[...]
Ele me acompanhou e se sentou ao meu lado na cama.

–Eu pensei que poderia gostar.

Ele disse me entregando um colar, era de ouro e feiticeiras não usam ouro eu achei lindo e pedi para ele amarrar em meu pescoço mas aquilo queimava muito era como um sapato desconfortável quanto mais você andava pior ficava.
–Eu adorei é lindo mas por que você me deu?
–Porque como seu novo amigo teria que representar minha amizade eu sempre faço isso.
–Entendi, e adorei mesmo.
O pior é que eu tinha gostado era tão lindo e tinha um pingente de gato com os olhos brilhantes.
–Você esta melhor?
–Sim, pretendo ir segunda novamente.
O celular dele começou a tocar e ele pediu licença e atendeu parecia preocupado e quando desligou me olhou.
–Desculpa, mas eu vou embora... Ate segunda, eu converso melhor com você lá.
–Ok, tchau.
Ele saiu e o Diego entrou pela janela e eu logo joguei o colar no chão.
–Por que o Vargas veio aqui?
–Só me visitar mesmo...
Fui ao espelho e meu pescoço estava horrível, vermelho e ardendo toquei nele e me arrepie.
–Ouro? Diego perguntou olhando o colar no chão. -Por que ele te deu um colar de ouro?
–Da para parar com o interrogatório de homem ciumento?
–O que posso fazer me apeguei mas não sou ciumento só quero saber...
–Ok senhor não ciumento ele me deu pois queria ser meu...
–Namorado!!
–Não!! Deixa eu terminar né! AMIGO!
–É quase a mesma coisa!
–Nossa são tão parecidas! Falei irônica e ele se deitou na minha cama segurando um globo de neve. Eu fiquei separando algumas roupas e depois que arrumei meu novo guarda-roupa perguntei, talvez eu não devia mas aquilo estava me matando, eu sou curiosa admito.
–O que você é?
–Você não sabe? Sou apenas um mutante... Agora os poderes que tenho você terá que descobrir.
Eu o olhei com raiva isso só me deixava mais curiosa seu celular tocou e eu atendi estava na cômoda ao meu lado e eu queria provocar ele.
–Alô.
–Fran?
–Cami? Ah como vai... Eu olhei para ele que me fitava com raiva.
–O que você esta fazendo com o celular do Diego?
–Chantagem... Mas e ai me conta como foi o seu encontro com ele. Ele me jogou uma almofada e veio ate a mim pegando o celular.
–Foi maravilhoso!
–Que bom que gostou! O Diego disse eu fiquei tentando escutar a conversa.
–Diego?!!
–Sim...
–Ahm... Tenho que desligar!
Ela desligou na cara dele e ele foi embora pela janela eu fui tomar um banho e demorei bastante a água estava estava ótima e minha cabeça doendo quando sai coloquei roupas quentes e pulei a janela indo a uma arvore, eu conseguia escalar as coisas com um pouco de dificuldade mas consegui, eu queria ir á um lago que avia um pouco escondido do centro mas não poderia ter ninguém pois eu queria treinar e geralmente no inverno tem muitas pessoas e eu tinha que tomar cuidado, cheguei lá e não tinha ninguém então comecei meu treinamento com a água era difícil e muito complexo e muitas das vezes eu fazia errado eu estava toda molhada e sem paciência então deixei aquilo de lado e fui voltar para a casa mas antes observei o lago ele iria se congelar e minhas chances de aprendizado seria melhor, mas só de criar pequenas ondas no lago já me deixa melhor e muito mais confiante cheguei em casa e me deitei aquilo exigia muito de mim e eu ainda estava fraca depois daquele feitiço.
No outro dia acordei com um miado era daquele gato de ontem abri a porta ainda de pijama e deixei ele entrar e voltei para cama e o mesmo me segui olhei em seu pescoço e pude ver sua coleira no meio de tanto pelo peguei ele e vi seu nome era Fred o que deixava minhas suspeitas ainda maiores seu pelo era preto e brilhava sobre o luar seus olhos eram verdes, um verde diferente em um tom único eu o admirava pela sua beleza mas o temia por suas garras se ele tivesse uma revolta contra mim me considere morta, aquele felino não era o que parecia disso eu tinha certeza, mas como ajuda-lo? Se é que ele precisa de ajuda... Ele me olhou e se deitou ao meu lado enroladinho e enquanto passava minha mão em seu corpo ele ronronava forte e logo dormiu eu também dormi mas não por muito tempo, acordei de repente e assustada olhei em minha volta e nenhum sinal do gato o chamei pelo seu nome e não recebi nada, talvez Fred tenha voltado ao seu lar pensei mas e se ele não tiver lar me troquei e desci a recepção e conversei com Antônio o zelador e ele disse que já o viu mas não sabia de quem era, me decepcionei em saber disso mas fui ao mercado dessa vez comprei varias coisas, comidas de todos os tipos e besteiras também eu iria deixar já tudo no apartamento para não ter que comprar todo dia alguma comida. No caminho encontrei Leon ele não me viu e eu ate achei bom voltei ao meu apartamento e comi um café da manha normal cereais com aveia e leite, eu comia isso na minha cidade minha mãe sempre comprava, quando acabei fui ao lago já devia ter congelado nessa noite fria, o Sol não estava presente no céu mas eu sabia que ele iria sair ao meio dia, quando cheguei lá já estava congelado a camada era muito fina que a cada passo o gelo poderia se rachar consegui atravessa-lo sem me molhar e cheguei a uma outra parte da cidade um lugar tão abitado quanto o centro lá tinha um parque de diversões e algumas praças pequenas mas pra que ir na praça quase sem arvores se tem uma floresta inteira como seu quintal, na casa de Esmeralda tinha uma enorme floresta mas nunca entrei lá e se entrasse levaria um bronca, voltei pelo mesmo caminho com cuidado o sol se aproximava lutando para brilhar no céu e aquilo podia me prejudicar ainda mas se estivesse forte, quando cheguei novamente ao outro lado já via alguns os raios saindo no meio das nuvens, eu não queria voltar para casa tão cedo então fui andando sem destino por ali ate achar uma sombra de alguém morto geralmente as sombras são apenas resíduos das almas mas aquela era tão real que se tocasse poderia sentir a dor da pessoas me aproximei e segui o rastro no meio do caminho parei eu iria me perder então abandonei aquilo e voltei ao apartamento, seja o que for que matou aquele homem não seria humano nos olhos dele dava para se perceber o susto o medo mas aquilo era só uma sombra talvez o corpo dele esteja pior. Meu almoço foi normal e sem sangue tanto humano quanto animal, após terminar desci ao jardim lá o jardineiro já de idade tirou uma flor e me deu eu já avia visto no meu livro aquela flor era a tulipa azul quando misturada com outros ingredientes ela vira uma poção de gosto ruim mas de cheiro agradável é uma poção que feiticeiras boas usam quando querem queimar feiticeiras por dentro para que elas morressem sem ser queimadas no fogo, elas achavam aquilo muito cruel e a poção a matava quase instantemente que você nem percebe. Aquilo poderia ser útil agradeci e guardei, as folhas secas funcionava do mesmo jeito o que era bom pois a flor não duraria muito. O dia passou rápido ate para uma pessoa que não fez nada de interessante, já estava de noite e eu fui dormir.