Na vegetação rasteira e morta devido a várias batalhas no local, no centro do campo uma garota se encontrava cercada de homens com suas lâminas sacadas em sua direção, seus cabelos curtos e esfarrapados balançavam com o vento a espera do próximo ataque. Como o tempo tinha passado... O corpo da jovem continuava com belas curvas e um belo busto, seu olhar agora era mais maduro do que antigamente e mostrava sabedoria e coragem, mas o seu olho esquerdo estava com panos velhos em sua volta demonstrando que o mesmo estava machucado, algumas cicatrizes no seu corpo como nas pernas, braço e uma na bochecha esquerda também.

Seus olhos ardiam em chamas pela situação que a mesma se encontrava, os seus braços ficavam para assim sempre que estava em uma batalha, o sangue que era derramado e ânsia por uma luta a fazia ficar daquele jeito, para ela: batalhar era sua vida seu desejo e sua vingança.

– Que gostoso. – Seu modo de falar era perverso e assustador, para completar tal cena passou a língua entre os lábios carnudos e rosados próprios tirou a sua lâmina cortadora de almas, que é denominada Zanpakutou da bainha preta com várias chamas vermelhas sangues gravados.

Fechou os olhos se concentrando na sua energia espiritual, Reiatsu, e a soltou de uma vez só uma pequena quantidade para queimar seus inimigos em chamas negras.

– Patético! – exclamou em desaprovação e ajustou seu manto negro sob o seu corpo bem modelado, seu colar de cristais azuis brilhava sobre os seus seios que quase pulava para fora da sua roupa de shinigami, seu colar brilhava em vários tons ao bater contra os raios de sol como os seus olhos.

Realmente, era uma bela jovem que parecia ter vivido séculos, sua postura, seu olhar tudo nela parecia ser de alguém sábio, ela estava mudada. A mesma soltou um suspiro longo e levantou a sua cabeça em direção as nuvens, ao seu redor um monte de shinigamis desmaiados e feridos sobre uma vegetação morta e amarela.

– A vida para mim pode ser curta e ao mesmo tempo longa, a qualquer momento um inimigo mais forte virá para cima de mim para me derrubar, mas quando ele me derrubar levantarei mais forte do que nunca para derrotá-lo. – falou saindo daquela área para não deixar nenhuma suspeita para quem tinha feito toda aquela bagunça fosse ela. - cruzou os braços e abriu a boca para falar. – Estou fazendo tudo por você Vovó Hatsu, só para você!

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– Capitão Yamamoto. – uma voz soou pelo grande salão fazendo com que o homem com uma barba longa e com uma idade mais avançada olhasse para um jovem bonito com um penteado cortado de uma forma irregular, mas ao mesmo tempo um jeito moderno e bonito. O jovem se curvou em sinal de respeito e logo depois se levantou para continuar – Estou aqui para relatar que a missão de capturar um novo shinigami que está rondando Seireitei foi um fracasso, de acordo com o relatório de missão os dez dos meus melhores shinigamis foram derrotados sem conseguir antes acertar um ataque. – disse o jovem para olhar para o seu superior sentado em uma cadeira mexendo na barba como se estivesse pensando no que falar.

– Capitão Hitsugaya. – começou a falar. – Quero que comunique ao capitão Kuchiki para ele convocar uns de seus melhores shinigamis para ir com você e seu tenente a uma nova missão para capturar o Shinigami intruso e descobrir tudo que pode sobre ele. Agora pode ir. – disse ele dispensando o belo jovem menino com o haori do 10° Bantai e logo depois ele saiu pela grande porta de madeira.

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– Conseguiu alguma informação sobre o shinigami que fez tudo aquilo Mei? – falei assustando a garota de cabelos azuis longos e olhos negros igual à imensa escuridão.

– Sim Capitã Demony! Quando eu invadi o computador central de todos os shinigamis que existem descobri que apenas você não está nos dados, o que significa que o shinigami que causou tudo aquilo está na Seireitei. - disse ele digitando no computador sem parar ao menos para me olhar, Kisaki Mei em assunto de computar ela supera qualquer um.

– Que bela bosta está a minha vida. – gritei dentro da casinha, eu nunca gostei de ir a Seireitei lá está muitas pessoas que eu conheço e principalmente que podem me convencer a não fazer vingança. Soltei um suspiro e caminhei para fora da casinha deixando Mei para trás.

– Às vezes para cumprir o seu objetivo deve percorrer o caminho mais longe, mesmo que lá haja grandes muralhas e grandes desafios para encarar. – falei. – Grandes Muralhas, como eu vou passar pela as Muralhas que cercam Seireitei?

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A garota caminhava pelos caminhos de terra que cortavam os distritos de terra de Rukongai, o olhar sério que ela soltava fazia que as crianças e até mesmo adultos distanciassem dela, o vento batia de frente nela fazendo que seus cabelos e sua capa negra distanciassem de seu corpo por alguns segundos e quando o vento cessava voltavam a ficar parados. O caminho de Rukongai até Seireitei demoraria dias e dias por isso o melhor a fazer é usar o passo veloz, Shunpo.

O Shunpo era uma das técnicas que ela mais gostava depois de outras, sempre que usava Shunpo a adrenalina entrava em seu corpo e quando o vento batia em seu rosto ela se arrepiava toda, ela amava aquela sensação, amava tudo aquilo e nunca se cansará de usar o Shunpo por que quando ela o usava se lembrava dos primeiros anos na Sociedade das Almas quando conseguiu seus poderes de Shinigami com a vovó Hatsu suas memórias felizes, mas também a lembrava de todo aquele incidente que havia ocorrido com a vovó Hatsu o que levou a morte dela.

Seu caminho até uma parte das muralhas de Sereitei tinha terminado, aquela parte era um lugar diferente que ela precisava para entrar. Para entrar em Seireitei tem de ser um shinigami que trabalha para algum Bantai ou invadi-lo e ganhar a confiança deles o que era raro de acontecer, mas o segundo caminho era o mais difícil e o que ela o usaria.

O segunda caminho para entrar na Sereitei é começando pela Academia e depois virar um shinigami oficial, mesmo que ela já soubesse tudo o que ensinava na Academia para Shinigamis.

E entrar na Academia para Shinigamis era a mesma coisa de dizer Adeus a sua liberdade de andar por ai sem fazer missões ou lições de casa. Sem ter que receber ordens de um capitão ou de um professor.

* * *

O fato de começar a estudar a dava um enjoou, sabia que os alunos com quem ela estudaria a olhariam torto por causa das cicatrizes que tinha recebido, por causa dos panos velhos em volta de seu olho esquerdo e seu olhar assustador, tudo aquilo a fazia se lembrar do seu primeiro dia de aula no mundo humano quando foi rejeitada e só um tempo depois conseguiu seus amigos. Caminhei até uma mulher no qual estava sentada em uma mesa em frente a uma porta com o cartaz acima dela escrito “Últimas meses para as vagas para ser um Shinigami”.

– O que desejas? – ela me perguntou com um tom de voz forçado para parecer que ela não estava com nojo de mim, mas não me importei, já tinha recebido olhares piores do que o que ela me mandava, mas mesmo assim mandei um olhar assustado e maturo para ela fazendo que a mesma se arrepiasse e tremesse de medo.

– Eu quero entrar para a Academia Shinigami. – Me forcei para completar a frase, eu não queria entrar para a Academia, ter que ver pirralhos que não sabiam de nada, idiotas, patricinhas metidas e entre outros.

– Qual é seu nome? – disse ela pegando um papel que provavelmente seria uma ficha de inscrição.

– Kisaki Karin. – Não podia revelar meu nome verdadeiro isso causaria problemas e polemicas ao meu respeito o que atrapalharia minha vingança por total e eu odeio ser o centro das atenções e fofocas, ela me ergueu um papel e uma roupa branca com detalhes vermelhos, o que deveria ser minha inscrição e minha roupa.

– Boa Sorte! - disse ela.

“Vou realmente precisar de muita sorte para não matar os pirralhos enjoados!”.

* * *

O desejo de Vingança é algo perigoso que devemos ter cuidado ao mexer com isso, mas quase ninguém é cauteloso ao mexer nessa panela de água quente e por isso acabam se queimando e quando percebem que não tem mais volta se perguntam: “Onde eu errei?”.

Essas pessoas que se queimam falam de justiça logo depois, mas eu digo que “Justiça é algo que os fracos criaram para segurar os mais fortes” Por que se é mesmo sábio se deve procurar o caminho correto.

– Por isso não me considero um Sábios, afinal meu caminho já foi contaminado pelas sombras!