Model escrita por Jacqueline Sampaio


Capítulo 1
Capítulo único




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Amo pintar! Faço isso desde pequena, fazia como hobby. Hoje faço como profissão. Meu sonho é ser reconhecida por minhas obras, me empenho para tanto.

 

Jessica: Nossa, esse quadro ficou bom!

 

Bella: Você acha? Acho que falta alguma coisa para ele ficar perfeito.

 

Jessica: Você e seu perfeccionismo, Bells.

 

Meu nome é Isabella Marie Swan, tenho vinte e dois anos e moro em um duplex no centro de Nova Iorque. Jessica é minha melhor amiga, somos amigas de infância. Ela sempre me apoiou a transformar o meu hobby de pintar em uma profissão.

Andava com os nervos a flor da pele! Logo seria minha grande exposição no museu mais conhecido dos Estados Unidos. E ainda tinha que pensar qual o quadro que ficaria na entrada principal do Hall de entrada do museu. Eu achei que nada de interessante aconteceria durante esses dias que antecediam a exposição, me equivoquei. Foi em uma noite chuvosa de sábado que aconteceu, o dia em que conheci Edward Cullen.

 

Trim... Trim...

 

Bella: Droga de campainha! Quem será agora? –Fui até a porta contrariada, quando estou pintando não gosto de ser importunada, mas também não posso deixar uma visita no meio de uma tempestade. Ao abrir a porta me deparo com uma Jessica descabelada e outra pessoa.

 

Jessica: AMIGA, AJUDE-ME AQUI! –Ela carregava um rapaz desacordado. Dei passagem a ela enquanto Jessica a muito custo conduzia o rapaz para o sofá de casa.

 

Bella: O QUE É ISSO?

 

Jessica: Achei esse rapaz caído, acho que ele ta bêbado. Não poderia deixá-lo jogado na sarjeta.

 

Bella: E por que não o levou para sua casa?

 

Jessica: Ora, por que o Mike me mataria se eu fizesse isso! –Droga, lá estava Jessica me olhando com aqueles olhos de cachorro pidão! Mas o que me fez aceitar ajudar aquele desconhecido não foi o pedido dela. Ao olhar para a face daquele rapaz vi uma beleza que jamais havia visto antes em alguém. Ele possuía a pele incrivelmente branca, cabelos cor de bronze bagunçado e um corpo magnífico.

 

Bella: Tudo bem, eu cuido desse bebum! –Falei fingindo estar contrariada, mas a idéia de cuidar daquele desconhecido começava a me agradar.

 

Jessica: Obrigada amiga. Só vim para falar que vou fazer um jantar amanhã à noite para oficializar meu noivado com o Mike. Vim convidá-la. Tenho que ir ele está me esperando.

 

Bella: HEI! VAI ME DEIXAR SOZINHA COM ESSE CARA? E SE ELE FOR UM PSICOPATA?

 

Jessica: Ah! Deixa de ser dramática! Olha as vestes que ele traja? Deve ter grana. Talvez até ele patrocine sua próxima exposição por te-lo ajudado. Preciso ir. Amanhã eu venho ver como estão as coisas. –Não demorou a Jess sair deixando-me sozinha com o desconhecido. O fitei durante longos minutos até seguir para meu quarto. Peguei duas toalhas e sentei-me ao lado do estranho no sofá.

 

Bella: Bom, se eu não seca-lo vai ficar doente. –Me aproximei e timidamente comecei a enxugar seu rosto. Embriaguei-me com o perfume que sentia daquele homem, perfume que se mesclava com o cheiro de bebida que vinho de seu hálito. Em um momento ele se remexeu. Aproveitei que ele estava parcialmente acordado para conduzi-lo ao quarto de hospedes. Ele se apoiou em meu corpo e eu praticamente o carreguei. Não pude ver os olhos daquele homem, ainda mantinham-se parcialmente fechados. Acho que ele abriu apenas um pouquinho para ver ao redor. A muito custo tirei sua sobrecasaca, sua camisa, seus sapatos, meias deixando-o apenas com uma cueca boxer. Vesti meu roupão nele e o deitei. O cobri com um cobertor, a noite estava fria.

 

Pela manhã fui direto para o quarto de hospedes, não havia ninguém na cama.

 

Bella: Será que ele foi embora? –Pensei alto.

 

-Quem foi embora? Fala de mim? –A voz atrás de mim falou, virei rapidamente para vê-lo de pé ainda com o roupão que coloquei nele.

 

Bella: Ah! Oi! –Fiquei estática. Não sabia como agir. Este caminhou até a janela fechando as cortinas, sentou-se na cama. Uma das mãos na cabeça mostrando desconforto, na certa com ressaca. Eu o vi tão belo naquela posição que nem percebi que agora ele me olhava.

 

-Como vim parar aqui? Quem é você?

 

Bella: Ah eu sou Bella. Uma amiga minha o trouxe para cá. Ela o achou jogado em um beco. Deve estar com ressaca, né? Eu vou fazer um café para você. –Senti algo capturar meu braço antes mesmo de dar um passo em direção a porta, era ele. Foi tão rápido que nem notei seus movimentos. Então olhei diretamente para seus olhos, olhos cor de ocre de uma beleza rara que jamais havia visto. Hipnotizada, era assim que sentia.

 

-Café não irá curar minha ressaca e sim outra coisa. –Falou a milímetros de meu rosto.

 

Bella: O que? –Falei arfante. Ele se aproximou de meu pescoço beijando-o ternamente, senti caninos roçarem minha pele, me espantei. Afastei-me rapidamente. Por alguns instantes poderia jurar que vi presas em seus lábios. Sai aturdida do quarto.

 

...

 

Ele continuava calado sorvendo o chá que havia preparado. Enquanto ele estava sentado na mesa da cozinha eu estava sentada no sofá da sala olhando fixamente para o chão, não conseguia encara-lo.

 

-Meu nome é Edward. –Disse em fim. Parei por alguns instantes fitando-o.

 

Bella: Tem para onde ir?

 

Edward: Não sou um sem teto.

 

Bella: Não quis ser indelicada. Eu só...

 

Edward: Tudo bem. Tenho que agradece-la pelo que fez por mim.

 

Naquele momento tive um súbito, uma idéia que simplesmente ficou na minha cabeça.

 

Bella: Deixe-me pintá-lo!

 

Edward: Pintar-me?

 

Bella: Isso mesmo! Sou pintora e acho que você ficaria muito bem em uma tela minha.

 

Edward: Peça outra coisa.

 

Bella: ORA, QUAL É O PROBLEMA?

Edward: Não quero ser pintado, só isso.

 

Bella: Que pena. Tudo bem quanto quer para me deixar pinta-lo? –Insisti mesmo sabendo que isso poderia não dar em nada.

 

Edward: Pretende me pagar?

 

Bella: Foi isso o que eu disse, não é?

 

Edward: Meu preço pode ser alto demais para você. –Sorriu debochado.

 

Bella: Diga seu preço! –Falei confiante. O vi se aproximar de mim sorrateiramente, estremeci quando estávamos a centímetros um do outro, este sussurrou em meu ouvido.

 

Zero: Quero seu sangue. –Fiquei atônica com o que havia dito. Ao me afastar vi finalmente caninos em seus lábios. Agora eu sabia o que ele era, mas era difícil aceitar. Edward era um vampiro! Caminhei alguns passos para trás, acabei caindo no chão. Meus olhos fixos naquele semblante nulo e irresistível. Ele estendeu a mão para mim, demorei a pega-la.

 

Bella: Você é um...

 

Edward: Sim eu sou um vampiro. Com medo?

 

Bella: Isso só me faz querer pinta-lo ainda mais! –Sorri nervosa, ainda estava assustada com a novidade.

 

Edward: Então me dê seu sangue. –Voltou a sussurrar em meu ouvido. Arrepiei-me e secretamente desejei que ele fizesse mais do que sussurrar palavras em meu ouvido.

 

Bella: Se eu fizer isso... Tornarei-me uma vampira?

 

Edward: E se você se tornar? –Meus olhos novamente encontraram os olhos daquele ser misterioso. A cada instante me senti mais envolvida por aquela atmosfera sombria que ele estava criando ao meu redor. Senti as mãos frias tocando meu rosto.

 

Edward: E então minha dama? Temos um acordo?

 

Bella: Você é um vampiro. Se eu disser não me tomará a força, não é?

 

Edward: Não sou um animal. –Falou com um meio sorriso nos lábios. Eu não precisei pensar, a idéia de pintar aquele homem havia se tornado uma obsessão.

 

Bella: Então temos um acordo. –Falei convicta, ele abriu um enorme sorriso. Peguei sua mão levando-o até meu estúdio. Mostrei a ele a poltrona onde deveria ficar. –Quero pintá-lo sem roupa. –Ele me olhou espantado dando um meio sorriso no final. Começou a tirar as vestes até ficar completamente nu. Eu estremeci. Tentei manter minha sanidade o quando pude, mas estava difícil com aquele Deus grego diante de mim.

 

Edward: Tenho uma idéia para sua pintura. Venha cá. –Chamou-me sedutoramente com uma das mãos. Fui para lá sem hesitar. Puxou-me beijando-me voraz. Pensei em resistir, não consegui. Ele era... Irresistível. Acabei por fazer amor ali mesmo com ele, mesmo sendo um desconhecido. Ah e como ele me proporcionou prazer! Já tive muitos namorados, mas nunca nenhum deles me proporcionou esse prazer e o fato de que era um vampiro apenas deixou-me mais excitada! Quando chegamos ao ápice do prazer senti seus caninos em meu pescoço, ele sorvia meu sangue. Quase perdi os sentidos com isso, mas não protestei. Ao me levantar eu o vi belo, com uma expressão de quem acaba de fazer amor, os olhos brilhando e os lábios com sangue. E passei a pintá-lo terminando apenas quando conclui a pintura. Eu sei que fui louca ao entrar nesse jogo, mas esta foi à loucura mais sensacional que cometi. Edward Cullen era seu nome. Saiu assim que teve meu sangue e meu corpo. Não disse adeus ao se despedir, apenas acenou. E eu tive a certeza de que o veria novamente.

 

Um mês depois...

 

Jessica: Esse quadro que abre a exposição é magnífico! Esse rapaz na pintura é o cara que levei para sua casa, não é? O que vocês dois fizeram? –Perguntou-me com um sorriso sapeca no rosto.

 

Bella: Eu aproveitei que ele tava de ressaca e o pintei. Claro que coloquei algumas coisas a mais como os caninos, o sangue...

 

Jessica: Ah então vocês dois não...

 

Bella: Claro que não! –Era melhor desmentir, ela me acharia louca se soubesse a verdade.

 

Jessica: O Mike está me chamando. –Se distanciou. Fiquei a observar o quadro lembrando-me daquele dia.

 

-Bela pintura. –Não precisei me virar, reconhecia a voz.

 

Bella: É sim. Estou procurando o modelo dela. Quero fazer novamente um quadro. –Senti os braços do desconhecido enlaçarem minha cintura.

 

Edward: Sabe o preço para isso, não é?

 

Bella: Não importa se der meu sangue. Minha vontade de pintá-lo é maior! –Sorri. Ele beijou-me na curva do pescoço e nos retiramos antes do termino da exposição. Não poderia deixar aquele momento de inspiração ir embora não é mesmo?

 

Fim.


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Notas finais do capítulo

Esse trabalho é antigo e curto. Leiam também minha fic "Lembre-me!" postada aqui e a minha fic "Internato Cullen: um amor avassalador" postado por uma leitora.