nos ombros e olhando pro outro lado.

Escuto um tapa ser disferido nele.

Seguro o riso.

–Bem... Obrigada...? - falo e já vou me afastando. - mas acho que devo ir mesmo, preciso achar um amigo que estou procurando.

–A gente pode ajudar você se quiser. - ela diz e empurra o irmão para o lado. - sobe no nosso dragão que a gente procura pelo céu, é mais fácil.

–Acho que vou recusar... - digo - prefiro por terra mesmo.

–Que pena. - ela diz ao mesmo tempo que ele, mas em um tom diferenciado, ele estava mais desapontado. - Tudo bem então. - e monta de novo no dragão. Logo ele também monta. - nos vemos mais tarde não é?

–Acho que sim...

–Mais tarde é a festa, vai ter uma cerimônia de boas vindas às 23:00– ela vira-se para o irmão - ficou sabendo?

–Claro né. - ele faz um gesto na testa mangando dela, que faz o dragão bater a cabeça no dragão dele.

–Pera... Para quem? - eu pergunto, curiosa, mas já sabendo a resposta.

–Para Astrid! Cara! Ela voltou! - diz ele, em um tom alto. - Ela é perfeita!

–Maninho, controle-se. - cabeça-dura diz e vira-se para mim. - nunca te vi por aqui, mas também já encontramos um tal de Jamie que disse que estavam com Hiccup, se estão com Hiccup então são nossos amigos. - ela diz e acena com a cabeça e levanta vôo. - Até mais tarde!

–Até! - grito de volta, confusa com tanta coisa.

Jamie? Então, se eles o viram... Para onde ele estava indo?

Eu queria poder estar com ele agora, sem motivo aparente, queria apenas conversar com alguém, e ele parecia ser a pessoa mais certa.

Algo estava me consumindo.

Tantos acontecimentos, até mesmo o beijo entre eu e Jack estava me consumindo, não queria atrapalhar os dois, mas toda vez que estavam perto eu sentia-me culpada por estar mentindo, sentia-me culpada por ele estar mentindo e escondendo isso dela, porque era certo que ele não havia contado nada.

O céu já assumia um tom alaranjado escuro, o sol quase desaparecia, sendo engolido pelo mar azul escuro.

Que mal parecia um mar de tão calmo.

Mal parecia que existia naquele começo de noite.

Assim como eu, e eu não entendia como isso era possível.

Eu preciso achar Jamie, preciso achá-lo, porque por mais estranho que pareça ser agora, ele é o único que parece me entender.

~•~

Pov Hiccup

Eu vou amá-la até o fim dos tempos.

Não importa o que aconteça.

E eu sei, o amor é malvado e o amor machuca, mas por algumas pessoas vale a pena.

E ela era uma delas.

A observo enquanto ela ajeita-se na cama, apoiando-se nos cotovelos e olhando ao seu redor como se nunca tivesse visto aquele lugar.

Os lenços já não estavam mais tão empapados de sangue, os troquei demais, o tempo todo.

E agora ela parara de sangrar.

Vê-la acordar foi como sentir a primavera chegando depois de um longo e doloroso inverno.

Foi um alívio, que se transformou em sorriso, que se transformou em lágrimas que eu jurei que nunca mais ia deixar cair.

Ela ainda olha ao redor e então seus olhos me encontram, numa mistura de confusão e felicidade.

Uma lágrima escorre de seus olhos enquanto ela me encara, sem dizer palavra alguma.

Apenas com os olhos, dizendo milhões de sentimentos.

Mais do que qualquer boca seria capaz de transmitir algum dia.

A puxo para um abraço, sem conseguir ficar longe dela por mais tempo, e ela retribui, dando de toda sua alma.

De todo seu coração.

E eu tomo cuidado para não topar com seus machucados, não a quero sofrendo.

Quem no mundo gostaria de ver a pessoa que ama sofrendo?

Amar não é isso.

Mas de repente ela me solta, me encarando de outro jeito agora.

Franzindo o cenho confusa.

–Eu estava muito preocupado, Astrid. - Digo, e a abraço de novo, dessa vez ela não me abraça de volta. - Por que foi embora sem me avisar?

–E-Eu não sei - ela fala e eu me afasto do abraço para vê-la, ela me encara e em seu rosto há dúvida, preocupação, receio. Uma mistura grande demais de sentimentos, que comecei a pensar que ela não sabia o que sentir.

Comecei a pensar que ela não sentia nada.

–Você... você está bem? - pergunto, franzindo o cenho e encostando minha testa na dela.

Ela se afasta com esse movimento.

Me olha como se eu não fosse de verdade, como se eu fosse uma miragem, e pelo jeito, aterrorizante.

Abre a boca para falar e o que sai dela me causa arrepios, dor, como uma faca sendo enfiada em meu peito, mas a faca doeria menos.

Ela me olha e sinto sua alma perfurando a minha.

Assim como suas palavras seguintes.

–Quem é você?

~•~


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Notas finais do capítulo

Meus gamores, eu gamo vocês (amo e gosto), e vcs sabem disso! então, agora eu juro juro juro juro e vcs podem me cobrar, que eu não vou passar de 10 dias pra postar, juro juro juro!!! agora tá mais fácil que o ENEM passou e q o celular voltou a vida!!! eu tinha postado sobre o cap no blog mas meu cel deu problema tbm e apagou, aff, enfim... EU POSTO MAIS RÁPIDO SE COMENTAREM MT E/OU RECOMENDAREM SDDS DE UMA RECOMENDAÇÃO AH MDS SCRR FAVORITEM MINHA GALERA, TO RESPONDENDO TD MUNDO AGR!!