No Ritmo do Amor escrita por TamY


Capítulo 36
Por você...


Notas iniciais do capítulo

demorei, mas postei...
titulo confuso como sempre... mas logo vão entender! :D
espero que curtam o capitulo... e comentem bastante!
Boa leitura.



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== Paulina Narrando ==

Não sei quantas horas estou andando de um lado ao outro nessa sala de espera... Falei com dona Piedade avisando que seu neto estava no hospital, mas ela estava em uma reunião, não sabia o que pensar de tudo isso, não sabia como me sentir... Primeiro Carlos Daniel diz que se cansou de mim, que se cansou da nossa vida e queria sua antiga vida de volta e logo em seguida ele diz tudo ao contrario e simplesmente me diz que esta morrendo e desmaia... Nesse momento me sinto tão confusa, não sei se sinto raiva ou magoa...

– Doutor? Chamei assim que o vi entrar na sala e segui ate ele com pressa. – como ele esta? Perguntei angustiada.

– Nada bem! Disse o medico com uma expressão preocupada.

– O que quer dizer? Perguntei sentindo um frio na espinha.

– Ele tem que começar o tratamento imediatamente... Mas para isso ele tem que aceitar ser tratado! Disse o medico me olhando seriamente.

– ele não esta se tratando? Perguntei surpresa.

Como assim ele não estava se tratando? Ele escolheu simplesmente se entregar e morrer? Agora sim sentia raiva, muita raiva do Carlos Daniel...

– Não! Disse me olhando. – ele se recusa a fazer o tratamento! Disse serio.

– Posso vê-lo? Perguntei me sentindo irritada. – vou falar com ele! Disse olhando o medico seriamente.

– Claro! Disse o medico me dando passagem e me acompanhando pelos corredores do hospital ate o quarto onde Carlos Daniel se encontrava.

O medico deixou que eu entrasse sozinha, afinal a conversa que teria com Carlos Daniel não seria nada Fácil... Senti meu coração parar uma batida quando o vi deitado naquela cama de hospital com uma sentença de morte em seu nome... Mas não permitiria que ele se entregasse dessa forma...

– Paulina! Ele disse meu nome de uma forma tão doce que senti o nó em minha garganta se apertar.

Fiquei em silencio o olhando sem saber como começar, depois das palavras horríveis que me disse depois da forma covarde como escolheu me tirar de sua vida, preferia saber a verdade... Pensar que ele não me amava mais foi como se alguém estivesse arrancando meu coração...

– Porque não me disse? Perguntei com a voz embargada e carregada de magoa.

– Porque não suportaria ver esse olhar em você! Ele disse me olhando nos olhos e eu desviei o olhar.

– é prefere me ferir do que me contar a verdade? Questionei em tom seco.

Não queria começar a chorar novamente... Não queria e não ia chorar depois de tudo não poderia demonstrar fraqueza na frente dele, talvez ele não tenha me contado a verdade por pensar que eu não suportaria, afinal, minha mãe havia morrido por um câncer e isso me marcou muito.

– Paulina... Eu... Ele tentou se explicar, mas o interrompi antes que pudesse dizer alguma coisa.

– Porque ainda não começou a se tratar? Questionei em tom serio.

– e para que? Ele perguntou com um sorriso sem graça alguma. – Não tem mais jeito... Tenho um tumor no cérebro!

Engoli em seco... E o olhei nos olhos...

– Minha mão tinha câncer terminal, e lutou todos os minutos de sua vida, mesmo sem todos os recursos que você tem, ela lutou, porque ela me prometeu que lutaria ate o ultimo instante de sua vida e cumpriu sua promessa... Eu já tinha lagrimas nos olhos enquanto contava a ele como minha mãe foi uma guerreira, mas em meio as lagrimas não podia esconder o orgulho que sentia... – e eu em alguns momentos, quando a via sofrendo pelas dores, sem poder fazer nada por ela desejei e pedi a deus que dessa a ela o descanso... E no momento seguinte quando ela me sorria, mesmo com dor e dizia que tudo ficaria bem eu me sentia mal por desejar que ela descansasse.

– eu sinto muito, meu amor... Mas não tenho a força da sua mãe! Ele me disse com a voz embargada enquanto seus olhos já brilhavam pelas lagrimas que ameaçavam transbordar.

– Você tem! Disse o olhando em meio as lagrimas que embaçavam minha visão. – Você esta com medo e eu entendo, mas você tem uma força que desconhece e eu estarei ao seu lado... Te amo apesar de tudo e nunca te deixaria sozinha em um momento desses! Disse seriamente e enquanto secava minhas lagrimas ficamos um instante em silencio. – mas não posso obrigá-lo a passar por um tratamento tão doloroso... e se decidi sentar e esperar que a doença te vença eu sinto muito! Disse soluçando fortemente enquanto o olhava. – Não vou poder me sentar a seu lado e assistir isso!

Ficamos em completo silencio... Apenas meus soluços preenchiam o silencio do quarto naquele momento... Fomos despertos de nossos pensamentos pela chagada de dona piedade que entrou no quarto feito um furação...

– Só recebi seu recado agora, Minha filha! Disse dona piedade me cumprimentado. – como se sente meu neto? Dona piedade o perguntou enquanto se aproximava dele o abraçando fortemente.

– estou bem vovó! Disse a olhando e lhe sorrindo.

– Bom, eu já vou indo... Acho que você precisa de um tempo para pensar em sua vida! Disse olhando nos olhos de Carlos Daniel e minhas palavras pareciam ter feito algum efeito nele porque me olhava de forma suplicante e eu quase não tive coragem me aproximar para me despedir...

– Por favor... Não se entregue! Sussurrei em seu ouvido e lhe dei um beijo no rosto e me afastei rapidamente saindo sem nem me despedir de dona piedade, não tinha condições...

Quando não sei como consegui chegar ao lado de fora me encostei na parede gelada do enorme corredor e chorei em desespero, minhas pernas tremiam não me sustentando, mais uma vez a doença queria levar uma pessoa que amava e ela não estava disposta a lutar... Mas uma coisa eu já tinha decidido não permitiria que ela me vencesse dessa vez.

– Você esta bem? Uma enfermeira disse se ajoelhando ao meu lado e afagando minhas costas.

– Não... Mas vou ficar! Disse forçando um sorriso em meio as lagrimas.

Ela me olhou confusa, mas não me fez perguntas apenas me ajudou a levantar e segui ate a saída, e na porta peguei um taxi e fui para onde poderia me sentir mais próxima de Carlos Daniel... Voltei para sua casa e esta ali sozinha segui direto para o estúdio de dança... Me sentei no chão gelado e fiquei no escuro, podia ver me reflexo nos enormes espelhos e tudo parecia tão se cor, meu mundo tinha se transformado em preto e branco, sem graça...

Passei horas repassando as ultimas horas, a dor de pensar que Carlos Daniel tinha deixado de me amar, senti tanta raiva... Ainda sentia raiva, mas Por vê-lo sendo um fraco, por escolher me afastar ao invés de me dizer a verdade... Não sei quantas horas passei sentada ali chorando sem parar...

– Dona Paulina? Ouvi filó, a empregada me chamando e a olhei por um instante e então ela entrou em silencio... – o senhor Carlos Daniel ligou e perguntou pela senhora! Ela disse em tom maternal enquanto me observava com preocupação.

Apenas acenei positivamente tentando não cair no choro novamente... Mas era inútil porque ao ouvir que mesmo depois das palavras duras que disse a ele, Carlos Daniel estava ligando para saber de mim...

– ele pediu que eu cuidasse da senhorita! Ela disse em tom preocupado.

Isso foi o suficiente para eu cair em um choro descontrolado e encolhida ali no chão de madeira filó me envolveu em seu braços e dizendo palavras de consolo tentou me acalmar, mas era impossível como poderia me acalmar... Tinha de ir para o hospital, como pude deixá-lo sozinho nesse momento? Me perguntava.

Filó me impediu que saísse naquele estado e aquela hora da noite e então depois de mais calma me levou para o quarto e me mandou tomar um banho e não pude deixar de sorrir, há muito tempo não tinha uma relação assim, de mãe e filha com alguém e mesmo filó sento praticamente uma estranha demonstrava um grande carinho por mim, nunca poderia agradecer o suficiente à aquela senhora.

Depois do banho me deitei e dona filó sentou-se a meu lado na cama em silencio, não me perguntou o motivo para eu estar assim, apenas ficou ali me fazendo companhia ate que eu adormecesse...

=== Manhã seguinte===

Acordei sentindo alguém a meu lado e me assustei ao me deparar com Carlos Daniel me olhando com um sorriso de canto...

– Carlos Daniel! Disse seu nome sem acreditar que ele estava mesmo ali. – Porque saiu do hospital? Perguntei me sentando e o olhando seriamente.

– Porque tenho uma coisa para te pedir antes de me submeter ao tratamento! Ele disse me olhando de forma intensa.

Meu coração de encheu de felicidade ao ouvir que ele tinha aceitado se tratar... Ele iria lutar.

– O que quer me pedir? Perguntei devolvendo seu olhar.

– Vamos sair de viagem! Pediu me olhando seriamente. – Apenas alguns dias e quando voltar começo a me tratar! Ele disse me olhando suplicante.

– Você quer ir viajar? Perguntei sem poder acreditar em seu pedido.

– lembra que você prometeu que iríamos viajar depois que o concurso terminasse? Ele perguntou me olhando acusatoriamente. – Quero apenas alguns dias com você em algum lugar bonito antes de começar a me tratar, quero ter algo bonito para me lembrar, quero que tenha um momento bonito para se lembrar de mim se algo acontecer... Ele disse deixando suas palavras soltas no ar.

Fiquei apenas uns instantes em silencio pensado...

– esta bem... Vamos viajar, mas por poucos dias! Adverti.

E quando ele me sorriu e se aproximou para me beijar me afastei... Ainda doía pensar que ele me queria longe ao invés de me querer a seu lado... Me doía pensar que ele não me achava forte o suficiente para estar a seu lado e por minha cabeça se passavam tantas coisas que me sentia muito confusa agora e precisava de um tempo.

Enquanto seguia ate o banheiro podia ver a dor em seu olhar e foi como se alguém estraçalhasse meu coração... Me fechei no banheiro sentindo meus olhos arderem e fiquei alguns instantes ali...

Sem pensar muito no que estava fazendo abri a porta e sai... Carlos Daniel continuava parado no mesmo lugar... Me aproximei dele e antes que ele pudesse dizer alguma coisa apenas me joguei em seus braços o fazendo cair deitado na cama e o beijei.

Mesmo com as lagrimas molhando meu rosto... Mesmo com a dor das ultimas descobertas ali sentindo seus braços em volta de minha cintura e seus lábios contra os meus me beijando com todo o amor que inúmeras vezes ele jurou sentir por mim me sentia feliz.

– Nunca mais tente me afastar de você! Pedi a ele o olhando muito seriamente.

– Nunca mais quero te afastar... Eu te amo Paulina! Ele disse me olhando. – Te amo mais que tudo nessa vida e se tentei te afastar foi por te amar! Completou me olhando nos olhos.

– promete que não vai desistir! Pedi a ele o olhando com os olhos marejados. – promete que vai lutar! Insisti.

– Prometo que vou Lutar por você meu amor... Prometo que vou tentar ser tão forte e corajoso como sua mãe foi! Completou.

Ouvir suas palavras me fizeram chorar de forma desesperada, não queria parecer fraca diante dele nesse momento, mas a forma como ele falou da minha mãe... Tudo que estávamos passando nesse momento... ele me envolveu em seus braços e ficamos em silencio... Aos pouco me acalmei.

– Apenas por isso não queria te contar a verdade! Ele disse enquanto secava minhas lagrimas. – Não suporto ser o causador de suas lagrimas... Não suporto vê-la sofrendo dessa forma!

– sofreria muito mais achando que você não me amava mais! Disse seriamente enquanto acariciava seu rosto. – Te amo tanto...

– Eu também te amo... E vou lutar por nosso amor! Disse me olhando nos olhos. – Não vou ser vencido!

Meu coração se encheu de esperança o vendo tão confiante e antes que eu pudesse dizer alguma coisa o senti roçar seus lábios nos meus levando qualquer pensamento que eu tivesse para longe e então me beijo com calma, saboreando meus lábios de uma forma apaixonada, desejosa... Devolvi seu beijo na mesma intensidade e quando não tínhamos mais fôlego nos separamos e ficamos apenas deitados um nos braços do outro em silencio... Apenas a presença era o suficiente para acalmar nossos corações cheios de medos e perguntas...

==== Dia da Viagem ====


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Notas finais do capítulo

E então? gostaram? odiaram? o que ? me digam o que acharam do capitulo!
Comentem, indiquem...
Bjus e ate o proximo! :D