A história por trás da espada escrita por RiLitros


Capítulo 2
Capítulo 2 - A noite mais escura.




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Irene, Sophia, Noel e Priscila se reúnem para caçar a número 1, Teresa, do Sorriso Aparente, que traiu as regras da organização matando humanos, e fugindo de sua execução. Tudo em nome do novo sentido que uma garota deu-lhe à sua vida. Teresa mesmo ferida gravemente no início consegue se recuperar na batalha, e por descontrole da nova número 3, Priscila, a batalha toma um novo rumo: a novata passa de seus limites e antes que se torne um Youma, Irene intervém ajudando Teresa que põe um fim no monstro que estaria para surgir, Noel e Sophia ficaram quase sem reação diante de tamanha demonstração de poder.

Teresa:- Hum... Sophia e Noel estão bem acabadas, acho que só você iria poder me desafiar, não é Irene... uma pena que você não o queira...

Quando então do longo horizonte surge uma garotinha correndo com alguns objetos e pacotes em suas mãos.

Teresa:- Clare! Clare, porque trouxe tudo isso com suas mãos até aqui, deve estar pesado, você deve estar cansada...

Clare:- Não, Teresa, tá tudo bem...

Teresa:- Bom, pelo menos isso facilita nossa viagem, destruímos boa parte da cidade acho que não iam gostar de nos ver por lá de novo... Ah... quanto a vocês claymores, venham quantas vezes quiserem atrás de mim, eu as derrotarei em cada uma das vezes! Aliás, da próxima vez, tragam todas as dígitos único, quem sabe assim eu tenho alguma diversão...

Noel:- Infame!

Noel mal mesmo consegue manifestar sua ira, de tanta dor que ainda sente pelo ferimento causado pela número 1, Sophia ajuda-a a se levantar. Teresa e Clare partem. Algumas horas se passam, Clare e Teresa estão no meio da floresta, há uma fogueira na frente delas, Teresa prepara um coelho que caçou para que a menina coma quando de repente elas notam algo estranho. Teresa revela um leve sorriso.

Teresa:- Vamos saia daí! Eu sei que você está aqui!

Quando então Irene aparece diante delas, Clare inicialmente se assusta, mas levanta e grita.

Clare:- Você não vai matar a Teresa! Eu não vou deixar!

Irene, sem demonstrar qualquer emoção, responde.

Irene:- Não se preocupe, criança, eu não vim para matar Teresa.

Teresa:- Então veio até aqui para quê?

Irene:- Para lhe dizer algo que você já deve e muito bem saber, mas gostaria de ter certeza de que sabe...

Teresa:- Pare de enrolação e diga logo!

Irene:- A organização tem muitos modos, e muito eficientes de como destruir alguém...

Teresa:- Isso qualquer um sabe, Irene! Você veio até aqui para me dizer obviedades?

Irene:- De fato isso para mim é óbvio, mas acho que não o é para você, Teresa...

Teresa:- Pare de joguinhos e enigmas...

Irene:- Você mostrou hoje que é impossível para a organização te matar... mas ainda assim é possível te destruir.

Irene vira-se para Clare, naquele instante os olhos de Teresa estalam.

Teresa:- Não! Clare, não!!!

Irene:- Eu não vou matá-la, mas a organização sabe da existência dela, ela é humana, mortal, ela é seu ponto fraco Teresa.

Teresa:- Mas claymores não podem matar humanos, a menos que queiram ser caçadas como eu!

Irene:- Mas a organização não é composta somente por claymores... há humanos também...

Teresa:- Entendo... Enquanto eu estiver junto de Clare, eu serei uma ameaça para ela... minha vontade era de estar junto dela sempre, e a dela de estar junto a mim, mesmo que a deixasse em um vilarejo de boas pessoas, ela acabaria vindo atrás de mim, ou eu acabaria indo em direção à ela... Irene...

Irene:- Diga, Teresa.

Teresa:- Leve Clare com você!

Irene:- O quê?

Teresa:- Se ela estiver com você, ela estará em meio à Organização, a um lugar que eu já não pertenço, e ao qual não pretendo retornar, longe de mim, a Organização também não teria porque atacá-la, ela é uma humana indefesa... Além de tudo, confio ela a seus cuidados!

Clare começa a gritar e chorar dizendo que não, que quer ficar perto de Teresa, Teresa tenta consolá-la e explicá-la tudo novamente.

Irene:- Você se desapegou dela, em nome de sua segurança, e confia-a a mim, uma mulher que até mesmo tentou te matar.

Teresa:- Você veio até aqui para me avisar isso não foi, Irene, você também correu um grande risco, está de certa forma "me ajudando", poderiam te acusar de traição também, depois disso acho que você é digna de minha confiança.

Irene:- Fico lisonjeada, Teresa.

Teresa aos poucos afasta Clare de seu corpo, ela a estava abraçando com toda a força do mundo, Clare começa a enxugar suas lágrimas e se aproxima de Irene.

Irene:- Teresa, você deveria saber de algo antes...

Teresa:- O quê?

Irene:- A organização me deu aval para matar um único humano...

Teresa antes mesmo que pudesse fazer qualquer coisa, vê a imagem de Clare sendo despedaçada pela Espada da Luz de Irene. Teresa libera muito de seu Youki em um impulso atinge Irene no ventre.

Teresa:- Irene! Maldita! Por quê?

Irene:- Me desculpe, velha amiga, eram ordens superiores... me desculpe, se puder!

Irene desfalece. Teresa começa a gritar e chora como uma criança. Ela se lamenta, o tempo que passou ao lado de Clare a tornou mais humana, ela quis acreditar naquelas palavras de Irene, e mal mesmo percebeu que estava entregando aquela que mais amava para a morte, que ocorreu diante de seus olhos. A Teresa de antigamente teria desconfiado, não teria permitido aquilo, mas ao mesmo tempo a Teresa de antigamente só poderia existir se nunca tivesse Clare cruzado seu caminho. Teresa logo percebe que a vida ao lado de Clare seria impossível, seriam perseguidas por Claymores, ou mesmo de outras formas, a Organização sempre as caçaria, cedo ou tarde, Clare seria ferida, até mesmo mortalmente. Teresa se resigna diante dos dois corpos, ergue-se e levanta sua espada. O sol já está para surgir na linha do horizonte também. Teresa parte deixando os dois corpos. Passam-se algumas horas, Teresa chega em um lugar escuro e lança sua espada ao chão, e se ajoelha

Teresa:- Rubel, eu me entrego! Me matem!

Rubel:- Veio até a organização para se entregar... Da outra vez que tentei te executar, disse que não podia morrer, pois possuía uma razão para viver, o que houve, Teresa???

Rubel sorri ao terminar sua pergunta, Teresa derrama algumas lágrimas ao responder.

Teresa:- Acontece que já não a tenho mais ...

Rubel:- Ótimo! Claymores, já sabem o que fazer com uma desertora, não é?

Teresa:- Mas antes... se eu não tenho mais porque viver, não sei porque vocês ainda tem que viver também...

Rubel:- O quê?

Teresa rapidamente começa a liberar tanto Youki que ultrapassa seus limites, logo ela está despertando. A Transformação é tamanha que o Prédio da Organização é implodido, destruído de dentro pra fora, todos gritam. À medida que os escombros caem e a poeira abaixa é possível ver no que Teresa se tornou, sua pele possui um tom rubro negro, possuindo quatro braços e quatro asas, asas como as de morcego, e o corpo coberto por fendas que parecem bocas fechadas com belos voluptuosos lábios, dos mais diversos tamanhos, todos parecem sorrir; ela é um Abissal.

Fim do capítulo 2.


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Notas finais do capítulo

Não, esse não é o fim da história...



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