Um Amor Adolescente. escrita por Bruna


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

=)



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Hanna

As semanas foram passando. Eu sempre acordava, ia à aula e levava Ali para a creche. Depois saía da escola e ficava ajudando na creche, junto com Alisson, a cuidar das crianças. O Caio também nos ajudava. Na verdade, os alunos gostavam mais dele do que de nós duas por isso ficávamos mais tempo conversando do que trabalhando.

Com duas semanas, a Júh e o Gui finalmente se entenderam e começaram a namorar. Como o melhor amigo do Gui, o Caio se aproveitou da situação por eu ser a melhor amiga da Júh, e não parava de me oferecer uma carona da escola para a creche. Ele sempre dizia a mesma lenga-lenga.

– já que vamos ao mesmo lugar, que tal eu te dar uma carona? Assim você chega até mais cedo lá e não se atrasa mais!_ Só por que me atraso um pouquinho? Será que ele nunca andou a pé para os lugares? A cidade mal da pra andar de tanto carro!

Como sempre, respondo que não, o que não me livra dele me chamar no outro dia.

Dois meses depois a cidade ta com uma epidemia de gripe. Muitos idosos a partir dos 60, e crianças de até 10 anos estão sendo vacinados pra se prevenir a doença.

Na segunda-feira, depois de chegar em casa da creche, levo Ali no postinho de saúde perto de casa pra vacinar. Na sala de espera, enquanto aguardamos sermos chamadas, uma mulher com a aparência abatida se senta ao nosso lado. Seu nome é Nicole e conversando com ela, me conta que se sentiu mal a noite toda, com dores no corpo, na cabeça, tonturas e febre alta.

_ sabe Hanna to com medo de ser essa gripe. Você sabia que muita gente esta sendo internada com essa gripe? Que por causa dos desmaios, ficam de observação. Eu não gosto de hospitais!

_eu sei, também to assustada, tenho medo pela minha mãe que trabalha no hospital, sabe, pra pegar esses vírus é bem fácil. Sorte que ela usa mascara a maior parte do tempo.

_ você viu que uma senhora morreu por causa dessa gripe? os médicos estão com medo que mais alguém morra sabe, para não causar pânico na população...

Ela continua falando, mas uma enfermeira, parada na porta do corredor anuncia:

_ Alicia e acompanhante, favor comparecer a sala dois pra a vacinação!

Levantando, me despeço de Nicole e sigo com Ali para a sala indicada.

Me parte o coração, ver Ali chorando por causa da picadinha da agulha.

Ainda soluçando, ela sorri, quando ganha um pirulito por ser uma menina boazinha e deixar a enfermeira aplicar a injeção.

Dois dias depois, acordo cor dores no corpo. Sem me importar vou à aula e sigo com meu dia normalmente.

No dia seguinte pioro. Com dores no corpo, na cabeça e tontura. O professor de biologia me manda ir à diretoria, ligar para que o meu pai vá me buscar, pois, estou sem condição de estudar dessa maneira.

Uma hora mais tarde, papai chega e me leva pra casa.

Em casa. Depois de me encher de perguntas, sobre como estou me sentindo. Me manda dormir um pouco. Como no dia seguinte não tenho aula por causa da reunião dos professores. Ele promete que vai ligar na prefeitura e pedir uma folga pra me levar ao médico.

Quando chega da creche Ali me acorda aos gritos, perguntando o porquê de eu não ter ido ficar com ela. Explico-lhe que não estava muito bem hoje e que na sexta-feira a veria na creche assim como sempre.

No outro dia, como o combinado, papai me leva ao médico e depois de passar com a enfermeira responsável por tirar a pressão arterial e perguntar qual o meu problema. Sigo pra sala de espera.

Quando chamada, o médico me pede um exame de sangue e também me encaminha pra tomar soro por causa das tonturas. Depois disso pede para que volte a sua sala, para ele ver o resultado do exame e me passar os remédios necessários.

Depois de pegar os remédios seguimos para a rodoviária. Lá, enquanto o ônibus não vem, olhamos a prefeita que junto a dois representantes da saúde e o Caio, entregam panfletos e tiram algumas das duvidas da população.

_ Hanna, vamos esperar eles terminarem. Quero agradecer a Dona Claudia por me permitir folgar hoje. Tem problema?

_Não pai. Não tem problema nenhum, eu espero.

_ Filha você ta bem? Quer ir se sentar em um banco?

_Não pai, to bem, só um pouco tonta, mais isso já, já passa.

_Qualquer coisa avisa ta?

_Pode deixar.

Quando acabam quase todos os panfletos, os quatro se sentam e arrumam os panfletos que sobraram nas mochilas. Nós nos aproximamos e ficamos de frente á Claudia.

Observo o Caio que parece nem ter percebido nossa presença e continua ajeitando os panfletos em sua mochila preta.

_ Dona Claudia, Tudo bem? ...Alias, obrigada por permitir que adiantasse minha folga para hoje. E também por me liberar mais cedo ontem para que buscasse a Hanna na escola.

Ao escutar meu pai falar, o Caio levanta a cabeça. Vendo-me parada a sua frente, me olha dos pés a cabeça, e abre um sorriso pra mim.

_Não, tudo bem. Não tem problema, o importante é a saúde da sua filha Carlos. O que ela tem?

_Ela ta com essa maldita gripe. Quando chegar em casa, vai ter que ficar de repouso e se cuidar, nem sei como vou fazer sabe...

Cada vez mais tonta, percebo que as luzes estão cada vez mais fortes. Não entendo o que meu pai e a dona Claudia falam e minha visão esta borrada. Me escoro no papai, que parece nem perceber.

Olho nos olhos do Caio que continua a me encarar. Percebendo que não estou bem, ele arqueia uma sobrancelha pra mim. Tira a bolsa do colo e a coloca debaixo do banco.

Antes que possa falar com ele, sinto que estou caindo, e sem ter como reagir me deixo levar. A última coisa que vejo é: os Lindos e assustados olhos azuis escuros do Caio.


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Notas finais do capítulo

Beijo minhas lindas!
Até o próximo capitulo.... =)