Não é o fim, é apenas o começo! – 1ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 29
A Perseguição Continua


Notas iniciais do capítulo

Huh-Oh! Sinto que está acabando... Sentirei falta da 4ª temporada!



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“Eu fui convocado para um encontro, não fui? Um Ood na neve me chamando. Não viemos logo para cá. Tiramos férias antes.”

O Ood levantou sua bola de comunicação. “Você não deveria ter se atrasado.”

“Sentem-se com o Ood mais velho e compartilhem o sonho.” Orientou Ood Sigma.

“É o que nós vimos, Doutor e Rose. A escuridão almeja só uma coisa: O fim do próprio tempo!”

“Sim. É por isso que precisamos dele. Nós precisamos do Doutor.”

Então, eles ouviram quatro batidas. QUATRO. Exatamente como o previsto.

“Por aqui!” O Doutor não tardou em correr atrás da origem do barulho. As quatro batidas se repetiam. O sobretudo marrom voava com a velocidade da corrida.

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O Doutor parou. Rose, ofegante, parou ao lado dele e juntos viram a figura de um homem mais à frente. Era o Mestre, até Rose sentiu isso.

O Mestre gritou e deu um salto gigantesco e inimaginável.

“Mas isto é impossível!” Disse Rose, admirada com a altura que ele alcançou.

A corrida de caçada ao Mestre recomeçou. Mas o Mestre parou de correr e o casal manteve uma distância segura dele.

“Por favor, deixe-me ajudá-lo! Você está queimando sua própria força vital!” O Doutor tentou, mas o Mestre apenas deu uma risada e foi embora.

Essa vai ser uma busca difícil.

O Doutor foi atrás, mas tinha um homem tentando impedi-lo. “Saia da frente!” O Doutor desviou dele e tentou subir o obstáculo para continuar a perseguição.

“Doutor, pare! É o Wilfred!” Rose informou-o e o Doutor parou.

“Conseguimos? São eles? Alto e magro... e a mulher loira.” Um dos amigos de Wilfred dizia animado.

O Doutor desceu e se juntou a Rose. Ambos olhando a turma de amigos do Wilfred.

“Funcionou! Wilf ligou para Netty, que ligou para June e a irmã dela ligou para Broadfell e ela viu a cabine de polícia. E o vizinho viu esse homem.” Uma das idosas contou a todos.

“Wilfred?” O Doutor se aproximou dele. “Contou para eles quem eu sou? Você prometeu!”

“Disse apenas que era um doutor. E devo dizer, senhor, que é uma honra vê-lo de novo! E Rose também!” Wilfred levou a mão à testa, como continência. O Doutor acenou de volta.

“Ah, mas Wilf nunca disse que era bonitão!” Disse a idosa mais uma vez. “Ele é lindo! Tire uma foto!”

“Que sortudo eu seria se eu estivesse no lugar dele vivendo ao lado dessa bela loira! Tão jovem!” Um dos idosos disse em voz alta.

Rose corou com a audácia desses senhores, enquanto o Doutor ficou sem entender a situação.

Todos se aproximaram para tirar a foto. A velha senhora fez questão de ficar ao lado do Doutor. “Não se importa, não é? Qual é seu nome mesmo, gracinha? Rose, não é? Faz bastante tempo que não tiro uma foto com um bonitão! Olá, bonitão! Eu sou Minnie!”

“Na verdade, eu me importo, sim!” Rose retrucou.

“Não se preocupe, docinho! Eu te faço companhia!” Um dos amigos de Wilfred se aproximou dela. “Eu amo as loiras!”

Ah, ótimo!

“Oh, deixem os dois em paz!” Wilfred pediu.

“Quieto, seu velho babão!” Disse Minnie. “Vamos, Doutor! Dê um sorrisinho!”

“Eu estou meio ocupado, sabiam?” O Doutor disse em meio aos amigos de Wilfred.

“Ah, não vai demorar muito. Continue sorrindo.” Minnie respondeu e levou um dos braços ao redor da cintura do Doutor. Ela foi abaixando sua mão devagarzinho...

“Essa é a sua mãããão, Minnie?!” O Doutor exclamou.

Rose se enfiou no meio com uma pontada de ciúmes. “Com licença, mas nós precisamos ir! E a senhora não pode...”

“Ah, não fique com ciúmes! Venha tirar foto conosco!” Minnie a puxou para mais perto e solicitou que Wilfred tirasse a foto. “Digam xisss...”

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O Doutor, Rose e Wilfred descem do ônibus de volta à cidade, enquanto os amigos de Wilfred seguiam viagem no ônibus. Depois dessa confusão, Doutor e Rose preferiam ficarem sozinhos com Wilfred. Então, Wilfred os guiou até um pub, onde sentaram ao lado da janela.

“Tivemos bons tempos antes, não é? Com aqueles tais ATMOS e os planetas no céu. Eu com aquela arma de tinta.” Wilfred contava a eles. Rose sorriu com a lembrança, mas o Doutor estava terrivelmente sério. Wilfred percebeu e ficou calado.

Rose não podia ajudar. Ela não sabia. Talvez fosse melhor deixá-los sozinhos. “Eu... hãn... preciso ir ao banheiro. Vocês podem continuar a... hãn... conversa.” Rose se inclinou e pressionou um beijo na bochecha do Doutor antes de sair.

O Doutor não podia estar mais satisfeito com sua Rose. Ela sabia exatamente do que ele precisava: um tempo a sós com Wilfred.

“Quem é você?” O Doutor finalmente falou.

“Sou Wilfred Mott.”

“Não! As pessoas esperam centenas de anos para se encontrar comigo. Até Rose levou 2 anos para me reencontrar. Isso porque ela é mais do que uma simples humana, mas você... Você conseguiu em poucas horas.”

“Foi sorte, eu acho.”

“Não, vamos continuar nos reencontrando, Wilf. Agora e de novo. Como se houvesse uma conexão.”

“O que tenho de importante?” Wilfred pareceu mais preocupado.

“Exato, por que você?” O Doutor o encarou por alguns segundos e olhou pela janela antes de encarar Wilfred novamente. “Eu vou morrer.”

Wilfred se surpreendeu com a convicção na voz dele. “Eu também, um dia.” Ele não conhecia uma resposta melhor.

“Não se atreva!”

“Certo, vou tentar.” Wilf disse com uma risada. “Eu suponho que você não contou para Rose.”

“Ela só não quer acreditar nisso.” Ele inspirou. “Eu fui avisado. ‘Ele irá bater quatro vezes’. Essa era a profecia.”

“Mas eu pensei que havia dito antes que seu povo poderia mudar... digo, o corpo inteiro.”

“Eu ainda posso morrer. Se eu for morto antes de me regenerar, estou morto.” O Doutor se inclinou para frente. “Mesmo assim, se eu mudar, parece como a morte. Tudo o que eu sou morre. Um novo homem sai saltitando por aí e eu morro.” Ele disse emocionado.

“Às vezes, quando você muda não significa que seu antigo eu está morto, mas que está tendo uma nova vida.” Wilfred o olhou nos olhos. “Olha, você precisa encarar a mudança não como o fim, mas como o começo.”

O Doutor se recuperou de suas emoções, afinal, Wilf disse as palavras certas. Wilfred encarou a janela e o Doutor seguiu seu olhar. Era Donna.

“Desculpe, mas tenho que perguntar. Você não pode curá-la?” Wilfred perguntou.

“Pare!”

“Mas você é tão esperto. Não pode devolver sua memória? Vá lá e diga Olá pra ela.”

“Se ela se lembrar de mim, a mente dela irá queimar e ela vai morrer!” O Doutor avisou e os dois olharam pela janela a tempo de ver Donna brigando com uma guarda de trânsito. Típico.

“É a Donna?” Rose reapareceu e ocupou seu lugar na mesa ao lado do Doutor.

“É ela! Ela não mudou!” Wilf respondeu. “Ah, aquele é Shaun Temple. Estão noivos. Vão se casar na primavera.” Ele disse quando um homem se aproximou de Donna.

“Oh, outro casamento! Espere, o sobrenome dela é Noble, certo? Então ela vai se chamar Noble-Temple?” Rose se intrigou.

“Não, vai ser Temple-Noble!”

“Ela é feliz? Ele é legal pra ela?” O Doutor quis saber.

“Sim, ele é ótimo pra ela! Não são ricos, mas se dão bem. Às vezes, ela tem aquele olhar triste e nem se lembra porquê.”

“Ela tem alguém para apoiá-lo.”

“E vocês? Está dando tudo certo?” Wilf perguntou.

“Sim! Nós tentamos viajar sem encontrar problemas, mas, como sempre, o problema nos encontra.” Rose respondeu.

“Eu já viajei sozinho antes, mas nada se compara a ter alguém do seu lado, dando apoio. Rose é mais do que um apoio. Ela é a certeza de que sempre tentarei fazer o que é certo! Donna disse uma vez que eu precisava de alguém para me parar. E esse alguém é a minha esposa!”

“Eu estou feliz que vocês estão felizes.” Wilfred disse sinceramente.

“Feliz Natal, Wilfred!” O Doutor disse a ele.

“Feliz Natal, Doutor e Rose!”

“Seja fantástico, Wilf.” Despediu-se Rose, quando o Doutor pegou seu sobretudo e vestiu-o.

O casal saiu pela rua de mãos dadas observando os enfeites de Natal nas árvores e nas casas. Tão felizes e alegres, pois naquele momento nenhum dos dois parecia se lembrar do Mestre.

Era realmente véspera de Natal na linha do tempo de Rose. O segundo desde o reencontro e o casamento de ambos. O quinto desde que se conheceram. O terceiro que comemoram juntos.

...

Então, os jogadores tomaram seus lugares finais deixando prontos os eventos que estavam por vir. O Louco sentou em seu império de poeira e cinzas sem saber da glória que conquistaria. Enquanto o seu Salvador olhava para a vastidão, na esperança de mudar seu destino inevitável. A Bad Wolf, em sua presença constante, enfrentaria algo que nunca enfrentou antes.

Bem distante, os idiotas e os tolos sonham com um novo futuro brilhante. Um futuro agora destinado a nunca acontecer. Enquanto a Terra girava em direção da noite, o povo da Terra dormia e tremia de alguma forma sabendo que o amanhecer traria só uma coisa: o dia final.

...

“Doutor, você não vai sozinho!”

“Mas eu preciso! Dessa vez não quero que você fique exposta por aí!”

“Eu disse que vou te ajudar a procurá-lo!” Rose argumentou. “Não me importa se ele é perigoso, ou não. Só quero ajudá-lo com seu amigo.”

“Não, Rose! Eu sei que ele está por aqui, em algum lugar desse terreno. Mas me ajudará mais sabendo que você está segura aqui na TARDIS.” O Doutor olhou para o lado e depois olhou de volta pra Rose. Ele não conseguia discutir com ela nesse momento. “Olha, eu acho que ele está mais perigoso que antes, mas eu sei que ele precisa ainda mais de ajuda. Eu só quero conversar com ele agora, a sós. Talvez ele me ouça, de Senhor do Tempo para Senhor do Tempo.”

Rose pareceu entender. “Eu só não quero ser deixada pra trás.”

“Não se preocupe. Eu não vou demorar.” O Doutor a beijou antes de sair da TARDIS.

Do lado de fora, o Doutor se encontra em um vasto terreno baldio e procura pelo Mestre. Minutos depois, ele o encontra e se concentra em olhar para o Mestre de longe. Sabendo que sua presença foi notada, ele vê o Mestre se virar (pois estava de costas) e olhá-lo. Devagar, o Doutor começa a ir em sua direção.

A raiva aparece dentro do Mestre, que produz descargas elétricas pelas mãos. Ele se prepara para atacar e lança um raio para atingir o Doutor. O Doutor não foi atingido e não parou de andar. O Mestre tentou de novo com mais raiva e não conseguiu. Na terceira tentativa, o Doutor já estava bem perto e lançou um raio certeiro com as duas mãos. O Doutor aguentou até o último segundo em pé, então cambaleou e caiu de joelhos. O Mestre o segurou, mas a dúvida entre ajudar seu velho amigo ou tirá-lo do seu caminho o fez largá-lo e deixá-lo cair no chão.

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Enquanto isso, Rose tentava não ficar entediada esperando o retorno do Doutor.

“TARDIS, você também acha que eu deveria ter ido junto com ele?” Rose perguntou à TARDIS que só emitiu um zumbido. “Ótimo! Estou tentando falar com a nave.” A TARDIS emitiu outro zumbido. “Ok, agora eu tenho certeza que ela me entende. TARDIS, tem como você me mostrar o que está acontecendo lá fora?”

Em resposta, um painel apareceu no console. Na tela, um vídeo mostrava o lado de fora da nave. Rose procurou uma imagem (como se tiver várias câmeras em locais estratégicos do terreno) em que encontrasse o Doutor.

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“Eu estou tão faminto...” O Mestre falou durante sua conversa com o Doutor.

“Sua ressurreição deu errado. Aquela energia... Seu corpo se partiu. Agora você está se matando.”

“Preocupado comigo? Onde está aquela loira que estava com você? Não vai me dizer que a deixou na TARDIS só porque você acha que vou machucá-la.” O Mestre soltou uma risada. “Tão protetor!”

“Ela não tem nada a ver com isso!” O Doutor respondeu firmemente.

“Cuidado com ela! Ela pode ser como a Lucy! Oh, oh! Mas ela não é como a Lucy, ela é mais poderosa! Você arranjou uma humana que não envelhece... Como você conseguiu isso? Acha que vão viver para sempre juntos?”

“Pare com isso!”

“Pensa que não sei que você fez a ligação de mente com ela?”

“Pare! Pare!” O Doutor levantou a cabeça e o olhou nos olhos. “Não quero brigar com você. Talvez você possa até me ajudar.” O Mestre debochou, mas o Doutor continuou a falar. “Existem mais coisas hoje, além de eu e você.”

“É mesmo?”

“Fui avisado que algo está voltando.”

“E aqui estou.” O Mestre pôs uma mão em sua cabeça.

“Não era você, era outra coisa. Falaram do fim do tempo.” O Doutor ainda tentava se levantar.

“Isso machuca, Doutor. O barulho. O barulho na minha cabeça. 1-2-3-4, 1-2-3-4. Mais forte do que nunca!” Vendo que o Doutor não acreditava e que não podia ouvir, o Mestre decidiu mostrar a ele mentalmente. Com as duas mãos, ele segurou o rosto do Doutor e encostou sua testa na dele. Foram míseros segundos, mas foi o suficiente para o Doutor se afastar estupefato.

“Eu ouvi... Mas não há som, nunca houve. É só sua insanidade, é a...” O Doutor ficou de joelhos. “O que é isso? O que está dentro da sua mente?”

O Mestre ficou de pé e repetia loucamente. “É real! É real! É REAL!” Com a energia saindo de suas mãos, ele conseguiu impulso para um enorme salto.

O Doutor criou forças e correu atrás do Mestre.

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“Vamos lá, vamos lá! Não consigo achar o Doutor em lugar nenhum...”

Rose foi passando as imagens até encontrar o Doutor. “Espere, ali está ele... O Mestre está mais à frente. O que são essas luzes?... O meu Deus! Estão levando o Mestre e o Doutor ainda está lá! Tenho que ir até lá! Algo pode acontecer com ele.”

Minutos depois, o Doutor acorda e abre seus olhos lentamente. A vista está embaçada, mas ele nota que uma figura loira está na sua frente olhando pra ele.

“Rose?! O que aconteceu? Onde está o Mestre?” O Doutor se senta e percebe que está no banco da sala do console.

“Uns homens encapuzados e armados levaram o Mestre embora. Você foi atingido na cabeça... e aí você desmaiou.” Rose o olhou nos olhos. “Eu te disse para não ir sozinho.”

“Rose, se você tivesse ido algo pior podia ter acontecido.”

Poxa, ele tem razão. Ela pensou. “Você tem ideia de para onde o levaram?”

“Não, nenhuma.” O Doutor suspirou. “Mas eu sei quem pode me dar mais informações."

Continua...


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