No Ritmo do Amor escrita por TamY


Capítulo 13
É assim que você é...


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem!
A partir de agora incluir o Carlos Daniel narrando também... afinal a Lina não pode Narrar o que acontece com ele se estão separados! :D espero que curtam e comentem dizendo o que acham disso!
comentem...
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/459585/chapter/13

=== dois dias depois === Paulina Narradora =====

– Aonde esteve? Célia me questionou com um tom irritado nem me dando tempo de respirar já que mais um vez chegava atrasa a aula de balé com aquela professora Irritante.

– Por ai Célia! Disse a ela não querendo tocar no assunto que ainda tonto me machucava, se começasse a falar sabia que acabaria chorando na frente de todos e não era isso que queria.

– Como por ai? Ela me perguntou Exasperada. – Passei o final de semana inteiro te ligando e você não me atendeu ou retornou os meus mais de 10 recados que deixei em sua caixa de mensagens! Ela parecia irritada.

– Desculpe, mas eu precisava de um tempo sozinha! Pedi a ela a olhando de uma forma que pedia que não insistisse no assunto. – Depois te conto tudo! Disse encerrando o assunto e assim a professora chegou e pelo semblante serio, ela não estava em um dos seus melhores dias, Ótimo, eu também não estava.

Como sempre começamos nos aquecendo e logo depois ela colocou a musica para rolar, e eu mergulhei de Cabeça naquela melodia, meus pensamentos voaram para longe...

– SENHORITA MARTINS! Gritou a Professora parando em minha frente e me olhando de forma irritada.

– Sim! Disse a Olhando assustada, havia me desligado completamente, e pelo olhar dos outros alunos ela devia ter me chamado algumas vezes e eu nem percebi.

– Como conseguiu ficar ainda Pior do que quando Voltou? Ela me perguntou sem desviar o olhar de mim e pouco se importando com os risinhos a nossa volta.

Fiquei em silencio, ela tinha razão em dizer isso, não estava prestando a atenção no que fazia e tinha certeza de que não acertei um passo se quer...

Quando a aula terminou fui direto para Casa, por sorte fomos dispensados da aula da tarde o professor Michel teve algum imprevisto. Cheguei em casa e me joguei em minha cama e fiz o que tenho feito por todos esses dias desde que voltei de Miami, Chorei ate adormecer.

Acordei com Batidas em minha porta e ainda meio inconsciente cambaleei ate a porta e com um pouco de dificuldade consegui destrancá-la.

– O que faz aqui? Perguntei muito surpresa, não esperava vê-lo mais e uma pontada de dor passou pelo meu coração o vendo novamente.

– Preciso conversar com você! Ele me disse, parecia nervoso porque não conseguia se manter parado e me olhava de forma preocupada.

– Não temos mais nada para falarmos! Disse o olhando seriamente sem desviar o olhar, tentava não parecer tão abatida quanto estava.

– Só preciso de alguns minutos! Seu tom era calmo, apreensivo... E aquele olhos Castanhos estavam cheios de tristeza, mas desviei meu olhar se continuasse o olhando nos olhos acabaria me rendendo, não podia perdoá-lo.

– Você tem 5 minutos! Disse me afastando da porta para que ele entrasse. Ele entrou fechou a porta e ficou me olhando em silencio enquanto meu coração disparava ainda mais a cada instante em sua presença, com seu simples olhar.

– Vim para te Pedir Perdão... Dizia mas eu fiz menção de interrompê-lo, mas com um gesto de mão ele me impediu de dizer o que eu queria. – O que fiz não tem perdão, eu sei... Mas mesmo assim vim pedir perdão, mesmo sabendo que não vai ser fácil conseguir que me perdoe... Quero que saiba que eu errei com você, e errei feio! Dizia enquanto começava a andar agitado de um lado a outro. Eu apenas o observava em silencio...

– Acha que as coisas funcionam assim? Perguntei o olhando seriamente. – você pisa na bola e depois pede perdão e tudo fica bem? Ele me olhava agora com o espanto estampado em seu rosto. E a raiva me dominou. – o que você estava pensado quando veio aqui me pedir perdão?

– Paulina... Eu... Dizia enquanto me olhava, mas eu o interrompi antes mesmo que pudesse terminar de pensar no que iria me responder.

– Você pensou que eu me atiraria em seus braços e ficaria tudo bem! Disse a ele irritada, e pelo olhar em seus olhos concluir que era isso mesmo que ele pensava quando veio ate minha casa. – Pois você se enganou, não vou correr para seus braços, quero distancia de você! Disse com raiva, meus olhos se encheram de lagrimas, e eu não me importei de parecer fraca, magoada com raiva.

– Por favor, Paulina eu fui um idiota e... Dizia mas eu o interrompi novamente.

– E UM EGOISTA, CANALHA, IMBECIL... Cuspi essas palavras aos gritos para ele que me olhou com olhos arregalados. – você é um egoísta, um fraco... Você sente pena de si mesmo, não nego que sofreu quando era criança, mas agora você é um adulto e continua com pena de si mesmo, quer a atenção dos outros, quer o cuidado dos outros, mas não se preocupa de dar atenção e cuidar, Você só se preocupa consigo mesmo!

Ele parecia chocado com minhas palavras, e mesmo com o coração doendo cuspi tudo o que estava entalado em minha garganta, coloquei para fora toda minha raiva...

– é assim que você me vê? Ele me perguntou em um tom tão baixo que quase não o escutei.

– é assim que você é! Essa pereceu ser a gora d’ água porque ele me olhou em completo silencio por alguns instantes e em seguida me deu as costas e foi embora da mesma forma que chegou.

Quando fiquei sozinha cai em minha cama e chorei, chorar estava virando parte da minha vida, nunca doeu tanto perder alguém, porque Carlos Daniel para mim estava perdido e não via volta para nos. Não existia um nós, nunca existiu.

======= C.D Narrando =======

Tive um vislumbre do céu quando tive Paulina ao meu lado e Cai no inferno quando Paulina me deixou em Miami, demorei dias para engolir meu orgulho e ir a sua casa para pedir perdão, e juro que pensei que tudo poderia ficar bem, mas não ficou... Seguia pelas ruas escuras do México com a vista embaçada pelas lágrimas. E a única coisa que conseguia pensar era nas palavras de Paulina...

“você é um egoísta, um fraco... você sente pena de si mesmo” a voz de Paulina carregada de magoa, raiva ressoava em meus pensamentos.

“não vou correr para seus braços, quero distancia de você!” forçava minha mente para não pensar nas palavras de Paulina, mas parecia inútil, por mais que me esforçasse para não pensar mais suas palavras enchiam minha mente.

– eu me importo! Disse com os dentes serrados enquanto Parava no sinal vermelho. – me importo!

“Você só se preocupa consigo mesmo!”

– O que estou fazendo? Perguntava-me enquanto olhava no espelho retrovisor para me reflexo. – Sou Carlos Daniel Bracho e posso ter o que quiser, ela é como todas as outras foi só mais uma conquista! Acabou! Disse irritado comigo mesmo porque dizia essas palavras da boca para fora, me importava com o que Paulina pensava de mim, a queria para mim, a quero.

Cheguei em casa e como já esperava a vovó não tinha chegado da escola, mesmo já sendo tarde. Entrei para meu quarto e me tranquei lá...

–é assim que ela me vê! Disse Para mim mesmo sentado em uma cadeira olhando o vazio.

A raiva me consumia aos poucos, não estava com raiva dela, estava com raiva de mim mesmo, por magoá-la.

Não sei quantas horas fiquei sentado ali naquela cadeira, o tempo pareceu parar para mim, meus pensamentos eram todos nela, na única pessoa que me importo desde a morte dos meus pais, os momentos que passamos juntos nesse quarto, nossos beijos e Caricias em como pela primeira vez desde a morte dos meus Pais me senti verdadeiramente feliz, e ela era o motivo para me sentir feliz e agora eu a tinha perdido por ser um egoísta, imbecil...

– POR FAVOR, MEU NETO! Gritava vovó Piedade batendo em minha porta.

– NÃO QUERO FALAR COM NINGUÉM AGORA VOVÓ! Gritei de volta voltando a afundar em minhas amarguras.

As batidas em minha porta depois de um tempo pararam e eu agradeci mentalmente por isso, não queria ninguém perto de mim, a única pessoa que queria que estivesse perto de mim não estava, e nunca mais estaria, por que eu mesmo a afastei de mim.

–Não quero ser assim... Não quero ser fraco, quero ser o homem por quem Paulina se apaixonaria! Disse depois de horas a fio refletindo todas minhas ações desde que a conheci.

Levantei-me seguindo ate a porta e segui diretamente ate a biblioteca onde sabia que poderia encontrar vovó Piedade...

– Finalmente saiu daquele quarto meu filho! Vovó me disse ao me ver entrar pela porta da biblioteca. – já estávamos quase decidindo chamar um chaveiro para abrir aquela porta! Dizia enquanto me abraçava.

– Não quero mais ser assim! Disse a ela enquanto a olhava.

– assim como meu neto? Ela me perguntou Franzindo a testa confusa.

– Quero ser um homem, um homem por quem a senhora possa se orgulhar, não quero ser egoísta ou Imbecil... Quero ser o homem por quem Paulina se apaixonaria! Disse a ela enquanto um pequenos sorriso nascia em meus lábios.

– você a ama mesmo não é? Vovó me perguntou sorrindo.

– eu a amo vovó... mas joguei fora minha oportunidade de poder ser feliz ao lado da Paulina! Disse a olhando seriamente e contendo minha raiva, sentia vontade de bater em mim mesmo se isso fosse possível.

– Bom meu neto, então comece tomando um banho e trocando essas roupas! Ela disse sorrindo enquanto mais uma vez me abraçava.

Depois de conversar com vovó piedade segui para meu quarto e entrei para o banho, havia ficado uma noite e um dia inteiro trancado nesse quarto e agora era a hora de mudar minha vida.

Depois do banho jantei com vovó Piedade e ela praticamente conversou com as paredes porque quase não prestei a atenção no que ela dizia, a única coisa que conseguia pensar naquele momento era como faria para muda, para me transformar em alguém melhor, nada vinha a minha cabeça... Fazia as coisas no automático e quando deitei minha cabeça em meu travesseiro só tinha um pensamento em mente.

– Preciso vê-la! Disse a mim mesmo enquanto olhava o teto do meu quarto acabei adormecendo com esse pensamento...

Acordei cedo na manhã seguinte me arrumei e segui ate a casa de Paulina, não poderia me aproximar dela, não com ela pensado tão mal de mim, provavelmente me odiava e sentia-me mal só em pensar nisso.

E quando a vi saindo de casa meu coração se acelerou, ela estava linda. Tive vontade de me aproximar, mas não me atrevi e a segui ate uma padaria onde ela tomou café e seguiu para o ponto de ônibus, parecia distraída...

Quando o ônibus chegou e ela embarcou corri ate meu carro e segui direto para a escola de dança, sabia que era para lá que ela estava indo, cheguei minutos depois das aulas terem começado e por uma janela pude observá-la.

O professor Michel precisou parar diversas vezes para ajudá-la, ela parecia muito dispersa... E foi com um susto que precisei me esconder quando ela olhou para onde eu estava me escondendo para observá-la.

Ver Paulina, mesmo que de longe serviu para me ajudar a pensar no que faria sai dali antes que ela pudesse me ver... E enquanto seguia apressado pelos corredores da escola peguei meu celular e procurei o numero de um velho amigo em minha lista...

– Luciano Alcântara? Perguntei quando a secretaria dele me atendeu. Ela pediu que aguardasse que veria se ele poderia me atender... Enquanto esperava cheguei ate meu carro.

– Carlos Daniel meu amigo! Ele disse ao atender meu telefone e eu sorri ao ouvi-lo, parecia animado com minha ligação. – como esta? Perguntou-me.

– Estou bem... Mas não estou ligando para trocar cortesia com você preciso conversar com você e queria saber quando poderá me atender! Disse direto ao ponto, não tinha tempo a perder.

– Agora mesmo se quiser! Ele me respondeu rindo do outro lado.

Eu agradeci e desliguei e segui direto para sua empresa... Cheguei com menos de 10 minutos em sua empresa, já que não ficava muito longe da escola.

– O que devo a honra de sua Visita? Ele me perguntou quando me sentava a sua frente.

– Lembra da proposta de sociedade que você me fez há alguns anos? Perguntei a ele não deixando de esconder um sorriso nos lábios enquanto o observava.

– Claro que me lembro! Disse sorrindo. – resolveu aceitar minha proposta?

– Se a proposta ainda estiver de pé! Disse o olhando com expectativa.

– Claro que esta! Ele disse sorrindo.

Ali começaria minha mudança, Com Luciano Alcântara começaria a alcançar meus objetivos, passamos horas conversando sobre a sociedade e como eu não tinha tempo a perder sugeri que o advogado da empresa do Luciano participasse da nossa reunião e preparasse o contrato de sociedade...

Luciano tinha uma Fabrica de Porcelana, era de pequeno porte, mas a faríamos crescer em pouco tempo...

==== Paulina narrando ====

Tinha que aprender a colocar meus problemas de lado e me concentrar nas aulas, estava ainda pior do que antes, o professor Michel me observava com preocupação, não conseguia acerta um passo se quer durante toda a aula... Depois da aula do professor Michel segui para meu ensaio, ainda tinha que terminar de montar minha coreografia solo, já que a em dupla eu não teria mais...

Minha coreografia solo teria de ser surpreendente ao contrario eu estaria fora, já estava em grande desvantagem participando com apenas meu solo.

Segui para minha sala reservada, tudo parecia tão vazio, antes não me sentia assim... Mas tratei de afastar esses pensamentos da mente e me concentrar em minha coreografia, fiz meu aquecimento e coloquei a musica no aparelho de som... Fiz alguns movimentos, mas tudo parecia tão sem graça, nada surpreendente.

– Porque ainda não desisti? Perguntava-me olhando meu reflexos nos espelhos. – apenas o solo não será o suficiente para conseguir uma vaga! Disse em voz alto o que tentei não pensar durante todo o dia.

Acabei sentada em um canto da sala olhando o vazio, sem ter animo de treinar meu solo, não podia desisti, mesmo tendo apenas meu solo iria tentar, era melhor fracassar e ter de tentar de novo no próximo ano do que não tentar. Me permitiria esse momento de desanimo, mas quando saísse dessa sala voltaria a ser a Paulina forte e determinada que era quando cheguei nessa escola. Não sei quanto tempo passei sentada naquela sala apenas olhado o nada só me dei conta quando o porteiro da escola veio me avisar que eu tinha que ir porque já estavam fechando a escola. O agradeci e me levantei recolhendo minhas coisas e segui ate a porta e respirando fundo...

– Agora serei Forte daqui para frente! Disse a mim mesma antes de atravessar por aquela porta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

o que acharam?
comentem, favoritem, indiquem!
Bjus e ate o próximo capitulo...