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“Alguém me diga o que está havendo!” Gritou Donna.

O Doutor se levantou. “Eu sinto muito, mas é tarde! Eu estou regenerando!”

“Há uma enorme nave Dalek no centro dos planetas. Estão chamando de Crucible.”

Um alçapão se abriu sob a TARDIS e ela caiu. “O que você fez?” O Doutor exigiu saber.

“O CRUCIBLE TEM UM CORAÇÃO DE ENERGIA DE NEUTRINOS-Z. A TARDIS SERÁ DEPOSITADA NO NÚCLEO.”

“Donna ainda está lá! Tire-a de lá!” Rose exigiu.

“A FÊMEA E A TARDIS MORRERÃO JUNTAS. O ÚLTIMO FILHO DE GALLIFREY É IMPOTENTE. O SENHOR DO TEMPO E O BAD WOLF ESTÃO CONECTADOS À TARDIS! AGORA, SINTAM ELA MORRER!”

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Em meio ao caos dentro da TARDIS, Donna estava caída no chão e com dificuldade de respirar. Não havia saída, mas sua visão viu algo brilhante ao lado. Era a mão do Doutor. Ela foi em direção ao recipiente e o tocou, e a energia dourada fluiu ao redor dela. Ela sentiu sua mente receber algo que ela não podia explicar, assim como sentiu se expandir e voltar ao normal rapidamente. Donna se levantou e ainda não sabia o que fazer.

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No Crucible, Rose segurava com força a mão do Doutor enquanto os Daleks começavam a contagem regressiva para a destruição da TARDIS. Rose podia sentir sim a TARDIS em sua mente. Não sabia desde quando, mas sabia que era diferente agora, sabia o que era estar conectada à TARDIS. No momento em que a nave foi jogada no núcleo, Rose sentiu-se fraca por um tempo, mas sua força voltou em seguida, sem explicação.

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Uma luz fraca e azul brilhou atrás de Donna. Ela se virou e deu de cara com um homem jovem (mas o olhar de velho) que vestia um terno de tweed e gravata borboleta. Ele mexeu nos controles no lugar e momento certos.

“Olá, Donna!” Ele disse a ela.

“O-olá! Quem é você? E como chegou aqui?”

“Está segura, por enquanto. TARDIS está se reparando do estrago.”

“Como você sabe tanto?!?”

“Shhh, ninguém sabe que estamos aqui, Donna! Vamos ficar quietos!”

“Você usa gravata borboleta!?!”

“Gravatas borboletas são legais! A propósito, você é especial, Donna Noble!”

“Oie!! Até você fala essas coisas!” Ela gritou.

“Shhh, não grite. Se descobrirem que estamos aqui eles vão... BANG! Tentar explodir a TARDIS de novo.”

“Você é maluco! Quero voltar pro Doutor e Rose.”

“E você vai! Você agora tem muito conhecimento em sua mente, só precisa ‘ativá-lo’ e depois fazer algo muito heroico.”

“E o que seria?”

“Vai precisar de um inversor catalítico biológico de Neutrinos-Z.” Ele mostrou uma espécie de arma e começou a explicar à Donna. “Se me lembro bem, Davros criou os Daleks a partir dele mesmo. Seu código genético está presente na raça inteira. Se eu puder travar na transmissão do Crucible até o próprio Davros...”

“Isso destruirá os Daleks!” Completou Donna.

“A maior queima de fogos da história!”

“Você ainda não disse seu nome!”

“Isso importa?”

“Oie! Olha como fala!”

“Quando sair da TARDIS, aponte isso para o Davros que ele cuidará do resto! Vou programar o pouso.” Quando ele terminou, fez questão de abraçar Donna. Ela, por sua vez, teve a impressão de conhecê-lo sem saber como.

“Adeus, Donna! Lembre-se: Você é especial, só não acredita nisso!”

“Adeus, Desconhecido!”

Ele deu uma pequena risada e inclinou seu braço esquerdo pra cima. Com a mão direita, ativou seu Manipulador de Vortex e desapareceu no mesmo instante em um flash de luz.

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“O QUE VOCÊ SENTE, DOUTOR! RAIVA? TRISTEZA? DESESPERO?”

“Sim.”

“ENTÃO, SE AS EMOÇÕES SÃO TÃO IMPORTANTES, AGORA ACHA QUE MELHORAMOS VOCÊ?”

“É? Então sinta isso!” Jack gritou ao mesmo tempo em que sacou uma arma. Ele atirou no Dalek sem causar efeito.

“EXTERMINAR.”

O Dalek revidou e atirou em Jack, que caiu no chão. Rose correu para ajudar o amigo.

“Rose, venha aqui, deixe-o.” O Doutor colocou um braço acolhedor em volta dela.

“Eles o mataram.”

“Eu sei! Sinto muito!” Ele mentiu. Ajudou-a se levantar, em seguida foram escoltados para longe. Antes de saírem, o Doutor virou-se para Jack que piscou para ele.

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“COMEÇAR A ELIMINIÇÃO! INCINERAR!” Um Dalek gritou. Jack estava deitado dentro de um grande barril entrando no incinerador. Quando os Daleks saíram, Jack abriu o compartimento do incinerador e tratou de correr por outro lado.

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Na Alemanha, Martha estava em uma pequena sala de controle secreta. A Chave de Osterhagen estava na sua mão e ela apertou um botão no computador à sua frente. “Essa é a Estação de Osterhagen Um. Meu nome é Martha Jones. Tem alguém aí? Câmbio.”

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“OS PRISIONEIROS ESTÃO À BORDO NO CRUCIBLE AGORA! SERÃO LEVADOS PARA TESTE!”

“Um passo mais próximo do Doutor.” Disse Sarah Jane para si mesma. Sarah, Mickey, Jackie e várias outras pessoas seguiam juntos em fila.

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“Ative as células de contenção.”

Luzes apareceram sobre o Doutor e Rose. Eles estavam separados.

“Mesmo quando impotente, um Senhor do Tempo é melhor contido!”

“Ainda tem medo de mim, hein?” O Doutor respondeu ao Davros.

“É do tempo de que falamos, Doutor. Depois de muita espera...”

“Não, não, não! Não estamos fazendo o tour de nostalgia.” Ele interrompeu Davros. “Eu quero saber o que está acontecendo aqui e agora, por que o Dalek Supremo disse calabouço? Como masmorra, cela? Prisão? Não está no comando dos Daleks, está? Eles o colocaram aqui embaixo no porão como o quê? Um servo? Um escravo? Bobo da corte?” Ele brincou.

“Nós temos... um acordo.”

“Não, não, não! Vou mudar a palavra! Você é o cãozinho dos Daleks!”

“Tão cheio de fogo, não é?” Davros moveu em sua cadeira mecânica em direção à Rose. “E pensar que você atravessou universos paralelos até achar ele de novo!”

“Deixe-a em paz!”

“É minha, faço o que eu quiser!”

“Então, por que ainda estou viva?” Rose perguntou.

“Você deve estar aqui! Como foi profetizado. Até mesmo Dalek Supremo não se atreve a contrariar as profecias de Dalek Caan.” Davros apertou um botão e uma luz iluminou um Dalek sem sua proteção de metal.

“TÃO FRIO E ESCURO, FOGO SE APROXIMA, AS CHAMAS INFINITAS.”

“O que é essa coisa?” Rose perguntou ao Doutor.

“Você o encontrou antes. O último remanescente do Culto de Skaro. Mas voltou até a Guerra do Tempo sem proteção.” Ele respondeu.

“Ele fez mais do que isso! Ele viu o tempo. E viu você, vocês dois!” Disse Davros.

“O DOUTOR SERÁ TESTEMUNHA DO FINAL DE TUDO! O DOUTOR E SUAS CRIANÇAS DO TEMPO!” Disse Dalek Caan.

Davros queria provocar o Doutor. Ele queria e parecia que estava conseguindo, pois o Doutor podia sentir cada vez mais raiva, de cada um dos Daleks vivos, principalmente de Davros.

“Hora do teste!” Disse Davros por fim.

“Teste do quê?”

“Da Bomba de Realidade.”

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“OS PRISIONEIROS FICARÃO NA ÁREA DESIGNADA! ANDEM! ANDEM!”

Todas as pessoas sequestradas foram alocadas no centro de uma sala com Daleks de vigia. Sarah Jane aproveitou a distração de uma mulher caída e correu para uma porta fechada no fundo. Abriu a porta e chamou Mickey. Ambos se esconderam atrás da porta que revelava um corredor vazio.

“TESTANDO A CALIBRAÇÃO DA BOMBA DE REALIDADE! DISPARANDO EM DEZ ‘RELS’: NOVE... OITO... SETE...”

“Contemplem a apoteose de minha genialidade!” Davros falou para o Doutor e Rose, e ligou uma tela para que pudessem ver o poder da arma.

“UM... ZERO! ATIVAR O CAMPO DE ALINHAMENTO PLANETÁRIO!”

Do outro lado da porta, Mickey acenou para Jackie, apontando para o manipulador de teleporte em sua mão. Jackie entendeu que estava carregado e que poderia utilizá-lo e desapareceu em meio à multidão. Jackie se juntou ao Mickey e Sarah Jane e viram as pessoas sendo transformadas em pó, efeito da Bomba de Realidade.

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O Doutor ficou desesperado ao ver o que a Bomba de Realidade podia fazer. Percebeu qual era o plano de Davros: destruir todas as formas de vida utilizando os 27 planetas como transmissor. Destruir todo o Universo. O Doutor não poderia permitir isso!

Todos os Daleks estavam se preparando para o disparo da Bomba. Logo seriam as únicas formas de vida no Universo.

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De repente, Jack aparece no corredor, vindo rolando de algum lugar. “Que sorte a minha! Subi por duas milhas de dutos de ar perseguindo sinais de vidas nesta coisa e quem eu encontro? Mickey Mouse!”

“Olha quem fala! O Capitão Cheesecake!”

Começaram a se abraçar como velhos amigos fazem.

“Que bom ver você!... E falo isso de verdade.” Jack insinuou.

“Chega desse abraço.”

“Nos encontramos enfim, Sra. Smith.” Jack disse fazendo uma continência.

“Temos que fazer algo. Você tem que entender. Tenho um filho lá na Terra, ele só tem 14 anos! Eu trouxe isso!” Nesse momento, Sarah Jane puxou de seu bolso um colar com um diamante na ponta. “Foi dado à mim por um profeta Verron. Ele disse: ‘Isso é para o fim dos dias!’” Ela entregou à Jack.

“Isto é uma Estrela de Dobra?” Sarah acenou que sim enquanto Mickey perguntava o que era. “Uma conjugação de dobra presa em uma concha carbonizada. É uma explosão, Mickey! Uma explosão esperando para acontecer.”

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Enquanto isso, os Daleks recebiam uma transmissão. A tela foi ativada revelando Martha Jones. “Aqui é Martha Jones, representando a UNIT, em nome da raça humana. Essa mensagem é para o Dalek Crucible, pode me escutar?”

“Deixe-me falar com ela!” O Doutor pediu.

“AS CRIANÇAS DO TEMPO IRÃO SE JUNTAR E UMA DELAS MORRERÁ!”

“Pare de falar isso! Deixe-me falar com ela!”

“Doutor! Desculpe, eu tinha que...”

“O Doutor é meu prisioneiro. Diga suas intenções!” Davros a interrompeu.

“Tenho a Chave de Osterhagen. Deixe este planeta e sua população em paz. Ou irei usá-la.” Martha disse com convicção.

“Osterhagen o quê? O que é a Chave de Osterhagen?!?” O Doutor quis saber de Martha.

“É uma sequência de 25 mísseis nucleares localizados em pontos estratégicos abaixo da crosta da Terra. Se usar a chave... eles irão detonar e a Terra se destruirá.”

“O quê?!? Quem inventou isso? Bem, alguém chamado Osterhagen, eu suponho! Martha, está maluca?”

“A Chave de Osterhagen só é pra ser usada se o sofrimento da raça humana for tão grande, tão sem esperanças, que isso se torna a opção final!”

“Isso nunca é uma opção!”

“Não discuta comigo, Doutor! Agora, sei que os Daleks precisam desses 27 planetas para algo, mas e se forem só 26? O que acontece então? Daleks, vão se arriscar?”

“Ela é boa!” Rose assumiu com um sorriso.

“Quem é essa?” Perguntou Martha.

“Meu nome é Rose, Rose Tyler!”

A expressão de Martha se alterou quando Rose anunciou seu nome. “Oh, meu Deus! Ele encontrou você!”

Outra tela de transmissão apareceu para os Daleks, Doutor e Rose.

“Capitão Jack Harkness, chamando todos os Daleks meninos e meninas! Estão me ouvindo? Não mande seus capangas, ou eu vou ativar essa coisa!”

“Ele ainda está vivo! Oh, meu Deus, é a minha mãe!” Rose ficou impressionada.

“Mickey, Capitão, o que estão fazendo?” O Doutor perguntou a eles.

“Tenho uma Estrela de Dobra ligada ao circuito principal. Se eu quebrar essa concha... o Crucible inteiro vai pelos ares!” Jack respondeu.

“Você não pode!”

Davros imediatamente reconheceu Sarah Jane Smith. Impossível! Esse rosto... Depois de todos esses anos. Ele pensou.

“Deixe o Doutor ir ou ativaremos a Estrela!” Disse Sarah Jane.

“Isso é que eu chamo de resgate!” Rose falou e viu que o Doutor estava muito quieto, quase que olhando para o chão. “Doutor?” Ele permaneceu quieto.

“O homem que nunca carrega uma arma. Essa é a verdade, Doutor! Você pega pessoas comuns e as usa como armas. Contemple suas Crianças do Tempo transformadas em assassinas! Eu fiz os Daleks, Doutor! Você fez isso!” Disse Davro com aspereza. “O Doutor! O homem que sempre segue em frente sem olhar pra trás, porque não se atreve, com vergonha! Essa é minha vitória final, Doutor! Eu mostrei pra você... você mesmo!”

“INICIAR TRANSMAT!” Anunciou Dalek Supremo.

Imediatamente, Martha, Jack, Mickey, Sarah e Jackie foram teletransportados para o centro do Crucible, onde o Doutor e Rose estavam. Lá, foram obrigados a se ajoelharem.

“O Doutor e as Crianças do Tempo serão testemunhas! Dalek Supremo, chegou a hora! Agora, detone a Bomba de Realidade!” Davros ordenou.

“ATIVAR O CAMPO DE ALINHAMENTO PLANETÁRIO! DETONAÇÃO DA REALIDADE EM 200 ‘RELS’.”

“Nada pode parar a detonação! Nada e ninguém! HAHAHA!” Davros gritou com vitória.

Continua...