Eu estava sem reação. A única coisa que eu via era a Pequena batendo na Aline. Putz, acho que ela vai matar a Penhalow. Segure ela Jace! - Minha consciência berrou. Fui por trás de Clary e a agarrei pela cintura, puxando - a.

– Piranha! - Aline gritou, atiçando Clary. Ela era muito forte, quase se livrou do meu abraço. Mas pera aí! ALINE chamando CLARY de piranha? Aline dormiu com o time de futebol inteiro no último semestre.

– Jace, - Gritou Isabelle. - Tire a Clary daqui antes que ela nos faça o favor de matar Aline!

Puxei Clary até o meu carro e enfiei ela lá dentro, antes dela poder reclamar. Entrei no carro.

– Para onde vamos? - Ela perguntou.

– Dar uma volta. - Respondi.

– Me deixe voltar Jace! - Ela ordenou. Mas eu declinei, ela ainda estava nervosa. Liguei o rádio, estava tocando minha música favorita. Eu acho que Clary se acalmaria mais se ouvisse uma música conhecida, eu duvidava muito que ela conhecia Avenged Sevenfold.

– Humm, - encarei o rádio. - Vou trocar, acho que você não conhce... - Mas ela já estava cantando. Eu ri da situação, ela ouvia o mesmo tipo de música que eu. Saí do carro e abri a porta para ela, guiando-a até o banquinho iluminado por um poste.

– Mais calma? - Perguntei, testando a atmosfera temperamental dela.

– Estou! - Ela disse, dando um sorriso frágil que partiu meu coração. Algo dentro de mim estava gritando para consolá - la. Mais Que Merda! Eu era Jace Lightwood, não corria atrás de menina nenhuma, não namorava. Para mim, garotas são iguais a Bandas de rock : Tem várias e você pode ter suas preferidas, mas tem que escutar todas para decidir quais são as melhores e ter livre arbítrio para ouvir quais você quer a hora que quer. Mas ao ver a Pequena de braços dados com Sebastian, meu coração apertou e me mandou bater naquele puto com toda a minha força.

– Não ligue para o que a Aline diz! Ela fica exaltada quando garotas mais bonitas que ela ficam perto de mim. - Brinquei, tentando suavizar o clima. Consegui! A Clary riu docemente, mas depois sua risada foi se tornando um choro baixo. Eu não aguentei.

– Shhh! Não chore, Pequena! - Segurei o rosto dela, puxando - a para perto. - Não Chore... - Eu não aguentei, selei nossos lábios, esperando - mas torcendo para não - Clary se afastar. Ela estava meio inflexível, mas ela me surpreendeu se rendendo.

Deixou as mãos em meus cabelos, puxando suavemente. Ela tinha gosto de morangos e cheiro de madressilva. Seus lábios, suaves e ágeis, exploravam minha boca, me deixando mais perdido ainda com seu gosto. Desfiz aquela trança que cocei para não desfazer. Seus cabelos ficavam mais bonitos soltos, emoldurando seu rosto angelical. Minhas mãos passeavam pelas suas costas e as dela me deixavam louco enquanto puxavam meu cabelo. Meu pulmão gritou por ar e, relutante, eu me afastei. O rosto de Clary mostrava confusão, mas eu ainda estava perdido no sabor de morango de seus lábios. Mas de repente, ela explodiu.

– O que Diabos você pensa que fez, Lightwood? Por que me agarrou desse jeito?

Como assim eu agarrei ela? Ela que me agarrou, ela que retribuiu! Aaah! A baixinha sabe me tirar do sério.

– Te agarrei? Te agarrei? Eu posso até ter te beijado, mas não te obriguei a retribuir!

Ela olhou irritada, mas sabia que eu tinha razão.

– É, mas eu... - Ela tentou usar alguma desculpa.

– Sem Desculpas, Fray! Eu sei que você me quer! - ri novamente.

– Eu te odeio! - Ela disse, me fazendo rir novamente. Não parecia que me odiava enquanto nos beijamos.

Voltamos para o carro e eu fiz o caminho de volta para o colégio em silêncio.