Chegamos a um lugar, uma rua, que não tinha pessoas passando.

– Eu nunca vim aqui antes. Dessa vez não sei um lugar bom para nós ficarmos. – Nico falou encarando a rua, como se estivesse na esperança de achar algum por ali mesmo.

– Vamos ter que procurar então. – Respondi. – Ei! Então já sabia sobre aquele hotel?

– An... Já!?

– Então você já ficou naquele hotel?

– Não, só tinha passado na frente.

– Entendi.

Achei que Nico já sabia de algum ali também, porque fomos parar em uma rua sem pessoas, talvez por sorte, coisa que não acredito muito.

Sei lá por que motivo, Nico passou o braço por cima do meu ombro e pescoço. E ficamos assim, andando por um bom tempo a procura de um lugar para ficar.

Paramos duas pessoas para perguntar se tinha algum hotel ou algo do tipo por aqui. Elas simplesmente pararam, nos olharam sem expressão alguma e continuaram a fazer seu caminho seja lá para onde elas vão.

Nico tropeçou e caiu, isso por que não tinha nada na calçada , ele me puxou e também cai, em cima dele.

– NICO D... – Comecei a falar, mas não consegui terminar. Fiquei olhando o rosto de dele, não sei por quê.

Ele também ficou parado, me olhando, e sem saber o motivo ate agora, o beijei. Ele não me empurrou nem nada do tipo, só ficamos assim por aproximadamente os próximos dez segundos. Foi quando me toquei o que fiz e parei imediatamente. Me levantei, e ele também.

– Eu não deveria ter feito isso. – Murmurei. Meio que me arrependi de ter feito isso. Nem sei por que fiz. Ele era Nico Di Angelo. Filho de Hades. Oque eu estava pensando?

Ele não disse nada, só ficou me olhando.

Não dissemos nada pelo resto do caminho ate achar o hotel, só Nico que falava algo sobre algum lugar ou alguém que passava, e eu respondia com um baixo ‘’ hm ‘’.

Finalmente, depois de uma ou duas horas (não sei o tempo certo, não fiquei olhando no relógio), encontramos um lugar. Não era a coisa mais maravilhosa do mundo, mas era habitável, não tínhamos tempo para ficarmos procurando lugares lindos, tínhamos que terminar a missão logo e voltar para o acampamento com as cinco perolas, mesmo que as vezes nós nos esquecemos disso.

– Aceita cartão? – Nico perguntou a recepcionista.

– Sim. Mas isso não faz muito tempo. Instalamos a maquina a poucas semanas. – Disse a mulher parecendo orgulhosa. Seu nome era Rosanna, pelo menos é isso que parecia, havia esse nome bordado em sua roupa, como se fosse um crachá.

– Um quarto com duas camas por favor. – Pedi. O lugar não parecia que cada ‘’apartamento’’ tivesse mais que um cômodo, um quarto e um banheiro.

– Desculpe, mas cada quarto aqui só tem uma cama, uns tem de solteiro, outros de casal.

Que ótimo.

– Dois quartos por favor então. – Eu disse, olhando para Nico, que estava olhando para a moça.

– Por aqui perto, é difícil achar um lugar assim. Então só temos um quarto. Os outros ou estão ocupados ou estão reservados. - Ela respondeu.

– Vamos para outro lugar então. – Eu falei.

– Thalia. Você sabe o tempo que demorou para acharmos esse lugar, vamos ficar aqui ate procurarmos oque queremos. – Nico disse.

– Mas ... – Nico e a recepcionista fizeram o mesmo tipo de cara, estilo ‘’ por favor’’. – Ta. Que se dane.

Peguei a chave e subi as escadas para o quarto, no segundo andar, e lá também só havia três andares acima do térreo, enquanto ele ficava lá embaixo conversando com a recepcionista.

Era um lugar simples, com uma cama de casal, um guarda roupa médio, e do lado da cama criados mudos com abajures. O banheiro era um pouco pequenos, mas tinha um boxe, e eu agradeci por isso.

Nico abriu a porta.

– E agora? – Nico disse. – Já achamos o lugar para ficar.

– Eu estou cansada. Acho que você também esta. Vamos descansar pelo resto da tarde e amanha quando acordarmos nos vamos procurar.

– Mas o tempo...

– Eu sei... Eu sei... Vamos fazer assim.

– Ok. Também estou um pouco cansado.

Ele em vez de ir descansar ou algo do tipo, pegou algo como umas cartas, e começou a ‘’jogar’’, eu não prestei atenção no que ele estava fazendo, peguei roupas limpas na mochila e fui tomar banho. Antes de entra no banheiro, virei e falei para Nico.

– Me desculpa... Eu não deveria ter feito aquilo.

E entrei para tomar banho.