Não é o fim, é apenas o começo! – 1ª temp. escrita por Srta Poirot


Capítulo 1
Silêncio na Biblioteca


Notas iniciais do capítulo

Reescrevi a partir deste capítulo porque os outros são perfeitos. Primeira fic de Doctor Who, mas é do jeito que imaginei. *.*



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“Livros! As pessoas nunca deixarão de amar os livros.” Disse o Doutor ainda mais animado após conhecer Agatha Christie.

Com um gesto, ele pega seu casaco pendurado e sai da TARDIS seguido por Donna. “Século 51. Nesse século você tem holovídeos, downloads direto no cérebro, névoa de ficção, mas você precisa do cheiro! O cheiro dos livros, Donna! Respire fundo!” O Doutor anunciou grandiosamente chegando até uma porta que era a entrada da biblioteca. “A biblioteca! Tão grande que nem precisa de nome. Apenas um grande A”.

“É como uma cidade”. Donna respondeu animada e olhando para o enorme espaço ao seu redor.

“É um mundo. Literalmente um mundo. O âmago do planeta é o computador de índice. O maior disco rígido de todos! Com todos os livros já escritos! Continentes inteiros de Jeffrey Archer, Bridget Jones, e o Grande Livro Vermelho do Monty Python!” Discursou o Doutor enquanto caminhavam das escadas até a sacada na frente deles.

“Edições novíssimas, impressas especialmente.” Olharam para baixo e viram a imensidão da biblioteca. “Estamos próximos do equador, então...” O Senhor do Tempo lambeu o dedo e ergueu-o acima de sua cabeça. “Aqui devem estar as biografias!” Ele gritou. “Amo biografias”.

“É, é a sua cara. Sempre uma morte no final.”

“Você precisa de uma boa morte. Sem mortes só haveriam comédias. Morrer nos dá dimensão... Oi!” O Doutor viu Donna pegar um dos livros e o tomou de sua mão. “Spoilers”.

“Quê?!?”

“Esses livros são do seu futuro. Não leia adiante... estragaria todas as surpresas! É como espiar o final.”

“Viajar com você não é um grande spoiler?”

“Tento manter você longe dos acontecimentos importantes. Mas, sejamos honestos, pareço ser muito ruim nisso!”

“Quer saber?” Disse Donna. “Se essa é a maior biblioteca do universo, então, onde está todo mundo?”

“Boa pergunta”. O Doutor e Donna começaram a refletir. “É silenciosa”.

Ele pegou sua chave de fenda sônica e começou a sonificar um painel ao seu lado.

“Talvez seja domingo”.

“Não, nunca aterrisso nos domingos. Domingos são chatos”.

“Bem, talvez todo mundo esteja realmente, realmente muito quieto.”

“É, talvez, mas eles ainda aparecem no sistema.”

“Doutor, por que estamos aqui? Sério, por quê?”

“Oh, você sabe, só de passagem”.

“Não, não é!” Donna começou a desconfiar.

“Mas isso é interessante”.

“O quê?”

“Escaneando formas de vida. Se eu fizer uma varredura à procura de humanoides, você sabe, os leitores, alguns membros e um rosto... Além de nós, não tem nada. Ninguém em casa”. Mostrando o painel à Donna, ele continuou: “Mas, se eu ampliar os parâmetros para qualquer tipo de vida... um trilhão! O que acha disso? Um trilhão”.

“Mas não há nada aqui”.

“Vamos descobrir o porquê”.

Entrando em grande salão, que parecia ser a recepção, encontraram um robô que, vendo-os, começou a anunciar: “Bem-vindos, sou cortesia de Node 710/aqua. Por favor, apreciem a biblioteca e respeitem os códigos de acessos pessoais de todos os seus colegas leitores”.

Donna imediatamente ficou chocada quando viu que o rosto do robô era humano.

“Em adição à isso, segue uma breve mensagem do chefe dos bibliotecários para a sua atenção urgente. Ela foi editada em tom e conteúdo pelo Filtro Automatizado de Decência de Felman Lux. Segue a mensagem: ‘Corra, pelo amor de Deus, corra! Nenhum lugar está seguro. A biblioteca se fechou, não podemos... Oh, eles estão aqui. Argh. Slarg. Snick.’ Fim da mensagem.”

Eles olharam para a estátua e sentiram o tremor vindo através de seus corpos. “Então é por isso que estamos aqui”. O Doutor disse depois de um momento. “Alguma outra mensagem, na mesma data?”

“Uma mensagem adicional: ‘Conte as sombras, pelo amor de Deus, lembre-se. Se você quer viver, conte as sombras.’ Fim da mensagem”.

O Doutor começou a examinar a área. “Donna”, ele disse finalmente.

“Sim?” Ela respondeu com seus olhos arregalados.

“Fique longe das sombras”.

“Por quê? O que tem nas sombras?” Ela perguntou, mas não obteve resposta. Em vez disso, o Doutor andou de volta pelo mesmo caminho que veio.

Encontrando outra porta, eles entraram e depararam com enormes estantes, cheias de livros. Andando pelo corredor, o Doutor se vira de repente e diz: “Donna, eu meio que menti um pouco. Recebi uma mensagem no papel psíquico”. Enfiou sua mão no bolso do casaco e mostrou-lhe o papel psíquico, onde estava escrito: ‘A biblioteca. Venha o mais rápido possível. Beijos’. Donna leu com cuidado. "O que você acha? Um pedido de socorro?"

“Um pedido de socorro? Com beijos no final? De quem é?”

“Não tenho ideia!”

Um crepitar elétrico fraco veio do lado oposto do corredor. Uma por uma as luzes foram se apagando e a escuridão avançava em direção a eles.

“O que está acontecendo?” Donna perguntou assustada.

“Corra”. O Doutor gritou apressadamente.

O Doutor sacudiu a maçaneta da porta. Nada.

“Está trancada?”

“Emperrada, a madeira está deformada.”

“A chave sônica! Use a chave!”

“Não posso, é madeira”.

“Quê, não funciona em madeira?!? Saia da frente”. Donna ordenou e chutou a porta dentro. Entrando na outra sala, Donna fechou as portas e o Doutor deslizou um livro através das maçanetas, trancando-as.

Quando se viraram, o Doutor disse brilhantemente enquanto ele enfiava as mãos nos bolsos: “Oh, olá! Desculpe entrar assim! Tudo bem se pararmos por aqui um pouco?”

A câmera tremeu e caiu. “O que é isso?” Donna perguntou.

“Câmera de segurança. Desligou sozinha.” O Doutor se ajoelhou e começou a sonificar a câmera, tentando religá-la.

“O que estava atrás da gente? Quer dizer, fugimos de um corte de energia?”

“Possivelmente”.

“Estamos seguros aqui?”

“Claro que estamos. Ali tem uma lojinha. Consegui!”. Ele começou a ler um texto na pequena tela da câmera. “Eu sinto muito! Eu realmente sinto muito!... Está vivo!”

“Você disse que era uma câmera de segurança”.

“E é! Uma câmera viva. Veja, dá pra ler: ‘Os outros estão vindo. A biblioteca foi violada. Os outros estão vindo!’

“Outros? O que quer dizer com outros?”

“Donna, cuidado! Veja as sombras”.

“O que tem?”

“Conte as sombras”.

“Uma! Lá está. Eu contei, uma sombra”.

“É... mas o que está as chamando?” Olhando ao redor, não se via nada, nada que pudesse bloquear a luz. “Oh”, o Doutor gritou e fez Donna pular. “Eu sou grosso! Olhe pra mim, velho e grosso! Minha cabeça está cheia de coisas, preciso de uma cabeça maior!” Um ruído de crepitação elétrica chamou sua atenção para uma luz em um dos corredores da sala.

“A energia deve estar indo embora”.

“Este lugar tem células de fissão. Iluminam como o Sol”.

“Então por que está escuro?”

“Não está escuro.”

“Doutor”. Donna chamou sua atenção. “Aquela sombra foi embora”.

“Precisamos voltar para a TARDIS”.

“Por quê?”

“Porque aquela sombra não se foi. Ela se moveu.” Sua voz era baixa e séria.

“Lembrete”, disse o robô com rosto humano. “A biblioteca foi violada, os outros estão vindo. A biblioteca foi violada, os outros estão vindo.”


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Notas finais do capítulo

Até aqui é parecido com o original, mas a partir do próximo vai começar a haver mudanças, ok? Me aguardem...



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