Uma coisa sobre férias é que geralmente se refere a não trabalhar, ou seja, um tempo para descanso e relaxamento. Depois de dormir na praia durante uma hora, entrar na agua e mergulhar um pouco e apreciar a vista dos maravilhosos e musculosos surfistas que passeavam pela praia, levou três horas. Minha barriga já clamava em fome e levantei-me, indo para uma barraquinha de camarão que tinha ali perto.

Fiz um pedido e esperei calmamente enquanto o dono preparava o que seria a melhor comida que eu iria comer na vida, segundo o próprio. Eu, no entanto, duvidava. Mas como ainda não tinha comido, o que eu poderia fazer era apenas esperar. Sentei-me em um dos bancos e voltei a olhar para a rua.

Novamente, “férias” é um tempo para não se estar em trabalho. Agora me diga por que eu simplesmente vi meu querido agente duplo zero predileto correndo feito um louco e escondendo-se dentro de uma loja de arpões do outro lado da rua?! Me diga ainda por que eu vejo minha querida anfitriã de mais cedo e um outro agente correndo atrás dele e de repente, parados desnorteados. Sinceramente...

Meu prato de camarões foi deixado em frente a minha mesa e eu agradeci a Kamekona pelo prato muito bem preparado. Logo Kono estava ao nosso lado.

– Hey, Mamon! – ela me cumprimentou – Oh, isso é uma delicia! – ela foi logo pegando um pedaço do meu camarão – Hey, Kamekona, você não viu um cara velho, meio loiro, tem a cara de um buldog, correndo por aqui não?

– Huh? Acho que não, Kono. – disse Kamekona, rindo.

– O que ele fez? – perguntei só de curiosidade.

– Nós estávamos perseguindo um suspeito. Quando finalmente o encontramos esse homem estava lutando com ele e simplesmente quebrou o pescoço dele e saiu.

– Kono! - o outro agente brigou. – Quem é você?

– Mamon Holmes, nos conhecemos mais cedo.

– Ah, você é o garoto. – ele disse.

– Eu suponho... – disse e voltei a comer.

Quando olhei para o outro lado, pude ver o rosto de James pelo vidro. Kono suspirou e olhou o celular.

– Eu sou Chin Ho Kelly, primo da Kono.

– É um prazer... – apertei-lhe as mãos.

– Vamos indo, primo, Steve encontrou alguma coisa. – disse, já guardando o aparelho – Até mais, Holmes.

– Bye... – eu disse e os dois voltaram a andar de onde vieram.

Não deu nem 10 minutos eu paguei minha comida e me dirigi para a loja da frente, onde James estava escondido. O sino da loja apitou assim que abri a porta, o atendente era um homem velho e ao lado estava o homem que eu estive procurando durante o ultimo mês, e ele deveria estar na Africa.

– Diga-me de novo como você consegue me perturbar até mesmo nas minhas férias? – eu disse.

– Eu peço o seu perdão...? – ele me deu um sorriso de meia boca e eu lhe olhei feio. Ótimo, mais uma criança para cuidar!