Os barulhos dos fogos que clareavam e embelezavam o céu da linda noite de natal era tudo o que conseguia ouvir. As pessoas abraçavam umas as outras sem se importarem se eram conhecidas ou não. Em todos os rostos podia se ver um belo sorriso estampado, todos ali emitiam felicidade. Eu me virei para Naruto e pude ver que ele estava exatamente igual a todos daquela bela praia. Seu sorriso era um misto de felicidade e diversão e seus olhos brilhavam mais do que de costume. Adorava observar os olhos dele, tão azuis que as vezes me deixava abobada tentando emergir da doçura que eles me transmitiam. E com esse pensamento acabei por deixar escapar um sorriso. Eu tinha quase certeza de que aquele seria um Natal que nunca esqueceria.

– Feliz Natal. – Eu me pronuncie. Naruto sorriu e eu lhe roubei um selinho. Ele me fitava com intensidade, sorrindo e se divertindo com as varias expressões que fazia. Quando estava perto dele me sentia uma adolescente que se apaixona pela primeira vez. Era ridículo, mas certa vez me disseram que quem ama acaba se tornando ridículo.

– Feliz Natal, meu anjo. – Ele levou uma de suas mãos até o meu rosto e fez um carinho com o polegar. Eu fiquei um tanto atônica com seu ato, mas logo relaxei. Talvez algum dia me acostuma-se com aquilo, ou não.

Eu segurei o rosto de Naruto com as duas mãos e dei um beijo em seu nariz, depois fui ao encontro de sua boca que me esperava ansiosa. Um som conhecido ecoou em meus ouvidos e eu quebrei o beijo ganhando um olhar de reprovação, o que só me fez sorrir com os olhos fechados.

– Está escutando? – Perguntei e ele me olhou sem entender. – A música!Vem comigo. – E saí, o puxando pela mão até supunha que vinha aquele com agradável.

A música vinha de um quiosque rodeado de pessoas. Eu e Naruto nos sentamos na areia próximos do quiosque, a ponto que podíamos ouvir claramente a música.

Eu comecei a cantarolar a música no ouvido de Naruto e ele sorriu como uma criança que acaba de ganhar um presente.

– Realmente “é Natal na areia”. – Naruto disse, cantando um pedaço da música, eu sorri e mexi a cabeça afirmando que era mesmo o Natal na areia.

– Eu gosto muito essa música. – Disse com os olhos fechados.

– Sabe qual é a única coisa que não faz sentido? – Ele perguntou e eu voltei minha atenção para ele. Não respondi de imediato, pensei alguns instantes e disse:

– Não estamos no Hawaii? – Perguntei com uma sobrancelha erguida e ele gargalhou, me fazendo o acompanhar.

–Não, boba. – Ele disse quando conseguiu controlar o riso. E tentei me controlar, mas eu ridiculamente cai na gargalhada novamente. Depois que me acalmei ousei dizer:

– O que é então? – Perguntei sem disfarçar minha curiosa.

– Não importa se o Natal for na neve ou na areia, ele só é bom se você estiver comigo, Sakura.